quinta-feira, 12 de julho de 2012

Justiça islandesa exige que Visa e MasterCard voltem a aceitar doações para o Wikileaks

 
 
 
Opera Mundi, 12/07/2012
 
Justiça islandesa exige que Visa e MasterCard voltem a aceitar doações para o Wikileaks


Conhecido por armazenar milhões de documentos sigilosos e por divulgar negociações diplomáticas e militares, o Wikileaks poderá voltar a receber doações por cartão de crédito na Islândia. O site venceu em primeira instância nesta quinta-feira (12/07) uma ação judicial na qual reivindicava o direito de voltar a receber doações processadas por companhias como Visa e MasterCard.
 
Diversas entidades financeiras norte-americanas decidiram cortar os serviços que disponibilizavam para os usuários do Wikileaks em 2010, quando o site encabeçado pelo jornalista Julian Assange divulgou cerca de 250 mil arquivos secretos do Departamento de Estado norte-americano. Após o boicote, os responsáveis pelo site alegam que o volume de doações sofreu uma queda de 95%.
 
Em entrevista ao jornal norte-americano The New York Times, a porta-voz do WikiLeaks, Kristinn Hrafnsson, alegou que o julgamento foi “um pequeno, mas importante passo na luta contra bancos poderosos”. Ações judiciais também estão em trâmite na Dinamarca e na Bélgica. A justiça da capital islandesa, Reykjavik, exigiu que a Valitor, empresa parceira da Visa e da MasterCard no país, voltasse a processar doações para o WikiLeaks em um prazo máximo de duas semanas. Caso a determinação seja descumprida, a companhia terá de arcar com uma multa diária de 800 mil coroas islandesas (o equivalente a 12.200 reais). A Valitor ainda não anunciou se recorrerá da decisão.
Embora simpatizantes do Wikileaks comemorem o ocorrido, não se sabe ao certo até que ponto empresas que não são sediadas no país serão obrigadas a cumprir a ordem. Tanto Visa quanto MasterCard decidiram interromper o processamento de doações para o site de Assange por pelo menos dois anos. Críticos da medida alegam que esse seria o produto da pressão do governo norte-americano para que a organização perca suas fontes de financiamento.

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