sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Uma cruza de Bozó com Rolando Lero

Jornal do Brasil, 05/07/2011

Jobim viu agora quem é fraquinha, diz Ideli

 

Portal TerraFabrício Scanduzzi
A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, ironizou as declarações do ex-ministro Nelson Jobim durante evento realizado nesta sexta-feira em Itajaí, cidade do litoral norte de Santa Catarina. Para ela, as declarações do pemedebista teriam sido infelizes e significado a "gota d' água" para sua permanência no primeiro escalão. Segundo a ministra, o ex-chefe de Defesa do Governo Federal viu agora quem é "fraquinha".
Ideli participou, na cidade, da apresentação e da posse de novos diretores da Petrobrás. Ela destacou, mais uma vez, que as declarações de Jobim foram "desnecessárias" e chegou a sorrir quando comentou a afirmação de que seria "fraquinha". "Ele viu agora quem o é", disse.

Ideli Salvatti ironizou as declarações do ex-ministro Nelson Jobim durante evento realizado nesta sexta-feira  
 
Ideli Salvatti ironizou as declarações do ex-ministro Nelson Jobim durante evento realizado nesta sexta-feira  Para a ministra, as declarações de Nelson Jobim não foram "dignas" do cargo. Ela citou, ainda, o desrespeito à hierarquia no Governo Federal. "Foram declarações desnecessárias", afirmou. "Inclusive, esta é uma área onde a disciplina e hierarquia de comando são absolutamente necessárias. As declarações de Nelson Jobim foram a gota d' água."

 Celso Amorim no lugar do Nelson Jobim?
Dá samba, gente!
 

 
NOVO SAMBA DE BREQUE
Nelson Jobim
sempre arrogante
acabou cedendo
o lugar pro elegante
Celso Amorim
 
[breque]
 
Mas que malandro sou eu
que só faz besteira
e fica na rabeira
do Celso Amorim.

 
http://www.oreconcavo.com.br/2011/08/05/acordando-sem-o-inimigo-a-demissao-de-nelson-jobim/

Acordando sem o inimigo: a demissão de Nelson Jobim


Por Charles Carmo





A presidenta Dilma Rousseff demitiu Nelson Jobim e o substituiu por Celso Amorim. O que pensa a oposição sobre a troca?
“Nelson Jobim valorizava o governo, tem conteúdo, prestígio e status nacional”, é o que disse o líder do PSDB no Senado Álvaro Dias a respeito da demissão de Nelson Jobim.
Já para o senador Demóstenes Torres (DEM/GO), líder do DEM, a saída de Jobim foi “uma péssima troca”. Segundo o senador “Jobim foi o único que conseguiu dar uma sistematização ao Ministério da Defesa. Acho que o Celso Amorim vai ser um desastre. Ele é um fanático esquerdista e não entende nada de Defesa. Com todo respeito aos diplomatas, mas a Defesa não é lugar para diplomata”, afirmou o senador, sem, entretanto, explicar se o lugar é cativo dos juristas.
Por sua vez, o deputado Duarte Nogiera (PSDB/SP), líder do PSDB na Câmara, afirmou que “Infelizmente, no lugar de demitir os diversos auxiliares envolvidos em denúncias de corrupção e irregularidades – ou fazê-lo a conta-gotas – a presidente Dilma abre mão de um ministro que vinha realizando um bom trabalho”.
O baiano ACM Neto, líder do DEM na Câmara, afirmou que “Jobim foi expulso por ser competente e falar a verdade”.
Quando um ministro passa a ser tão admirado pelos líderes da oposição, é sinal de que passou da hora dele pegar o boné e ir pescar. Como sabemos, esta oposição nada tem de construtiva.
Nelson Jobim foi desleal à presidenta e fazia o papel de oposicionista, por isso tantos elogios de quem só quer ver a presidenta pelas costas.
As declarações dos principais líderes oposicionistas do país, em uníssono elogio ao ex-ministro Nelson Jobim, são provas irrefutáveis de que a presidenta Dilma Rousseff fez o certo ao demiti-lo.
Jobim era a oposição dentro do governo. Agora, longe do ministério, o ex-ministro pode se dedicar, com mais afinco e tempo, a tarefa que se dispôs: sabotar o governo.

http://ladyday.zip.net/images/bozo.jpghttp://galofumero.com.br/wp-content/uploads/2011/03/tirinha-escolinha-1-400x180.jpg
 

http://www.viomundo.com.br/humor/uma-cruza-de-bozo-com-rolando-lero.html

 
4 de agosto de 2011 às 19:29
 

Uma cruza de Bozó com Rolando Lero

Por Luiz Carlos Azenha

Prepotente, arrogante, dono do mundo. É engraçado como o Brasil produz estas indispensáveis sumidades, que resultam da mistura do “sabe com quem você está falando”, com títulos nobiliárquicos e marketing pessoal — algumas vezes custeado por terceiros (o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, fez isso com o dinheiro do Banco de Boston; o ex-presidente da Vale, Roger Agnelli, fez isso usando dinheiro da empresa). Gilmar Mendes se enquadra na mesma categoria, enquanto não está usando o cargo para vender ensino à distância.
Nenhum deles seria capaz de sobreviver sem o comportamento peripatético de jornalistas bajuladores, que trocam afagos públicos nos jornais, nas emissoras de rádio e de televisão por notícias exclusivas. Estes “monstros sagrados” se adaptaram perfeitamente ao oxigênio rarefeito daquela esquina onde os negócios se encontram com a política.
Eu me lembro, quando era correspondente da TV Manchete nos Estados Unidos, de ter viajado à França para cobrir uma visita do então presidente José Sarney. A França tinha interesse em fechar algum grande negócio com o Brasil. Providenciou-se o lançamento de um livro de Sarney em francês, por uma editora importante Marimbondos de Fogo, se não estou enganado — e o lançamento de um vinho com o nome do presidente brasileiro na região de Aix-en-Provence. Um jornalista francês, destacado para acompanhar a visita, comentou comigo durante uma das cerimônias: “Adoro o Brasil, mas vocês não deveriam se vender por tão pouco”. Resumo da tragicomédia: só o Sarney e seus assessores, àquela altura, acreditavam que eram levados a sério pelos franceses.
O futuro ex-general Nelson Jobim se enquadra nesta categoria, de “homem fundamental”. Um ás dos bastidores, das costuras entre quatro paredes, da autopromoção (civil, adorava se meter em uma farda). Não resistiria a um dia no twitter se tivesse que explicar, por exemplo, como tentou, em uma única canetada, mudar a Constituição de 1988.
Mas, no Brasil, estes “indispensáveis” sobrevivem engabelando o chefe, como aquele nosso colega de repartição/redação/empresa que a gente sabe que é um tremendo enganador.
Chico Anísio retratou como ninguém o perfil deste brasileiro: uma cruza de Bozó com Rolando Lero.

http://mariafro.com.br/wordpress/2011/08/05/demostenes-who-ou-sobre-os-lamentos-inconsolaveis-de-viuvas-de-jobim/

agosto 5th, 2011 by mariafro


Demóstenes, Who? Ou sobre os lamentos inconsoláveis de viúvas de Jobim

 

Por Conceição Oliveira


Ontem à noite, por volta das 20H, assim que Mônica Bergamo e depois o Blog do Planalto publicaram a demissão de Nelson Jobim e sua substituição pelo melhor ministro do governo Lula, Celso Amorim, começou a choradeira na imprensa conservadora e na oposição sem rumo.
O Estadão, a Veja, os blogueiros de esgoto, os jornalistas da massa cheirosa todos eles preocupadíssimos com o ‘destino’ de nossa democracia em mãos de um ministro da Defesa reconhecidamente de esquerda tornaram-se porta-vozes dos militares (não sei porque me lembrei de 1964… dos editoriais de todos esses jornalões comemorando o golpe….)
Mas de todas as demonstrações das viúvas de Jobim a mais interessante foi a de Demóstenes Torres. Assim que soube que Jobim recebeu bilhete azul, o senador do DEMO por Goiás começou a bradar no twitter. Se os leitores tiverem paciência e estômago encontrarão cerca de 40 tweets mencionando o novo ministro da Defesa, Celso Amorim. Depois de ver a Timeline de Demóstenes entendi porque logo após do anúncio do novo ministro para a pasta da Defesa, o nome de Celso Amorim foi parar nos TTs mundiais, foi o despeito do senhor Demóstenes que deu uma grande força para subir a tag.
Dentre tantas mensagens de Demóstenes lamentando a escolha feita pela presidenta Dilma a  minha predileta, que me fez chorar  de tanto rir, foi essa:

Jobim sai p/suas qualidades, p/se mostrar verdadeiro, c/análise precisaacerca do ministério e p/votar no melhor p/presidente
@demostenes_go
Senador Demóstenes


Tem muito mais, selecionei apenas algumas das incansáveis bobagens da TL que babava em fúria. Mas antes de nos divertir com o lamento de Demóstenes, vamos refrescar a memória do senador sobre quem é Celso Amorim e como ele é visto no mundo:


Em 2010 a Foreign Policy, uma revista estadunidense dedicada à análise da política global,  economia e idéias, publicou sua lista das 100 personalidades mais importantes do mundo, a lista dos 100 Pensadores Globais e advinha quem fazia parte da lista, Demóstenes Torres? Sim, ele mesmo, nosso atual e bem-vindo novo ministro da Defesa: Celso Amorim.
Seguinte, Demóstenes, se um dia você fizer parte de uma lista prestigiada como essa (inclusive por indivíduos como você) e não de listas dos inimigos da luta pela igualdade racial no Brasil (“Demóstenes Torres estudou história com o professor de contabilidade de seu ex-correligionário José Roberto Arruda” e Esqueça Demóstenes, Demétrios e os Demos em geral, veja, ouça, leia e aprenda: cota é legal!) eu vou parar de rir de seus lamentos.
Amorim é o retrato do vexame, a pior notícia que as Forças Armadas poderiam receber além do sucateamento
@demostenes_go
Senador Demóstenes
Trocar Jobim por Amorim é apenas uma rima pobre, @ThaisGouveiaa, num governo já rico em escândalos, desfalcado e sem rumo
@demostenes_go
Senador Demóstenes
Senadora @anaamelialemos, é de fato um ataque às Forças Armadas colocar na Defesa o sujeito q envergonhou nossa diplomacia
@demostenes_go
Senador Demóstenes
Amorim deu passaportes p/pessoal de Lula e voltou a ser ministro. Se tivesse pago viagem p/turma, teria sido candidato no lugar da Dilma
@demostenes_go
Senador Demóstenes
Com Amorim, como vai ser o relacionamento da Defesa do Brasil c/as Farc? Será q de subserviência, p/determinação do Foro de SP?
@demostenes_go
Senador Demóstenes
@ivanbispo Amorim merece todas as críticas p/tanto q envergonhou o Brasil, se misturando c/o q o mundo tem de pior em ditaduras
@demostenes_go
Senador Demóstenes
@matheusvasconc Não falei da pessoa, q desconheço, mas do ministro q mais vexames proporcionou à diplomacia brasileira
@demostenes_go
Senador Demóstenes

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