quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O Globo surta e culpa Lula pelas tragédias das chuvas!


http://festivaldebesteirasnaimprensa.wordpress.com/2011/01/13/o-globo-surta-e-culpa-lula-pelas-tragedias-das-chuvas/


quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O Globo surta e culpa Lula pelas tragédias das chuvas!

 

No dia 11 passado, escrevi um post – que repercutiu em toda a blogosfera -, com o título “Alaga São Paulo”: imprensa continua atuando de forma irresponsável!
Neste post demonstrei como as Organizações Serra (Globo, Folha, Estadão e Veja, entre outros) se omitiam de cobrar dos governos tucanos e do DEM, no Estado de São Paulo, suas responsabilidades pelas tragédias que se seguem após cada chuva intensa, normal no verão.
Profeticamente, escrevi o seguinte parágrafo:
“Daqui a pouco, as Organizações Serra vão inventar um jeito de mostrar que tudo isso que ocorre anualmente em São Paulo é culpa do Lula e será culpa da Dilma.”
Não deu outra! O jornal O Globo – a rede Globo em geral – que passou estes últimos dois meses atribuindo às chuvas a culpa pelas seguintes enchentes, alagamentos, transbordamentos de rios em São Paulo, precisou de apenas dois dias de tragédia no Rio para fazer o que?
Colocar a culpa de todas as tragédias no Governo Lula!!!
O Globo surtou de vez, ou será que os Marinho acham que um leitor medianamente esclarecido vai aceitar que as obras de contenção e de prevenção de encostas e a repressão à ocupação irregular das mesmas é culpa do governo federal?
Será que O Globo pensa que o seu leitor é burro o suficiente para não saber que o governo federal não tem atribuição para fazer nada disso, que são atribuições das Prefeituras e dos Governos Estaduais???
O Globo não sabe que o governo federal tem recursos financeiros para estados e municípios mas que só pode liberá-los mediante existência de projetos, o que raramente ocorre?
Quem tem atribuição para fazer mapeamento de risco? A Prefeitura ou o Governo do Estado.
Quem tem atribuição para reprimir as ocupações ilegais ou de risco nas encostas (incluindo a ocupação dos riscos nos morros da Zona Sul do Rio)? A Prefeitura e o Governo do Estado.
Quem tem atribuição para construir obras de contenção de encostas? A Prefeitura ou o Governo do Estado.
Quem tem atribuição para construir obras de amortecimento das enxurradas? A Prefeitura ou o Governo do Estado.
O governo federal, somente se solicitado e mediante projeto adequado, somente pode liberar algum recurso financeiro mas o grosso desses recursos têm que vir dos cofres das Prefeituras e dos Governos dos Estados.
Tenham certeza de que a rede Globo vai bater bumbo o dia inteiro na responsabilidade do Lula por tudo o que está acontecendo no Rio. Tudo o que ela tinha que ter feito em São Paulo e não fez.
Essa conjugação de omissão em relação a São Paulo e de exacerbação da luta política contra os governos Lula e Dilma dá toda a razão ao Paulo Henrique Amorim que os classifica como imprensa golpista.
Esse é o único objetivo do Globo: derrubar a Dilma, já que não conseguiu derrubar o Lula.
Nesse intento, esperem atuações patéticas do Jabor, da Míriam, do Merval, do Bonner, do Waack, do Piotto e de outros militantes do movimento “Derruba a Dilma“.
Para concluir, é importante ressaltar a minha posição. Eu não critico apenas o Serra e o Kassab. Ao contrário, eu sempre digo que o papel da chuva é chover, o papel dos governantes é eliminar ou minimizar os efeitos das chuvas intensas e das prolongadas, mas tão importante quanto, o papel de uma imprensa sadia – e não golpista – é informar corretamente e cobrar dos governantes – especialmente dos prefeitos e governadores – ações preventivas, com investimentos volumosos, mas também com ações de emergência, quando a tragédia ocorre.
.....


Absolvam as chuvas de verão

13/01/11

Os alagamentos e deslizamentos que o Brasil vê acontecer não são causados pela intensificação da atividade pluviométrica, mas por incompetência e descaso dos governos estaduais e municipais.
Tem chovido muito em várias partes do Sul e do Sudeste há quase uma semana, mas só se vê desastres em algumas cidades, enquanto que outras, muitas vezes limítrofes, não são afetadas. Tudo por falta de planejamento e de providências das cidades atingidas.
Tomemos Curitiba – onde me encontro a trabalho desde terça-feira – como exemplo. Tem quase a mesma altitude de São Paulo (está, apenas, a cerca de 200 metros acima). O relevo é ondulado como o da capital paulista e as duas cidades têm clima subtropical. E aí terminam as semelhanças.
Venho me surpreendendo com a ausência de enchentes, nestes dias que estou passando aqui. Assim como com o cuidado ambiental e o planejamento urbanístico, a racionalidade do sistema de transportes, tudo isso aliado ao maior índice de veículos particulares por habitante em todo país.
Curitiba deveria ter congestionamentos, e não tem; deveria ter alagamentos, e não tem; deveria ser poluída, e não é – apesar da grande frota automotiva e de tantas indústrias na região. Por tudo isso, é considerada a capital com a melhor qualidade de vida do Brasil, tendo a quinta maior economia entre elas.
A diferença está no nível de consciência política e de educação da população autóctone. Aqui jamais se aceitaria, ano após ano, uma conversa fiada como a de que aconteceram inundações por conta de chuvas mais intensas. Políticos de todos os partidos que governaram ou governam tratam a população com maior respeito, pois sabem que é atenta.
Em São Paulo, a população, mesmo a mais rica, conforma-se com as tragédias que as chuvas causam por falta de ações do Estado, e se deixa enganar pelas comparações que a mídia faz com regiões como as serras fluminenses, onde as mortes e desastres causados pelas chuvas têm origem na topografia e não na falta de estrutura das cidades.
Áreas para absorção das águas pluviais, limpeza de esgotos e manutenção das calhas dos rios e córregos, se fossem feitas com efetividade bastariam para solucionar os problemas paulistanos. Todavia, a população local ou culpa a si mesma pelas enchentes ou as aceita como um fato da vida.
A manipulação do povo de São Paulo pela mídia me mata de vergonha pela burrice popular que impera em minha cidade. Sinto dizer, mas é a verdade. E não diria se não fosse, sendo natural da capital paulista e filho, neto, bisneto e tetraneto de paulistanos.
Ontem (quarta-feira), grande parte da imprensa continuava enganando a população ao atribuir o caos ao volume de chuvas e ao comparar as desgraças locais com as que ocorreram em regiões serranas do resto do país, fenômeno que nada tem que ver com os alagamentos paulistanos.
Mas, para não ficarmos só em São Paulo, vamos reconhecer que é criminosa a passividade de administrações estaduais e municipais de outras partes do país, tanto quanto em São Paulo. Quem não sabe que habitar encostas oferece risco em regiões de clima subtropical, nas quais as chuvas se impõem nesta época do ano?
Estou plenamente convencido de que essas tragédias provocadas pelos alagamentos urbanos e por deslizamentos de encostas só terão fim quando as populações das regiões atingidas passarem a boicotar políticos e partidos que governem e, ao fim do governo, não tenham, no mínimo, reduzido drasticamente as desgraças pluviais.

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