sábado, 6 de novembro de 2010

Livro: 'México Insurgente' e o centenário da Revolução Mexicana

Carta Maior, 11/09/2010


México insurgente

No ano do centenário da Revolução Mexicana de 1910 a Boitempo Editorial reedita, com nova tradução, o depoimento mais importante sobre este momento decisivo da história latino-americana. Publicado em 1914, México Insurgente foi o primeiro livro do jornalista estadunidense John Reed, que a partir daí ganharia notoriedade como o mais importante correspondente de guerra daquele país. Reed foi testemunha de dois dos acontecimentos revolucionários mais extraordinários do século XX: a Revolução Mexicana e a Revolução Russa. "México insurgente" é seu primeiro grande relato, seu “batismo de fogo”.
Então com 26 anos, Reed passou quatro meses no México a serviço de um jornal nova-iorquino, acompanhando de perto a derrubada do ditador Porfírio Dias e as rebeliões camponesas que irromperam depois do assassinato do presidente Madero, que tomariam proporções de uma guerra civil. Como aponta na apresentação o historiador Luiz Bernardo Pericás, “camponeses indígenas, pequenos empresários, rancheros, magonistas, zapatistas, villistas, militares, professores, jornalistas, mercenários, soldados, políticos, ladrões, foras da lei e até mesmo donos de terra participavam da grande convulsão social, que tinha diferentes matizes e interesses em jogo”.

De acordo com Pericás, um dos tradutores desta versão, juntamente com Mary Amazonas Barros, a obra constitui um retrato “magistral” das paisagens e do povo mexicano em luta, em especial de Pancho Villa, figura cuja trajetória era completamente distorcida pela mídia dos Estados Unidos. "México insurgente" foi um dos primeiros livros que Ernesto Che Guevara procurou ler quando chegou ao México, antes mesmo de conhecer Fidel Castro e de se tornar guerrilheiro. O livro o impressionou tanto que anos mais tarde, em 1965, leria novamente a obra, de partida do Congo e antes de seguir sua trajetória que terminaria na Bolívia.

Mesmo tendo sido posteriormente institucionalizada, a Revolução Mexicana representa um dos capítulos mais importantes da história do continente e muitas de suas premissas e bandeiras seguiram inspirando diversos movimentos políticos emancipatórios.

A edição que a Boitempo agora publica traz ainda um amplo caderno de imagens, uma cronologia do autor, texto de orelha do professor do Departamento de História da USP Francisco Alambert e quarta capa do historiador Werner Altmann.

Trecho da obra
Um rugido começou atrás da multidão e se espalhou como fogo num ritmo crescente, até parecer levantar milhares de chapéus das cabeças. A banda rompeu a tocar o hino nacional mexicano, enquanto Villa vinha caminhando pela rua. Vestia um velho e simples uniforme cáqui, no qual faltavam vários botões. Não se barbeara recentemente, não usava chapéu e seu cabelo não havia sido penteado. Caminhava curvado, com os pés ligeiramente para dentro e as mãos enfiadas nos bolsos das calças. Ao entrar no corredor por entre as rígidas filas de soldados, parecia um pouco constrangido, sorrindo e saudando um compadre aqui e outro ali nas fileiras. Ao pé da escadaria, o governador Chao e o secretário de Estado, Terrazzas, se uniram a ele, vestidos com uniformes de gala completos. A banda tocou sem restrições e, assim que Villa entrou no salão de audiências, a um sinal de alguém que estava no balcão do palácio, a enorme multidão aglomerada na Plaza de Armas manifestou-se, e todos os brilhantes oficiais agrupados no recinto o saudaram formalmente. Foi uma cena napoleônica! Villa hesitou por um minuto, alisando o bigode e parecendo bastante desconfortável; finalmente se dirigiu ao trono, o qual testou sacudindo os braços, e então se sentou, com o governador à sua direita e o secretário de Estado à sua esquerda.

Orelha do livro
John Reed foi testemunha de dois dos acontecimentos revolucionários mais extraordinários do século XX: a Revolução Mexicana e a Revolução Russa. Sobre ambos, legou-nos algumas das mais admiráveis páginas já escritas.
México insurgente é seu primeiro grande relato, seu “batismo de fogo” – conforme define Luiz Bernardo Pericás na excelente introdução que acompanha este volume –, o livro no qual o escritor conseguiu “unir jornalismo, literatura e militância política melhor do que qualquer outro em sua época”. Narrativa que o preparou para escrever sua obra mais conhecida, Dez dias que abalaram o mundo.

Mas "México insurgente" é muito mais do que o primeiro livro do agitador que fundaria o Partido Comunista Operário dos Estados Unidos. Ele nos ensina a ver as grandes personagens da saga mexicana: Villa, Orozco, Zapata, Huerta, Carranza, os reacionários mexicanos, os interesses do capitalismo norte-americano. Especialmente quanto a Francisco Villa, são memoráveis as páginas em que Reed descreve toda a sua inteligência política e suas contradições, seu “dom de expressar com fidelidade a maneira de sentir da grande massa popular”.

Através desse olhar atento, conhecemos o cotidiano da massa insurgente, seus hábitos (suas diferentes bebidas, suas crenças), seus motivos (sua pobreza, seu orgulho e suas ideias), seu território, seu tempo. John Reed foi aqui escritor e historiador, combatente e poeta, pensador cosmopolita e militante esclarecido, antropólogo e quase cineasta. Creio que por essa razão este texto tenha inspirado ninguém menos que o grande cineasta Sergei Eisenstein a elaborar um dos mais impressionantes filmes inacabados da história do cinema: ¡Que viva México!.

Por tudo isso e muito mais, vale para esta obra o mesmo que seu autor escreveu como dedicatória a um de seus professores de Harvard: “que ouvi-lo é aprender a ver a beleza oculta do mundo visível; que ser seu amigo é tentar ser intelectualmente honesto. É a essa beleza e honestidade que este livro nos conduz.

(*) Francisco Alambert, professor do Departamento de História da USP

Sobre o autor
Também autor de contos e poemas, depois da publicação de México Insurgente, seu primeiro livro, John Reed seguiria uma destacada carreira no jornalismo, acompanhando lutas como a dos trabalhadores mineiros do Colorado e a Revolução Russa de outubro de 1917, época em que conheceu Lênin e Trotsky. Esse momento ficou eternizado em sua obra mais famosa, "Dez dias que abalaram o mundo". Foi correspondente na Europa ocidental e oriental durante a Primeira Guerra Mundial e ajudou a fundar o Partido Comunista Operário dos Estados Unidos. Faleceu no ano de 1920, em Moscou, pouco antes de completar 37 anos.

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Que viva México!

A Revolução Mexicana

A Revolução iniciada em 1910 foi um grande movimento popular, anti-latifundiário e anti-imperialista, que foi responsável por importantes transformações no México, apesar da supremacia da burguesia sobre as instituições do Estado.

O PORFIRIATO

O período de 1876 a 1911 caracterizou-se pela ditadura de Porfírio Diaz, responsável pelo desenvolvimento do capitalismo mexicano, apoiado no ingresso de capitais e empresas estrangeiras e em uma política anti popular. O governo de Diaz foi dominado por uma burocracia positivista - os científicos - responsáveis pelo desenvolvimento do capitalismo associado e pela política repressiva às camadas populares. Apoiou-se ainda no exército, que possuía a função de polícia do Estado e na Igreja Católica, que apesar de estar proibida de possuir propriedades que não se destinassem ao culto, possuía grande liberdade de ação.
A principal base de apoio da ditadura foi a camada latifundiária; estes os grandes beneficiários da política do governo, que eliminou o ejido ( terras comunitárias de origem indígena ) possibilitando maior concentração fundiária e a formação de grande contingente de camponeses superexplorados.
O último pilar de sustentação do governo foi o capital estrangeiro, que durante a ditadura passou a controlar a exploração mineral, petrolífera, as estradas de ferro, bancos, produção e distribuição de energia elétrica, grande parte das indústrias e do grande comércio.

O INÍCIO DA REVOLUÇÃO

Do ponto de vista institucional, oficial, considera-se a revolução como o movimento que derrubou a ditadura e possibilitou a ascensão de Francisco Madero em junho 1911. Apesar de originário de uma família de latifundiários, Madero passou a liderar a pequena burguesia urbana, nacionalista, que organizou o movimento "Anti Reeleicionista" Perseguido, foi forçado a exilar-se e tornou-se o símbolo da luta contra a ditadura para as camadas urbanas, inclusive o proletariado.
No entanto, o movimento revolucionário possuía outra dimensão: os camponeses do sul, liderados por Emiliano Zapata, invadiam e incendiavam fazendas e refinarias de açúcar, e ao mesmo tempo organizavam um exército popular. Ao norte, o movimento camponês foi liderado por Pancho Villa , também defendendo a reforma agrária.
Os exércitos camponeses ao longo de 1910 e 1911 ampliaram sua atuação, combateram o exército federal e os grandes proprietários, conquistando vilas e cidades em sua marcha em direção à capital.

A REVOLUÇÃO POPULAR

Em novembro de 1911, Zapata define o Plano de Ayala, propondo a derrubada do governo de Madero e um processo de reforma agrária sob controle das comunidades camponesas. O plano defendia a reorganização do ejido, a expropriação de um terço dos latifundiários mediante indenização e nacionalização dos bens dos inimigos da revolução. A existência de um exército popular organizado e armado era visto como uma ameaça pelo novo governo, pela velha elite e pelos EUA. O avanço popular era contínuo, pois apesar das mudanças no governo, as estruturas sócio econômicas permaneciam sem alterações.

A deposição e assassinato de Madero em 1913 e a ascensão do general Vitoriano Huerta, apoiado pelos porfiristas somente fez crescer as lutas camponesas e desencadeou nas cidades um movimento constitucionalista, que levaria ao poder Venustiano Carranza em 1914.

O governo Carranza adotou uma série de medidas para consolidar as estruturas políticas: promoveu intenso combate às forças populares tanto no sul como no norte do país, adotou medidas nacionalistas que levariam a nacionalização do petróleo ao mesmo tempo em que fez concessões às grandes empresas norte americanas e organizou uma Assembléia Constituinte (excluindo a participação camponesa).

Toda essa situação e a nova Constituição de 1917, considerada extremamente progressista, somente foi possível pela grande pressão popular e pelo envolvimento do México e das grandes potências na Primeira Guerra Mundial.
A Constituição de 17, garantia os direitos individuais, o direito à propriedade, leis trabalhistas, reconhecia o ejido e regulava a propriedade do Estado sobre as terras , águas e riquezas do subsolo; e em parte serviu para desmobilizar os camponeses, fato que contribuiu para o assassinato do líder agrarista Zapata.
 
Fases da Revolução Mexicana
  • Primeira Fase: A revolução começou como uma revolta contra o governo oligárquico Porfirio Díaz que já tinha mais de trinta anos no poder. O movimento foi liderado pelo intelectual e político teorista Francisco I. Madero com o seu slogan "sufrágio efetivo, não à reeleição" mostrando descontentamento em todo o país contra o ditador Diaz. Esta fase terminou com o exílio de Diaz em Paris e a vitória de Madero nas eleições de 1911.
  • Segunda Fase: A segunda fase da revolução começa com o conflito de interesses entre a elite burguesa, antiga aliada de Porfirio Diaz e Madero. Com o apoio dos Estados Unidos e seu embaixador para o México, Henry Lane Wilson, o presidente eleito e vice-presidente José María Pino Suárez são assassinados em 1913, e impôs um ditador Victoriano Huerta como o líder do país. No entanto, devido a outros revolucionários que lutaram contra a ditadura no lugar, Huerta fugiu para os Estados Unidos em 1914. Após estas duas etapas, a Revolução se tornou uma revolução social com Emiliano Zapata (Sul) e Pancho Villa (Norte) para lutar por causas sociais, como a reforma agrária, justiça social, e educação. No entanto ambos os revolucionários tinham a ver com a revolução social-liberal constitutionalista como Álvaro Obregón e Venustiano Carranza.
  • Terceira Fase: É o ponto culminante da revolução armada com a Constituição dos Estados Unidos Mexicanos, 1917, reconhecida por ser uma Constituição liberal social e a primeira do seu gênero no mundo a qual ainda hoje rege no México. A Constituição garante os direitos e reformas liberais (direitos civis e políticos) e sociais (reforma agrária e progresso da legislação trabalhista).

Antecedentes

A Entrevista Díaz-Creelman

As idéias de reforma e de mudança política encontrado um forte impulso quando Porfirio Díaz foi entrevistado por James Creelman, editor da Pearson's Magazine, em Março de 1908. Nesta entrevista, Diaz disse ao jornalista americano, que em sua opinião, que o momento para o povo mexicano e para a democracia chegou, e ele prometeu reformas, uma vez concluído o período de governo, em 1910:
Eu esperei pacientemente o dia em que o povo mexicano estiver preparado para escolher e mudar seu governo em cada eleição, sem o perigo de revoluções armadas, sem prejudicar o crédito nacional e sem prejudicar o progresso do país. Penso que esse dia chegou. Se a República, acrescentou, chegou a surgir um partido da oposição, que seria parecido com uma bênção e não como um mal, e se esse partido pode desenvolver, não para explorar, mas para dirigir, eu gostaria de receber, e gostaria de apoiar (...) o lançamento bem sucedido de um governo plenamente democrático ....
A entrevista provocou diferentes reações. Alguns mostraram um grande interesse na possibilidade de uma eleição, enquanto outros acreditavam que o presidente queria causar uma corrente favorável à sua causa que ele poderia continuar no poder, alguns ainda acreditavam que a entrevista foi uma armadilha que Diaz havia feito a seus inimigos.
O Partido Liberal Mexicano, pelo seu contínuo esforço para organizar a luta armada para derrubar Diaz, no Verão de 1908 entrou com grupos armados nas aldeias de Viesca, Las Vacas (atual Acuña ), em México e do escritório de Puerto Palomas em Chihuahua. Mas voltaria a ser derrotado.

Surgimento de partidos

Após o anúncio da possibilidade de mudança política foram 2 grupos principais de tendência revolucionária: o Partido Nacional Antirreeleccionista e Partido Democrático, enquanto os grupos de tendência porfiristas,como o Partido Nacional Porfirista e Partido Científico escolheu se reajustarem para um melhor desempenho, dada a iminência de uma campanha eleitoral. Outro grupo que também foi desenvolvido em cerca de comprimento, foi o Partido Reyista.
No Partido Democratico, preferiu-se que Porfirio Díaz continuasse à frente do poder, mas acreditava que era necessário encontrar um candidato diferente do Ramón Corral, para a Vice-Presidência da República, como disse, em Abril de 1909, no entanto, porém sem popularidade e foi dissolvida. Nesta situação, o Partido Científico apresentou como candidato ideal para a Presidência e Vice-Presidência da República, Porfirio Díaz e Ramón Corral, respectivamente.
Em Maio de 1909 estava funcionando uma campanha Antirreeleccionista, cujos membros teriam uma significativa ação política, tais como: Francisco I. Madero, Emilio Vázquez Gómez, Toribio Esquibel, José Vasconcelos e Luis Cabrera. O primeiro, Madero, já se tinha tornado famoso por lá, devido à publicação em livro A sua sucessão presidencial em 1910, que fez um estudo sobre a situação política mexicana, com uma abordagem revolucionária .
Partido Reyista, sem ter um programa completo doutrinal, começou a trabalhar para defender a eleição com dois candidatos: General Porfirio Díaz para presidente e General Bernardo Reyes, para o Vice-Presidência, no entanto Porfirio Díaz viajou para a Europa, fora da cena política. O Partido Reyista foi dissolvido e seus membros formaram a Partido Nacionalista Democrático, que se juntaram ao Partido Antirreeleccionista, na Convención Nacional Independiente, que teve sede na Cidade do México em abril de 1910.
Para dar impulso e vigor à Partido e à Convenção, Francisco I. Madero fez uma visita de alguns da nação, que conseguiu despertar entusiasmo em alguns e aumentou o tamanho da Convenção. Quando totalmente instalado, ele se tornou um tema de discussão as eleições e resolveram lançar como um candidato a Presidente da República da Francisco I. Madero, e como candidato ao cargo de Vice-Presidência Francisco Vázquez Gómez, um antigo médico Porfirio Díaz, que tinham sido afastados politicamente. Ao mesmo tempo que foi lançado Madero-Vázquez Gomez, a Convenção deveria elaborar um programa que poderia servir como uma bandeira de luta, em que os princípios de "não-reeleição" do presidente e dos governadores, e "Sufrágio efetivo" foram essenciais.

Plano de San Luis

Como um candidato à presidência, Francisco I. Madero fez uma campanha para nova política para a República, despertando um grande entusiasmo em prol da sua abordagem, em oposição ao regime de Porfirio Díaz(1876-1910), que visa atingir não pela violência, mas também através da participação dos cidadãos no eleições. O governo estava alarmado com a visão de tal situação e prendeu Madero, acusando-o de crimes e atrocidades sob a autoridade de tentativas de padrão no Monterrey, depois de conduzir uma San Luis Potosí para a prossecução dos correspondente processo, sua defesa foi capaz de sair em liberdade sob fiança, desde que não saiam da cidade. Neste clima tenso das eleições tiveram lugar em meados de 1910, que apresentaram irregularidades e foram eleitos Porfirio Díaz e Ramón Corral, que ocupam os cargos de Presidente e Vice-Presidente, respectivamente para o período de 1910-1914.
Acreditando que era impossível uma solução pacífica, Francisco I. Madero estava pronto para iniciar uma insurreição armada. Ele escapou de San Luis Potosí para San Antonio, Texas, que proclamou o Plano de São Luis, a partir de 5 de outubro de 1910, que afirmava:
"Eco da vontade nacional, declaro ilegais as eleições e, portanto, deixando sem legítimos governantes da República, assumirá provisoriamente a Presidência da República, enquanto que a cidade designada por lei para os seus governantes."
Assinalou no artigo 7 º do referido plano, "Em novembro de 20, a partir de seis da tarde em diante, todos os cidadãos da República devem pegar em armas para lançar o poder para as autoridades que nos governam hoje." Naquele dia, porém, quase não aconteceu nada, exceto a retirada de Toribio Ortega e um grupo de 60 líderes em estacionária Knife, Chihuahua, em 14 e 18 dias, em Puebla. O surto do resto dos rebeldes eclodiu no dia seguinte.

A luta armada

O governo foi rápido para parar os centros Antireeleccionistas que envolvia mais riscos, fazendo incursão contra tais centros, na Cidade do México e Puebla. Nesta cidade, foram recebidos relatos de que a casa Aquiles Serdán, que chefiou antireeleccionistas, eram portadores de armas, de modo que os policiais estavam se preparando para fazer uma revista em 19 de novembro de 1910. No entanto, quando a polícia chegou eles foram demitidos, matando no ato Miguel Cabrera, chefe de polícia em Puebla, e alargar a tiro por um longo tempo, o que exigiu a intervenção do exército para cercar a casa e, finalmente, ocupar.
Em 20 de novembro de 1910, como previsto, Madero cruzou a fronteira entre Estados Unidos e México, para iniciar a revolta em Ciudad, Porfirio Díaz (hoje Piedras Negras, Coahuila), mas não teve sucesso e teve de regressar aos território dos EUA. Apesar do aparente fracasso, nas semanas seguintes a sua imagem começou a espalhar-se a revolta em toda a República Mexicana, notou-se que, embora a influência dos Estados Unidos, que favoreceu Madero na mobilização de vinte mil soldados para fronteira mexicana para "manter neutralidade" e enviar barcos de guerra aos portos do Golfo do México, criando pressão no governo porfirista.
Entre os líderes rebeldes, que lançou a rebelião na altura, a seguir, são notáveis, Emiliano Zapata, Ambrosio e Rómulo Figueroa, Manuel Asúnsulo em Morelos; Salvador Escalante e Ramón Romero em Michoacán e Jalisco; Gabriel Hernández em Hidalgo e Pascual Orozco em Chihuahua, entre otros. Em Chihuahua, as ações de Abraham González foram determinantes durante os primeros días do movimento.
Por sua vez, quando a revolta liderada por Francisco I. Madero, eclodir os guerrilheiros do Partido Liberal Mexicano(PLM) irão agir de forma independente, em especial nos estados do norte como a Junta Organizadora de PLM estava operando no exílio a partir de Los Angeles, Califórnia.
O PLM considerava que para melhorar as condições para os trabalhadores e camponeses não bastava derrotar Diaz e mudança de presidente. Assim, o PLM não aspirava somente uma revolução política, mas uma revolução social e sobretudo econômica, ou seja, consideravam abolir o poder oligárquico, não exercê-lo, o objetivo era autoemancipacão e auto-governo.

Queda de Porfírio Díaz

Porfírio Díaz Mori.
A luta armada começou depois da fraude eleitoral perpetrada em 1910 pelo General Porfírio Díaz Mori, que se tinha mantido de maneira quase ininterrupta na presidência do México desde 1876. A presidência de Díaz se tinha caracterizado por impulsionar a industrialização e pacificação do país a custo da exploração das classes camponesa e operária, concentrando a riqueza, o poder político e o acesso à educação num punhado de famílias possuidoras de grandes latifúndios e em algumas empresas de origem estrangeira, principalmente francesas, britânicas e estadunidenses.
O Ministro das Finanças José Yves Limantour, que estava na Europa, retornou ao México através de Nova Iorque, onde os revolucionários se reuniram com ele e deu-lhe as propostas de colocar nas mãos do General Diaz, a fim de chegar a um acordo. Limantour, ao mesmo tempo, ficou muito impressionado com a atitude hostil do governo de Estados Unidos para Porfirio Díaz, porque o governo mexicano da alegada entrada no capital do país. Quando chegou no México, Limantour alertou Porfirio Díaz para fazer várias alterações e reformas políticas para o país. Vários emissários de Diaz se reuniram com os rebeldes e tentaram um cessar-fogo, mas não chegou a qualquer acordo. Os rebeldes, liderados por Pascual Orozco no Norte atacaram Ciudad Juárez, que caiu em Maio de 1911 e, em seguida, Madero enviou um telegrama novamente exigindo a demissão dos dois líderes do país.
Em 21 de maio de 1911 realizou o Tratado de Ciudad Juárez entre delegados porfiristas e revolucionários, que ele aceitou a demissão do Porfirio Díaz e Ramón Corral após 30 anos de ter governado o país. No dia 25, renunciaram as suas posições, marcando o fim da era Porfírio. Porfirio Díaz deixou a capital e embarcou em Veracruz rumo a Europa, onde morreu em 2 de julho de 1915 na cidade de Paris .
Apesar das diferenças ideológicas, o PLM e os pró-Madero, colaboraram para derrotar Porfirio Díaz de 1910, porém o sinal Francisco I. Madero o Tratado de Ciudad Juárez, muitos membros da PLM juntou sua causa, e aqueles que não se juntaram foram fuzilados, presos ou perseguidos por Madero, agora apoiado pelo exército federal de Porfírio. A Junta Organizadora del Partido Liberal Mexicano em Los Angeles não reconheceu o Tratado de Ciudad Juárez e continuou a promover a luta armada, com uma segmentada abertamente anarcocomunismo, contra o governo, o clero e o capital.
Entre Janeiro e Junho de 1911, o mais ação mais significativa do PLM foi a Rebelião Baja California, o território que o PLM é tomou com apoio de estrangeiros socialistas e anarquistas afiliados a Trabajadores Industriales del Mundo em 1911, que foram travadas pelos soldados federais e, em seguida, pelos maderistas com o apoio do governo do Estados Unidos, que foram finalmente derrotados.
Francisco I. Madero

Segunda fase: o governo de Francisco I. Madero

Francisco I. Madero com faixa Presidencial
Zapata
Madero governou como presidente a partir 6 de Novembro de 1911 e 19 de Fevereiro de 1913. Ainda verificou-se que a Revolução não tinha terminado, tornou-se claro que a paz e a ordem estavam longe de ser alcançados. Madero tinha dificuldade para fazer todas as reformas que havia prometido durante a Revolução, como a distribuição de terras aos camponeses. Começaram a surgir grupos de insurgentes em várias partes da República. Havia levantes em Chiapas e Oaxaca, em agosto mostraram um foco rebelde em Yucatán. Apenas alguns dias após o Francisco I. Madero chegar ao poder, Emiliano Zapata, que tinha anteriormente rebelou-se contra Porfirio Díaz, de lançar em Morelos o Plano de Ayala ", que era desconhecida a Madero como presidente e acusou-o de ser um ditador e não cumprir com os princípios revolucionários. Esse plano chamado para a devolução de terras para os povos e os indivíduos que tinham sido descartadas, estão exigindo a desapropriação da terceira parte da grande parcela de terras correspondentes, bem como a nacionalização da propriedade daqueles que se opuseram a Plano.
Zapata exigiram a emissão de uma Lei de Terras, mas respondeu que Madero deve entregar-se e entregar as suas armas em primeiro lugar, causando uma ruptura entre os dois. No Plano de Ayala foi reconhecida como um líder da revolução Pascual Orozco, e se ele não concordar com, mantêm-se como chefe Emiliano Zapata, que de facto aconteceu. O confronto foi apresentado com grande violência, e, mesmo quando lançou várias campanhas contra os zapatistas, eles não poderiam terminar. A situação era ainda mais complicada quando o Pascual Orozco, outro ex-revolucionário, anunciou em Março de 1912, o Plano de Chihuahua, que também repudiava Francisco I. Madero e apelou por reformas sociais. O norte do México foi palco de novos combates, Orozco foi bem sucedido na primeira, em seguida, derrotou Pancho Villa, enquanto ele está procurando, mas foi derrotado no final pelo exército federal comandado pelo Victoriano Huerta e forças rurais de Pancho Villa.

Victoriano Huerta

No início de 1913, Victoriano Huerta, que comandava as forças armadas, conspirou com os Estados Unidos através do embaixador Henry Lane Wilson, Félix Díaz e Bernardo Reyes, para remover do poder Madero. A decena trágica era um evento, em que dez dias de combates esporádicos falsificou uma batalha entre tropas federais liderada por Huerta Díaz e das conservadoras forças rebeldes. Este combate iria parar quando Huerta, Félix Díaz, e Henry Lane Wilson cumpridas e assinaram o "Pacto da embaixada" em que se fez um acordo para conspirar contra Madero para instalar Huerta como presidente.
Quando Huerta ganhou força e se tornou presidente, a maioria dos países em todo o mundo reconheceu-no como o verdadeiro líder. No entanto, o presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson recusou-se a reconhecer o governo de Huerta. O embaixador estadunidense Henry Lane Wilson foi afastado por Woodrow Wilson e seu secretário de Estado William Jennings Bryan, e foi substituído por John Lind, um sueco-americano. Bryan, Presidente Wilson, e muitos mexicanos acusavam Huerta de ser um usurpador do poder presidencial mexicano, em violação da Constituição do México.
Venustiano Carranza, um político e fazendeiro de Coahuila, estava na liderança da oposição contra Huerta, apelando aos constitutionalistas as suas forças, com o apoio secreto dos Estados Unidos. Em 26 de março de 1913, Carranza emitiu o Plano de Guadalupe, que foi a recusa de reconhecer Huerta como presidente e deu uma declaração de guerra entre as duas facções. Líderes como Pancho Villa, Emiliano Zapata, Venustiano Carranza, Álvaro Obregón conduziram a luta contra Huerta. Em abril de 1914, a oposição estadunidense a Huerta tinha atingido o seu ápice quando as forças armadas americanas ocuparam o porto de Veracruz, cortar o fornecimento de armas e dinheiro a partir do Império Alemão. Em finais de julho, esta situação piorou para Huerta. Ele renunciou e fugiu para Puerto México.

Legado

Após Huerta deixar vago a Presidência, ele mudou-se para Espanha, em uma tentativa de estabelecer um novo lar. Mais tarde, ele voltou para o México para tentar criar uma contra-revolução ao pós-revolucionário Estado mexicano.
O Império Alemão, o que favoreceu Huerta enquanto ele estava no poder, ele considerada um importante ponto relacionado com a eclosão da guerra na Europa (Primeira Guerra Mundial). Se Huerta poderia estabelecer-se novamente como líder do México, que era a meta do governo alemão, os Estados Unidos perderiam seu foco, dando aos alemães uma vantagem na Europa. Huerta mudou-se para os Estados Unidos, onde começou a trabalhar em direção a outra revolução no México. O governo alemão deu-lhe o financiamento e consultoria.
O governo estadunidense e Carranza, o recém-eleito presidente do México, estavam preocupados quando com a chegada de Huerta. Estabelece-se vigilância sobre Huerta e tentar garantir que ele não entrasse no México. O governo dos Estados Unidos e Carranza quis evitar uma nova contra-revolução. .
Huerta não sobrevive por muito tempo para voltar a entrar no México. Ele foi parado na fronteira em El Paso, Texas, pelo governo dos Estados Unidos e aí mantidas sob prisão domiciliar. Ele morreu no início de 1916.

Os Irmãos Flores Magón

Ricardo (esquerda) e Enrique (direita) Flores Magón, presos em Los Angeles
Estes personagens históricos levaram a criação do Partido Liberal Mexicano e foram os precursores da Revolução Mexicana. Os princípios relativos aos direitos dos trabalhadores e da posse da terra pelos camponeses no Programa do Partido Liberal Mexicano de 1906 foram reafirmados pela Constituição de 1917.
Os irmãos Magón nasceram em Oaxaca, 16 de setembro de 1873, filhos de uma família pobre. Começaram uma carreira jornalística. Em 7 de Agosto de 1900, junto com seus dois irmãos Enrique e Jesús Flores Magón, fundou o jornal Regeneración, "um órgão independente de combate" através do qual criticavam a corrupção do regime ditatorial de Porfirio Díaz, que à força exterminava seus opositores políticos e se reelegera através de eleições fraudulentas por diversas vezes.[1]
Durante o Primeiro Congresso dos Círculos Liberais, ocorrido na cidade de San Luis Potosí, Ricardo, que participava junto com seus irmãos, fez críticas duras porém bem fundamentadas contra a administração de Diaz que definiu pela pistolagem, corrupção e violência, como "um bando de bandidos". Como conseqüência de suas críticas tanto no congresso como através do jornal Regeneración ele e seus irmãos passaram a ser perseguidos pela ditadura sendo presos algum tempo depois.[1]
Em 22 de Maio de 1901 Ricardo e Jesús foram enviados para a prisão de Belén, na Cidade do México. Paralelo a isso o periódico Regeneración foi fechado pela primeira vez, tendo todas suas peças de tipografia confiscadas pelos policiais. Com Ricardo e Jesús na cadeia, a ditadura de Diaz passou a se utilizar de forçosa morosidade para mantê-los por um longo período presos. Seus julgamentos só aconteceriam em 30 de Abril de 1902, após os quais seriam absolvidos.[2]Eles foram presos várias vezes no México e nos Estados Unidos por suas atividades políticas que transitaram do liberalismo para anarquismo.
Desde 1905 co-organizaram o Partido Liberal Mexicano que seria fundado um ano depois. Os postulados deste partido inspiraram os motins e greves que seriam o começo do fim de Porfirio Díaz. Durante o exílio nos Estados Unidos mantiveram contato com os socialistas e anarquistas do movimento operário estadunidense que pressionaram para que o governo americano não enviasse tropas para o território mexicano, sob o pretexto de proteger os investimentos americanos no México. Também interveio para que fossem formados comitês de apoio econômico e político para a revolução social.
Após a morte de Ricardo, reconheceu-se a importância de sua participação como um precursor da Revolução Mexicana. Ele morreu em uma prisão nos EUA em 1922.
Após a morte de seu irmão Ricardo, Enrique Magón regressou ao México em 1923. Ele teve desentendimentos com outros integrantes no que foi a Junta Organizadora do Partido Liberal Mexicano.
Em 1933, Enrique juntamente com dirigentes da Liga Nacional Agrária, participou da fundação da Confederação Camponesa do México em San Luis Potosi, que apoiou a candidatura de Lázaro Cárdenas.
Também conheceu o historiador Samuel Kaplan e de suas conversações publicou o livro "Combatimos la tiranía; un pionero revolucionario mexicano cuenta su historia", publicado em 1958[3].
Enrique Flores Magón morreu na Cidade do México em 28 de Outubro de 1954.

Pancho Villa

José Doroteo Arango Arámbula, mais conhecido como Francisco "Pancho" Villa, nasceu no norte do estado de Durango. Ele foi um dos líderes da Revolução Mexicana. Villa com seu exército aderiu às fileiras do movimento pró-Madero. Ele levou os Villistas em muitas batalhas, tais como o ataque de Ciudad Juárez em 1911 (que derrubou Porfirio Díaz e deu poder a Madero), a Batalha de Celaya.
Em 1911, Victoriano Huerta nomeou Villa como seu comandante-chefe militar. Durante este período Huerta e Villa se tornaram rivais. Em 1912, quando homens de Villa e apreenderam um cavalo, ele decidiu mantê-lo para si próprio, Huerta ordenou executarem Villa por insubordinação. Raúl Madero, irmão do presidente Madero, interveio para salvar a vida de Villa. Preso, na Cidade do México, Villa fugiu para os Estados Unidos. Pouco depois do assassinato do presidente Madero, Villa retornou com um grupo de companheiros para lutar contra Huerta. Em 1913 o grupo tinha-se tornado a División del Norte de Villa(Divisão do Norte). Este exército liderado por Villa teve numerosos membros estadunidenses. Villa e seu exército, junto com Carranza e Obregón, ingressou na resistência à ditadura de Huerta.
Villa e Carranza tinham objetivos diferentes. Villa queria continuar a revolução e se tornou um inimigo de Carranza. Após Carranza assumiu o poder em 1914, Villa e outros revolucionários que opositores se reuniram no que foi chamado de Convenção de Aguascalientes. A convenção depunha Carranza em favor de Eulálio Gutiérrez. No inverno de 1914, tropas de Villa e Zapata ocuparam a Cidade do México. Mais tarde seria substituído como chefe do país, por Carranza e Obregón.
Columbus, Novo México, após ter sido ataque de Pancho Villa.
Em 1915, Villa participou em duas das mais importantes batalhas durante a revolução, os dois conflitos na Batalha de Celaya, em 6 e 7 de abril e 13-15 de abril. Obregon derrotou Villa na Batalha de Celaya, uma das mais sangrentas da revolução. Carranza emergiu como o vencedor da guerra e tomou o poder. Pouco tempo depois, os Estados Unidos reconheceram Carranza como presidente do México. Em 9 de março de 1916, Villa cruzou a fronteira México-Estados Unidos invadiram e Columbus, Novo México, em uma tentativa de deter a intervenção dos Estados Unidos e enfraquecer a administração de Carranza. Durante este ataque, 18 americanos foram mortos, bem como 90 homens que seguiam a Villa. A partir do ataque aos Estados Unidos, Pancho Villa foi visto pelos estadunidenses mais como um bandido do que um revolucionário.
Pressionados pelos texanos a enfrentar o ambiente caótico, o presidente estadunidense Woodrow Wilson enviou General John J. Pershing e 10 mil homens da tropa em uma busca infrutífera para capturar Villa. Era conhecido como a Expedição punitiva. Após quase um ano de combates locais rebeldes, os americanos chamaram Pershing e deram o comando da Força Expedicionária Americana na Primeira Guerra Mundial.
Em 1920, Obregón finalmente assinado um tratado de paz com Villa, que se aposentou a partir da revolução. Em 1923, Villa foi assassinado por tiros enquanto viajava em seu carro.

Emiliano Zapata (ativa 1910-1919)

Emiliano Zapata
Emiliano Zapata Salazar foi uma figura na Revolução Mexicana. Ele é considerado um dos heróis nacionais do México: cidades, ruas e habitações chamado "Emiliano Zapata" são comuns em todo o país. Sua imagem foi usada em notas mexicanas. As pessoas têm uma opiniões diferentes sobre a sua avaliação de Emiliano Zapata e seus seguidores. Alguns deles considerados bandidos, mas a outros que eram verdadeiros revolucionários que trabalhava para os camponeses. Os presidentes Porfirio Díaz e Venustiano Carranza chamavam Zapata de mulherengo, bárbaro, e um bandido. A mídia conservadora apelidou Zapata de "O Átila do Sul".
Camponeses e indígenas mexicanos admiravam Zapata como uma prática revolucionária populista cujo grito de guerra "Tierra y Libertad" (Terra e Liberdade), foi elaborada no âmbito do Plano de Ayala para a reforma agrária. Ele lutou pela emancipação política e económica dos camponeses no sul do México. Zapata foi assassinado em 1919 pelo general Pablo González e seu assessor Coronel Jesús Guajardo em elaborar uma emboscada. Guajardo criado na reunião sob o pretexto de querer defeito do lado de Zapata. Na reunião, os homens de Gonzalez assassinaram Zapata.

Zapatistas

Os Zapatistas foram um movimento armado fundado por cerca de 1910. O Exército de Libertação do Sul (Exército Libertador del Sur) lutou durante a Revolução Mexicana para a redistribuição das terras agrícolas. Zapata e seu exército e aliados, incluindo Pancho Villa, lutaram pela reforma agrária no México. Especificamente queriam criar comuns direitos fundiários para o México e para os indígenas, que haviam perdido suas terras para a maioria da elite de ascendência européia ricos.
A maioria dos adeptos do Zapata eram camponeses indígenas a partir de Morelos, e zonas circundantes. Mas intelectuais de áreas urbanas também aderiram à zapatistas e desempenhar um papel significativo em sua circulação, especificamente a estrutura e as ambições zapatistas. Zapata recebeu apenas alguns anos de educação limitado em Morelos. Educado adeptos ajudou a expressar o seu objectivo político. Os intelectuais urbanos eram conhecidos como "os meninos da cidade" e eram predominantemente homens jovens. Eles aderiram aos zapatistas por muitas razões, incluindo a curiosidade, simpatia, e ambição.
Zapata fez acordo com intelectuais onde poderiam trabalhar em estratégia política, mas ele tinha o principal papel na proclamando a ideologia zapatista. A cidade também meninos desde os cuidados médicos, ajudaram a promover e instruir quem apoiava a ideologia, criou um plano de reforma agrária, auxiliado na reconstrução de aldeias destruídas pelas forças governamentais, escreveram manifestos, e enviou mensagens de Zapata a outros líderes revolucionários. Compadre Otílio Montaño foi um dos mais proeminentes da cidade dos rapazes. Antes da Revolução, Montaño foi um professor. Durante a Revolução lecionou Zapatismo, recrutados cidadãos, e escreveu o Plano de Ayala para a reforma agrária. Outro bem conhecido da cidade rapazes foram Abraham Martínez, Manuel Palafox, Antonio Díaz Soto y Gama, Pablo Torres Burgos, Gildardo Magaña, Dolores Jiménez Muro, Enrique Villa, e Genaro Amezcua.

Mulheres na causa zapatista

Muitas mulheres foram envolvidas com a causa zapatista. As pretensões eram, normalmente, locais, as mulheres foram capazes de ajudar os soldados zapatistas nas suas casas. Houve também soldadas que serviram a partir do início da revolução. Quando Zapata reuniu com o presidente Madero, em 12 de julho de 1911, ele estava acompanhado de suas tropas. Entre estas tropas militares do sexo feminino, incluindo oficiais. Algumas mulheres também levou bandido gangues antes e durante a Revolução. As mulheres aderiram à causa zapatista como soldados por várias razões, incluindo a vingança de familiares mortos ou para realizar ataques. Talvez o mais popular. Uma delas foi Margarita Neri, que era um comandante. As mulheres lutaram bravamente pelos zapatistas e alguns foram mortas em batalha. Muitos sobreviventes continuaram a vestir roupas masculinas e pistolas levar muito tempo depois da Revolução terminou. Coronel María de la Luz Espinosa Barrera foi um dos poucos cujo serviço foi formalmente reconhecido com uma pensão como um veterano da Revolução Mexicana.

Terceira fase: Governo de Venustiano Carranza(1914-1920)

A fim de conter a carnificina, Venustiano Carranza, o governador do nordestino estado de Coahuila formou o Exército Constitucionalista tendo em vista pacificar o país adotando a maior parte das demandas sociais defendidas pelos rebeldes e integrando-as a uma nova Constituição de tom progressista. Carranza conseguiu incluir a maior parte das demandas no texto da Constituição de 1917, incluindo o Plano de Ayala de Emiliano Zapata, mas seu desejo de pacificar o país provou ser mais forte do que sua habilidade para solucionar os problemas que tinham dada origem à violência, assim que, um a um, foi assassinando os rebeldes do movimento.
Durante a sua presidência ele convocou seu próprio secretária e assessora próxima, Hermila Galindo de Topete para apoiar e fazer campanha para ele. Através de sua propaganda que ele foi capaz de obter o apoio das mulheres, dos trabalhadores e camponeses. Carranza também ajudado pelo seu lobby para a igualdade das mulheres. Ele ajudou a mudar e reformar o estatuto jurídico das mulheres no México. [4]
Embora suas intenções pudessem ser boas, Carranza não foi capaz de permanecer no poder tempo suficiente para aplicar muitas das reformas na Constituição de 1917. Houve uma maior descentralização do poder por causa de sua fraqueza. Ele tinha nomeado General Álvaro Obregón como Ministro da Guerra e da Marinha. Em 1920, com os outros principais generais Obregón, Plutarco Elías Calles e Adolfo de la Huerta lideraram uma revolta contra Carranza no Plano de Agua Prieta. Seus exércitos derrotaram Carranza e o assassinaram em 21 de maio de 1920.

Constituição de 1917

É então convocado uma Assembléia Constituinte, na cidade de Querétaro, que foi assistido por membros somente pró-Carranza, foram excluídos de todos os seus inimigos ou desafeto. Os membros do Congresso desenvolveram uma nova Constituição Federal. Muitos artigos com reformas foram introduzidas, ou completamente novas, especialmente em sobre a reforma agrária, que promoveu a distribuição de terras, e que ele vê à proteção da classe trabalhadora. Além disso os artigos que legislaram sobre problemas religiosos e educativos, chegaram a ser tema na Guerra Cristera com Plutarco Elías Calles. O projeto inicial da Constituição foi redigida pela Deputados José Natividad Macías Felix F. Palavicini, Luís Manuel Rojas, Alfonso Cravioto, Manuel Andrade e John N. Fria, mas no decorrer das seções, o projeto foi alterado a sua forma final, que obteve, foi possível aprovar a Constituição da 5 de Fevereiro de 1917.
Entre as suas normas fundamentais, nomeadamente:
  • O artigo 1 determinou a outorgação de garantias ou de direitos individuais de todos os tipos de pessoas.
  • O artigo 2 proibía escravidão.
  • O artigo 3 estabelecido educação laica para escolas e particulares.
  • O artigo 4 prevê a liberdade de trabalho.
  • O artigo 5 proíbe a criação e os votos religiosos de ordens religiosas.
  • O artigo 7 prescrita a liberdade de imprensa.
  • O artigo 24 estabeleceu a liberdade de crença, mas proibido qualquer acto de culto externo fora dos templos ou casas particulares.
  • O artigo 27 estabeleceu o velho princípio espanhol do domínio do subsolo. Estabelecida a distribuição de terras e perpetuado a nacionalização dos bens da Igreja e para proibir a existência de escolas religiosas, mosteiros, bispos e outros.
  • O artigo 39 estabelece o princípio da soberania nacional.
  • O artigo 40 assinala que o sistema de governo era uma república representativa, democrática e federal.
  • O artigo 49 do ano dividiu o poder supremo da Federação em três ramos: legislativo, executivo e Federal
  • O artigo 50 afirmou que o Congresso Legislativo deverá ser constituída por um Congresso com duas câmaras, uma câmara alta e uma baixa, ou seja, os senadores e deputados.
  • O artigo 80 consagradou como depositário do Executivo Presidente dos Estados Unidos Mexicanos.
  • O artigo 94 estabeleceu as bases do Poder Judiciário da Federação.
  • O artigo 107 instituiu o "juízo de Amparo."
  • O artigo 115 estabeleceu as bases do livre município.
  • O artigo 123, estabeleceu um sistema de defesa da classe trabalhadora.

O envolvimento americano na Revolução Mexicana

Os relacionamento dos Estados Unidos com o México tem sido muitas vezes turbulenta. Durante o movimento de independência mexicano, os EUA ajudaram os insurgentes mexicanos a conseguir independência, utilizando a Doutrina Monroe como a justificativa. Com o reinado de governantes considerados ditadores, como Agustín de Iturbide e Santa Anna, as relações EUA-México deterioraram. Quando o presidente liberal Benito Juárez chegou ao poder com pretensão de construir uma sociedade democrática mexicano, presidente Lincoln elogiou pessoalmente ele e suprimentos foram enviados para ajudar Juárez a derrubar o imperador Maximiliano de Habsburgo. Este apoio durante os Guerra Civil Americana terminou com o posterior assassinato de Lincoln. Após a morte de Juarez, México passou a ter um regime de governo do porfiriato.
Entrando no século XX, proprietários estadunidenses, incluindo grandes empresas, que se respondia por cerca de 27% das terras mexicanas. Em 1910, o investimento industrial americano foi de 45%, obrigando os presidentes Taft e Wilson para intervir em assuntos mexicanos. Nos interesses políticos e econômicos, os governo dos EUA geralmente apoiou o homem no que estava no poder (Presidente Woodrow Wilson condenou Huerta pelo assassinato de Madero e Pino Suarez). Duas vezes durante a Revolução Mexicana, os EUA enviou tropas para o México.
A primeira vez foi em 1914, durante o incidente Ypiranga. Quando descobriu-se que os agentes navio mercante alemão Ypiranga estava transportando armas ilegais para Huerta, o presidente Woodrow Wilson ordenou tropas para o porto de Veracruz para parar o navio no estaleiro. Ele não declarou guerra contra o México. As tropas estadunidenses então realizaram uma operação contra o exército de Huerta em Veracruz. A Ypiranga conseguiu ir à outro estaleiro, o que deixou furioso Wilson. O pacto do ABC arbitrou e as tropas americanas deixaram o solo mexicano, mas o incidente acrescentou tensões nas relações EUA-México.
E em 1916, em retaliação pela invasão do exército de Pancho Villa em Columbus, Novo México, e pela morte de 16 cidadãos americanos, o presidente Wilson enviou Brigadeiro-Geral John J. Pershing no México para capturar Villa. Villa ficou entrincheirado nas montanhas do norte do México, e conhecia muito bem o terreno a ser vasculhado pelas Forças Armadas. General Pershing foi forçado a abandonar a missão e voltar para os Estados Unidos. Este evento, no entanto, o mais profundo nas tensas relações entre EUA e México ajudaram um sentimento anti-americano a crescer mais.

Álvaro Obregón

O governo de Carranza durou pouco. O general Álvaro Obregón, que tinha desempenhado na primeira etapa de seu governo o cargo de Ministro de Guerra e Marinha, sublevou-se ao ver-se em desvantagem em sua luta pela candidatura oficial nas próximas eleições federais e levou à morte de Carranza em 21 de maio de 1920. Obregón assumiu o poder e demonstrou não só ser um hábil militar, pois terminou de pacificar a maior parte do país, senão um hábil político que fomentou a criação e ao mesmo tempo se fez o apoio de múltiplos sindicatos e centrais operárias. Foi sucedido pelo também general Plutarco Elías Calles, que promoveria algumas leis anti-clericais que provocariam a Guerra Cristera e fundaria o Partido Nacional Revolucionário (PNR), mais tarde Partido Revolucionário Institucional (PRI) com a finalidade de estabelecer no país e normalizar o acesso ao poder dos principais veteranos da Revolução Mexicana,, que se manteria na presidência da República por mais de setenta anos. Ainda que a reeleição estivesse expressamente proibida pela Constituição de 1917, Obregón conseguiu fazê-lo em 1928 mas foi assassinado por um extremista católico antes de tomar posse do cargo.

O fim da revolução

Historiadores ainda debatem exatamente o fim do "período revolucionário". De uma perspectiva militar, que terminou com a morte do Primeiro Chefe do Exército Venustiano Carranza, em 1920, e da ascensão ao poder do general Álvaro Obregón. Tentativas de golpe esporádicas e revoltas continuaram, por exemplo, na Guerra Cristera de 1926-1929. A aplicação efetiva das disposições sociais do 1917 na Constituição do México e cessão próxima da atividade revolucionária não ocorreu até que a administração de Lázaro Cárdenas (1934-1940). De acordo com Robert McCaa, o total de "custos demográficos", durante a Revolução Mexicana 1910-1920 foi de aproximadamente 2,1 milhões de pessoas. [5]
Cárdenas também aboliu a pena de morte, mais conhecido no México como "fusilamiento", a morte por fuzilamento. Cárdenas e as pessoas com mobilidade reduzida a capacidade de controlar a república sem execuções sumárias mostraram o período revolucionário estava no seu final.
Outro grande passo foi dado em 1940, quando renunciou voluntariamente Cardenas todos os poderes para o seu sucessor Manuel Ávila Camacho, uma pessoa coletiva de transição que não tinha precedentes na história mexicana. Em 1942, Ávila Camacho e todos os ex-presidentes do México vivos apareceram no palco na Cidade do México, em Zócalo, na frente do Palácio Nacional, para incentivar a povo mexicano para apoiar os americanos e britânicos em Segunda Guerra Mundial. Esta manifestação de solidariedade política entre os diversos elementos sinalizou o verdadeiro fim da Revolução. Dada a sua importância na história nacional, os políticos e os partidos políticos mexicanos se referem freqüentemente à Revolução, em sua retórica política.


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