O Dadá sabe tudo: como o Dantas soube da Satiagraha
- Publicado em 07/04/2012
Dadá conversava muito com a Folha
O Dadá sabe muita coisa.
Na pág 3 do Globo deste sábado, Dadá aparece como representante de Carlinhos Cachoeira e licitações ou supostas licitações na Infraero, para defender interesses de Demóstenes e Cachoeira.
Dadá era do serviço de Inteligência da Aeronáutica e depois se tornou figurinha manjada do sub-mundo da arapongagem e do “jornalismo investigativo” de Brasília.
Se o PiG apertar bem, se furar com broca de dentista, vai chegar à jornalista investigativa da Folha, Andrea Michael.
O Dadá sabe como a Andrea Michael passou informações da Satiagraha ao Daniel Dantas e quase desmonta a Satiagraha.
Dadá sabe de todos os detalhes desse serviço inestimável que o banqueiro condenado recebeu da jornalista “investigativa”.
Foi um dos momentos inesquecíveis da História da Folha.
Andrea Michael aparecerá num próximo livro da Editora Três que tratar das caminhonetes da Folha a serviço da tortura.
O Juiz Fausto De Sanctis lamenta não ter mandado prender Michael, como pediu o presidente da Satiagraha, o ínclito delegado Protógenes Queiroz.
De Sanctis acreditava que o PiG saberia fazer a mea-culpa e extirparia Michael de seu meio.
Ao contrário: numa sessão de fuzilamento no programa com Protógenes, no Roda Morta, da TV Cultura, Michael foi elevada à condição de Joana D’Arc pelos jornalistas “investigativos” que a defenderam com unhas e dentes.
Dadá conhece mais da Historia do Jornalismo Contemporâneo Brasileiro do que os autores daquele livro que a Folha editou para se blindar.
O amigo navegante não se recorda desse Momento Sublime do PiG (*) ?
Uma desinteressada contribuição se segue:
Protógenes identifica advogado e jornalista da gravação
A propósito da divulgação de um áudio da Operação Satiagraha, onde há menção a um advogado e a uma jornalista, este ansioso blogueiro conversou por telefone com o deputado federal pelo PC do B de São Paulo, Protógenes Queiroz.
Na qualidade de delegado da Polícia Federal, Protógenes presidiu a Operação Satiagraha.
O áudio é verdadeiro ?
Sim, parece idôneo, ele respondeu.
(Ouça abaixo a íntegra da entrevista.)
Protógenes observou que foi precisamente um suposto vazamento que o condenou na Justiça, na primeira instância.
Pergunta ele: por que ele vazaria a Satiagraha ? Para boicotá-la ?
E agora: quem vazou para os hackers ?
Com que objetivo ?, pergunto.
Segundo Protógenes, esse vazamento, agora, tem o objetivo de tentar desestabilizar o Governo Dilma.
Num telefonema posterior, este ansioso blogueiro perguntou: por que desestabilizar ?
Porque a Satiagraha pega o PT e o PSDB, ele respondeu.
Quem são Bernardo e Cristina, que aparecem no início da gravação ?
São integrantes do grupo do banqueiro condenado, Daniel Dantas, ele responde.
Quem é Nélio ?
Quem defendia Daniel Dantas era o Dr Nélio Machado, respondeu Protógenes.
Nélio Machado é quem traçava a estratégia de defesa de Dantas.
O Nélio do áudio se refere a uma jornalista – sem dar o nome – que passava informações muito precisas.
Tão precisas que deram “consistência” a um pedido de “salvo conduto” que Nélio tentaria na Justiça.
Quem é essa jornalista, perguntei.
É a Andréa Michael, da Folha, ele respondeu.
Foi ela quem em abril de 2008, no sábado, na Folha, estampou parte da investigação Operação, explicou Protógenes.
Por causa disso, foi preciso fazer um esforço muito grande para “fechar” a investigação.
Por que fechar ?, pergunto.
Porque havia indícios de que uma parte da cúpula da Polícia Federal estava comprometida com esses vazamentos.
Protógenes conta que foi obrigado a “fechar” a investigação até para a cúpula da Polícia.
A mesma cúpula que tirou pessoal da Satiagraha, e que, em pouco tempo, mudou duas vezes a base física da Operação.
Houve tempo em que Protógenes só contava com dois funcionários da Polícia Federal para realizar o trabalho.
A reportagem da Andrea Michael poderia ter destruído a Satiagraha, perguntei ?
Sim !, ele responde.
O vazamento ocorreu em abril e a Satiagraha só pôde ser desfechada em julho.
Quase que a gente não consegue apreender o R$ 1 milhão em espécie, diz Protógenes.
Sobre essa apreensão em dinheiro, convém assistir à reportagem sobre a passagem de bola que o jornal nacional exibiu e Gilmar Dantas ignorou.
A voz de Brasília no áudio se refere a um delegado Troncón, da Polícia Federal, que teria posição diferente da sua na Satiagraha – explicou o ansioso blogueiro.
Quem é Troncón, perguntou o ansioso blogueiro.
Trata-se de Roberto Troncón, hoje Superintende da Policia Federal em São Paulo e, na época, diretor geral do Combate ao Crime Organizado – explicou Protógenes.
Ele explica que Troncón – um homem acima de qualquer suspeita, diz Protógenes -, de fato, via a Operação de forma diversa.
Protógenes lembra também que muitos vazamentos para a imprensa, talvez provenientes da própria Polícia Federal, mais tarde se confirmaram.
Por exemplo, o vazamento sobre a remoção de Protógenes da Diretoria de Inteligência – onde começou a investigar Daniel Dantas – para a de Combate ao Crime Organizado – e, portanto, subordinado de Troncón.
Troncón foi nomeado para o importantíssimo cargo de Superintendente em São Paulo pelo Ministro da Justiça Zé Eduardo Cardozo.
Sobre a conclusão da Satiagraha pelo Delegado Saadi, existe um pedido do líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira, ao Ministro Zé Cardozo.
Por que a Satiagraha II só vaza para a Época ?
E por que o vazamento para a Época não provoca nenhum processo, como os 893 que Luis Fernando Corrêa – aquele que não acha o áudio do grampo – moveu contra Protógenes ?
Viva o Brasil !
Paulo Henrique Amorim
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