Os mercados ensinam a austeridade aos jornalistas gregos
Esquerda.netO presidente do sindicato dos fotojornalistas gregos, Marios Lolos, foi submetido a uma cirurgia na cabeça devido às feridas sofridas por espancamento da polícia de choque grega. Segundo o sindicato, o jornalista sofreu traumatismo craniano que exigiu a intervenção cirúrgica.
Foi o segundo dia de ataques da polícia a repórteres da imprensa e da TV e a fotojornalistas, segundo relato do site informativo Keep Talking Greece.
A polícia não permitiu que ninguém se aproximasse do edifício do Parlamento, e agrediu, desferiu pontapés e esmurrou indiscriminadamente manifestantes e jornalistas. Os manifestantes protestavam contra o governo e homenageavam a memória do farmacêutico aposentado Dimitris Christoulas, que se suicidou na quarta-feira, “para não se ver obrigado a revirar lixo para assegurar o seu sustento”.
O local do suicídio de Christoulas, que tinha 77 anos, está agora coberto de velas, pequenas bandeiras e cartazes.
A polícia grega anunciou mais tarde que fará uma investigação interna acerca da agressão a Lolos e o comportamento violento para com os jornalistas.
O governo não eleito grego prepara-se para adiar mais uma vez a marcação da data das eleições gerais a pretexto de ainda não ter conseguido chegar a acordo com os credores privados que não aceitaram a solução de troca de obrigações estabelecida com a maioria dos detentores privados de dívida grega.
A data deveria ter sido anunciada esta semana mas o porta-voz do governo, Pantelis Kapsis, anunciou quarta-feira que isso só acontecerá provavelmente na próxima semana.
Este cenário torna cada vez mais prováveis as possibilidades de as eleições, previstas vagamente para maio, depois de terem sido anunciadas inicialmente para fevereiro, serem adiadas sucessivamente com base nas alegadas dificuldades para finalizar o processo que permitirá finalmente a chegada a Atenas do segundo resgate nas condições impostas pela troika. Entretanto, o governo não eleito de Papademos vai impondo já o pacote de austeridade associado a esse resgate.
Segunda-Feira, 09 de Abril de 2012
O capitalismo esclerosado
Najar Tubino (*)
A ideia é do professor da Universidade de N.York David Harvey, em visita recente ao Brasil. Os fluxos que mantém o capitalismo em funcionamento estão sendo bloqueados e isso pode levar o sistema para uma situação doentia.
- Comparo o capitalismo a um corpo que pode ficar doente se houver restrições ao fluxo sanguíneo. É importante perceber como o capitalismo depende da continuidade do fluxo de capital, e como qualquer interrupção, por qualquer motivo, pode ter custos muito altos. A questão é: o capitalismo é um sistema que está ficando esclerosado.”
Harvey, que pode ser um descendente do cientista inglês Willian Harvey, que descobriu o funcionamento do sistema circulatório no ser humano, considera que na atualidade existem muitos pontos de bloqueios com potencial para oferecer riscos à saúde, sem considerar o fato de que o corpo continua em crescimento e há uma expansão infinita das artérias do fluxo de capital e do fluxo de mercadorias.
UMA MONTANHA DE DINHEIRO
A questão da esclerose pode ser visualizada em vários aspectos da vida econômica do planeta. E também dos seus habitantes. Começando pela discussão recente de “tsunami de dólares” que os países ricos estão fazendo pelo mundo afora. Um estudo do Instituto Internacional de Finanças (IIF) constatou que a enxurrada de dólares tem um valor bem definido: trata-se de US$ 6,3 trilhões, somando as compras de bônus e ativos podres dos bancos centrais dos Estados Unidos, União Europeia, Japão e Inglaterra (que não está integrada na zona do euro). Este último caso refere-se à compra dos “gilts” bônus da Grã-Bretanha que o Banco Central da Inglaterra tem comprado no total de US$ 511 bilhões, quando fechar a operação este ano.
É preciso esclarecer as taxas de juros nestas regiões: 1% na Europa, 0,25% nos EUA e 0,5% na Inglaterra. Ao ano, logicamente. A dúvida do IIF, representante dos bancos no sistema financeiro, é se os associados terão condições no futuro de promover empréstimos com dinheiro arrecado do suado trabalho da atividade econômica.
- Os bancos se tornariam incapazes de obter ‘funding’ em bases comerciais, tornando-se nacionalizado pela porta dos fundos. "Persiste a interdependência entre bancos e títulos soberanos, fator que as agências de classificação de risco têm usado para rebaixar os ratings das instituições financeiras”.
EMPURRANDO COM A BARRIGA
Só para citar um exemplo, no caso francês, os três maiores bancos, BNP Paribas, Société Genérale e Credit Agrícole detêm em seus balanços 620 bilhões de euros em títulos soberanos de países como Grécia, Portugal, Espanha e Irlanda. O levantamento do IIF também apontou que a exposição total dos bancos europeus aos títulos públicos é de 1,45 trilhões de euros em seus balanços, o que corresponderia a 64% do capital das instituições. Nos Estados Unidos a exposição dos bancos é de US$ 158 bilhões de títulos do Tesouro, ou 10% de seu capital.
Desde o início de 2011, o Federal Reserve (Banco Central) aumentou seus ativos em 20%, o Banco da Inglaterra em 27% e o Banco Central Europeu em 54%, contando a última liberação de financiamento de um trilhão de euros.
ATÉ AS MONTADORAS PEGARAM UMA GRANA
Por sinal, os bancos italianos pegaram 139 bilhões de euros do BCE, para pagar em três anos. Os espanhóis ficaram com entre 110 e 120 bilhões e os alemães, pelo menos, com 100 bilhões. Até mesmo as montadoras, como Mercedes Bens, do grupo Daimler e Volkswagen pegaram uma graninha, mas não divulgaram quanto. Ninguém precisa ser um especialista em matemática financeira, para deduzir que este dinheiro vai rodar pelo mundo nos próximos três anos, ganhando juros nos países emergentes, ou comprando empresas de barbada, que estarão à venda, ou prontas, para fusão.
Tivemos um caso no Brasil, público, da aplicação realizada pela Coca-Cola de US$ 3 bilhões, no sistema financeiro brasileiro. Parte dos mais de US$ 8 bilhões do lucro da corporação no mundo, que obteve um faturamento em 2011 de mais de 46 bilhões de dólares. Refrigerantes e sanduíches são dois ingredientes fundamentais do capitalismo esclerosado. O Mac Donald faturou no mundo mais de US$ 30 bilhões, com lucro de US$ 5,5 bilhões. Os brasileiros contribuíram com US$ 950 milhões em sanduíches, do tipo “amo muito isso”, embora tenham mais de 20% de gordura.
ENTRA POR UM LADO E SAI PELO OUTRO
Continuando o raciocínio do professor Harvey. A Europa em recessão, crise da dívida pública, demissões, aumento da idade de aposentadoria e coisas do tipo. Aí a bancada socialista do parlamento europeu encomendou um estudo para a consultoria britânica Tax Research sobre a evasão fiscal no continente. Ou seja, quanto sai de dinheiro, sem o pagamento de impostos. É o outro fluxo sanguíneo, responsável por manter a infraestrutura dos países.
Qual a conclusão do levantamento... cerca de 1 trilhão de euros são desviados para paraísos fiscais, sem o pagamento de impostos, pior, sem registro na economia formal. Aponta o relatório que de cada 5,43 euros um euro fica no setor informal e não paga nada ao fisco.
- Não se pode negar que o tamanho da evasão fiscal ajude a minar a viabilidade da economia na Europa, assim como contribuiu para criar a atual crise da dívida”, registrou o estudo.
Um detalhe: dinheiro do tráfico de drogas, contrabando, prostituição não entrou nas estimativas. A Itália é o país que mais sofre com a evasão fiscal – 180 bilhões de euros anualmente. Seguida pela Alemanha com 158 bilhões, a França com 122 bilhões e o Reino Unido com 74 bilhões. Na Grécia são 19 bilhões de euros e em Portugal 12,3 bilhões.
Em 2011, o governo italiano “descobriu” um milhão de bens imobiliários fantasmas que jamais tinham sido declarados, o que poderia ter rendido 472 bilhões em impostos. Mesmo assim dizem as autoridades que conseguiram recuperar 12 bilhões de euros, em 2011. Agora uma piada, se não fosse verdade. De repente muitos, mas muitos mesmo, casais italianos começaram a tirar férias na Suíça, engarrafando as estradas de fronteira. As autoridades resolveram averiguar o fato. Descobriram malas de dinheiro que iriam para os bancos suíços. Também lingotes de ouro, da poupança de profissionais liberais e outros profissionais. A apreensão de dinheiro na fronteira da Itália com a Suíça cresceu 50% no segundo semestre do ano passado. A exportação de lingotes de ouro para a Suíça cresceu 40%.
A BOLSA E O COMETA
Seguindo na trilha da esclerose. Uma das vantagens, diríamos, do sistema capitalista é a compra de bens e mercadorias. Hoje em dia, traduzido pelo acesso às grifes e marcas internacionais. Antes que eu me esqueça vou citar o caso de uma emergente da Indonésia, Fitria Yusuf, de Jacarta, que segundo o relato da agência Reuters é “louca por bolsas da Hermès”.
Diz ela: “nos idos de 2006 ver uma bolsa Hermès era como ver o cometa Halley”. Ela é coautora do livro “Hermès Temptation”. A Indonésia é um país de 200 milhões de habitantes, na realidade um imenso arquipélago, onde 100 milhões vivem com dois dólares por dia, e o salário médio é de YS$ 113, um terço do chinês. Porém, o número de milionários vem surgindo a razão de 16 por dia, segundo a consultoria Capgemini, especializado em ricos ascendentes. O número de milionários chegará a 99 mil em 2015. Alguns relacionados ao crescimento do agronegócio, no caso, óleo de palma, ou por exploração de minérios, como o ouro, a Indonésia é grande produtora.
Mas a questão não são as compras. Mas a compulsão por elas, que já virou uma doença chamada ONIOMANIA. No Brasil, onde já existem centros de “devedores anônimos” (dois na capital paulista, nos bairros de Jardins e Pacaembu) e tratamento em clínica especializada. Trata-se de um refluxo do sistema. Um estudo feito por um grupo de psiquiatras, publicado na Revista Brasileira de Psiquiatria, e citado pela Revista Valor Investe, o prazer da compra atinge o sistema límbico do ser humano. Esse prazer instantâneo leva o consumidor, na verdade, diz que 80% dos casos de oniomania são de mulheres, a gastar fora dos padrões aceitáveis. Enfim, chutar o pau da barraca e se afundar nos cartões de crédito de bancos e lojas.
ONIOMANÍACOS DAS CLASSES RICAS
O problema foi registrado pela Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC). A dívida dos brasileiros tem aumentado, e o nível de inadimplência é maior entre as classes A e B. Como todos devem saber houve um aumento da classe C para 102 milhões no Brasil, mas eles mantêm um nível de pendura menor, que os ricos. Na comparação de janeiro de 2011 para 2012, caiu de 61,3% para 59,5%, dados de consumidores com até 10 salários mínimos de renda. Naqueles acima de 10 salários mínimos, a inadimplência aumentou de 48,9% para 53,4% no mesmo período, sendo que em maio passado, o nível alcançou 57%.
As classes A e B no Brasil abrigam 42 milhões de pessoas. A maior parte das dívidas dos mais abastados está no financiamento de veículos, enquanto os menos abastados, nos cartões de crédito e de lojas. Levando em conta as contas de luz, telefone, água a inadimplência cresceu 21% em 2011, conforme levantamento da Serasa Experian. É interessante anotar que os juros cobrados no Brasil nos cartões de crédito e financiamento direto são estratosféricos: 238,3%, no cartão de crédito e 170,9%, segundo a CNC.
NADA PARECIDO COM OS AMERICANOS
No Brasil os consumidores ainda têm muito a aprender ou a enlouquecer. O crédito no sistema financeiro corresponde a 48% do PIB, se comparado aos Estados Unidos, onde são quase 100%, as dívidas somente com hipoteca e crédito ao consumidor somam US$ 13,25 trilhões. Os analistas financeiros têm uma conversa sobre educação financeira, as redes de televisão vivem divulgando receitas para controlar despesas. Quem aguenta a pressão do braço maior do sistema circulatório, que dia e noite martela pela necessidade quase que existencial de comprar o último carro, a última calça jeans, a bolsa, o sapato, a cerveja? São R$ 30 bilhões gastos em publicidade no Brasil. A receita é a mesma mundo afora. Daí o risco da esclerose, quando se aborda os limites de tal expansão.
Ou como escreveu recentemente o principal analista do Financial Times, Martin Wolf:
- A política monetária do QE (emissão dos bancos centrais e a compra de títulos) não ajuda as pequenas e médias empresas. Outro argumento mais plausível é que as políticas de taxas baixíssimas de juros – de 0,5% a menor em 318 anos na Inglaterra - ameaça criar empresas insolventes que continuam a operar, as ‘empresas zumbis’, portanto uma economia zumbi”.
O artigo dele tratava da dúvida se a política do “tsunami de dólares” funcionará ou não. Eles não sabem.
Domingo, 08 de Abril de 2012
Uma receita keynesiana para salvar a economia europeia
J. Carlos de Assis (*)Diz-se que os países periféricos da área do euro, assim como a Inglaterra, não têm alternativa de política econômica a não ser pela via da ortodoxia centrada no corte dos gastos para reduzir seus déficits e dívidas públicos. Até o momento, desde a Grécia à Irlanda e passando pela própria Inglaterra, esse tipo de política tem resultado num contundente fracasso. Não obstante, sob o tacão da Alemanha de Merkel e da França de Sarcozy, e mediante o auxílio do FMI, do BCE e da Comissão Europeia, insiste-se na linha do “sacrifício” fiscal recorrente.
O corte de gastos públicos durante uma recessão é o exato oposto do que propôs Keynes há cerca de 70 anos. Sua receita diante da queda do consumo, do emprego e do investimento era o aumento o gasto público, desencadeando o efeito virtuoso oposto, do aumento do consumo (ou da demanda efetiva) para o aumento do investimento, deste para o aumento do emprego e daí para a realimentação da demanda, tudo isso concorrendo para a saída da recessão na medida em que os empresários adquirem confiança na retomada do ciclo.
Na visão ortodoxa, o que se pretende, em tese, é recuperar a confiança dos empresários pelo efeito da redução do déficit e da dívida públicos. Esse elemento mágico, a recuperação da confiança empresarial, seria suficiente para a retomada do investimento, do emprego e da demanda – portanto, operando no sentido contrário ao presumido por Keynes. É fácil verificar que a política ortodoxa se apóia numa quimera, ou seja, num elemento psicológico, a confiança do empresário, independentemente da situação concreta do mercado de trabalho e de bens e serviços.
Em termos técnicos, a política keynesiana atua pelo lado da demanda, enquanto a política ortodoxa pretende atuar pelo lado da oferta. Isso significa que não uma empresa em particular, mas o conjunto delas confia mais em fatores psicológicos para ampliar seus investimentos do que na verificação da situação da demanda efetiva. Comparada à política keynesiana, é uma espécie de placebo administrado à economia, enquanto a política keynesiana é injeção na veia. Então, a pergunta óbvia é: por que essa insistência na ortodoxia, mesmo diante da evidência de seu fracasso?
Há várias razões, sobretudo de ordem ideológica, mas a principal delas está no campo da economia política: diante da crise, os ortodoxos preferem políticas do lado da oferta (redução da taxa básica de juros) porque as políticas do lado da demanda – ou seja, aumento dos gastos públicos - ao contrario das primeiras, são geralmente redistributivas de renda a favor dos mais pobres. Gastos fiscais são aplicados em infra-estrutura e serviços públicos. Taxa de juros baixa favorece sobretudo os ricos que têm garantias reais para tomar empréstimos.
A crise atual tem uma dimensão ideológica adicional por causa da escala da dívida e dos déficits em alguns países europeus como Grécia, mais de 180% do PIB, e da Itália, mais de 120%. Antes dela, a situação fiscal na zona do euro, exceto na Grécia, era extremamente confortável, muito abaixo dos parâmetros do Tratado de Maastricht que institui o euro (máximo de 60% do PIB para a dívida, e de 3% do PIB para o déficit público). Contudo, porque os governos tiveram de salvar os bancos, a crise financeira vinda dos EUA se converteu em crise fiscal em larga escala.
A idéia de que se tem de reduzir déficit e dívida como condição de retomada é um disparate. O corte nos gastos públicos reduz a demanda, o emprego, o consumo interno e a própria receita fiscal, aumentando a relação déficit-dívida/PIB. A medida é, pois, contraproducente. Assim, independentemente do nível do déficit e da dívida, o primeiro movimento sempre terá de ser no sentido de aumentá-lo a fim de estimular o consumo, o emprego e o investimento. O movimento seguinte será no sentido da redução da relação déficit-dívida/PIB. É nesse ponto que entra em jogo a articulação tesouro nacional/banco central, da qual os países do euro estão excluídos.
Normalmente, o tesouro emitiria dívida, e o banco central facilitaria a colocação desses títulos no mercado, como nos EUA. Acontece que o BCE é descolado dos tesouros europeus, um leviatã monetário que tem como mandato único evitar a inflação e pouco interesse em desenvolvimento. Com isso, os países, para aumentarem os gastos públicos recorrendo a endividamento, têm que ir diretamente ao mercado privado. O mercado comandará a taxa de juros e a disponibilidade de recursos de empréstimos, ditando soberanamente as crises entre os países.
Em tese, se reduzirem déficits e dívidas, os países do euro teriam melhores condições de empréstimos no mercado privado. Isso é uma falácia. É a especulação que comanda o processo, mantendo os governos como reféns. Diante dessa situação, um plano keynesiano para resgatar a Europa implicaria, antes de mais nada, mudar a forma de atuação do BCE. Os países endividados seriam autorizados a aumentar temporariamente seus déficits e sua dívidas, até encontrar o ponto do crescimento sustentável, enquanto o BCE, que acaba de disponibilizar para os bancos privados empréstimos de 1,3 trilhão de dólares, garantisse liquidez também aos governos, para que não fiquem como reféns do mercado em sua política de retomada.
Claro, isso só será possível com uma virada eleitoral nos principais países da área do euro, notadamente França, Alemanha, Itália e Espanha – apoiada de fora por um presidente Obama que venha reforçado por sua própria reeleição e pela eleição de uma maioria democrata no Congresso. Não é preciso dizer que a alternativa é caótica: a proposta de Merkel, em vez de mudar o BCE, é reforçar sua linha ortodoxa e mudar o sistema fiscal europeu no sentido de reduzir todos os tesouros nacionais à política de cortes nos gastos públicos. Em suma, fazer da Europa uma magna Grécia!
(*) Economista, professor de Economia Internacional da UEPB, presidente do Intersul e autor, junto com o matemático Francisco Antonio Doria, de “O universo neoliberal em desencanto”, recém-lançado pela Civilização Brasileira. Esta coluna sai também no site Rumos do Brasil e, às terças, no jornal carioca Monitor Mercantil
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