terça-feira, 17 de abril de 2012

A fé bizarra e fatal

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16/04/2012

Desenvolvimentismo & Desenvolvimento Econômico e Social



Por Adriano Benayon

A natureza enganosa do “desenvolvimentismo”, de que se jactava o leviano JK e que grande número de brasileiros, inclusive a maioria dos economistas, julga ter alguma coisa a ver com o desenvolvimento econômico e social.
Esta é a síntese da questão, que é também a síntese do que procurei expor e documentar em meu livro Globalização versus Desenvolvimento:
                                                                                                    
Não existe país que se tenha desenvolvido, havendo entregado seu mercado a empresas comandadas por capitais estrangeiros.

O Brasil foi programado pelo império anglo-americano para ficar sendo uma área de exploração de recursos naturais, nesse ponto em condição semelhante à maioria dos países africanos, submetidos ao mesmo tipo de intervenção. Além disso, em base de lucros provenientes também da indústria no mercado local, controlada pelas transnacionais, obviamente remetidos ao exterior, sob as modalidades mais diversas.

Elementos-chave da estratégia para que esse programa tenha sido realizado a pleno contento das potências imperiais e de suas associadas foram: 1) a intervenção política e militar diretamente junto aos governos brasileiros; 2) a intervenção do dinheiro e da corrupção nas eleições e no sistema formalmente democrático; 3) o arrasamento cultural; 4) o fomento da crença, principalmente nos meios acadêmicos, de que a entrada do capital estrangeiro favoreceria o desenvolvimento, complementaria a poupança nacional, e de outras falácias.

Os entreguistas, desde sobre tudo agosto de 1954, culminando com os mega-entreguistas Collor e FHC, radicalizaram a aplicação dessa fé bizarra e fatal para o País, uma vez que foram muito além do que já seria um tiro no pé do País, a saber a simples abertura. De fato, não se limitaram a essa, mas trataram de fazer o Estado brasileiro subsidiar os investimentos diretos estrangeiros, de forma inacreditavelmente pletórica, e discriminar contra os empreendimentos do capital nacional.

Gostem ou não do que estou dizendo, aceitem ou não minhas desculpas pelo mau jeito, o Brasil não deixará de ser um país saqueado e enganado pela conversa fiada, enquanto não se fizer reverter de modo cabal a mentalidade acima denunciada.



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