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16/04/2012
Desenvolvimentismo & Desenvolvimento Econômico e Social
Por Adriano Benayon
Esta é a síntese da
questão, que é também a síntese do que procurei expor e documentar em
meu livro Globalização versus Desenvolvimento:
Não existe país que se tenha desenvolvido, havendo entregado seu mercado a empresas comandadas por capitais estrangeiros.
O Brasil foi
programado pelo império anglo-americano para ficar sendo uma área de
exploração de recursos naturais, nesse ponto em condição semelhante à
maioria dos países africanos, submetidos ao mesmo tipo de intervenção.
Além disso, em base de lucros provenientes também da indústria no
mercado local, controlada pelas transnacionais, obviamente remetidos ao
exterior, sob as modalidades mais diversas.
Elementos-chave da
estratégia para que esse programa tenha sido realizado a pleno contento
das potências imperiais e de suas associadas foram: 1) a intervenção
política e militar diretamente junto aos governos brasileiros; 2) a
intervenção do dinheiro e da corrupção nas eleições e no sistema
formalmente democrático; 3) o arrasamento cultural; 4) o fomento da
crença, principalmente nos meios acadêmicos, de que a entrada do capital
estrangeiro favoreceria o desenvolvimento, complementaria a poupança
nacional, e de outras falácias.
Os entreguistas, desde
sobre tudo agosto de 1954, culminando com os mega-entreguistas Collor e
FHC, radicalizaram a aplicação dessa fé bizarra e fatal para o País,
uma vez que foram muito além do que já seria um tiro no pé do País, a
saber a simples abertura. De fato, não se limitaram a essa, mas trataram
de fazer o Estado brasileiro subsidiar os investimentos diretos
estrangeiros, de forma inacreditavelmente pletórica, e discriminar
contra os empreendimentos do capital nacional.
Gostem ou não do que
estou dizendo, aceitem ou não minhas desculpas pelo mau jeito, o Brasil
não deixará de ser um país saqueado e enganado pela conversa fiada,
enquanto não se fizer reverter de modo cabal a mentalidade acima
denunciada.
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