domingo, 18 de março de 2012

Ernesto Che Guevara: poeta também!


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Ernesto Che Guevara: poeta também!

 
Por Dalva de Oliveira em 14 março 2012



Canto a Fidel

Vamos, ardoso profeta da alvorada,
por caminhos longínquos e desconhecidos,

liberar o grande caimão verde* que você tanto ama...
Quando soar o primeiro tiro
e na virginal surpresa toda selva despertar,

lá, ao seu lado, seremos combatentes

você nos terá.
Quando sua voz proclamar para os quatro ventos
reforma agrária, justiça, pão e liberdade,

lá, ao seu lado, com sotaque idêntico,

você nos terá.
E quando o final da batalha
para a operação de limpeza contra o tirano chegar,

lá, ao seu lado, prontos para a última batalha,

você nos terá...
E se o nosso caminho for bloqueado pelo ferro,
pedimos uma mortalha de lágrimas cubanas

para cobrir nossos ossos guerrilheiros

no trânsito para a história da América.

Nada mais.

* Caimão verde era o nome alegórico atribuído à ilha de Cuba.
(Ernesto "Che" Guevara - poema escrito pouco tempo antes de embarcarem no iate Granma rumo à Cuba)
 
Entre todas as suas grandezas, Che também fez versos. E sua vida, seu despreendimento pessoal em favor da humanidade, a sabedoria, coragem e lucidez de sua visão o fez eterno, como eterno são os poetas. Sempre estará em nossos corações e mentes.

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