quinta-feira, 29 de março de 2012

Boitempo e Carta Maior lançam "Occupy - movimentos de protesto que tomaram as ruas" E


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Quinta-Feira, 29 de Março de 2012


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Boitempo e Carta Maior lançam "Occupy - movimentos de protesto que tomaram as ruas"

 

A Boitempo está lançando, em parceria com a Carta Maior, a coletânea "Occupy – movimentos de protesto que tomaram as ruas", reunindo artigos de pensadores críticos deste novo momento da política global em que a voz das ruas passa a ocupar o cenário. O debate de lançamento e a noite de autógrafos do livro acontecerá no dia 4 de abril, das 20 às 23 horas, no Espaço Revista Cult, em São Paulo. O livro será vendido a preço de custo, graças à colaboração dos autores e ilustradores, que cederam os direitos autorais para tornar a obra mais acessível.

 

Redação

A memória coletiva marcará 2011 como o ano em que as pessoas tomaram as ruas de diversos países em uma onda de mobilizações e protestos sociais: um fenômeno que começou no norte da África, derrubando ditaduras na Tunísia, no Egito, na Líbia e no Iêmen; estendeu-se à Europa, com ocupações e greves na Espanha e Grécia e revolta nos subúrbios de Londres; eclodiu no Chile e ocupou Wall Street, nos EUA, alcançando no final do ano até mesmo a Rússia. Das praças ocupadas por acampamentos às marchas de protesto nas avenidas das principais metrópoles, emergiu uma consciência de solidariedade mútua que resultou em toda sorte de material multimídia sobre o movimento na internet, amplamente compartilhado nas redes sociais.

Inspirada por essa campanha colaborativa, a Boitempo lança, em parceria com a Carta Maior, a coletânea Occupy – movimentos de protesto que tomaram as ruas, a qual reúne artigos de pensadores críticos deste novo momento da política global em que a voz das ruas passa a ocupar o cenário. O livro será vendido a preço de custo, graças à colaboração dos autores e ilustradores, que cederam os direitos autorais para tornar a obra mais acessível e condizente com a proposta do movimento.

Imbuídos não só da lucidez da crítica, mas também da esperança e da paixão pelo engajamento, os textos apresentam alguns consensos, como a certeza do declínio geral do capitalismo; a percepção de uma nova solidariedade social; e a análise da ausência, até o momento, de uma definição estratégica dos movimentos de ocupação.

Apesar de Tariq Ali dizer que saber contra quem se luta é um importante começo, Slavoj Žižek é bem categórico ao afirmar que não basta saber o que não se quer, é preciso saber o que se quer. O povo, de acordo com ele, sempre tem a resposta, o problema é não saber a pergunta.

A identificação da desigualdade social, da riqueza e do poder de 1% da população mundial contra os 99% já está clara de acordo com João Alexandre Peschanski. Giovanni Alves acredita que é essencial um programa coerente para a formação de um novo movimento de organização de classe que junte o proletariado e o precariado, mas a conclusão de Vladimir Safatle sobre o programa reformista e regulacionista do capitalismo é categórica e controversa: “a época em que nos mobilizávamos tendo em vista a estrutura partidária acabou”.

No hemisfério norte, Immanuel Wallerstein e Mike Davis comemoram 2011 como um bom ano para a esquerda, enquanto David Harvey defende a importância da união dos corpos no espaço público. Com foco no Oriente Médio, Emir Sader analisa a Primavera Árabe, em que a necessidade de organizações políticas é ainda maior dada a presença dos movimentos fundamentalistas e de uma interferência militar direta da OTAN e dos EUA.

O caso brasileiro, abordado no texto de Edson Teles, ainda não teve movimentos da mesma magnitude que os de outros países, mas possui a peculiaridade de mobilizar setores da juventude e de excluídos sociais. Tais grupos foram alvo, em 2011, de uma sistemática repressão policial, desde as marchas da maconha em São Paulo e a entrada de tropas de choque na USP até a expulsão dos moradores do Pinheirinho e os projetos higienistas no centro das capitais.

A extrema-direita, que revelou em 2011 a sua face mais explícita, no massacre na Noruega, também cresce. A troika (União Europeia, FMI e Banco Europeu) dita ordens de mais austeridade e todos os governos as seguem. Ao que tudo indica, o duro inverno do hemisfério norte será seguido por uma primavera politicamente quente em 2012, colocando na ordem do dia o debate sobre a natureza e a evolução dos novos movimentos políticos que floresceram em 2011. Poderá a indignação se tornar revolução?
[Baseado na apresentação de Henrique Soares Carneiro]

O debate de lançamento e a noite de autógrafos do livro acontecerá no Espaço Revista Cult, dia 4 de abril, quarta-feira, das 20h às 23h. O evento contará com a participação dos autores Edson Teles, Giovanni Alves, Henrique Carneiro, Leonardo Sakamoto (a confirmar) e Vladimir Safatle.

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http://blogdomello.blogspot.com.br/2012/03/nos-estados-unidos-aprovam-lei-que.html
 

quarta-feira, 21 de março de 2012

 

Nos Estados Unidos aprovam lei que proíbe alimentar sem-teto nas ruas

 

Filadélfia e Houston são duas das cidades que aprovaram essa lei. Segundo o prefeito da Filadélfia, Michael Nutter, dar de comer a quem tem fome nas ruas "viola as condições sanitárias".

Mas os opositores dizem que a verdade é outra: prefeitos querem expulsar dos centros e das ruas os homeless, atingidos em cheio pela crise que assola os EUA.

Pero los activistas están convencidos de que la verdadera causa del Gobierno de Filadelfia es limpiar la zona turística de los 'poco estéticos' sin hogar.
"Poco estéticos", ou seja, essa "gente diferenciada", os não-WASP, não-Higienópolis que teimam em comer e marcar presença nas ruas e lembrar da crise que lhes jogou ali.

Reportagem completa
aqui.

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