domingo, 7 de agosto de 2011

Salários sobem em ritmo maior do que lucro das empresas

Lembremos que este aumento real de renda - melhoir justiça social, em outras palavras - está ocorrendo em praticamente todo o Brasil, menos nos salários administrados pelo estado de São Paulo que - tragédia! - há 16 anos encontra-se nas mãos dos tucanos.

Coisas do neoliberalismo, como bem podemos ver nos EUA e Europa...



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São Paulo, domingo, 07 de agosto de 2011

Salários sobem em ritmo maior do que lucro das empresas

MARIANA SCHREIBER
DE SÃO PAULO

O mercado de trabalho aquecido e a alta do salário mínimo fizeram a soma da remuneração dos trabalhadores assalariados subir em ritmo maior do que o conjunto do lucro de empresas, bancos e donos de terra entre 2005 e 2010.
Com isso, após recuar por vários anos, a fatia da renda nacional na mão dos trabalhadores assalariados voltou a aumentar na segunda metade da década passada.
Segundo o IBGE, a participação dos salários na renda nacional subiu de 39,3% em 2004 para 41,8% em 2008. Estimativa do economista João Hallak indica que a taxa foi de 43% em 2010.
Hallak é o responsável por esses cálculos no IBGE, mas está licenciado. Os dados oficiais são divulgados com dois anos de defasagem.
Já o pedaço da renda nacional na mão dos empresários recuou de 35,6% em 2004 para 33,2% em 2008. Até 2010, essa participação caiu ainda mais, para 32,6%.
De 1995 a 2004, era o contrário: a fatia da renda nacional na mão dos trabalhadores caiu e aquela na mão das empresas cresceu.
Segundo o economista da FGV Samuel Pessoa, o aumento do mínimo e da remuneração do funcionalismo público no governo Lula está entre as causas da mudança de rumo em 2005. A queda do desemprego e da informalidade também influenciaram.
O economista do Dieese Sérgio Mendonça afirma que o crescimento do peso dos salários na economia fortaleceu o mercado interno. Ele observa que nos países desenvolvidos a renda dos assalariados costuma superar 50% da renda nacional.
Segundo o presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Marcio Pochmann, esse aumento do mercado consumidor foi fundamental para diminuir o impacto da crise mundial de 2008 na economia brasileira.
"O mercado interno forte estimula mais investimentos. Ele sustenta um crescimento de longo prazo"
, diz.
O economista da PUC-Rio José Márcio Camargo considera ruim a queda da participação dos lucros das empresas na renda nacional, já que parte desses ganhos são usados em novos investimentos, que geram mais empregos. (Mentira! O que diz este economista da PUC - cuja faculdade de Economia é de linha neoliberal - não reflete a verdade. Maior participação das empresas na renda nacional significa, sim, maior concentração de renda e o consequente aumento das mazelas sociais. É nas mãos do trabalhador que o aumento da renda nacional vai promover maiores investimentos como consequência do aumento do consumo que isto gera. Consumindo mais, levam as empresas a produzirem mais e consequentemente, terem maiores lucros. As empresas devem ter uma particpação na renda nacional inferior aos dos trabalhadores e o aumento de suas receitas deve ser ampliadas por aumento de eficiência e nas vendas (de mercado), principalemente. Vejam bem o buraco em que se colocaram os EUA e a Europa por permitirem aumento da participação dos lucros das empresas na renda nacional (Ivan))
Para ele, o grande problema está no aumento do peso dos impostos na renda nacional, que passou de 13,4% para 16,1% de 1995 a 2010. "Em geral o setor privado é mais eficiente. Se houvesse menos impostos, haveria mais dinheiro no setor privado. A economia cresceria mais." (Outra lorota neoliberal cujos fatos e a História desmentem cabalmente. A ineficiência do setor privado e a redução absurda dos impostos das empresas foi o que que provocaram este cataclisma e déficit crminosos que hoje vemos nos EUA e Europa. O fato desta matéria da FAlha de SP fechar com a opinião deste economista mostra bem com quais valores este órgão do PIG é alinhado (Ivan))

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