quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A violenta repressão dos estudantes no Chile

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Estudantes e policiais chilenos entraram em confronto durante protesto em Santiago

Estudantes e professores chilenos fizeram manifestação em Santiago para exigir educação gratuita.


Estudantes simularam o enterro da educação chilena em protesto

Estudante inspirado no filme "Piratas do Caribe" usou bom humor em protesto pela educação do Chile

No protesto denominado ''Beijos por uma educação melhor'

4.ago.2011 - Forças policiais chilenas reprimiram estudantes nesta quinta com bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água







Quinta-Feira, 04 de Agosto de 2011

Repressão, a resposta de Piñera aos estudantes chilenos


Página/12

O governo conservador de Sebastián Piñera respondeu à nova manifestação dos estudantes chilenos, mobilizados em defesa da educação pública, com balas de borracha, gás lacrimogêneo e 133 detenções. As forças de segurança impediram que os estudantes secundaristas e universitários utilizassem o transporte público e realizou batidas nos colégios tomados. O porta-voz do Palácio de La Moneda, Andrés Chadwick, advertiu que não o governo não permitiria que os estudantes tomem conta do país, que a jornada de hoje seria “difícil” e que a lei “tem que ser respeitada”.

Horas antes da repressão, a líder universitária Camila Vallejo justificou o protesto porque “não aconteceram avanços substantivos” nas negociações que mantiveram nos últimos dias com representantes do governo Piñera. O governo havia feito uma proposta de 21 pontos, que despertou a imediata rejeição dos estudantes. Em resposta, o porta-voz do governo disse que “os estudantes não são donos do país” e os criticou por estarem “obstinados” em marchar rumo ao palácio.

Na metade da manhã desta quinta-feira, os dirigentes estudantis apresentaram à Corte de Apelações de Santiago um recurso de proteção contra o ministro do Interior, Rodrigo Hinzpeter, que os proibiu de marchar. Neste clima, a polícia atuou durante toda a manhã com detenções e ações de dispersão em distintos pontos da cidade. O centro amanheceu com barricadas que cortaram o trânsito em vários pontos, como antessala das mobilizações que já tinham sido proibidas. Não obstante, a concentração iniciou na avenida Alameda, rodeada por mil carabineiros que, minutos antes da marcha, avançaram com carros com jatos d’água e gases para dispersar os primeiros grupos. Logo em seguida, as forças de segurança impediram que vários grupos de jovens subissem nos ônibus da Transantiago que conduzem ao centro da cidade e desalojou vários colégios que estavam ocupados como o Colégio Alemão de Arica e o Liceu Vanlentín Letelier, de Recoleta, onde vários estudantes foram detidos.

Por sua parte, os partidos da Concertação começaram a expressar seu rechaço à repressão e exigiram que o governo respeite o direito à manifestação. Os deputados da Democracia Cristã, Gabriel Silber e Ricardo Rincón foram ao Palácio de La Moneda entregar uma carta a Hinzpeter criticando a decisão de não autorizar as marchas e – ante a possibilidade de pessoas ficarem feridas – “responsabilizando diretamente ao governo por não entender que a repressão e a limitação dos direitos básicos não é o caminho”.

Tradução: Katarina Peixoto

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