sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Três dias que abalaram o mundo

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TRÊS DIAS QUE ABALARAM O MUNDO
 

Domingo, 6 de agosto, Tel Aviv: 350 mil israelenses protestam nas ruas por melhores condições de vida. Segunda- feira, 7 de agosto, Londres: distúrbios sociais iniciados nos subúrbios pobres transformam-se em explosão viral  que envolve milhares de jovens em diferentes pontos do país. Terça-feira, 8 de agosto, Santiago: 150 mil estudantes vão às ruas em defesa de uma reforma educacional  que universalize o ensino público, gratuito, de qualidade.  O que interliga esses levantes quase sincronizados em lugares tão díspares, antecedidos de rebeliões massivas que irromperam como que abruptamente das areias dos países árabes e da modorra social em outras partes do mundo? A mera coincidência do calendário?  Certamente não. A resposta  mais próxima talvez tenha que ser buscada na percepção difusa mas crescente, enraivecida em alguns casos, consciente em outros, da brutal desigualdade herdada  do ciclo de supremacia das finanças desreguladas - o ciclo dos bancos, o dos endinheirados, das corporações invisíveis e ubíquas ao mesmo tempo

Sejam quais forem as denominações sedimentadas no discernimento popular elas guardam aderência com a intolerável espiral de privilégio que consolidou duas humanidades socialmente imiscíveis nas últimas décadas. Em quase todos os países, e na maioria das grandes cidades, derrama-se, de um lado, a riqueza num grau de ostentação jamais registrado na história; de outro, o bem-estar social e sua contrapartida em subjetividade dissolvem-se em sucessivas ondas de saque, desregulamentação e delinqüência institucional  contra o patrimônio público, os direitos, certezas e valores que  enlaçam a convivência compartilhada. No  crepúsculo turbulento do ciclo, a ganância em fuga  ameaça agora esfarelar os últimos centímetros de chão firme de vidas  expostas às intempéries de toda sorte;e a tal ponto  encurraladas por dentro e por fora em sua precariedade estrutural que só lhes resta uma fresta: as ruas.


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UOL, 11/08/2011

Metade dos processados em Londres é menor de 18 anos

 
Na capital britânica, houve até agora 922 detenções enquanto 240 deles já se apresentaram perante o juiz e foram processados. Em Nottingham (centro da Inglaterra) entre os acusados formalmente está uma menina de 11 anos [clique aqui e leia mais]. A menor declarou perante o juiz e admitiu ter participado dos distúrbios em Nottingham, quebrando vitrines de uma loja de roupas.
A menina, que assegurou perante o juiz ter sido incitada por um grupo de jovens, terá que cumprir uma pena especial, que estará sob a supervisão dos serviços sociais durante nove meses e ficará livre das acusações se durante esse período não cometer mais delitos.Seu pai tentou justificá-la no julgamento ao assegurar que, por sua idade, é "facilmente manipulável", segundo informou o jornal "The Guardian" em seu site. A idade de responsabilidade criminal no Reino Unido abrange menores de idades entre 10 e 17 anos, que só poderão ser processados em tribunais para adultos caso tenham cometido delitos como roubo, incêndios provocados e violência.

Em Nottingham foram detidos também três meninos de 14 anos, acusados de desordens públicas. Por outro lado, um menino de 15 anos está sob custódia em Birmingham por ter aproveitado os distúrbios para roubar 13 pacotes de chicletes e 21 chocolates. Outros dois jovens de 17 anos foram detidos em Londres por roubarem várias lojas, entre elas uma de roupa de marca e joalherias. Na região de West Midlands, no centro da Inglaterra, outros seis menores passaram também pelo julgamento.

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