segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Sete mulheres disputam vaga no Supremo

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São Paulo, segunda-feira, 08 de agosto de 2011


Sete mulheres disputam vaga no Supremo
 

FELIPE SELIGMAN
DE BRASÍLIA

A sucessão da ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Ellen Gracie mal começou e da disputa surgem os nomes de sete mulheres.
A Folha ouviu de ministros do Supremo, juristas e petistas próximos ao Planalto suas apostas sobre quem será a terceira integrante do sexo feminino a ocupar uma cadeira no tribunal.
O lobby em favor das mulheres vem de todos os lados. A ministra do STM (Superior Tribunal Militar), Maria Elizabeth Rocha, tem apoio do ministro Dias Toffoli, seu amigo, e de José Dirceu, réu no processo do mensalão.
Indicada à corte militar pelo ex-presidente Lula, trabalhou na subchefia de assuntos jurídicos da Casa Civil de 2003 a 2007.
No STM, julgou o pedido da Folha para ter acesso ao processo de Dilma quando foi presa durante a ditadura (1964-85). Apesar de ter votado favoravelmente ao jornal, foi responsável por interromper o julgamento, que só voltou a ocorrer após a eleição.
A juíza do Tribunal Penal Internacional Sylvia Steiner está na disputa porque seu mandato na corte, com sede em Haia (Holanda), termina em 2012, e o cargo é uma das opções visadas por Ellen depois de deixar o Supremo.
Juíza federal, é benquista pelo presidente do STF, ministro Cezar Peluso, e por Ricardo Lewandowski.
Se dependesse do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), porém, a vaga iria para Flávia Piovesan, sua colega na Procuradoria do Estado e na PUC-SP. Foi pela atuação na área de direitos humanos que se aproximou de uma parte do PT que a apoia.
Outra opção para Dilma é a desembargadora Neuza Maria Alves da Silva. Negra e baiana, é pouco conhecida na política da capital, mas tem o apoio do governador Jaques Wagner (PT).
Do STJ (Superior Tribunal de Justiça), onde os ministros são, em regra, candidatos naturais para o Supremo, aparecem dois nomes: Fátima Nancy Andrighi e Maria Thereza Rocha Moura.
A primeira, conhecida por uma atuação dura, é vista como azarona. Já a segunda, especialista em processo penal, chegou ao posto atual com a ajuda de Márcio Thomaz Bastos (ex-ministro da Justiça) e tem mais chance de emplacar que sua colega.
Outro nome é Eunice Carvalhido, bastante conhecida no mundo jurídico brasiliense. É casada com o ministro aposentado do STJ, Hamilton Carvalhido. Foi indicada por Lula ao cargo atual.

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