quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Mega-PAC. Dilma dá um show de Keynes

 
 
Publicado em 15/08/2012
 

R$ 133 bi é um Mega-PAC em infra. Xô, Urubólogos


Esse conjunto de obras é o maior programa de investimentos em infraestrutura da História do país.



 
O Ministro Paulo Sérgio Passos, dos Transportes, expôs um plano de investimentos em estradas e ferrovias de R$ 133 bilhões – R$ 80 bilhões em 5 anos, e R$ 53 bi até 25 anos.

Nos primeiros cinco anos, serão aplicados R$ 42 bi em 7,5 mil/km em estradas; e R$ 56 bi em 10 mil/km em ferrovias, também nos próximos 5 anos.


Como disse Passos, até hoje, o Governo Federal construiu 5,2 mil/km de rodovias.

O Mega-PAC é uma resposta radical a duas décadas de estagnação em investimentos em infra-estutura, cuja ápice foram os anos cinzentos de Cerra e FHC (Cerra era o Ministro do Planejamento (?)).


O que distingue os programas de concessão trabalhista da Privataria Tucana ?
Vencerá a concorrência para fazer uma rodovia a empresa que oferecer a menor tarifa, sem ágio.


Não será permitido cobrar tarifa em área urbana.

E o pedágio só poderá ser cobrado quando 10% das obras forem concluídas.


No caso das ferrovias, a Valec comprará a capacidade de carga e a oferecerá em oferta pública a quem operar respeitar a perspectiva da “redução tarifária”.

Reduz o risco do empresário. E garante, como disse a Presidenta na solenidade, “
menor custo, sem monopólio”.

Para projetar os futuros empreendimentos e articular a política de infra-estrutura, a empresa que vai construir o trem-bala foi transformada em EPL – Empresa de Planejamento e Logística.

Esse conjunto de obras é o maior programa de investimentos em infraestrutura da História do país.
Chama o empresário privado para participar de concessões (à moda trabalhista) nas rodovias e de PPPs na ferrovias.

Como disse a Presidenta, vai “encurtar distâncias”. Encurtar distâncias geográficas, econômicas – e sociais.


Vai trazer o fundão do Brasil para o centro. E terá, portanto, consequências políticas.

Vai encurtar a vida dos remanescentes do neolibelismo, porque, aqui, o negócio é o Estado como indutor do investimento.

Xô, Urubólogos!


Em tempo: extraído do
Blog do Dirceu:

Plano não tem nada a ver com privatização nem com privataria


Agora, preparemo-nos para as costumeiras manipulações da oposição, que virá aí com sua velha cantilena de sempre de que os governos do PT criticam, mas fazem as mesmas privatizações feitas nos governos deles naqueles oito anos de FHC (1995-2002).

Percebem que o jogo, a manipulação e o estabelecimento da confusão é interessante para eles? Porque se envergonham e de quatro em quatro anos, a cada campanha presidencial, sequer assumem que privatizaram e tremem de medo de tratar do assunto…

Mas, as concessões lançadas hoje e as feitas nos dois governos Lula (2003-2010) não tem nada a ver com privatização e muito menos privataria, com aquela promovida pelos governos do PSDB. Até porque, dentre várias outras, há uma diferença fundamental.

Estas concessões dos governos do PT não vendem patrimônio. Ao contrário da privatização dos tucanos, pela qual entregavam o patrimônio nacional na bacia das almas
, as concessões de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e demais do PT não são venda, são concessões – insisto – ao término das quais (25 ou 30 anos) são renovadas ou o patrimônio volta à União.



P
aulo Henrique Amorim
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Conversa Afiada, 26/07/2012
 

Inglaterra fez o que a Urubologia quis. E quebrou


David Cameron fez tudo o que a cartilha da Urubologia recomenda. E deu no que deu.



Uma das vantagens de trabalhar nas Olimpíadas de Londres é acordar com o Financial Times e, não, com os medíocres representantes do PiG.

Na
primeira página do FTnotícia reveladora: os títulos do Tesouro inglês provavelmente perderão a nota máxima, o Triplo A.

Na BBC, em coletiva diante do Estádio Olímpico, o primeiro ministro David Cameron teve que sofrer debaixo de um sol inclemente e inusitado.

Ele precisou explicar que a Inglaterra foi capaz de, em sete anos, construir as Olimpíadas e, portanto, é uma economia próspera e aberta ao capital estrangeiro.

O problema é esse: a economia.

David Cameron fez tudo o que a cartilha da Urubologia recomenda.

A começar por um programa feroz de redução de gastos governamentais.

E deu no que deu.

A economia teve um crescimento negativo – 0,7% – no trimestre que se encerrou em junho.

A Inglaterra mergulhou na pior recessão dos últimos 50 anos.

À BBC, Cameron exibiu a eficiência inglesa: tinha acabado de se encontrar com a Presidenta do Brasil, que se mostrou interessada em levar para as Olimpíadas do Rio experiências de Londres.

A China mostrou nas Olímpiadas que era uma potência econômica.

Londres queria mostrar o mesmo.

Quem mandou ouvir os Urubólogos e esquecer de um inglês que estaria, hoje, morto de vergonha: Lord Keynes.

Como se sabe, a Presidenta do Brasil o adotou, post mortem.


Paulo Henrique Amorim
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Qui, 26 de Julho de 2012
 
 
Juros para pessoas físicas no Brasil são os mais baixos da série histórica do BC
 
 
As famílias pagaram, em junho, a taxa de juros mais baixa da série histórica do Banco Central (BC), iniciada em julho de 1994. A taxa caiu 2,3 pontos percentuais em relação ao mês anterior e ficou em 36,5% ao ano. No caso das empresas, houve redução de 1,2 ponto percentual, para 23,8% ao ano.
De acordo com o BC, a inadimplência (como são considerados os atrasos superiores a 90 dias) caiu 0,1 ponto percentual tanto para empresas quanto para pessoas físicas. No caso das famílias, a taxa de inadimplência ficou em 7,8% e das empresas, em 4%.
O spread (diferença entre a taxa de captação de recursos pelos bancos e a cobrada dos clientes) caiu 2 pontos percentuais para 28,5 pontos percentuais. O spread das operações com empresas teve redução de 0,9 ponto percentual, para 15,9 pontos percentuais. As informações são da Agência Brasil.
(Redação – Agência IN)

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