Jornal do Brasil, 30/08/2012
Há 30 anos morria a atriz Ingrid Bergman
Jornal do Brasil
Há 30 anos, morria em Londres a atriz Ingrid Bergman. Ela ia completar 67 anos quando faleceu, devido a um câncer no seio. Ingrid tornou-se uma das damas de Hollywood, impactando o cinema mundial. Sua beleza e talento lhe garantiram três Oscar e muitas ovações.
Ingrid começou cedo nas artes dramáticas. Órfã de mãe aos três anos e de pai aos 12, ela passou o resto de sua adolescência com um tio solteiro, que herdara uma loja de fotografia do pai. Foi sob a tutela dele que fez sua primeira aparição no cinema. no longa Landskamp, de Gunnar Skoglund. Um ano depois entrou para a Escola Real de Arte Dramática, em Estocolmo, cursando por um ano. Nesse ano, 1933, com apenas dezoito anos, estreou nos palcos suecos.
Ingrid tornou-se uma das damas de Hollywood
O primeiro papel com falas no cinema veio em 1935, em Munkbrogreven, de Edvin Adolphson. Faria mais três filmes nesse ano, todos eles como protagonista. Em 1936, atuaria no filme que a levaria a Hollywood, Intermezzo, de Gustaf Molander.
No filme, ela interpreta a filha do professor de piano de um famoso
violinista, com quem tem um caso amoroso. O filme chamou a atenção do
produtor americano David O. Selznick, que o refilmaria, e levaria Ingrid
aos EUA. No intervalo entre os dois Intermezzo, ela fez mais quatro filmes, todos na Suécia.
Em 1937, Ingrid se casa com o dentista e futuro
neurocirurgião Petter Lindstrom. No ano seguinte, nasceu sua primeira
filha, Friedel Pia.
Uma nova era da vida de Ingrid começaria. Hollywood cairia aos seus pés, assim como o público. Selznick e Ingrid assinaram um contrato de sete anos – mesmo que só mais dois filmes fossem feitos: o longa Quando fala o coração e o curta American Creed. Em 1940, Ingrid estreou nos palcos americanos, na Brodway, na peça Lilliom.
Em 1941, estrela dois filmes que confirmam a fama de boa moça, de santa, de Ingrid Bergman: Os Quatro Filhos de Adam, de Ratoff, e Fúria no Céu, de W. S. Wan Dyke. O bom mocismo, porém, só serviu para provocar a vivaz garota de 26 anos. Ela queria mais, um papel que fugisse de uma possível estereotipo. O Médico e o Monstro, versão de Victor Fleming, foi o caminho trilhado. Contam que Ingrid pediu ao diretor e aos chefões da MGM para trocar de papel com Lana Turner.
O papel que imortalizou Ingrid Bergman, porém, estaria por vir. Em 1942, seria a sensual e enigmática Ilsa Lund, foragida de guerra, em Casablanca. Em 1943, estrela Por Quem os Sinos Dobram, de Sam Wood, adaptado da obra de Ernest Hemingway. O filme lhe rendeu sua primeira indicação ao Oscar. Em 1944, com À Meia-Luz, de George Cukor, ganhou seu primeiro Oscar, como melhor atriz. No ano seguinte, mais três filmes de êxito: Os Sinos de Santa Maria, de Leo McCarey, que lhe rendeu a terceira indicação ao Oscar; Mulher Exótica, de Sam Wood; e Quando Fala o Coração, sua primeira parceria com Alfred Hitchcock.
Em 1946, a segunda parceria com Hitchcock, no célebre Interlúdio, em que interpreta uma jovem que passa os dias atrás de homens e álcool, após seu pai ter sido condenado como espião alemão durante a 2ª Guerra Mundial. Há quem diga que é seu papel mais expressivo no cinema.
Mais três filmes se seguiram: O Arco do Triunfo, segunda adaptação de Lewis Milestone da obra Eric Maria Remarque, Joana D’Arc, adaptação da peça coma própria Ingrid – a montagem lhe rendeu um Tony -, e a terceira parceria com Hitchcock, Sob o Signo de Capricórnio.
Em 1949, Ingrid escreveu uma carta para o diretor italiano neo-realista Roberto Rosselini, demonstrando interesse em atuar em algum de seus filmes. No ano seguinte, estrelaria Stromboli, a primeira parceria com o diretor.
Morando na Itália, fez mais cinco filmes: Europa 51, Viagem à Itália, O Medo, Joana D’Arc de Rosselini e um episódio de Nós, as Mulheres. Em 1956, filmou com Jean Renoir: As Estranhas Coisas de Paris. Com o sucesso do filme francês, Ingrid voltou a ter status nos EUA, e foi chamado para estrelar Anastácia, que lhe garantiu o segundo Oscar de melhor atriz.
Durante a década de 60, teria papéis insignificantes em sua carreira, e trabalharia principalmente no teatro e na televisão, então ascendente. Ressurge em Assassinato do Expresso Oriente, em 1974, de Sidney Lumet, que lhe rendeu um Oscar de melhor atriz coadjuvante. Em 1975, divorciou-se do terceiro marido. No mesmo ano descobriu um câncer no seio. A luta duraria sete anos. No intervalo, atuou no filme de outro famoso Bergman, o Ingmar, com quem não tem nenhum parentesco. Sonata de Outono chegaria aos cinemas em 1978. O último papel foi na televisão, no papel da primeira ministra de Israel, Golda Meir, na cinebiografia, A Woman Called Golda.
Ingrid morreu em sua casa, em Londres, foi cremada, e suas cinzas jogadas nas costas suecas. Parte foi guardada e enterrada no Cemitério Norra Begravningsplatsen, em Estocolmo.
Uma nova era da vida de Ingrid começaria. Hollywood cairia aos seus pés, assim como o público. Selznick e Ingrid assinaram um contrato de sete anos – mesmo que só mais dois filmes fossem feitos: o longa Quando fala o coração e o curta American Creed. Em 1940, Ingrid estreou nos palcos americanos, na Brodway, na peça Lilliom.
Em 1941, estrela dois filmes que confirmam a fama de boa moça, de santa, de Ingrid Bergman: Os Quatro Filhos de Adam, de Ratoff, e Fúria no Céu, de W. S. Wan Dyke. O bom mocismo, porém, só serviu para provocar a vivaz garota de 26 anos. Ela queria mais, um papel que fugisse de uma possível estereotipo. O Médico e o Monstro, versão de Victor Fleming, foi o caminho trilhado. Contam que Ingrid pediu ao diretor e aos chefões da MGM para trocar de papel com Lana Turner.
O papel que imortalizou Ingrid Bergman, porém, estaria por vir. Em 1942, seria a sensual e enigmática Ilsa Lund, foragida de guerra, em Casablanca. Em 1943, estrela Por Quem os Sinos Dobram, de Sam Wood, adaptado da obra de Ernest Hemingway. O filme lhe rendeu sua primeira indicação ao Oscar. Em 1944, com À Meia-Luz, de George Cukor, ganhou seu primeiro Oscar, como melhor atriz. No ano seguinte, mais três filmes de êxito: Os Sinos de Santa Maria, de Leo McCarey, que lhe rendeu a terceira indicação ao Oscar; Mulher Exótica, de Sam Wood; e Quando Fala o Coração, sua primeira parceria com Alfred Hitchcock.
Em 1946, a segunda parceria com Hitchcock, no célebre Interlúdio, em que interpreta uma jovem que passa os dias atrás de homens e álcool, após seu pai ter sido condenado como espião alemão durante a 2ª Guerra Mundial. Há quem diga que é seu papel mais expressivo no cinema.
Mais três filmes se seguiram: O Arco do Triunfo, segunda adaptação de Lewis Milestone da obra Eric Maria Remarque, Joana D’Arc, adaptação da peça coma própria Ingrid – a montagem lhe rendeu um Tony -, e a terceira parceria com Hitchcock, Sob o Signo de Capricórnio.
Em 1949, Ingrid escreveu uma carta para o diretor italiano neo-realista Roberto Rosselini, demonstrando interesse em atuar em algum de seus filmes. No ano seguinte, estrelaria Stromboli, a primeira parceria com o diretor.
Morando na Itália, fez mais cinco filmes: Europa 51, Viagem à Itália, O Medo, Joana D’Arc de Rosselini e um episódio de Nós, as Mulheres. Em 1956, filmou com Jean Renoir: As Estranhas Coisas de Paris. Com o sucesso do filme francês, Ingrid voltou a ter status nos EUA, e foi chamado para estrelar Anastácia, que lhe garantiu o segundo Oscar de melhor atriz.
Durante a década de 60, teria papéis insignificantes em sua carreira, e trabalharia principalmente no teatro e na televisão, então ascendente. Ressurge em Assassinato do Expresso Oriente, em 1974, de Sidney Lumet, que lhe rendeu um Oscar de melhor atriz coadjuvante. Em 1975, divorciou-se do terceiro marido. No mesmo ano descobriu um câncer no seio. A luta duraria sete anos. No intervalo, atuou no filme de outro famoso Bergman, o Ingmar, com quem não tem nenhum parentesco. Sonata de Outono chegaria aos cinemas em 1978. O último papel foi na televisão, no papel da primeira ministra de Israel, Golda Meir, na cinebiografia, A Woman Called Golda.
Ingrid morreu em sua casa, em Londres, foi cremada, e suas cinzas jogadas nas costas suecas. Parte foi guardada e enterrada no Cemitério Norra Begravningsplatsen, em Estocolmo.
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