Como se não bastassem ser parasitas ainda fazem questão de serem salafrários.
O Globo.com, 13/01/2012
Infanta Cristina se beneficiou com desvios de verba de marido
O Globo
Cristina com o marido durante um evento da família real sueca em 2010: Urgandarin foi banido da agenda da Casa Real espanhola AFP
RIO - Desde o que duque de Palma, Iñaki Urdangarin, começou a ser investigado pela Justiça espanhola por desvio de verba pública através da organização sem fins lucrativos Instituto Nóos, a infanta Cristina, sua mulher e filha mais nova do rei Juan Carlos, tinha passado ilesa das acusações. Mas a revelação de que Cristina teria aumentado em 380 vezes seu lucro na Aizoon, imobiliária da qual é sócia junto ao marido e que foi usada pelo duque para desviar dinheiro da Nóos, colocou a nobre no centro do escândalo. A Promotoria espanhola, no entanto, diz que não há provas suficientes para indiciá-la.
O espetacular aumento no valor das ações do casal na Aizoon está comprovado na declaração de renda de 2006, em que Cristina atribuiu ao negócio o valor de 572.406 euros. Seu investimento inicial na empresa, realizado em 2003, foi de 1.503 euros, divulgaram os jornais espanhóis. O mesmo aconteceu com o duque, que divide meio a meio a propriedade com a esposa.
Fundada em 11 de fevereiro de 2003, a Aizoon logo se transformou em uma máquina de dinheiro graças aos contratos públicos que o duque conseguiu assinar com o governo de Valência e das Ilhas Baleares. Além disso, uma parte substancial do dinheiro arrecadado pelo Instituto Nóos teve destino na sociedade familiar dos duques de Palma. Segundo os investigadores à frente do chamado caso Urdangarin, 95% dos investimentos da Aizoon vinham da Nóos.
A investigação sobre as atividades ilícitas de Urdangarin teve acesso aos emails do duque. Segundo a promotoria, a maioria os emails do Instituto Nóos falavam sobre a Aizoon. Apesar de não indiciar a filha do rei, os investigadores acreditam que Cristina se beneficiou com os trambiques do marido. O juiz do caso, no entanto, instruiu os promotores a não considerarem a participação da nobre nas transações ilegais. Testemunhas dizem que ela não tinha poder de decisão na empresa e raramente era vista na imobiliária. Além disso, quase não há rastro da infanta nos emails.
Uma investigação judicial pretende determinar se houve falsificação, má uso de verbas públicas e fraude contra o governo nas práticas empresariais de Urdangarin.
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