quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

A surra de um sabujo

Carta Maior, 19 de Janeiro de 2012
 


PORTUGAL: A SURRA DADA POR UM SINDICALISTA NA MÍDIA  

Portugal concluiu a reforma trabalhista para ter acesso ao socorro financeiro da troika do euro. Sob a promoção do consórcio FMI-BCE e conservadorismo local as mudanças 'facilitam' demissões, cortam indenizações, suprimem dias de férias, arrocham custo da hora trabalho e eliminam feriados. O governo Passos Coelhos  não conseguiu – ainda - aprovar a pretendida ampliação da carga de trabalho, sem remuneração correspondente, um saudosismo feudal-salazarista que vocaliza o ponto a que se chegou na Europa para preservar a ordem neoliberal.

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Armênio Carlos

Chegou-se a esse ponto, saliente-se, em boa parte graças à lubrificante parceria com amplas parcelas daquilo que anacronicamente ainda se denomina de esquerda e progressista. No caso português o 'ajuste'  sancionado teve a chancela das  centrais, exceto da Central Geral dos Trabalhadores Portugueses. Vale a pena assistir à brilhante entrevista do seu dirigente Armênio Carlos a um jornalista local, Mário Crespo, um ventríloco dos mercados.

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Mario Crespo? Hum... Talvez!

Dessa garganta lusa, síntese de um padrão de subserviência conhecido do público brasileiro, ecoa mesma ladainha aqui condensada no emblema do 'custo-Brasil'. A diferença é que em Portugal a direita ainda abre espaço e tempo para lideranças como Armênio Carlos expressarem seu ponto de vista. Resultado: uma surra histórica do sindicalista no sabujo. 

http://5dias.net/2012/01/17/armenio-carlos-debate-com-mario-crespo-nos-proximos-dias-suceder-se-ao-monologos-entre-todos-os-duques-para-convenientemente-higienizar-a-opiniao/

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