Gaddafi estaria vivo e pronto a organizar resistência na Líbia, dizem agências
16/1/2012 18:01, Por Redação, com RicTV - de Argel e Madri
Informes de agências de notícias que circularam nesta segunda-feira na Líbia, na Sérvia e na Rússia relatam a primeira aparição do coronel Muammar Gaddafi após a notícia de sua morte, durante os conflitos ocorridos naquele país, ano passado. De acordo com a agência internacional de notícias RicTV, Gaddafi teria falado aos líbios na transmissão da uma rádio argelina.O líder líbio, que teve sua morte atestada por meios oficiais do novo governo daquele país, estaria vivo, na verdade, e refugiado no país vizinho, de onde articularia uma reação à tomada do poder por tribos rebeldes que contaram com o apoio das forças da Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan). Estas mesmas fontes garantem que o homem confundido pelos rebeldes era um primo distante de Gaddafi, chamado Ali Madzid Al Andalus. O sósia era famoso em Sirte, onde vivia e morreu, por sua aparência similar à do então governante. Ouvida pela agência RicTV, a família dele confirma sua morte em 20 de outubro do ano passado, mesma data atribuída ao assassinato de Gaddafi. Fontes independentes também confirmaram aos jornalistas que o dirigente líbio estava distante de Sirte em 20 de outubro.
– A proclamação da resistência e um grande apoio moral está circulando nestes dias. Coube aos colonos a violência contra a Líbia. Tudo se fez em nome de uma falsa revolução. A todos os filhos da honesta Líbia, os filhos dos Mujahideens (guerreiros) e os filhos dos comandantes Mujahideens, o sol brilhará depois de uma longa noite e o que se necessita saber por agora é que a vitoria está próxima. A libertação está próxima – assinala a transmissão atribuída a Gaddafi.
Segundo a agência de notícias, com base na Espanha, a mensagem foi dirigida às “unidades de segurança internacionais, unidades de segurança de tribos, aos soldados dos batalhões, ao Batalhão 32 e aos líbios Mujahideens e livres”. Ainda segundo as transmissões, confirmadas pela agência argelina de notícia Algeria ISP, a resistência deverá ser lançada em operações em todas as regiões, “de leste a oeste”. Gaddafi também teria pedido aos líbios para se unirem aos combatentes da resistência e para lançar ataques, “até pedras”, contra os insurgentes. Ele também teria pedido aos combatentes de regiões distantes para intensificar as operações “contra os traidores que venderam a Líbia”.
Na foto, Gaddafi estaria assistindo, pela TV, de um ponto na Argélia, as cenas onde supostamente teria sido assassinado
Gaddafi, segundo o informe – ainda não confirmado por fontes independentes – teria nomeado o filho, Saif al-Islam, como “um membro da resistencia que nos motivará para a libertação de Líbia”. Gaddafi teria encerrado seu pronunciamento com a garantia de que nunca dividirá a Líbia.– A Líbia nunca se converterá em um emirado de Qatar ou nos Emirados Árabes Unidos, nem em uma colônia da França ou de outros países ocidentais – ressalta o comunicado atribuído a Gaddafi.
Além dos integrantes do exército leal ao então regime de Gaddafi, o líder líbio também convocou “as tribos de todas as regiões, os argelinos, tunisianos, iraquianos e os sírios a permanecerem contra os ratos e seus mercenários”.
Em relato similar, publicado no sítio da Algeria ISP logo após a divulgação da morte de Gaddafi, uma outra versão de que ele estaria vivo e bem e saúde.
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Putin afirma que EUA são responsáveis pela morte de Gaddafi
15/12/2011 12:24, Por Redação, com Vermelho- de Lisboa
O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, declarou nesta quinta que as forças especiais norte-americanas tiveram participação na morte do presidente líbio Muamar Gaddafi, que foi assassinado depois de ter sido capturado pelos golpistas opositores.
– Drones (modelo de avião teleguiado), principalmente norte-americanos, atacaram o comboio de Gaddafi– declarou o premiê em entrevista transmitida ao vivo pela televisão russa. “Depois, com seus rádios, por meio das forças especiais que não deviam estar ali, chamaram a pseudo oposição e os combatentes que o eliminaram sem julgamento e sem investigação”, completou.
A Rússia havia criticado com veemência as operações militares que a Otan realizou na Líbia e as definiu como uma “cruzada”. Na visão do país, os ataques aéreos não tinham respaldo na resolução da ONU, que apenas mencionava a necessidade de respeitar uma zona de exclusão aérea e ainda proibia a presença de tropas estrangeiras em solo líbio.
Pouco após a morte de Gaddafi, o chanceler russo, Serguei Lavrov, já havia questionado a legalidade do ataque aéreo ao comboio onde o ex-dirigente líbio era transportado, que terminou na captura e morte do ditador. A Otan afirmou, na ocasião, que não sabia que ele se encontrava no comboio atacado.
Em resposta às críticas pela falta de liberdade na Rússia, o premiê questionou o caráter democrático dos princípios promulgados pelo Ocidente.
– A todo o mundo mostraram imagens de seu assassinato, dele todo ensanguentado. Isso é democracia?”, declarou Putin, que defendeu que o povo líbio deveria ter tido a oportunidade de decidir sobre o destino de seu ex-líder por via democrática.
Putin disse que as imagens da morte do presidente líbio lhe causaram “repugnância” e criticou os meios de comunicação ocidentais por falta de moralidade.
A Rússia defende que Gaddafi deveria ter sido preso e que sua morte nas mãos dos golpistas líbios é uma violação do direito internacional.
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