quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Wikileaks (Cablesgate) ( VII ): Julian Assange entra para lista de procurados da Interpol

Vão fazer de tudo - de tudo! - para desacreditar este cara... ou pior: "calá-lo" definitivamente!

UOL, 30/11/2010 - 21h13

Criador do Wikileaks entra para lista de procurados da Interpol


  • Reprodução/Interpol

O australiano Julian Assange, o principal nome por trás da organização especializada em divulgar documentos secretos Wikileaks, entrou para a lista de "procurados" da Interpol, acusado de "crimes sexuais".
Segundo ficha disponível no site da agência policial internacional (veja acima), o mandado de prisão contra Assange teria origem em Gothenburg, na Suécia. Na mesma página, a Interpol solicita informações sobre o australiano.
Segundo agências de notícias, Assange apelou nesta terça-feira (30) à Suprema Corte da Suécia para impugnar a ordem de prisão emitida pela Justiça sueca contra ele por acusações de agressão sexual.
Em 18 de novembro, a Justiça sueca emitiu uma ordem de prisão contra Assange para interrogá-lo por "suspeitas razoáveis de violação, agressão sexual e coerção" por fatos ocorridos em agosto.
O advogado do fundador do WikiLeaks recorreu da decisão, mas esta foi confirmada na apelação. A única alternativa que restava era a Suprema Corte.
Os advogados sueco e britânico de Assange haviam criticado a ordem de prisão, formulada pela promotora encarregada do caso, Marianne Ny, alegando que haviam proposto em vão várias datas para que Assange fosse interrogado.
Defensores de Assange denunciam uma perseguição judicial, motivada pelos vazamentos de material secreto que o Wikileaks realiza.
Também hoje, Kintto Lucas, vice-ministro do Exterior equatoriano, disse à imprensa local que o Equador está tentando contatar Julian Assange, o responsável pelo WikiLeaks, a fim de convidá-lo a se radicar no país, elogiando o trabalho investigativo que ele realiza.
"Estamos convidando Assange para fazer palestras e, se desejar, lhe ofereceremos cidadania equatoriana", disse Lucas em entrevista publicada na terça-feira pelo jornal local "Hoy".
O paradeiro atual de Assange é desconhecido; acredita-se que se desloque de país a país, para despistar as ações judiciais movidas contra ele por diversos países.
*Com informações de agências internacionais


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Pelos poderosos interesses que ele tem contrariado, não me surpreenderia se isto fosse uma armação para desacreditá-lo.

Mas, vamos ver o que a Justiça sueca vai apresentar de provas.


http://correiodobrasil.com.br/fundador-do-wikileaks-se-diz-vitima-de-perseguicao/191722/

Fundador do WikiLeaks se diz vítima de perseguição

18/11/2010 16:51,  Por Redação, com Reuters – de Estocolmo

Uma promotora da Suécia pediu nesta quinta-feira que Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, seja preso por suspeita de estupro, acusação que ele nega fortemente.

Julian Assage
Julian Assange afirma que as acusações contra ele não têm fundamento e criticou "circo jurídico sueco"

A promotoria sueca começou uma investigação sobre acusações de estupro contra Assange, um cidadão australiano, em setembro. O gabinete da promotoria informou em comunicado que decidiu pedir a prisão de Assange sob suspeita de estupro, abuso sexual e coerção ilegal.
- A razão para o meu pedido é que nós precisamos interrogá-lo. Até agora, nós não fomos capazes de encontrá-lo para interrogatório -, disse Marianne Ny, coordenadora do caso da promotoria sueca contra Assange.
Se o pedido for aceito, autoridades podem emitir um mandato internacional de prisão de Assange, afirmou uma porta-voz da promotoria.
Assange afirma que as acusações contra ele não têm fundamento e criticou o que ele chamou de um circo jurídico na Suécia, onde ele tenta construir uma base para se beneficiar das estritas leis de proteção ao jornalismo.
Ele tem dito que foi alertado pela inteligência australiana antes das acusações de que ele poderia enfrentar uma campanha criada para abalar sua reputação.
O WikiLeaks causou ira no Pentágono pela divulgação de documentos relacionados às guerras dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão.
No mais recente episódio, em outubro, o site divulgou cerca de 400 mil documentos sigilosos dos EUA sobre a guerra no Iraque. Segundo Assange, os documentos mostram mortes de mais de 15 mil civis iraquianos além do relatado oficialmente.
Em 4 de novembro, Assange afirmou que poderá buscar asilo político na Suíça.

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UOL, 22/10/2010 - 21h29 

O criador do Wikileaks, um homem enigmático que gosta de revelar segredos

Leon Neal/AFP


ESTOCOLMO, Suécia, 21 Ago 2010 (AFP) -O australiano Julian Assange, que tornou-se famoso divulgando milhares de documentos confidenciais americanos sobre a guerra no Afeganistão, voltou à cena nesta sexta-feira, com uma série de documentos sobre a guerra do Iraque; mas em relação à própria vida é um verdadeiro partidário da arte do segredo.

Criador e figura emblemática do Wikileaks, o site especializado em vazar informações da inteligência, este homem de 39 anos acumulou muitas revelações nos últimos anos, do Iraque ao Quênia, passando pela Islândia, pelo Afeganistão e agora pelo Iraque.

Nesta sexta-feira, a rede de televisão Al-Jazeera divulgou as "principais revelações" do site WikiLeaks, anunciando que o Exército dos Estados Unidos "encobriu" torturas no Iraque e causou a morte de centenas de civis em seus postos de controle militar.

"Queremos três coisas: liberar a imprensa, revelar os abusos e salvaguardar documentos que fazem História", explicou anteriormente Assange à AFP sobre sua decisão de publicar documentos confidenciais sobre a guerra do Afeganistão.

Em pouco tempo, Assange se converteu no homem que fez a CIA tremer, o grande revelador de abusos, o apóstolo da transparência... mas, ao mesmo tempo, manteve um grande enigma em torno de sua pessoa.

Por exemplo, ele se nega a dizer para onde vai ou de onde vem, viaja de capital em capital hospedando-se em casa e simpatizantes ou conhecidos, não dá o número do seu celular e também não fornece a data exata de seu nascimento.

"Estamos ante organizações que não obedecem às regras. Estamos ante agências de inteligência", assegura.

Nascido em 1971, sem que se saiba a data, em Magnetic Island, nordeste da Austrália, Assange teve uma infância agitada, passando por 7 escolas, segundo a imprensa australiana.

Em sua adolescência, Assange se destacou como hacker até ser descoberto pela polícia de Melbourne. Para escapar da justiça, teve que pagar uma multa e jurar que manteria boa conduta.

A polícia jamais conseguiu estabelecer se esteve envolvido num incidente, em outubro de 1989, no qual as telas dos computadores da Nasa s viram repentinamente cobertas pela palavra "WANK" (masturbação) pouco antes do lançamento do ônibus espacial Atlantis.

Assange conta que foi "conselheiro de segurança, fundador de uma das primeiras companhias de serviços informáticos na Austrália, assessor tecnológico, investigador jornalístico, coautor de um livro".

Em 2006, fundou a Wikileaks com "umas dez pessoas procedentes dos âmbitos dos direitos humanos, da imprensa e da alta tecnologia".

A Islândia e a Suécia, onde conta com apoios e está amparado por legislações favoráveis, são escalas privilegiadas em seu constante ir e vir por todo o mundo, de Londres a Nairóbi, da Holanda à Califórnia.

Na Islândia foi onde se encerrou durante semanas em uma casa com as persianas sempre fechadas, para combinar com alguns companheiros do Wikileaks sua primeira grande "exclusiva": um vídeo gravado pela câmera de um helicóptero militar americano em Bagdá, em 2007, que mostra uma incursão que causou a morte de dois empregados da agência de notícias Reuters e de vários civis.

Segundo a revista americana New Yorker, Assange foi quem decodificou o vídeo militar, classificando a tarefa de "moderadamente difícil".

Assange milita, além disso, por um novo jornalismo.

"Geralmente nos perguntam: vocês verificam suas fontes? O que verificamos são documentos. Ligamos e perguntamos: esses documentos são seus? E acho que temos um padrão muito mais elevado".

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