quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Primeira mulher mexicana chefe de polícia é assassinada

São Paulo, quarta-feira, 01 de dezembro de 2010




O corpo da chefe de polícia Hermila García Quiñones, ao lado do carro, em rua de Meoqui
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A primeira mulher mexicana a ocupar o cargo de chefe de polícia no seu país foi assassinada anteontem, enquanto dirigia para o local de trabalho. Hermila García Quiñones, 38, liderava o departamento de polícia no município de Meoqui.
Ela foi encontrada próxima ao seu carro, mas foi alvejada no interior do veículo.
A família reclamou que ela se deslocava ao trabalho sem escolta, e que a polícia demorou mais de uma hora e meia para realizar atendimento.
García assumiu o cargo no último dia 9 de outubro e comandava uma força de 90 homens encarregados da segurança de uma comunidade agrícola, no Estado de Chihuahua, fronteira com o Estado do Texas (EUA).
Autoridades suspeitam que a chefe de polícia, que foi agente do Ministério Público Federal por vários anos, foi morta por pistoleiros que trabalham para cartéis do crime organizado.
Apesar disso, o prefeito Jesus Salvador Garcia afirma que Hermila não recebera ameaças de morte nem havia confrontado membros de gangues que costumam operar na região.
Hermila era uma das quatro mulheres em Chihuahua que aceitaram dirigir corporações policiais em municípios onde o crime organizado passou a controlar a vida de seus habitantes.



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Esta situação que o México vive é consequência direta de sua associação ao NAFTA.

O México virou um réles apêndice econômico do EUA. Ampliou-se a miséria, o desemprego e todas as mazelas consequentes.


O Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (inglês: North American Free Trade Agreement, ou NAFTA) é um tratado envolvendo o canaá, México e EUA, com custo reduzido para troca de mercadorias entre os três países. O NAFTA entrou em vigor em 1994.
Era o buraco em que pretendia colocar-nos também o subserviente (des)governo tucano de FHC.

São Paulo, sábado, 06 de novembro de 2010


México amarga recorde de assassinatos  
GABRIELA MANZINI
DE SÃO PAULO
 
O México deve fechar 2010 com um número recorde de assassinatos ligados ao crime organizado. Ontem, o tétrico "Executômetro", do jornal local "Reforma", superou os 10.035, em uma demonstração da escalada da violência no país sob Felipe Calderón, que assumiu em 2006.
Internamente, esses números causam preocupação não só pelos motivos óbvios mas também pelo temor de que o país substitua a Colômbia no epicentro do combate às drogas no continente, em especial aos olhos dos EUA.
Recentemente, isso ficou claro nas cobranças sobre Washington pelo plebiscito sobre a liberação da maconha na Califórnia -que acabou com a vitória do "não"-, e em setembro, na crítica à secretária Hillary Clinton, que comparou o vizinho à "Colômbia de 20 anos atrás".
Os dois "se parecem cada vez mais" pois a "ameaça da bem organizada rede de narcotráfico está, em alguns casos, se transformando ou se assemelhando ao que consideraríamos como insurgência", disse. "De repente, carros-bomba aparecem onde não existiam."
O estopim da comparação foram, aparentemente, os inéditos ataques de carros-bomba no México. O primeiro ocorreu em julho, na fronteiriça Ciudad Juárez, disputada pelos cartéis de Juárez e Sinaloa. Criminosos usaram um policial ferido como isca e detonaram explosivos pelo celular, quando o socorro chegou. Quatro morreram.

Na Colômbia, os ataques com veículos-bomba, principalmente na capital Bogotá, marcaram o embate contra os grupos narcotraficantes e/ou paramilitares do país, nos anos 1980 e 1990.
"A única surpresa nesse conceito foi que ela o expressou em voz alta", diz, em artigo, Laura Carlsen, diretora do Centro de Política Internacional, na Cidade do México.
"A Iniciativa Mérida foi inicialmente chamada de Plano México. A comparação com a Colômbia é tida como obrigatória. [...] Mas, no México, pensar na presença militar dos EUA rivaliza com o sentimento nacionalista."
Os casos em Juárez ocorreram a despeito da presença ostensiva do Exército e de mais de 7.500 policiais nas ruas. Mas, se Juárez fechou 2009 com taxa de 74 homicídios a cada 100 mil habitantes, a nacional foi de 14, um indício de que a violência é concentrada.
"Não há descontrole em todo o México, embora o haja nas cidades onde o crime é mais forte. O Exército pode ir a toda parte", diz Andrew Selee, do Instituto do México do Woodrow Wilson Center, em Washington. Na Colômbia, o Estado perdeu o controle de parte do território.
"Na Colômbia, o narcotráfico era um elemento do movimento político armado. No México, [cartéis] não querem substituir o governo, querem que ele permita as transações e, se possível, as facilite. Mesmo quando falamos de prefeitos subornados, por exemplo, eles não se importam com a ideologia", diz Selee.
O pesquisador Markus Schultze-Kraft, diretor do escritório do International Crisis Group (ICG) em Bogotá, destaca as diferenças. "Narcos colombianos, como Pablo Escobar, tentavam entrar na institucionalidade. Ele foi suplente de deputado", diz.
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UOL, 24/10/2010

24/10/2010 - 15h26

México: Governo de estado na fronteira com os EUA admite fracasso contra o crime

 
CIDADE DO MÉXICO, 24 OUT (ANSA) - A estratégia contra o crime em Ciudad Juárez, localidade mais violenta do México, fracassou, reconheceu hoje o governador César Duarte, de Chihuahua, estado onde localiza-se tal município.

A declaração do governador foi feita após pelo menos 14 pessoas terem sido mortas na sexta-feira passada. O grupo foi executado por um comando armado que invadiu uma fazenda particular, durante a realização de uma festa.

Onze das vítimas morreram ainda no local do crime. Outras 20 pessoas ficaram feridas e foram levadas a hospitais da região. Horas depois, três delas faleceram, segundo dados da Procuradoria de Chihuahua, que é ainda fronteiriço aos Estados Unidos.
Ao mesmo tempo, Duarte pediu às famílias "que cuidem de seus filhos" e orientou que "não participem de eventos nos quais possam correr perigo". Ainda segundo ele, a violência em seu estado "foi das ruas para as residências particulares".

"O esforço feito para colocar câmeras de TV nas ruas e as patrulhas nas principais avenidas já não tem mais eficácia, porque agora o crime se transferiu às casas", declarou.
Ciudad Juárez, considerada a mais perigosa cidade do México e uma das mais violentas do mundo, contabiliza apenas em 2010 mais de 2.300 mortes, com média diária de nove assassinatos.

A violência no país, contudo, não se limita a apenas esta região. Em outros estados próximos aos Estados Unidos são registrados confrontos, principalmente entre carteis de drogas rivais, que buscam ampliar seus controles, ou contra as autoridades.

Desde que Felipe Calderón assumiu a presidência, em dezembro de 2006, quando implantou sua ofensiva militar contra o narcotráfico e o crime organizado, quase 29.000 pessoas perderam a vida.

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