
MÉXICO
Adolescente de 14 anos admite que era pago para matar
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS - Um adolescente mexicano de 14 anos admitiu que era pago por narcotraficantes para matar e que degolava suas vítimas.
O jovem foi detido ontem no aeroporto de Xochitepec, no centro do México, quando tentava embarcar num avião para Tijuana (noroeste), na fronteira com os EUA.
"Matei quatro pessoas, degolava-os", confessou o menor de idade, após sua captura, a jornalistas no local.
Ele disse que seria morto se não matasse as pessoas.
Os documentos que o jovem portava dizem que ele nasceu em San Diego, na Califórnia, em julho de 1996.
Ele disse que recebia entre US$ 2,5 mil e US$ 3.000 ((R$ 4,2 mil e R$ 5 mil) por vítima.
Desde o mês passado, o jovem vinha sendo procurado
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UOL, 02/12/2010 - 23h06
México reconhece derrota para tráfico e pede ajuda a EUA, revela WikiLeaks
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DE SÃO PAULO
DA EFE, EM WASHINGTON
O México precisa da ajuda dos EUA para vencer a guerra contra o narcotráfico. Seus governantes, do próprio presidente Felipe Calderón até funcionários da Procuradoria Geral da República, aproveitaram todas as reuniões com autoridades americanas para insistir no pedido de ajuda. A informação é do jornal espanhol "El País", com base em telegramas diplomáticos americanos vazados pelo WikiLeaks. DA EFE, EM WASHINGTON
No México, a "guerra dos cartéis" já fez mais de 28 mil mortos, entre acertos de contas e confrontos com policiais, desde a chegada ao poder do presidente Felipe Calderón, em dezembro de 2006.
No telegrama 228419, por exemplo, é detalhada uma reunião mantida entre altos funcionários da Procuradoria Geral dos EUA, na qual o então subsecretário da Secretaria de Governo, Jerónimo Gutiérrez, reconhece: "Temos 18 meses, e se não conseguirmos um êxito considerável que seja reconhecido pelos mexicanos, será difícil aguentar o confronto no próximo governo", informa o "El País". A data da reunião foi 5 de outubro de 2009, portanto, há quase 15 meses.
Carlos Jasso/AP
Violência causada pelo narcotráfico já deixou ao menos 28 mil mortos desde dezembro de 2006 Gutiérrez também dá a entender que o governo mexicano perdeu o controle sobre certas áreas do país, algo que nunca foi reconhecido em público por nenhum membro do Executivos de Calderón.
Ele acrescenta ainda que o narcotráfico "está prejudicando a reputação internacional do México, prejudicando os investimentos estrangeiros e levando uma sensação de governo impotente."
Em um dos telegramas, datado de outubro de 2009, o embaixador dos EUA no México, Carlos Pascual, explica que representantes do governo mexicano indicaram, em uma reunião, que seria conveniente concentrar esforços conjuntos em "duas ou três cidades violentas".
Os funcionários mexicanos sugeriram começar em lugares como Ciudad Juárez e Tijuana a ofensiva contra o narcotráfico.
"Eles acreditam que o simbolismo de ganhar algumas das cidades mais violentas seria poderoso, e enviaria um sinal ao resto do país de que a luta contra o crime organizado pode ser ganha, e serviria para combater a atual sensação de impotência que sentem muitos mexicanos", escreveu o americano no telegrama.
A embaixada dos EUA no México reconhece o compromisso "sem precedentes" do governo de Felipe Calderón na luta contra o narcotráfico, mas lembra que o Exército não está preparado para isso. "É lento e tem aversão ao risco", menciona um dos telegramas citados pelo "El País".
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