sábado, 23 de outubro de 2010

A psique dos subservientes





     Mangabeira, Eisenhower e o gesto seguido até hoje por muitos




A psique dos subservientes

 
Por Ivan Bulhões*
 

Independentemente do nível social, o que não falta em nosso país é gente vitimada pelo chamado “complexo de vira-lata”! Quais foram/são suas preocupações, amplamente expostas, das mais diversas maneiras, tanto em entrevistas na mídia quanto por inúmeras correntes na Net ou nas rodas de bate-papos?

Ah!... Lula não tem capacidade para governar,não. Ele não tem curso superior.... Lula não pode ser um chefe de estado porque não sabe falar inglês.... A Dilma? Ah!... A Dilma não pode porque foi “terrorista” e os EUA não vão deixar a nossa presidenta entrar em seu país ...

Ela já cansou de entrar nos EUA, santa ignorância! E como se isto tivesse alguma significância para nós e para a Presidência de um país que se quer soberano.

Mas, se analisarmos bem, vemos que, na verdade, este complexo de que sofrem é uma conseqüência de algo muito tenebroso. A causa que dá condições para que este complexo germine é o fato de estas serem pessoas cujas almas são medíocres. São estes, na verdade, aqueles que podemos classificar como “pobres de espírito”.

Como não podia deixar de ser, seus níveis de conscientização política beiram as raias da demência. Repetem, como fantoches que são, as “verdades” e “dogmas” que escutam de seus “heróis” televisivos! O que vale tem de sair das bocas ou ser avalizado pelos “papas” da mediocracia da grande imprensa, os Joelmirs Bettings, Miriams Leitões, Arnaldos Jabors ou Diogos Mainardis das Globos, FSPs e Vejas da nossa, melhor dizendo,  grande empresa.

O quanto de falácias, de absurdos, de incoerências já foi dito por estes “papas” é esquecido por completo. O que de preconceito e elitismo transpiram e promovem é visto como os grandes valores de quem “chegou lá”! O fato de serem estes os mesmos que, em épocas não tão distantes, apresentaram Collor, FHC e a modernidade do neoliberalismo como salvadores da pátria, perdeu-se em certos buracos sem fundo que existem em suas mentes. Bem... Se podemos considerar que as têm. Muitas vezes, tamanhas as asneiras que defendem e apregoam, chego a duvidar da existência de algo parecido com um cérebro no interior de seus crânios!  

Terrível é a constatação: A psique de um subserviente é incapaz de efetuar uma mínima análise. É, indubitavelmente, o terreno mais fértil para estas matérias e argumentações eivadas de inverdades e sofismas divulgadas pela grande mídia!

Os níveis de alienação em que se encontram impossibilita a mínima percepção de que os grandes líderes políticos não foram grandes graças aos seus conhecimentos acadêmicos, graças aos seus títulos honoris causa ou ao fato de serem poliglotas, mas, sim, e é o que realmente importa, pela sua consciência política, pela ousadia em suas ações, pela coragem em enfrentar os interesses contrários à soberania de seu país e pelo respeito ao seu povo!

Para alguns líderes que, além de grandes politicamente, também se destacaram pelos seus conhecimentos, pela sua intelectualidade, este plus acadêmico foi apenas um complemento de sua biografia, mas não aquilo que indelevelmente os registrou na história.

Quem têm mentalidade subserviente deslumbra-se com certos políticos servis somente porque eles falam francês, mas ignoram que estes não tiveram uma gota de vontade para mudar o que precisava ser mudado, muito pelo contrário. Se colocaram de quatro, como “pobres de espírito” que também são, perante os líderes das grandes potências, sabotando no que puderam o nosso desenvolvimento.

Uma coisa faço questão de deixar bem clara: Apesar de ter uma formação acadêmica inferior a de FHC, mas superior a de Lula, é pelo primeiro que eu tenho o mais profundo desprezo. Não senti nenhum orgulho em ter um ser de mentalidade servil na Presidência de meu país, por mais alto que fosse seu nível acadêmico-intelectual. E, por tudo o que me é sagrado, seria uma tremenda agonia ver um outro subserviente ocupando a presidência de meu amado Brasil mais uma vez.


Já ficou bem registrado na nossa história: Foi o "torneiro mecânico", e não o "Sartre", aquele quem olhou nos olhos de todos os líderes do planeta de igual para igual.  

A História se encarregará de colocar a todos em seus devidos lugares!

Viva o nosso querido Brasil! Viva o maravilhoso povo brasileiro!

Ivan M. Bulhões
2o. Ten R/2 do Exército Brasileiro, economista, pós-graduado em segurança da informação, consultor de segurança corporativa, e NÃO filiado a nenhum partido político.



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