Do UOL, em São Paulo 01/07/2013
OGX, de Eike, suspende projetos, e ações desabam na Bolsa
A ação da OGX, petrolífera do empresário Eike Batista, desabava na Bolsa nesta segunda-feira (1º). Por volta das 15h35, o papel despencava 25,32%, a R$ 0,59, depois de ter chegado a cair mais de 39% pela manhã.
A ação era a principal influência de baixa para o Ibovespa, principal índice da Bolsa, que tinha queda de 0,56%.
Mais cedo, a petroleira anunciou que pretende suspender o desenvolvimento de três campos de petróleo e interrompeu a construção de cinco plataformas. A empresa também informou que não investirá no aumento da produção dos poços do campo de Tubarão Azul, na bacia de Campos, onde a extração pode parar no ano que vem.
As sucessivas frustrações com o nível de produção da OGX e a queima de caixa pela petroleira têm motivado forte queda das ações da empresa, contagiando os papéis de outras companhias de Eike listadas na Bovespa. Com o preço da ação cotado abaixo de R$ 1, as oscilações na Bolsa ficam mais intensas, e diferenças de centavos causam grandes variações percentuais.
Outras ações do grupo EBX, de Eike, completavam a lista de piores quedas do Ibovespa nesta segunda-feira. A companhia de logística LLX perdia mais de 9%, e a mineradora MMX caía 8%.
Diante da mudança nos planos da OGX, a companhia informou que decidiu cancelar algumas compras da OSX, empresa de construção naval que também pertence ao grupo EBX. A ação, que não faz parte do Ibovespa, perdia 3,57%.
Ações de Eike enfrentam crise no mercado
As seis empresas do bilionário listadas em Bolsa (OGX, MMX, MPX, OSX, LLX eO valor de mercado das empresas de Eike teve uma queda de R$ 109 bilhões, do melhor momento das empresas na Bolsa de Valores até a cotação do fechamento da última quinta-feira (27), segundo levantamento do jornal "Valor Econômico".
Eike pode perder controle de grupo de empresas
Com o império em crise, o bilionário Eike Batista pode perder o controle do grupo EBX. Em uma reportagem especial sobre as perdas das empresas do brasileiro nos últimos meses, o jornal norte-americano "The New York Times" afirma que, com o aumento das dívidas do grupo, os principais credores (grandes bancos) "poderiam levá-lo a uma reestruturação que poderia lhe custar o controle das companhias".Ainda de acordo com o "NYT", as dificuldades do bilionário refletem o momento atual da economia brasileira, com a reversão de expectativas dos investidores internacionais.
Mais rico do mundo
Em maio de 2011, com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões, o brasileiro disse que se tornaria o mais rico do mundo até 2015 -mas o sonho tem ficado cada vez mais distante.De lá para cá, suas empresas deixaram de cumprir cronogramas e de atingir metas, as ações das empresas do grupo EBX vêm perdendo valor na Bolsa e, consequentemente, a fortuna de Eike vem encolhendo.
(Com Reuters)
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