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8 de Jul de 2013
RELAÇÕES ESTRANHAS
O grupo Tom Brasil contratou Felipe Barbosa, filho do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, para assessor de Imprensa na casa de shows Vivo Rio, em 2010. Até poucos dias atrás, antes de ele ir trabalhar na TV Globo com Luciano Huck, Felipe ainda era funcionário da Tom Brasil.
Nada demais, não fosse um forte inconveniente: a Tom Brasil é investigada no inquérito 2474/STF, derivado do chamado “mensalão”, e o relator é seu pai Joaquim Barbosa. Este inquérito, aberto para investigar fontes de financiamento do chamado “mensalão”, identificou pagamento da DNA propaganda, de Marcos Valério, para a Casa Tom Brasil, com recursos da Visanet, no valor de R$ 2,5 milhões. E quem autorizou este pagamento foi Cláudio de Castro Vasconcelos, gerente-executivo de Propaganda e Marketing do Banco do Brasil, desde o governo FHC. Estranhamente não foi denunciado na AP-470 (chamado “mensalão”) junto com Henrique Pizzolato.
Outra curiosidade é que um dos sócios do grupo Tom Brasil, Gladston Tedesco, foi indiciado na Operação Satiagraha, sob a acusação de evasão de divisas como cotista do Opportunity Fund no exterior, situação vedada a residentes no Brasil. Ele negou ao jornal Folha de S. Paulo que tenha feito aplicações no referido fundo.
Tedesco foi diretor da Eletropaulo quando era estatal em governos tucanos, e respondeu (ou responde) a processo por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público.
Pode ser só que o mundo seja pequeno, e tudo não passe de coincidência, ou seja lobismo de empresários que cortejam o poder, embora o ministro Joaquim Barbosa deveria ter se atentado para essa coincidência inconveniente, dada a sua dedicação ao inquérito. Entretanto, não custa lembrar que se o ministro, em vez de juiz, fosse um quadro de partido político, o quanto essa relação poderia lhe causar complicações para provar sua inocência, caso enfrentasse um juiz como ele, que tratou fatos dúbios como se fossem certezas absolutas na Ação Penal 470. Também é bom lembrar que o ministro Joaquim Barbosa já declarou que não tem pressa para julgar o mensalão tucano, no qual Marcos Valério é acusado de repassar grande somas em dinheiro para a campanha eleitoral dos tucanos Eduardo Azeredo e Aécio Neves.
PS do Tijolaço: Fez bem Helena Stepanovitz em escrever com todas as ressalvas. Ela não faz qualquer acusação ao Ministro Barbosa, apenas devolve a ele a lição de não acusar sem provas, com base no tal “ele não podia deixar de saber”. Não há qualquer sinal de que esse fato – o pagamento de algo pelo sr. Marcos Valério – guarde relação com a conduta funcional do Ministro. Pode-se discordar de suas posições ou até de algumas de suas atitudes pouco condizentes com a austeridade exigida pelo cargo. Ou, até mesmo, questionar a percepção daquilo que ele próprio chamou de “penduricalhos” remuneratórios , Nada disso, porém, se confunde com atitudes dolosas.
O que vale para o Dr. Joaquim Barbosa é o que vale para qualquer pessoa: juiz, ministro ou particular.
Mas eu, pessoalmente, não vi jamais a desconstrução tão rápida de um mito público. O que se ergue com mídia, com mídia pode ser demolido. Que dos escombros da vaidade possa o Dr. Joaquim refletir sobre o que é vão e que a máquina de triturar reputações, da qual ele se beneficiou, sem a menor cerimônia volta-se contra ele, usando os métodos que ele próprio validou.
Empresa investigada por receber R$ 2,5 milhões de Marcos Valério contratou filho de Joaquim Barbosa
Por Fernando Brito
O grupo Tom Brasil contratou Felipe Barbosa, filho do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, para assessor de Imprensa na casa de shows Vivo Rio, em 2010. Até poucos dias atrás, antes de ele ir trabalhar na TV Globo com Luciano Huck, Felipe ainda era funcionário da Tom Brasil.
Nada demais, não fosse um forte inconveniente: a Tom Brasil é investigada no inquérito 2474/STF, derivado do chamado “mensalão”, e o relator é seu pai Joaquim Barbosa. Este inquérito, aberto para investigar fontes de financiamento do chamado “mensalão”, identificou pagamento da DNA propaganda, de Marcos Valério, para a Casa Tom Brasil, com recursos da Visanet, no valor de R$ 2,5 milhões. E quem autorizou este pagamento foi Cláudio de Castro Vasconcelos, gerente-executivo de Propaganda e Marketing do Banco do Brasil, desde o governo FHC. Estranhamente não foi denunciado na AP-470 (chamado “mensalão”) junto com Henrique Pizzolato.
Outra curiosidade é que um dos sócios do grupo Tom Brasil, Gladston Tedesco, foi indiciado na Operação Satiagraha, sob a acusação de evasão de divisas como cotista do Opportunity Fund no exterior, situação vedada a residentes no Brasil. Ele negou ao jornal Folha de S. Paulo que tenha feito aplicações no referido fundo.
Tedesco foi diretor da Eletropaulo quando era estatal em governos tucanos, e respondeu (ou responde) a processo por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público.
Pode ser só que o mundo seja pequeno, e tudo não passe de coincidência, ou seja lobismo de empresários que cortejam o poder, embora o ministro Joaquim Barbosa deveria ter se atentado para essa coincidência inconveniente, dada a sua dedicação ao inquérito. Entretanto, não custa lembrar que se o ministro, em vez de juiz, fosse um quadro de partido político, o quanto essa relação poderia lhe causar complicações para provar sua inocência, caso enfrentasse um juiz como ele, que tratou fatos dúbios como se fossem certezas absolutas na Ação Penal 470. Também é bom lembrar que o ministro Joaquim Barbosa já declarou que não tem pressa para julgar o mensalão tucano, no qual Marcos Valério é acusado de repassar grande somas em dinheiro para a campanha eleitoral dos tucanos Eduardo Azeredo e Aécio Neves.
PS do Tijolaço: Fez bem Helena Stepanovitz em escrever com todas as ressalvas. Ela não faz qualquer acusação ao Ministro Barbosa, apenas devolve a ele a lição de não acusar sem provas, com base no tal “ele não podia deixar de saber”. Não há qualquer sinal de que esse fato – o pagamento de algo pelo sr. Marcos Valério – guarde relação com a conduta funcional do Ministro. Pode-se discordar de suas posições ou até de algumas de suas atitudes pouco condizentes com a austeridade exigida pelo cargo. Ou, até mesmo, questionar a percepção daquilo que ele próprio chamou de “penduricalhos” remuneratórios
O que vale para o Dr. Joaquim Barbosa é o que vale para qualquer pessoa: juiz, ministro ou particular.
Mas eu, pessoalmente, não vi jamais a desconstrução tão rápida de um mito público. O que se ergue com mídia, com mídia pode ser demolido. Que dos escombros da vaidade possa o Dr. Joaquim refletir sobre o que é vão e que a máquina de triturar reputações, da qual ele se beneficiou, sem a menor cerimônia volta-se contra ele, usando os métodos que ele próprio validou.
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