terça-feira, 9 de julho de 2013

Funcionári​a da RF condenada por sumir com processo contra Globo. E a corruptora​?

 
 
 
9 de Jul de 2013
 

Só a corrupta? Cadê a Globo corruptora?
Não vai parar aí, desta vez

 
Por Fernando Brito
O caso da sonegação da Globo não se encerra com a condenação da funcionária corrupta da Receita Cristina Maris Meinick Ribeiro, que, de férias, foi a seu local de trabalho na Receita Federal e  levou para o “além”, numa sacola, o processo de sonegação fiscal de R$ 615 milhões da Rede Globo de Televisão.
Ao contrário, está começando.
É óbvio que foi a Globo que pagou – e não foi pouco – a esta senhora para arriscar seu bom emprego e surrupiar o processo.
É quem tinha o motivo, óbvio. Mais de 600 milhões de motivos.
Então a rastaquera vai presa e o corruptor fica impune?
É crime federal, cuja investigação compete à Polícia Federal.
Foi quebrado o sigilo telefônico da D. Cristina Maris?
Com quem ela falou?
E o bancário?
Quem pagou a ela?
Onde está a Polícia Federal do Dr. Cardozo?
Onde está a oposição tucana para exigir a “apuração completa” do caso?
Onde está o Jornal Nacional que perdeu essa matéria que daria pontos e pontos no Ibope?
Só quem compareceu ao caso foi o Ministro Gilmar Mendes, o dantesco, para dar um habeas corpus à coitada.
Ela não devia ter o domínio do fato que significava sumir com um processo de 600 milhões de sonegação fiscal, não é, Excelência?
A Globo não tem nada com isso, não é?
A Cristina Maris é só uma laranja podre.
Quem a usou é a mais poderosa empresa do Brasil.
O maior escândalo do século 21 está se descortinando.
Nem a Globo vai poder esconder isso, mais.
Em 48 horas ou menos o assunto estará nos jornais, porque a internet vai romper o silêncio que o Império podia manter, antes.
 
 
 
Exclusivo: Funcionária da Receita Federal foi condenada por sumir com processo da Globopar; câmera flagrou a retirada

por Luiz Carlos Azenha (com TC)
publicado em 9 de julho de 2013


Dos irmãos Marinho, José Roberto (à esquerda) é citado nominalmente no processo que sumiu



A funcionária da Receita Federal Cristina Maris Meinick Ribeiro foi condenada pela Justiça Federal do Rio de Janeiro por, entre outras coisas, dar sumiço nos processos que eram movidos pela Receita Federal contra a Globopar, controladora das Organizações Globo.
Um dos processos resultou numa cobrança superior a 600 milhões de reais — 183 milhões de imposto devido, 157 milhões de juros e 274 milhões de multa. Foi resultado do Processo Administrativo Fiscal de número 18471.000858/2006-97, sob responsabilidade do auditor Alberto Sodré Zile. Como ele constatou crime contra a ordem tributária, pelo menos em tese, abriu a Representação Fiscal para Fins Penais sob o número 18471.001126/2006-14.
A existência dos processos na Receita Federal foi primeiro revelada pelo blog O Cafezinho, de Miguel do Rosário, que publicou algumas páginas da autuação.
Desde então, blogueiros e internautas se perguntavam sobre o andamento do processo, cujo último registro oficial data de 29/12/2006. Consultas ao site da Receita revelam que ele está “em trânsito”.
Em nota oficial divulgada logo que circularam as primeiras denúncias de sonegação, a Globo disse que não tem dívidas pendentes com a Receita Federal relativas à compra dos direitos de transmissão das Copas de 2002 e 2006.
Os documentos publicados pelo blogueiro Miguel do Rosário indicam que a emissora foi autuada sob a acusação de simular investimento numa empresa das ilhas Virgens britânicas, um refúgio fiscal; desfeita a empresa, o capital foi utilizado pela Globo para pagar pelos direitos de transmissão das Copas de 2002 e 2006. Segundo a Receita, a manobra tinha o objetivo de sonegar impostos.
Ainda não foi revelada a data em que a Globo criou a empresa Empire (Império, em inglês) nas ilhas Virgens britânicas. Investigação sobre corrupção na FIFA feita por um magistrado de Zug, na Suiça — que acabou afastando do futebol tanto João Havelange quanto Ricardo Teixeira, ambos por receber propina — indica que as detentoras dos direitos de rádio e TV para as Copas de 2002 e 2006 no Brasil, identificadas apenas como “companhia 2/companhia3″, fecharam contrato para a compra no dia 17.12.1998, por U$ 221 milhões. Curiosamente, a empresa que intermediava a venda dos direitos da FIFA e que pagou propina tanto a Teixeira quanto a Havelange, na casa dos milhões de francos suiços — ISMM/ISL — também operava na ilhas Virgens britânicas, de acordo com documentos da promotoria do cantão de Zug.



De acordo com dados disponíveis no site da Justiça Federal, a sentença do juiz Fabrício Antonio Soares para a funcionária da Receita é de 23 de janeiro de 2013 (trecho, acima). O sumiço físico dos documentos relativos à Globopar se deu no dia 2 de janeiro de 2007 e foi registrado por câmera de segurança. Gozando de férias, Cristina Ribeiro foi ao local de trabalho e saiu com objetos volumosos. Colegas de escritório testemunharam contra ela.



Denunciada pelo MPF, a funcionária da Receita teve a prisão preventiva decretada no dia 12 de julho de 2007. Os cinco advogados de Cristina foram até o STF com o pedido de habeas corpus (trecho, acima), que foi concedido por unanimidade no dia 18 de setembro, quando ela deixou a prisão. O relator do caso foi o ministro Gilmar Mendes.
Cristina foi condenada a 4 anos e 11 meses de prisão pelo sumiço da papelada e por beneficiar indevidamente outras empresas. O juiz também decidiu pela perda do cargo público. Ela recorre em liberdade.
Ninguém sabe se o processo que ela retirou da Receita foi destruído. Ao longo do processo Cristina negou todas as acusações.
O blogueiro Rodrigo Vianna, depois de manter contato com duas fontes que acompanham de perto o caso, no Rio de Janeiro, especulou que o vazamento da investigação da Receita Federal poderia revelar detalhes embaraçosos sobre os negócios da família Marinho, uma “bomba atômica”.

Leia através do link a íntegra da sentença conforme publicada no Diário Oficial (clique em cada página para ampliar):
http://www.viomundo.com.br/denuncias/funcionaria-da-receita-foi-condenada-por-sumir-com-processo-da-globopar-cameras-flagraram-a-retirada.html

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