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sábado, 29 de outubro de 2011
Os subservientes bobos da corte
O Wikileaks revelou esta semana que William Waack e Fernando Rodrigues, colunista do UOL, do grupo Folha de São Paulo, teriam mantido encontros secretos com altos funcionários da Casa Branca para passar informações ao governo norte americano.
O fato em si não causa nenhum espanto, nem no mundo mineral, devido ao conhecimento geral, naturalizado e implícito, que estes personagens da imprensa conservadora brasileira e as empresas de que são empregados, comportam-se como prepostos de interesses externos, tentam fazer crer para a opinião pública que, pela nossa incapacidade, deveríamos nos alinhar com os poderosos da América. Nenhum estupefato... E quando houver revelações idênticas sobre Alexandre Garcia, Miriam Leitão, Ali Kamel, Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor e outros tantos? Também não será surpresa alguma.
A imprensa brasileira trava uma batalha insana contra a realidade e, em geral, salvo algumas exceções, se organizam partidariamente para demolir a estrutura de um Brasil que se constrói para todos e desqualificar todos os movimentos de soberania nacional. Onde há disputa no exterior em favor de interesses nacionais, está a imprensa conservadora brasileira para desmontar esta postura e condenar políticas que privilegiem o que nos identifica como nação e aquilo que representamos, dentro e fora de nossos limites geográficos, pela nossa grandeza.
Apesar de nos últimos 9 anos o Brasil ter vivido o maior período consecutivo de crescimento econômico agregado a inclusão social de dezenas de milhões de pessoas, a grande imprensa brasileira dedicou-se, durante este mesmo período radicalmente, em seus noticiários a afirmar que o país vive uma crise, que não se sente, e que suas previsões traçam um destino, em curto prazo, nefasto para nós. Ano após ano tais afirmações e previsões foram superadas pela vida real, pelo que se pode nomear de Novo Brasil.
Mas o fôlego dessa gente que defende, com tintas e telas generosas, interesses de nações estrangeiras não se esgotou, muito pelo contrário, agora alimentam preconceitos e ódio, como o comentário infeliz do infeliz Arnaldo Jabor sobre Orlando Silva, ao afirmar que finalmente o ex-ministro "caiu do galho..." Quanto mais avança-se para incluir todos os brasileiros ao Brasil, mais conservadora e agressiva a reação destes grupos se torna.
De fora para dentro
Lá fora o que se percebe é uma idéia bem construída de que o Brasil hoje é outro e o é desta maneira, somente, porque Lula mudou a trajetória de uma nação de quase 200 milhões habitantes, de maneira democrática e pacífica, estabelecendo prioritariamente a busca pela justiça social e um papel preponderante nos organismos multilaterais, a altura dos desafios de transformar-nos em liderança regional e global dos países em desenvolvimento e fazer com que ouçam uma agenda por tempo demais ignorada pelos mais ricos, do mundo e daqui.
O momento atual é de tensão no mercado internacional, graves crises afetam as economias dos países mais ricos do planeta. A Europa presencia, dramaticamente, o fracasso da zona do euro e os Estados Unidos um colapso de seu sistema financeiro, desregulado e demasiadamente injusto, produzindo milhões de desempregados onde antes sonhava-se uma prosperidade contínua e quando seus jovens conseguiriam juntar o primeiro milhão.
Onde situa-se o Brasil neste contexto? Equilibrado, com sua situação fiscal elogiada interna e externamente, por especialistas e organismos respeitados.
Não há desemprego que gere convulsões sociais, como na Grécia, Estados Unidos e Espanha, que superou os 21% de desocupação estes dias, muito pelo contrário nossos índices estão situados entre os melhores da comunidade internacional, muito próximos de configurarem um estado de pleno emprego.
Mas o que se lê na imprensa daqui é um desestimulo ao investimento e ao planejamento de médio/longo prazo do setor produtivo e conselhos, mal disfarçados, para que as famílias parem de consumir como fazem até o momento. Por que?
Porque Waack e Fernando Rodrigues estão a serviço da inteligência norte americana e a desserviço da soberania nacional. Não somente eles, mas um conjunto de jornalistas, analistas políticos e econômicos, somados a algumas empresas de comunicação que desprezam a realidade e apostam (e até estimulam) na piora dos cenários que sustentam a estabilidade econômica e social brasileiras, para poderem, enfim, gabarem-se de suas certezas ultrapassadas.
Estas pessoas simbolizam a traição e o golpe contra o orgulho de sermos brasileiros, representam a terrível sensação de que não podemos caminhar nossos próprios rumos, com nossos próprios pés, que precisamos tirar os sapatos para entrar nos países ricos e abaixar a cabeça para os poderosos, sem emitir qualquer opinião ou discordância, a espera de agrados que se sirvam a poucos, mas afortunados subservientes bobos da corte infiltrados.
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sexta-feira, 28 de outubro de 2011
O "informante" Fernando Rodrigues ganhou bolsa em Harvard em 2007
O jornalista Fernando Rodrigues, do grupo Folha de São Paulo/UOL (PIG/SP), apontado em documentos vazados do Wikileaks como "informante" da embaixada dos EUA, ganhou bolsa de estudos por 1 ano (iniciada em agosto de 2007) na Universidade de Harvard, através da Nieman Foundation, daquele país.
Passadas as eleições de 2006, consumada a derrota do candidato apoiado pelo grupo Folha (Alckmin perdeu para Lula), Rodrigues escreveu que passaria por um período de "aggiornamento" (atualização, adaptação à nova realidade) nos EUA, e voltaria em agosto de 2008, "pronto para a cobertura das eleições municipais" (nas palavras dele).
http://uolpolitica.blog.uol. |
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É público e notório, por mais que dissimulem, que bolsas e incentivos deste tipo concedidas pelos EUA visam formar líderes na mídia brasileira, simpáticos e afinados com os interesses econômicos e geopolíticos estadunidenses.
É impensável esse tipo de bolsa para formar líderes cubanos que defenderão a revolução castrista, ou para adeptos de Hugo Chavez, de Cristina Kirchner, Evo Morales, Rafael Correa, ou do "lulopetismo" (como gostam de dizer).
Essa mesma velha imprensa, que pinça até mesmo qualquer coincidência 100% legal na vida pessoal ou profissional de um ministro para fazer ilações pesadas sobre sua integridade moral, exigindo o imediato afastamento para "provar a inocência", o que tem a dizer sobre essas relações carnais de seus jornalistas com governos e corporações estadunidenses?
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