quarta-feira, 10 de setembro de 2014

O Clube Militar e o desarmamento unilateral




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Carta Maior, 08/09/2014


Clube Militar e o desarmamento unilateral



Por Beto Almeida




Na foto da primeira página do Correio Braziliense de hoje, há uma metralhadora sobre um tanque, na Parada Militar, apontada diretamente para a cabeça de Dilma Roussef.  Certamente, uma exigência da direita midiática, expressando, quem sabe um desejo de destruir ideias, consciências e politicas. Desejo não realizado quando  a presidenta esteve no Pau-de-Arara.

Similar a este desejo demolidor da Era Lula-Dilma é nota oficial do Clube Militar apoiando Marina Silva. A agora candidata verde-oliva tem no seu programa diretrizes visando a desativação da exploração petroleira pré-sal e do Programa Nuclear brasileiro, ambas, como se sabe, exigências imperiais, que aqui aparecem disfarçadas de ambientalismo.
Para ter verdadeira soberania sobre o petróleo e a Amazônia, o Brasil precisa continuar desenvolvendo seu Programa Nuclear (incluindo o submarino nuclear), o Programa Espacial (que acaba de lançar com sucesso foguete movido a etanol) e , obviamente, a exploração do Pré-Sal, sem falar, evidentemente, de seguir a recuperação da indústria naval. Nos últimos 12 anos, está sendo implementada cooperação militar com a Rússia (desfilaram na Esplanada, em Brasília, carros de combates russos de última geração), e também com o exército do Vietnã, para técnicas em guerra de selva, por razões óbvias.

Diretrizes programáticas de Marina colocam em risco tudo isto. O império sempre sabotou o desenvolvimento tecnológico brasileiro. Quer impedir que o Brasil entre no fechado clube das potências espaciais. Até  sequestrou turbinas atômicas brasileiras na Era Vargas. Certamente, deseja romper todos os acordos de cooperação militar e tecnológica entre Brasil, Rússia, China,Vietnã, Índia, Unasul. A meta é o desarmamento unilateral brasileiro.


Em defesa da Nação Ameaçada


Desde a implantação da nova Estratégia de Defesa Nacional, na Era Lula, o fortalecimento de posições militares, incluindo expansão indispensável dos recursos orçamentários para a defesa encontra-se em curso de consolidação. Prova disso, o apoio orçamentário ao programa do submarino nuclear, a continuidade dada ao Programa Nuclear, sempre alvo de oposição imperial. Destaque para o crescimento orçamentário ao Programa Espacial, em particular para a área de satélite, lembrando que Venezuela, Bolívia Argentina, Equador e Iran, também já realizaram o lançamento de seus satélites próprios. Num país com as riquezas brasileiras, e que sua própria presidenta grampeada pela Agência Nacional de Segurança dos EUA, todos estes procedimentos adotados nos últimos anos são indispensáveis.

Os moderníssimos helicópteros de fabricação russa comprados pelo Brasil e  que hoje guardam a soberania da Amazônia Brasileira, são o resultado de uma política independente a qual, ante a permanente cobiça pela internacionalização da região, deixam claro que a nota do Clube Militar, apoiando uma candidata vinculada ao ambientalismo financista imperial, serve , didaticamente, também para revelar quem, seja civil seja militar, está realmente empenhado na verdadeira independência brasileira.

Certamente, os signatários desta nota, que, em 64, colocaram o Brasil de joelhos ante o imperialismo norte-americano e a ele obedeceram, estão revelando para toda a sociedade que seu “nacionalismo” tem forte dose de entreguismo e de  rendição frente as ameaças internacionais que , como o ambientalismo, querem a paralisação produtiva do Brasil e seu desarmamento unilateral.

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