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Setembro.2014
A Rússia dá o golpe
de misericórdia à União Européia (e ao dólar)
O Servilismo
da União Européia em relação aos EUA manda a conta. As sanções que a Rússia
impôs sobre importações agrícolas, carne e pescado vão dar o golpe de
misericórdia à UE. Os primeiros sintomas já estão aí: A Alemanha e França
estagnam, a Itália entra em recessão e a tão propagandeada “melhoria econômica”
não é mais do que fumaça.
As sanções
da Rússia sobre o setor primário da economia européia vão supor perdas de entre
6 e 7 bilhões de euros, e colocam em risco a 130 mil empregos vinculados à
exportação de alimentos (1). Ainda é preciso acrescentar os prejuízos potenciais
para as empresas fornecedoras de artigos e serviços auxiliares, como o
transporte.
Apesar de
nos meios de comunicação estar sendo lançada a versão de que está tudo sob
controle, e de que a Política Agrícola Comum tem previstas situações
desse tipo, a realidade é que o orçamento para compensação de perdas é de 400
milhões de euros, o que supõe um percentual que não chega a 8% do total das
perdas estimadas. Polônia, Lituania, Finlândia, Espanha, França e a
República Tcheca já pediram que o fundo de compensação seja usado. Quanto irá
para cada país, 70 milhões? E se nos próximos dias houverem mais pedidos?
Além disso,
e como reconhece a Organização para a Agricultura e a Alimentação (FAO), os
EUA, a União Européia, o Canadá, a Austrália e a Noruega – os afetados pelas
sanções russas -, têm que “rapidamente” reorientar sua produção agropecuária.
Mas a pergunta é: Para onde? Para a China, um sócio estratégico da Rússia neste
momento, e um inimigo potencial no futuro – e para os EUA já o é? Para a
América Latina, um continente produtor de frutas e verduras, assim como de
carne? Para a África? A UE está numa situação da qual não tem escapatória, não
tem mercados para onde acorrer, o que supõe um golpe que pode ser irremediável
para o setor agrícola e de criação de gado.
A decisão da
Rússia tem um impacto direto claro, e ao mesmo tempo outras implicações
indiretas. O impacto direto: proibição de frutas polonesas, produtos lácteos
finlandeses e bálticos, peixe norueguês....Indiretamente: os agricultores
franceses já avisaram que não permitirão a expansão para o oeste das frutas
polacas, e começam os movimentos de protestos em outros países, como na
Espanha. À longo prazo, as sanções com a duração de um ano que Rússia impôs, no
momento podem modificar a forma de toda a estrutura de produção e de consumo da
UE. Não é uma afirmação precipitada, por que já, a curto prazo, está se
produzindo uma saturação do mercado por uma coisa tão simples como não haver
onde armazenar toda a produção que era destinada à Rússia.
Embora a
União Europeia tenha anunciado uma ajuda de 125 milhões de euros para a
retirada e distribuição gratuita de algumas verduras e frutas perecíveis, é
preciso levar em conta que se está em plena temporada de alguns produtos, e que
não há planos de armazenamento nem margem para buscar novos mercados.
Os europeus,
numa espécie de alucinação coletiva, somaram-se às sanções que os EUA impuseram
à Rússia, defendendo, não esqueçam, um golpe neofascista em Kiev e pensando
que, como costumava ser habitual, não haveria resposta. Pensavam que a Rússia
teria seu PIB afetado, e esfregavam as mãos com isso. Contudo, não foi assim. O
PIB também era o indicador que a Rússia esperava, e quando viu que ele
continuava crescendo, a um ritmo não muito impressionante, mas subindo (no
primeiro trimestre deste ano cresceu 0,9%, e no segundo 0,8%), assestou o
golpe. Um golpe de misericórdia à União Européia.
Embora as
sanções russas tenham apenas um mês de implementação, já se pode dizer que são
um fator determinante para que a UE esteja a ponto de entrar em uma nova
recessão, uma vez que se produzem num momento em que sua economia está em
profunda crise e assentada na estagnação. O Ministério das Finanças da Alemanha
acaba de publicar seu relatório mensal (2), no qual reconhece que “é provável
que a diminuição do PIB tenha que ver com os efeitos das sanções e os efeitos
negativos sobre a confiança, devido à crise com a Ucrânia”. E acrescenta que
“se a crise na Ucrânia não se agravar mais e não se impuserem sanções mais
graves, é de esperar-se que a atual desaceleração econômica seja somente
temporária”. Ao que ele está se referindo? Pois é ao fornecimento de petróleo e
gás que chega da Rússia. A produção industrial da Alemanha caiu 0,2%, e uma
recessão nesse país arrastaria não somente o sul da Europa (Portugal, Espanha e
Grécia, especialmente), mas também os que estão sob sua influência mais
próxima: República Tcheca, Hungria e Polônia.
Aqui está
uma das razões por que a Europa tem se sentido desconfortável com as críticas à
decisão russa de enviar um comboio humanitário par Lugansk. Não passou das
críticas verbais, por que a UE não pode ir além delas. Fazer isso significaria
fazer um haraquiri como ente político e econômico, e já se está muito
perto disso.
O relatório
também acrescenta que “outras tensões geopolíticas”, não especificadas, embora
seja de supor que se refira à confrontação entre EUA e China e ao Oriente
Médio, e o “débil desenvolvimento econômico na zona do euro contribuíram para a
contração na região européia”. Mais claro do que isso, somente água.
À recessão
da Alemanha, ou “desaceleração”, como tem dito os alemães, há que se
acrescentar que a França viu como sua produção industrial está se reduzindo, e
o mesmo está ocorrendo em toda a União Européia (0,3% na zona do euro, e 0,1%
no conjunto da UE). É evidente que o golpe assestado pela Rússia desmontou o
discurso da recuperação, e a situação econômica da UE demonstrou que é
demasiadamente frágil para resistir a impactos externos e tensões geopolíticas.
Além disso,
estão começando a ser conhecidas pesquisas de opinião onde se reflete o
pensamento da população, e na Alemanha 46% dela se opõe às políticas de
Bruxelas e Bonn a respeito da Ucrânia e Rússia, por que estão enxergando as
orelhas do lobo. Os sindicatos consideram que podem ser perdidos 21 mil postos
de trabalho, e isso afetaria de forma considerável o governo de coalizão que os
cristãos democratas e os social democratas, uma vez que estes se veriam muito
pressionados pelos sindicatos, que foram seu grande apoio nas eleições
passadas(3). Mas não são somente esses índices que assustam. Economistas
críticos elevam essas possíveis perdas de postos de trabalho para 400 mil, por
que esse é o número de pessoas que trabalha nas empresas ligadas ao comércio
com a Rússia, não somente na área de agropecuária.
Essa é uma
das razões pelas quais a Alemanha, juntamente com a França, está tentando,
quase com desespero, algum acordo entre a Rússia e Ucrânia que permita livrar a
cara da UE por seu apoio ao regime neofascista de Kiev. A França também vê como
sua produção industrial está caindo, o desemprego aumenta, o PIB está com
números próximos aos de uma recessão, e ainda se encontra envolvida em uma
custosa maquinaria colonial-militar na África, além de ter um de seus
principais bancos sancionado e sofrer uma constante ameaça à sua indústria
militar pelos acordos com a Rússia.
Não são os
únicos países a passar por apuros. Seguindo somente sob o ponto de vista
trabalhista, a Polônia vai perder 23 mil empregos, França, Itália e Espanha 10
mil, e assim até chegar aos 130 mil estimados pela consultoria dinamarquesa.
Contudo, a única reação até o momento tem sido a da Finlãndia, que já disse que
não vai somar-se à política de sanções da União Européia e se desvincula das
decisões dessa comunidade porque “a cooperação com a Rússia é, sem exagerar,
uma questão de sobrevivência econômica”. Quem diz isso não é qualquer um, mas o
próprio primeiro-ministro. Não é a toa – a Rússia representa 10% do comércio exterior
da Finlândia, e 25% do total das suas exportações de alimentos vai para a
Rússia. Se a Finlândia se somasse à política de sanções da UE, seria
literalmente um suicídio. A oportunidade para a América Latina.
A Rússia
propôs um plano de desenvolvimento mútuo, uma área de desenvolvimento geral com
um regime comercial preferencial de Lisboa a Vladivostock. Essa proposta foi
desprezada pela União Européia, que em troca apostou na Associação
Transatlântica de Livre Comércio. Portanto, é muito pedir que plutocratas de
Bruxelas façam alguma autocrítica a respeito de sua submissão e vassalagem aos
EUA, e o primeiro que teriam que reavaliar é a proposta norte-americana de
criar a ATLC. Se ela já estivesse em vigor, a UE já teria ficado presa como um
inseto em uma teia de aranha, e se ela não mudar de tática política e o
enfrentamento com a Rússia for mais longe, em seguida virão complicações
políticas a nível externo e interno. Uma delas, o fortalecimento do
euro-ceticismo e dos sentimentos anti-norte-americanos. Outra será a
debilitação do euro paralelamente ao declínio do dólar. Sobre isso também
falarei mais adiante.
As revoltas
dos agricultores, embora ainda pequenas e mais bem simbólicas, estão sendo
aproveitadas pelos plutocratas de Bruxelas para ameaçar outros países com sua
habitual política intimidatória. A União Européia está recorrendo à suas
habituais táticas de opressão política com os países que considera mais débeis.
É o caso da América Latina. Já houveram ameaças nada veladas a respeito de que
a AL não deve aumentar seu fornecimento de alimentos à Rússia para cobrir o
déficit gerado pelas sanções aos alimentos europeus, norte-americanos,
canadenses e europeus.
A neolíngua
da burocracia da EU- diz que está “negociando” com os países latino-americanos
para “federar” o maior número possível deles com a finalidade de pressionar a
Rússia. Esses rapazes não tem remédio. Esquecem que 19 países, dos 42 que
compõem a América Latina e Caribe,ou votaram com a Rússia ou se
abstiveram quando a anexação da Criméia foi votada na Assembléia Geral da ONU.
E são justamente esses países os que mais interesse tem em suprir a Rússia com
produtos ocidentais. O argumento de Bruxelas é curioso: diz que não é oportuno
tratar com um sócio “pouco confiável” como Moscou, e que “seria um erro” que os
países latino-americanos “sacrificassem uma relação econômica já extensa por
vantagens à curto prazo”.
É preciso
fazer uma pergunta: Há algum átimo de inteligência na União Europeia? O
comportamento é claramente colonial. Há gente que não muda, e a única forma de
que o faça é a pauladas. A América Latina perderia o trem da história se não
aproveitasse a oportunidade, ainda mais tendo em conta que há não muito tempo,
somente a um par de meses, tanto Putin como o presidente chinês Xi Jiping
realizaram uma gira pelo continente e nela ambos, sobretudo Putin, falaram da
questão comercial.
Foi o caso
do Brasil, sem ir mais longe. Agora, os brasileiros vêem o céu limpo com as
sanções à UE e aos EUA, e os empresários falam de “revolução” com as
possibilidades que a decisão russa abriu. O mesmo acontece com a Argentina,
imersa numa batalha de vida ou morte contra os fundos-abutre e ameaçada pelos
EUA. A presidenta Cristina Kirchner é muito consciente, e disse que o governo
vai gerar as condições para que o setor privado, com o impulso do Estado, possa
incrementar as exportações e satisfazer as demandas do mercado russo. A
Argentina se afastou de forma espetacular do campo político
europeu-estadunidense há mais de uma década, e aproximou-se tanto da ALBA como
dos BRICS. Certamente a batalha que está travando contra os ”fundos-abutre” tem
muito a ver com tudo isso.
As relações
da Rússia com o Brasil e com a Argentina conduzem inevitavelmente a relações
positivas com o Uruguai, o vizinho menor de ambos os países e sócio do
Mercosul. Também esse país afirmou que está disposto a aumentar suas
exportações para a Rússia. O mesmo
acontece com o Equador, onde o presidente Rafael Correa já disse que não vai
pedir autorização alguma à União Européia para comercializar com a Rússia e irá
aproveitar essa oportunidade para abrir novos mercados para os produtos
equatorianos, sobretudo frutas e flores. O Equador tem muito que ganhar, ainda
mais tendo em conta que a Rússia tem a intenção de investir 1,5 bilhões de
dólares no setor de energia do país.
O comércio
entre o Brasil e a Rússia representa mais de 3 bilhões de dólares ao ano, dois
quais 563 milhões foram em carne bovina. Agora, esses valores podem quase
duplicar. Muito similares são os valores do comércio entre a Argentina e a
Rússia, 2,677 bilhões de dólares. Assim, pode-se ir de país a país e comprovar
que as possibilidades de Chile, Peru, México, Colômbia... são imensas.
Os casos de
Peru e Chile são curiosos. Membros da Associação Transpacífico, um bloco neoliberal
afinado com os EUA, e do qual também fazem parte a Colômbia, Costa Rica e
México, querem entrar no mercado russo desafiando tanto seus patronos
estadunidenses como a União Européia. Não é o momento para nos aprofundar-nos
no assunto, mas a relação que ambos os países mantém com a China – os dois tem
acordos de livre comércio assinados com ela - tem muito a ver com sua pretensão
de aproveitar as sansões que a Rússia impôs para comerciar com os EUA. E, com
certeza, a China pressionou para isso.
No momento
em que esta pequena análise é escrita, a Rússia já autorizou a empresas
brasileiras e chilenas a exportação de carne, peixe e mariscos para seu
território.
Tudo isso é
o que a União Europeia quer evitar, como demonstra seu comportamento colonial.
Contudo, já é tarde. A Rússia e a China têm importantes acordos bilaterais com
Venezuela, Cuba, Nicarágua, Argentina e Brasil; os BRICS já tem reuniões com a
UNASUR e com a CELAC... Os novos blocos regionais estão se constituindo em
novos blocos de poder, e nada será mais igual.
Não
obstante, a postura valente da América Latina não está isenta de riscos, já que
quem aparecer como “sócio da Rússia” aos olhos dos EUA estará marcado e será
vulnerável a qualquer desestabilização patrocinada por Washington. O caso da
Venezuela é um bom exemplo, por que o papel desse país, principalmente durante
toda a presidência de Hugo Chávez, na reinserção da Rússia no continente
americano, foi essencial. Na hora de falar na desestabilização da Venezuela, municiada
e estimulada pelos EUA, é preciso levar em conta esse fator geopolítico.
A volta ao padrão ouro
Junto a
essas importantíssimas mudanças nas relações econômicas, há outra consequência
letal para a União Européia e, a longo prazo, para os EUA, como decorrência das
sanções impostas pela Rússia: muitos países estão “reconsiderando” a
prepotência do dólar nas relações econômicas, e a Rússia está dando os
passos para que, pelo menos, hajam outras moedas. Isso preocupa, e muito, aos
EUA. Joseph Quinlan, diretor estratégico do Bank of America, disse que “esse
incômodo retrocesso nas relações da Rússia com o Ocidente por culpa das sanções
pode ser o catalisador do início de um mundo multi-divisas(4).
Ainda que o
papel das sanções ainda não possa ser avaliado em toda sua amplitude, e isso já
foi visto com o exemplo alemão, não é precipitado dizer que foi o passo mais
importante já dado para a desaparição do dólar como moeda de reserva do mundo.
A União Européia, mais cedo do que tarde, se dará conta de que não poderá
continuar subvencionando as enormes dívidas do governo dos EUA somente para
receber pauladas e mais pauladas, como as sanções contra os bancos franceses,
por exemplo, por que outra das medidas que a Rússia está colocando em andamento
é diversificar seu intercâmbio comercial fora do euro e do dólar.
Uma das
maneiras com que está fazendo isso é admitindo a compra e a venda de produtos
nas moedas dos países com os quais comercia. É o caso da China, onde cada
vez em maior medida as transações são em rublos ou yuans. A mesma coisa
acontece com outros países BRICS. Outra, é a compra de ouro.
Acontece que três
dos países BRICS (China, Rússia e África do Sul) produzem quase 40% do ouro do
mundo, assim que aqueles que duvidaram que a colocação em funcionamento do
Banco de Desenvolvimento dos BRICS sirva para alguma coisa devem reconsiderar
sua postura. Não é preciso olhar somente o momento imediato, mas sim à longo
prazo.
Além de
tudo, é preciso considerar que a Rússia tem a quinta maior reserva de divisas do
mundo, e tem a sexta maior reserva de ouro. No primeiro semestre de 2014,o
Banco Central da Rússia decidiu reduzir em 25% suas reservas em moedas
estrangeiras, e anunciou que essa tendência continuaria no futuro. Junto a esse
aviso, outro: o a aumento de 54 toneladas em suas reservas de ouro em somente
cinco anos.
Comparemos
esses movimentos com as da União Europeia, que está se vendo obrigada a vender
suas reservas de ouro como consequência da crise: A Alemanha vendeu 29
toneladas, e Itália, França e Espanha fizeram a mesma coisa.
Não são
muitos os que na Alemanha e França dão se conta de onde os levará a dependência
e a vassalagem aos EUA, embora algum dos últimos movimentos de Ângela Merkel
com a Ucrânia parecem dar a entender que há uma certa saturação com Washington,
o que não significa ainda ruptura e sequer autonomia.
François
Hollande é um palhaço, mas não tanto como para ignorar o que está em jogo com a
pressão norte-americana contra o BNP Paribas, multado em 9 bilhões de dólares
por supostamente comerciar com Cuba e com o Irã, e tentando que a França não
venda à Russia dois porta-aviões da classe Mistral. Embora a capitulação
francesa tenha sido total, aceitando, pela boca do governo, “a
responsabilidade” do banco na violação de leis estadunidenses, não européias, o
mal-estar em amplos setores da França é tal que não escasseiam as vozes “para
uma recuperação da pátria”. Seja o que seja essa frase e signifique o que
signifique, embora o caso do BNP Paribas tenha servido para que agora o governo
diga que vai cumprir o contrato com a Rússia, apesar das pressões que está
recebendo dos EUA e da OTAN para que não o faça.
O sentimento
europeu de saturação a respeito da submissão aos EUA cresce com a atitude
que os leva a atuar gratuitamente como policiais de Washington, enquanto tem
que pagar bilhões de dólares em multas cada vez que tentam realizar algum
negócio que desagrade aos EUA. Isso vai traduzir-se em uma paulatina distância
do dólar como moeda financeira.
O euro já
está nas cordas, e um enfrentamento maior com a Rússia precipitará sua queda
juntamente com a do dólar. Ainda minoritárias, mas significativas, são as vozes
que estão começando a ser notadas sobre o papel do dólar na economia europeia,
em recuperar a soberania nacional e na necessidade de se oporem às leis de
mercado que somente tem como limites os que os EUA assinalam como próprios.
Notas:
(1)
Relatório da consultoria dinamarquesa ING Groep, citado por RBC Daily em 22 de
agosto de 2014.
(2) Reuters,
22 de agosto de 2014.
(3) Alberto
Cruz, “Alemanha e Portugal: dois exemplos para a esquerda? http://www.nodo50.org/ceprid/ spip.php?article1768
Alberto Cruz é jornalista, politólogo e escritor. Seu novo livro é
“Las brujas de la noche. El 46 Regimiento 'Taman' de aviadoras soviéticas en la
II Guerra Mundial”, editado por La Caída com a colaboração do CEPRID.
Tradução do espanhol: Renzo Bassanetti
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