domingo, 18 de dezembro de 2011

Serra para síndico em 2012



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domingo, 18 de dezembro de 2011

Serra para vereador em 2012

Por Altamiro Borges


Será ironia? O jornalista Ilimar Franco publicou nesta semana na sua coluna no jornal O Globo:

“Diante da rejeição do ex-governador José Serra nas eleições para a prefeitura de São Paulo, conforme o Datafolha, alguns de seus aliados avaliam que ele deveria considerar concorrer a vereador na capital paulista. Citam como exemplo decisão do ex-prefeito do Rio Cesar Maia. E os casos do ex-senador Arthur Virgílio e do ex-deputado Fernando Gabeira, que estão avaliando recomeçarem como vereadores em Manaus e no Rio”.

É certo que a comparação com o demo Cesar Maia, o tucano-valentão Arthur Virgilio e o verde-travestido Fernando Gabeira deve incomodar o todo-poderoso Serra. Junto com outros direitistas famosos, como Tasso Jereissati (CE), Marco Maciel (PE) e Heráclito Fortes (PI), eles foram varridos pela onda lulista nas eleições do ano passado e hoje estão no ostracismo.

Já o ex-presidenciável tucano não sai dos jornalões e é cotado para uma nova – a terceira – disputa sucessória. Também é cortejado pelo maroto Aécio Neves para disputar a prefeitura da capital paulista. Diz ainda gozar de certo poder no ninho tucano, mantém estranhos laços com ricos empresários e possui prestígio entre os barões da mídia. Candidato a vereador? Só pode ser provocação!

Mas não é! Como a própria imprensa constatou nos bastidores do congresso da Juventude do PSDB, neste final de semana, José Serra está cada vez mais isolado no partido. O senador mineiro já seduziu até os “tucaninhos” para o seu projeto presidencial. Na cúpula do partido, o ex-governador virou figura decorativa e é rejeitado por seus pares. Não tem qualquer posto de comando real.

A cada dia, o seu sonho de disputar novamente a Presidência da República fica mais distante. Poucos tucanos ainda acreditam nas suas chances! Na maioria dos estados, Serra já virou carta fora do baralho. As direções estaduais da legenda evitam convidá-lo para qualquer solenidade. Até FHC, o chefão dos tucanos, já andou dizendo que agora é a vez do senador mineiro.

Já em São Paulo, Serra sofre a vingança maligna de Geraldo Alckmin. Traído na disputa da prefeitura da capital em 2008, quando Serra rifou o PSDB e apoiou o ex-demo Gilberto Kassab, o governador dá o troco. Não sobrou nem casinha de cachorro no Palácio dos Bandeirantes. Para piorar, seu fiel aliado, Kassab, abandonou o DEM e criou o PSD, complicando a dobradinha demotucana.

Nas últimas semanas, outras três péssimas notícias para Serra. A pesquisa Datafolha confirmou que a sua rejeição é recorde entre os paulistanos – 35%. Os outros quatro pré-candidatos do PSDB (Bruno Covas, José Aníbal, Andrea Matarazzo e Ricardo Trípoli), mesmo frágeis, agora dizem que não se curvam diante de Serra. O espaço encurtou para ele na briga pela prefeitura da capital.

Dias antes, seu ex-subchefe da Casa Civil no governo paulista e um dos coordenadores de finanças da sua campanha presidencial, João Faustino, suplente do senador demo Agripino Maia, foi preso, acusado de comandar uma quadrilha que fraudou a inspeção veicular no Rio Grande do Norte. A mídia, sempre tão seletiva, abafou o escândalo, mas ele ainda vai dar muita dor de cabeça.

Por último, a pior das bombas. Tão aguardado, saiu o livro “A privataria tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro, com inúmeras e documentadas provas de corrupção contra José Serra – sua filha, seu cunhado, seu primo, seu tesoureiro e outros amiguinhos. A obra desnorteou o ex-todo-poderoso. Ele só conseguiu balbuciar que o livro é “um lixo”, como que confessando as suas sujeiras.

Como se observa, a coisa está feia para Serra. Talvez só sobre mesmo uma vaguinha de vereador, como especulou Ilimar Franco.
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domingo, 18 de dezembro de 2011

Jabor, Josias, Kramer... Cadê vocês?

Por Altamiro Borges

A velha mídia levou um baile das redes sociais e da blogosfera e, aos poucos, rompe seu silêncio sobre o best-seller “A privataria tucana”, de Amaury Ribeiro. Na mídia impressa, a Folha engoliu a seco e publicou um artigo com o único intuito de desqualificar o autor e blindar o tucanato privatista e corrupto. O texto nem é assinado. Deve ter sido “obra” do Otavinho, o patrão serrista do diário. Um dia depois, o Estadão também reconheceu que o livro é um sucesso, num artigo um pouco mais isento.

Já nas telinhas, até o Boris Casoy, outro direitista convicto, noticiou o estrondo causado pelo livro. Só faltou o bordão: “Isto é uma vergonha”. Antes, vale registrar, a Record, por razões mercadológicas e políticas conhecidas, foi a primeira a dar destaque à obra – inclusive com uma excelente entrevista do autor ao jornalista Paulo Henrique Amorim. Bob Fernandes também usou a sua coluna na TV Gazeta para criticar o silêncio hipócrita e seletivo da maior parte da chamada grande imprensa.

E cadê os histéricos “calunistas”?

A pergunta que não quer calar é a seguinte: cadê os histéricos “calunistas” dos impérios midiáticos? Eles saíram de férias, ficaram com preguiça de ler o livro, estão com medo do vingativo Serra ou tem algum peso na consciência por terem apoiado o criminoso processo de privatização das estatais na era FHC? Será que alguém usou as lavanderias tucanas nos paraísos fiscais? Será?
No caso de Eliane Cantanhêde, da “massa cheirosa” do PSDB, ela tem uma justificativa. Está em férias. Mesmo assim, a incansável colunista da Folha escreveu mais um de seus petardos contra Hugo Chávez. Deve ser pura obsessão contra o líder venezuelano. Já o Josias de Souza, também da Folha, o famoso carona do FHC, não escreveu uma linha sobre o livro e também entrou em férias.

“Não-notícia” na telinha da Globo

Mirian Leitão e Dora Kramer, outras duas colunistas estridentes da mídia imprensa, também murcharam. A colunista do Estadão até ficou irritada com seus seguidores na internet, que criticaram o silêncio. “Façamos o seguinte: matriculem-se na faculdade de jornalismo, trabalhem 30 anos no ramo e aí a gente discute”, disparou a deselegante Kramer. Para ela, “o envolvimento do autor com dossiês de campanha, arranha a credibilidade [do livro]”. O policial-bandido João Dias, herói da mídia, não arranhou?

para o campeão de audiência na tevê, o Jornal Nacional, o livro de Amaury Ribeiro não existe, é uma “não-notícia”. O veterano Willian Bonner está calado e a novata Patrícia Poeta está muda. No Jornal da Globo, o requisitado Willian Waack, freqüentador da embaixada dos EUA, também está quieto. E o Arnaldo Jabor ainda não fez os seus trejeitos patéticos para tratar do tema tabu. Ele adora falar sobre as tais maracutaias, desde que não atinjam os seus íntimos amigos tucanos.

Noblat não se acovardou

Entre os colunistas da mídia demotucana que não se acovardaram diante do best-seller, o primeiro foi Ricardo Noblat, o blogueiro mais acessado das Organizações Globo. De imediato, ele escreveu: “O livro desperta desde já dois tipos de reação: ‘Não li e não gostei’. E: ‘Não li e gostei’. Comecei a ler ontem.”

Na sequência, ele assumiu o seu lado na contenda. Publicou o chilique de José Serra contra o livro. “Lixo é lixo”. E depois, como se fosse o porta-voz dos tucanos, ele antecipou que a “bancada de deputados federais do PSDB se reúne esta tarde, em Brasília, para anunciar providências quanto à publicação do livro ‘A Privataria Tucana’, que começou a ser vendido no último domingo”.

Merval Pereira, o “imortal” da Academia Brasileira de Letras, demorou, mas também se posicionou – como sempre, em apoio aos santos tucanos. Já com relação a Reinaldo Azevedo e Augusto Nunes, os blogueiros da Veja, não vale a pena falar. Eles babam!

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