sábado, 14 de setembro de 2013

Obama amplia por mais um ano o bloqueio ilegal contra Cuba

 
Correio do Brasil,  14/9/2013

 

Obama amplia por mais um ano o bloqueio ilegal contra Cuba

 
Por Redação, com Prensa Latina - de Havana e Washington
 
Cuba
A Plaza de La Revolución, em Havana, é palco da resistência cubana aos EUA
 
 O presidente norte-americano, Barack Obama, prorrogou por outro ano as sanções impostas contra Cuba, com um embargo ilegal e imperialista vigente contra o país desde 1960. Desde que assumiu o cargo de presidente dos Estados Unidos, Obama vem estendendo o prazo do embargo a cada ano, apesar das expectativas iniciais sobre a mudança das relações entre o seu país e Cuba.
O memorando dirigido ao secretário de Estado e ao secretário do Tesouro dos Estados Unidos foi difundido pela Casa Branca, ordenando manter o embargo comercial, econômico e financeiro contra a chamada “maior das Antilhas”. Conforme a legislação norte-americana vigente, o presidente norte-americano decidiu prorrogar as sanções contra Cuba, com a Lei de Comércio com o Inimigo, alegando que responde aos interesses nacionais dos Estados Unidos.
O país mantém o criminoso bloqueio unilateral contra Cuba desde o ano 1960, dois anos após a Revolução Cubana que derrubou o ditador Fulgêncio Batista. A medida, primeiro denominada “Ato da Democracia Cubana”, foi endurecida posteriormente e codificada como uma lei em 1993, com a aprovação das leis Torricelli e Helms Burton.
Apesar de alegar dirigir-se ao governo cubano e aos lideres políticos “em apoio ao povo” de Cuba, que apoia a revolução socialista conduzida por Fidel Castro, o embargo tem consequências diretas para a população, e foi imposto após o governo revolucionário ter nacionalizado empresas estadunidenses que se mantinham intocáveis na exploração do país devido à ditadura de Batista.
Em votações na Assembleia Geral, a Organização das Nações Unidas já condenou a política norte-americana (e, especificamente, o bloqueio contra Cuba) quase 20 vezes, com uma esmagadora maioria, acima dos 180 votos.
 
 
 
15 SETEMBRO   
 
Mais Médicos
 
CAROLINA CAETANO
BERNARDO MIRANDA
 
Após serem vaiados em outros Estados, mais 24 médicos cubanos desembarcaram no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, neste domingo (15). Os profissionais foram recebidos com flores, queijo, doce de leite e cachaça.
Os profissionais, que atenderão 21 municípios mineiros, vieram de Salvador, Brasília e Recife, onde, nas últimas semanas, passaram por treinamentos. A partir desta segunda-feira (16), eles terão mais treinamentos e, depois disso, passarão a atender os pacientes em lugares mais carentes pela equipe Saúde da Família.
Os cubanos foram recebidos com festa pelas 50 pessoas que estavam no saguão do aeroporto. Nesse sábado (14), outros dois médicos já tinham chegado na capital mineira.
A cubana Natacha Romero Sanchez, de 44 anos, disse que não há dificuldades em se adaptar para fazer atendimento no Brasil. “As realidades dos dois países são muito parecidas e sabemos como lidar com as doenças comuns no Brasil, que, em alguns casos, são as mesmas de Cuba”, afirmou a médica que vai atuar em Barão de Cocais, na região Central do Estado.
 
Escravidão?
 
A médica cubana Luisa Balbina Dieguez Perez, de 48 anos, ressaltou que não há nenhuma relação do trabalho que vai realizar no Brasil com escravidão – rebatendo críticas dos contrários ao programa de que os cubanos no Brasil teriam direitos suprimidos. “De forma alguma somos escravos. Somos muito livres e estamos felizes em fazer esse trabalho no Brasil”, enfatizou.
O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, recepcionou os cubanos e aproveitou para mais uma vez rebater as críticas dos conselhos regionais de medicina ao programa. “O posicionamento dos líderes dos conselhos não está de acordo com o que ouvimos dos médicos que trabalham no SUS, que sabem das dificuldades que passamos e apoiam a vinda dos estrangeiros”, declarou
Na 2ª chamada do programa “Mais Médicos” o Estado deve ser contemplado por mais médicos de Cuba. 

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