Ópera Mundi, 29/09/2013
Hoje na História: 1964 - É publicada pela primeira vez tira de Mafalda, do argentino Quino
Reprodução
Mafalda foi uma tira escrita e desenhada pelo cartunista argentino Quino. As histórias, apresentando uma menina (Mafalda) preocupada com a humanidade e a paz mundial que se rebela com o estado atual do mundo, apareceram de 1964 a 1973 (a primeira em 28 de agosto), gozando de alta popularidade na América Latina e Europa. Mafalda foi muitas vezes comparada ao personagem Charlie Brown de Charles Schulz, principalmente pelo escritor italiano Umberto Eco. Segundo ele, as inquietudes manifestadas por Mafalda e seus amigos são de índole universal. Foi traduzida em mais de trinta idiomas.
Mafalda foi uma tira escrita e desenhada pelo cartunista argentino Quino. As histórias, apresentando uma menina (Mafalda) preocupada com a humanidade e a paz mundial que se rebela com o estado atual do mundo, apareceram de 1964 a 1973 (a primeira em 28 de agosto), gozando de alta popularidade na América Latina e Europa. Mafalda foi muitas vezes comparada ao personagem Charlie Brown de Charles Schulz, principalmente pelo escritor italiano Umberto Eco. Segundo ele, as inquietudes manifestadas por Mafalda e seus amigos são de índole universal. Foi traduzida em mais de trinta idiomas.
Mafalda somente se tornou ‘cartoon’ de verdade por sugestão de Juián Delgado, à época editor-chefe do hebdomadário Primera Plana. Publicado em 29 de setembro de 1964 apresentava apenas Mafalda e seus pais.
Em 1962, Quino já trabalhava há uma década com humor gráfico, quando seu amigo Miguel Brascó, humorista e escritor, foi contatado pela “Agens Publicidad” para criar uma tira com historietas a fim de promover a marca de eletrodomésticos “Mansfield”. A tira funcionaria como publicidade encoberta em meios impressos. Brascó recordou que Quino lhe havia comentado “que tinha vontade de desenhar uma tira com crianças” e lhe sugeriu compor uma historieta que combinasse “Peanuts” com “Blodie”. A empresa pôs condição que na história aparecessem eletrodomésticos e os personagens começassem com “M”.
Quino esboçou tiras protagonizadas por uma família típica constituída por um casal de classe média com dois filhos: um menino e uma menina. O nome Mafalda da menina foi tomado do filme Dar la Cara (1962), baseado no romance homónimo de David Viñas, em que há um bebê que tem esse nome, e pareceu muito sugestivo a Quino.
A historieta foi oferecida pela Agens ao jornal Clarín, porém o estratagema publicitário foi descoberto e a companha, deixada de lado. No entanto, Brascó publicou no suplemento humorístico “Gregório” três das tiras desenhadas para a campanha falida.
Em 1964, Delgado, diretor da revista Primera Plana, pede a Quino publicar nesse meio a Mafalda, já desvinculada propósitos publicitários. Quino desenha tiras em que só participam Mafalda e seus país. Com o tempo, foi agregando personagens, amigos de Mafalda - Felipe, Manolito, Susanita, Miguelito e Libertad – e seu irmãozinho Guille.
Mafalda representa a aspiração idealista e utópica de fazer um mundo melhor, malgrado o pessimismo e a preocupação pelas circunstâncias sócio-políticas que afetam permanentemente nosso planeta. Os comentários de Mafalda são espelho das inquietações do mundo dos anos 1960. Ela denuncia a maldade e a incompetência dos homens e a ingenuidade das soluções propostas para os problemas mundiais, como a fome e a guerra.
Em 1962, Quino já trabalhava há uma década com humor gráfico, quando seu amigo Miguel Brascó, humorista e escritor, foi contatado pela “Agens Publicidad” para criar uma tira com historietas a fim de promover a marca de eletrodomésticos “Mansfield”. A tira funcionaria como publicidade encoberta em meios impressos. Brascó recordou que Quino lhe havia comentado “que tinha vontade de desenhar uma tira com crianças” e lhe sugeriu compor uma historieta que combinasse “Peanuts” com “Blodie”. A empresa pôs condição que na história aparecessem eletrodomésticos e os personagens começassem com “M”.
Quino esboçou tiras protagonizadas por uma família típica constituída por um casal de classe média com dois filhos: um menino e uma menina. O nome Mafalda da menina foi tomado do filme Dar la Cara (1962), baseado no romance homónimo de David Viñas, em que há um bebê que tem esse nome, e pareceu muito sugestivo a Quino.
A historieta foi oferecida pela Agens ao jornal Clarín, porém o estratagema publicitário foi descoberto e a companha, deixada de lado. No entanto, Brascó publicou no suplemento humorístico “Gregório” três das tiras desenhadas para a campanha falida.
Em 1964, Delgado, diretor da revista Primera Plana, pede a Quino publicar nesse meio a Mafalda, já desvinculada propósitos publicitários. Quino desenha tiras em que só participam Mafalda e seus país. Com o tempo, foi agregando personagens, amigos de Mafalda - Felipe, Manolito, Susanita, Miguelito e Libertad – e seu irmãozinho Guille.
Mafalda representa a aspiração idealista e utópica de fazer um mundo melhor, malgrado o pessimismo e a preocupação pelas circunstâncias sócio-políticas que afetam permanentemente nosso planeta. Os comentários de Mafalda são espelho das inquietações do mundo dos anos 1960. Ela denuncia a maldade e a incompetência dos homens e a ingenuidade das soluções propostas para os problemas mundiais, como a fome e a guerra.
Entusiasta dos Beatles, do Pássaro Louco e das panquecas, detesta a sopa. Incomoda os adultos com seus questionamentos sobre o socialmente estabelecido e suas perguntas à condução política do mundo. Está convencida do progresso social da mulher. Imagina-se estudando idiomas e trabalhando como intérprete nas Nações Unidas para contribuir com a paz no mundo.
Ao começar a tira, Mafalda tinha quatro anos e no mês de março ingressa no jardim de infância. Nos dez anos do desenrolar da história chega ao terceiro ou quarto ano da escola primária.
Wikimedia Commons
Praça Mafalda, em Buenos Aires, com os personagens da tirinha
Ao começar a tira, Mafalda tinha quatro anos e no mês de março ingressa no jardim de infância. Nos dez anos do desenrolar da história chega ao terceiro ou quarto ano da escola primária.
Wikimedia Commons
Praça Mafalda, em Buenos Aires, com os personagens da tirinha
Quanto aos demais personagens temos:
O pai de Mafalda e Guille: a tira não revela seu nome e sobrenome. Empregado típico de escritório, homem probo que trabalha como corretor de seguros. Preocupado em economizar, não compreende os avanços e desafios das novas gerações.
O pai de Mafalda e Guille: a tira não revela seu nome e sobrenome. Empregado típico de escritório, homem probo que trabalha como corretor de seguros. Preocupado em economizar, não compreende os avanços e desafios das novas gerações.
Raquel, a mãe de Mafalda e Guille é uma típica dona de casa de classe média dos anos 1960, ocupada unicamente com o seu lar. Não necessita muito para ser feliz e dá lições de humildade e sacrifício aos seus filhos, inquieta com as adversidades do mundo.
Felipe, amigo de Mafalda: está um ano à sua frente, mas sua personalidade é mais simples e ingênua. Sonhador, tímido, vive agoniado com suas tarefas escolares.
Manolito amigo de Mafalda: filho de um comerciante do bairro, representa as ideias capitalistas e conservadoras, além de construir uma caricatura de imigrante galego espanhol. É tosco, ambicioso e materialista.
Susanita, amiga de Mafalda: Até a chegada de Libertad, são as únicas mulheres do grupo. Linguaruda, briguenta e fofoqueira, nada que se passa na vizinhança que não esteja a par. Além do mais é racista, despreza os pobres, admira a oligarquia e é preocupada com a moda e a imagem.
Miguelito, amigo de Mafalda: mais sonhador que Felipe, costuma fazer perguntas complexas e absurdas sobre a realidade. É o mais inocente da turma e passa de etéreas reflexões – “como o tempo fará para dobrar as esquinas em relógios quadrados?” – a típicas queixas de crianças. Algo egoísta, é um fervoroso defensor de Benito Mussolini, inculcado por seu avô.
Guille é o irmão menor de Mafalda e o único personagem que cresce fisicamente ao longo das tiras. Apesar de sua inocência, aprecia Brigitte Bardot, é algo irreverente e gosta de sopa. Costuma provocar a ira e o nojo de sua irmã.
Libertad, amiga de Mafalda e último personagem a se juntar à turma. Baixinha, é motivo de gozação dos demais da turma. Tem personalidade, conversa com Mafalda sobre temas sociais e políticos. Concordam ideologicamente, todavia Mafalda é mais realista.
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