Carta Capital, Ed. 637 - 12/03/2011
Wisconsin proíbe organização e negociação coletiva de funcionários públicos
Da Redação
Os protestos mobilizaram 100 mil manisfestantes durante nove dias. Os senadores democratas recusaram quórum à votação do projeto de lei e "asilaram-se" no vizinho Illinois para que a polícia estadual não os obrigasse a comparecer. Mesmo assim, os senadores republicanos de Wisconsin aprovaram o projeto do governador Scott Walker, que proíbe a organização coletiva no setor público. Preprara o desmantelamento do sistema previdenciário dos servidores após benficiar as empresas locais com um corte de 120 milhões de dólares em impostos.
O truque foi retirar do projeto as disposições orçamentárias que exigiam quórum. A manobra pode ser contestada, pois o projeto foi modificado sem debate prévio e ainda contém cláusulas de caráter fiscal, para permitir a privatização de usinas elétricas sem licitação. Para o líder do sindicato, Wisconsin tornou-se uma "república de bananas" e ativistas iniciaram um movimento pela revogação do mandato do governador, mas no Tennessee, em Indiana e Ohio tramitam projetos semelhantes.
O capital pressiona por um retorno à repressão selvagem do movimento sindical que originou os mortos homenageados em 1o. de Maio, Dia do Trabalhador, e 8 de Março, Dia da Mulher. Ao mesmo tempo, o relatório do FED sobre despejos de moradores hipotecados os considera todos justificados, apesar de a polícia denunciar inúmeros abusos dos bancos e violações de leis estaduais. Os EUA caminham a passos largos para o século XIX.
Nenhum comentário:
Postar um comentário