quarta-feira, 30 de março de 2011

Chávez ganha prêmio por defesa da imprensa


A farinha estatal faz parte da cesta básica e é
vendida por uma fração do preço na rede de mercados do governo

São Paulo, quarta-feira, 30 de março de 2011

Chávez ganha prêmio por defesa da imprensa

LUCAS FERRAZ
DE BUENOS AIRES

Responsável por entrar em conflito com veículos de comunicação na Venezuela, o presidente Hugo Chávez foi condecorado ontem na Argentina com um prêmio de jornalismo por seu apreço à liberdade de imprensa e por incentivar a comunicação.
O presidente venezuelano recebeu da faculdade de jornalismo da Universidade Nacional de La Plata o "Prêmio Rodolfo Walsh".
De acordo com Florencia Saintout, professora da universidade, o prêmio a Chávez partiu da central dos estudantes com o objetivo de reconhecer seu esforço em "dar a palavra aos sem voz", citando a criação da rede Telesur, de viés bolivariano.
Aos gritos de "viva Guevara!", "viva Perón!" e "viva Néstor Kirchner!", Chávez recebeu o prêmio afirmando que ele é uma resposta "à dominação e à hegemonia imperialistas".
"A ditadura midiática da burguesia não vai me intimidar", bradou ele.
O "Prêmio Rodolfo Walsh" é concedido pela universidade desde 1997 a personalidades da Argentina ou da América Latina que lutaram pela liberdade e democracia. Jornalistas como Tomás Eloy Martínez e Ignácio Ramonet já foram premiados.
Rodolfo Walsh foi um dos grandes jornalistas argentinos, autor de "Operação Massacre" (editado no Brasil pela Cia das Letras), um dos primeiros livros do gênero jornalismo-literário, publicado em 1957.
Além de não-ficção, Walsh também escreveu contos. Comunista e guerrilheiro dos Montoneros, o jornalista foi morto pela ditadura argentina e atualmente é símbolo da esquerda no país.

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