quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Paulo Metri sugere movimento em defesa da Petrobrás




 
20/09/2012
 
Paulo Metri sugere movimento em defesa da Petrobrás
 
 
Redação
 
O Conselheiro do Clube de Engenharia e da Febrae, o Engenheiro, Paulo Metri, falou a Redação da AEPET sobre as últimas matérias da imprensa contra a Petrobrás. Metri defendeu a maior empresa brasileira como um símbolo de unidade nacional e de excelência tecnólogica no setor onde atua. Ele falou ainda que é preciso uma campanha de esclarecimento a população brasileira sobre a importância da empresa para a economia do Brasil. Paulo Metri respondeu uma série de questões relativas a Petrobrás e o incomodo que ela causa aos setores neoliberais da sociedade brasileira.
RA) Nas últimas semanas a grande mídia tem feito ataques a Petrobrás. Qual a sua posição sobre esta questão?
PM) Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que a grande mídia brasileira, incluindo televisões, rádios, jornais e revistas, com raras exceções, não está a serviço da sociedade brasileira. Ela está a serviço do capital, principalmente o internacional. A Petrobrás é a única empresa, dentre as que atuam no Brasil, que compra plataforma no Brasil, encomenda desenvolvimento tecnológico aqui, mais emprega brasileiros, aceita segurar os preços dos derivados para ajudar o governo a atingir metas sociais (como contenção da inflação), dentre outras ações positivas para a sociedade. Além disto, ela também dá um destino social ao lucro excepcional que o setor proporciona. Obviamente, a fúria das empresas estrangeiras é exatamente porque elas não conseguem ficar com todo o lucro excepcional oriundo do petróleo brasileiro. Assim, a mídia a serviço do capital internacional faz a campanha de difamação contra a Petrobrás que presenciamos.

RA) É preciso que aconteça um grande movimento em defesa da maior empresa brasileira. Você estaria de acordo com esta campanha de apoio a Petrobrás?
PM) É claro que sim! Mas, uma campanha a favor da Petrobrás não pode parecer ser um movimento corporativista. É preciso que seja um movimento de conscientização da população contra as versões erradas sobre a Petrobrás que procuram incutir no povo. É preciso deixar claro para a população que o monopólio estatal sociamente controlado é muito melhor, sob o ponto de vista da sociedade, para atuar no setor de petróleo, que um oligopólio privado estrangeiro. Ou seja, a atuação da Petrobrás no setor do petróleo não deixa uma riqueza imensa se esvair para o exterior.
RA) É necessário que a Petrobrás seja administrada de uma forma mais eficiente sem ingerências políticas partidárias. Você concorda com esta tese?
PM) Resta definir melhor o que consideram “ingerências políticas partidárias”. Se for o uso da Petrobrás para o empreguismo e para gerar lucro para empresas contratadas de forma fraudulenta, é óbvio que não! Se for para atender a políticas públicas de interesse da sociedade, a resposta é sim! Além disto, a Petrobrás deve ser gerida de forma a apresentar o máximo de eficiência social. A eficiência financeira só deve ser perseguida à medida que muito lucro irá permitir maiores realizações da empresa. É um conceito bastante neoliberal (e errado) pensar que uma empresa do povo não pode se dedicar prioritariamente a satisfazer objetivos dele.

RA) A retomada de um projeto que volte às origens da Petrobrás com mobilizações populares. A cidadania na luta pela volta do monopólio estatal do petróleo é um dos pontos a serem retomados em uma campanha por uma nova Petrobrás?
PM) Sou favorável a uma campanha de conscientização da nossa sociedade sobre a necessidade de um projeto nacional de desenvolvimento, chegando a ser um projeto de orgulho nacional. É preciso priorizar a empresa genuinamente nacional, a engenharia e a tecnologia nacional, e o trabalhador brasileiro. Nesta campanha, a Petrobrás aparecerá certamente como uma empresa exemplo.

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