17/09/2012
Os gastos do Brasil com educação em relação ao mundo
O Brasil é o 15º maior gastador, mas só aparece em 53º - de um total de 65 países - quando se trata de qualidade da educação. Confira como ele se compara a outras nações
Marcos Santos/USP Imagens
Ensino no Brasil: qualidade de ensino não acompanha altos investimentos
São Paulo – Tramita no Congresso Nacional uma proposta para fazer o volume de recursos para a educação chegar a 10% do PIB nacional. Hoje, o Brasil
investe 5,7% - um dos índices mais altos entre os 42 países membros
da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a
frente de Reino Unido, Canadá e Alemanha, por exemplo.Ensino no Brasil: qualidade de ensino não acompanha altos investimentos
Na semana passada, a organização lançou um relatório sobre os gastos em educação de várias nações.
Investir um décimo de toda a riqueza produzida no país deixaria o Brasil em primeiro lugar no ranking, acima da Islândia, que investe assombrosos 7,8% do PIB em educação hoje.
Esse número considera, além dos investimentos nas instituições de ensino, gastos governamentais com bolsas e programas de apoio aos alunos.
Apesar do investimento brasileiro ser próximo da média dos países da OCDE, o país se encontra somente em 53º lugar - de um total de 65 - no Pisa, um programa de avaliação da qualidade da educação da mesma organização.
Ou seja, maiores investimentos não necessariamente acompanham, na mesma proporção, uma melhora no desempenho dos estudantes.
O Brasil é o 15º que mais investe o PIB na área na lista da OCDE. Os lanternas no ranking foram Indonésia (investimento de 3% do PIB), Índia (investimento de 3,5%), Japão (3,8%), Eslováquia (4,1%) e República Tcheca (4,4%).
Confira os maiores “gastadores” e sua posição no ranking de qualidade educacional:
Ranking | País | Gasto com educação | Posição no Pisa |
---|---|---|---|
1 | Islândia | 7,80% | 16º lugar |
2 | Noruega | 7,30% | 12º lugar |
3 | Suécia | 7,30% | 19º lugar |
4 | Nova Zelândia | 7,20% | 7º lugar |
5 | Finlândia | 6,80% | 3º lugar |
6 | Bélgica | 6,60% | 11º lugar |
7 | Irlanda | 6,50% | 21º lugar |
8 | Estônia | 6,10% | 13º lugar |
9 | Argentina | 6% | 58º lugar |
10 | Áustria | 6% | 39º lugar |
11 | Holanda | 5,90% | 10º lugar |
12 | França | 5,90% | 22º lugar |
13 | Israel | 5,80% | 37º lugar |
14 | Portugal | 5,80% | 27º lugar |
15 | Brasil | 5,70% | 53º lugar |
16 | Eslovênia | 5,70% | 31º lugar |
17 | Reino Unido | 5,60% | 25º lugar |
18 | Suíça | 5,50% | 14º lugar |
19 | Estados Unidos | 5,50% | 17º lugar |
20 | México | 5,30% | 48º lugar |
21 | Hungria | 5,10% | 26º lugar |
22 | Polônia | 5,10% | 15º lugar |
23 | Canadá | 5,10% | 6º lugar |
24 | Alemanha | 5,10% | 20º lugar |
25 | Coreia do Sul | 5% | 2º lugar |
26 | Espanha | 5% | 33º lugar |
27 | Austrália | 5% | 9º lugar |
28 | África do Sul | 4,80% | (não participa) |
29 | Rússia | 4,70% | 43º lugar |
30 | Itália | 4,70% | 29º lugar |
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