UOL, 06/09/2012
Campeonato de surfe em praia de nudismo proíbe bermudas, mas obriga uso de camisetas
Bruno Doro
Do UOL, em São Paulo
Do UOL, em São Paulo
Na inscrição, os surfistas já são avisados que devem seguir as normas do naturismo,que além da ausência de roupas prega também o respeito aos demais frequentadores Divulgação/Tambaba Open de Surfe Naturista
No próximo fim de semana, a praia de naturismo mais famosa da Paraíba vai receber um campeonato diferente. No Tambaba Open de Surfe, bermudas ou sungas são proibidas.
Mas, para tornar possível a realização da competição, os naturistas
foram obrigados a fazer uma concessão à proibição de roupas de banho: os
atletas devem usar camisetas para que os juízes identifiquem quem está
realizando as manobras.
“Para participar do campeonato, o
atleta tem que atender as normas naturistas da praia e seguir o código
de ética naturista. Na inscrição nós já avisamos sobre isso. Trajes de
neopreme, por exemplo, são proibidos. E o uso das camisetas só é aceito
por uma questão logística. Tentamos usar toucas de natação para
identificar o surfista, mas a visualização não foi a ideal. A camiseta
de lycra foi a saída que encontramos e é a única peça de roupa
permitida”, explica Carlos Santiago, coordenador do projeto SurfNU, que
organiza o torneio.
Em sua quinta edição, o Tambaba Open está bem
longe de ser um evento amador. Pela primeira vez, faz parte do
calendário oficial da Federação Paraibana de Surfe, mas é homologado
pela entidade desde a primeira edição, realizada em 2008. Os juízes são
fornecidos pela Aspa, a Associação Paraibana de Árbitros de Surfe. E,
entre os naturistas, é considerado o mais importante do mundo.
“As regras são as mesmas de qualquer
campeonato do mundo. São baterias com quatro surfistas, de 15 minutos,
somadas as duas melhores notas. Mas como é um evento naturista, único no
mundo, todos os participantes precisam obedecer as regras do local. Até os juízes trabalham nus”, conta Nilson Marinho, diretor técnico da Federação Paraibana de Surfe e que terá a mesma função no campeonato.
A regra da ausência de roupas, porém, gera algumas reclamações. “Alguns atletas até dizem que podem se machucar, reclamam de parafina e pedem a bermuda. Mas o Tambaba Open foi pensado como uma forma de divulgação do naturismo, usando o surfe como forma de interação entre o homem e a natureza. E regras são regras”, avisa Santiago.
Surfista há 35 anos e um dos destaques da Paraíba no Circuito Brasileiro de Longboard, o veterano Linho Neto admite que existem alguns inconvenientes na prática do esporte sem roupa. “O principal é a parafina. Além do contato com os pelos do corpo, ela ainda causa mais assaduras do que o normal. Mas depois de pouco tempo você se acostuma com as condições e evita os problemas. Eu já sofri acidentes com e sem roupas e os machucados não foram maiores nos que aconteceram surfando nu”, conta Linho, que ainda vê vantagens na ausência de roupas.
“A sensação de liberdade é maior. Essa é a essência do naturismo. Eu não era praticante, mas quando descobri a praia e as ondas de Tambaba, resolvi experimentar. No começo, fiquei um pouco constrangido, mas rapidamente você se acostuma. O naturista não vê maldade. Só quem pode usar roupas por lá são as pessoas que estão trabalhando e, essas sim, podem se sentir um pouco constrangidas. Acaba se tornando uma ação natural e você nem percebe que está sem roupa”, completa.
O Tambaba Open de Surfe Naturista está marcado para os dias de 15 e 16 de setembro. São esperados cerca de 40 surfistas, que serão divididos em três categorias: local, para surfistas da região, open, aberto para todos os interessados, e “special session”, que julga as manobras mais radicais. “Já recebemos pedidos de informação de atletas da América do Sul, da Holanda e da Alemanha. O evento tem cinco anos e já está consolidado. O fato de ser um torneio de surfe naturista só aumenta sua importância”, analisa Nilson, da Federação Paraibana.
A regra da ausência de roupas, porém, gera algumas reclamações. “Alguns atletas até dizem que podem se machucar, reclamam de parafina e pedem a bermuda. Mas o Tambaba Open foi pensado como uma forma de divulgação do naturismo, usando o surfe como forma de interação entre o homem e a natureza. E regras são regras”, avisa Santiago.
Surfista há 35 anos e um dos destaques da Paraíba no Circuito Brasileiro de Longboard, o veterano Linho Neto admite que existem alguns inconvenientes na prática do esporte sem roupa. “O principal é a parafina. Além do contato com os pelos do corpo, ela ainda causa mais assaduras do que o normal. Mas depois de pouco tempo você se acostuma com as condições e evita os problemas. Eu já sofri acidentes com e sem roupas e os machucados não foram maiores nos que aconteceram surfando nu”, conta Linho, que ainda vê vantagens na ausência de roupas.
“A sensação de liberdade é maior. Essa é a essência do naturismo. Eu não era praticante, mas quando descobri a praia e as ondas de Tambaba, resolvi experimentar. No começo, fiquei um pouco constrangido, mas rapidamente você se acostuma. O naturista não vê maldade. Só quem pode usar roupas por lá são as pessoas que estão trabalhando e, essas sim, podem se sentir um pouco constrangidas. Acaba se tornando uma ação natural e você nem percebe que está sem roupa”, completa.
O Tambaba Open de Surfe Naturista está marcado para os dias de 15 e 16 de setembro. São esperados cerca de 40 surfistas, que serão divididos em três categorias: local, para surfistas da região, open, aberto para todos os interessados, e “special session”, que julga as manobras mais radicais. “Já recebemos pedidos de informação de atletas da América do Sul, da Holanda e da Alemanha. O evento tem cinco anos e já está consolidado. O fato de ser um torneio de surfe naturista só aumenta sua importância”, analisa Nilson, da Federação Paraibana.
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