terça-feira, 15 de março de 2011

O primo caipira

O caso é o seguinte, pessoarrrr!

Só vou ao cinema agora para assistir musicarrr. De dramas e tragédias já me bastam as notícias sobre o que está acontecendo nos EUA e Europa (O Japão é um caso a parte. Drama consequente de uma ação da natureza!)

Quanto a pagar para assistir comédias, para que? As matérias sobre as prezepadas tucanas já me fazem chorar de tanto rir, como esta abaixo...




https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCKE57DhYLZXWPZ4W3smce1PHKD83eQMpkKHCwaU50Y67EXiN1Bs0iHrz0CfX_oRL7lph7L2qQEWFS3LhbdkJQ_mYBlmzyqjyqc3R3r66hgJhWctA5NsHOn2349B05unBLg3NLOlJUXoY/s1600/caipira.jpg


Carta Capital, Ed. 637 - 12/03/2011

Alckmin, Serra e o primo caipira

Redação Carta Capital
O esfacelamento da pax tucana em São Paulo leva à batalha dois exércitos peculiares. Os “caipiras”, liderados pelo governador Geraldo Alckmin, enfrentam os “cosmopolitas”, fiéis à figura de José Serra. Assim nomeados em documentos vazados pelo WikiLeaks sobre conversas entre o embaixador dos EUA e Cláudio Lembo, os grupos travam confronto aberto por espaço.
Na segunda-feira 28, a Folha de S.Paulo publicou reportagem sobre a venda de informações sigilosas da Secretaria de Segurança Pública do estado. O espião-camelô era Túlio Khan, chefe da Coordenadoria de Análise e Planejamento do órgão. Conduzido à secretaria ainda no mandato anterior de Geraldo Alck-min (2001-2006), Khan foi exonerado no dia em que a reportagem chegou às bancas.
O caso parecia resolvido quando surgiu um vídeo que mostra o chefe de Khan, o secretário de Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, num encontro com Mário Cesar Carvalho, repórter da Folha que assinaria, dias depois, a reportagem. Gravadas pelas câmeras internas de um shopping no bairro paulistano de Higienópolis, as imagens mostram o secretário a entregar um envelope ao jornalista. O site que primeiro publicou o vídeo é “caipira”, tem sede no interior de São Paulo e a nota é assinada por João Alckmin, primo do governador.
O secretário reagiu à divulgação do vídeo com virulência. Em nota oficial, Ferreira Pinto acusa “grupos criminosos” de “espionar o primeiro escalão do Estado”. Mais adiante, diz que “Não há nada de suspeito na conversa” e que “o vazamento das imagens produzidas pelo circuito interno do Shopping Higienópolis constitui crime”.
O Palácio dos Bandeirantes negou qualquer parentesco entre João Alckmin e o governador. “Infelizmente”, como o próprio diz a CartaCapital, eles são primos. O radialista faz questão, no entanto, de se dizer distante do político e o chama de “picolé” – referência ao apelido “picolé de chuchu”.
CartaCapital: O senhor é ou não parente do governador Geraldo Alckmin?
João Alckmin: Infelizmente, sou. Mas não tenho relações com ele há muito tempo. Não me lembro da última vez em que falei com ele. Não tenho culpa de ser parente do “picolé”. Mas sou do ramo bom da família, do ramo de Minas Gerais.
CC: O Palácio negou o parentesco…
JA: Então, você diga para o Geraldo deixar de ser cretino. Somos descendentes de João Capistrano Alckmin.
CC: A Secretaria de Segurança Pública afirma que a divulgação do vídeo é um crime. O que tem a dizer?
JA: Crime é o secretário ir encontrar um jornalista para repassar informações sobre um caso como esse.
 .....

Embora possa parecer, esta foto não é de um encontro entre partidários de Serra e Alckmin trabalhando pelo bem do Estado de São Paulo.
 

 


São Paulo, terça-feira, 15 de março de 2011
 
Vazamento de imagens derruba delegado
ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

O delegado Marco Antonio Desgualdo, que comandou a Polícia Civil paulista de 1999 a 2006, foi afastado ontem da chefia do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), cargo que ocupava desde agosto de 2009.
A saída de Desgualdo ocorre após ele ter seu nome ligado à obtenção do vídeo do shopping Pátio Higienópolis em que o secretário da Segurança, Antônio Ferreira Pinto, aparece com o repórter da Folha Mario Cesar Carvalho.
O shopping diz que as imagens foram entregues a pedido de "policiais", o que caracterizaria uma espionagem ao secretário da Segurança.

PUNIÇÕES
Procurado, Desgualdo não respondeu aos pedidos de entrevista. O delegado é homem de confiança do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Em toda a primeira gestão do tucano no Estado (2001-2006), Desgualdo comandou a Polícia Civil.
Ele vinha no cargo desde a gestão Mário Covas (PSDB), que morreu em 2001.
Horas antes do afastamento, Alckmin afirmou em entrevista que puniria qualquer um que tivesse "desvirtuado" o trabalho policial.
As imagens do encontro entre Ferreira Pinto e Carvalho foram divulgadas em sites e blogs - um deles ligado a policiais civis -, que relacionaram o encontro à reportagem do jornalista sobre a venda de dados sigilosos por um funcionário da Segurança, o sociólogo Túlio Kahn, que acabou demitido.

LEALDADE
Desgualdo, segundo apurou a Folha, admitiu aos seus chefes ter sido chamado por um grupo de policiais para obter as imagens no Pátio Higienópolis, na região central de São Paulo, mas afirmou não querer participar de nada e preferiu ficar quieto.
Como não comunicou o fato a seus superiores foi afastado por "falta de lealdade administrativa". Desgualdo agora é investigado pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil e também pela Corregedoria Geral da Administração, órgão vinculado ao Palácio dos Bandeirantes.
Na investigação também surgiram os nomes do ex-delegado Paulo Sergio Oppido Fleury, demitido em junho de 2010 da Polícia Civil, o também delegado Everardo Tanganelli Junior e o investigador Oswaldo Luiz Cardenuto.
Fleury não quis falar. Ele se diz vítima de perseguição por parte de Ferreira Pinto.
Tanganelli Junior e Cardenuto não foram localizados.

DIVULGAÇÃO
O primeiro a divulgar as cenas foi o radialista João Alkimin, no site "Vejo São José". A mulher do radialista, Tânia Nogueira, é advogada do delegado Ivaney Cayres de Souza e de Tanganelli Junior, que perderam espaço na gestão Ferreira Pinto.
O radialista nega relação entre o vídeo e sua mulher. O delegado Souza estava no shopping, com uma jornalista da Folha, no momento em que Ferreira Pinto se encontrava com Carvalho.
O delegado Souza afirma ter visto o secretário, mas nega ligação com a divulgação das imagens.

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