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Tijolaço, 15 de outubro de 2014
Sabesp frauda nível dos reservatórios. Situação é pior que o admitido
Por Fernando Brito
É estarrecedor que uma empresa pública, com um corpo profissional ao qual não faltam qualidades técnicas, esteja fazendo o que faz a Sabesp em São Paulo.
Sua presidente, a D. Dilma Pena, serrista de quatro costados, admitiu hoje na CPI da Água que era “mentirinha” a declaração do governador -
às vésperas da eleição – de que havia água suficiente para atravessar o
verão e que a água acaba em “meados de novembro”. O que é tão óbvio
que está sendo dito aqui por um simples blogueiro que acompanha dos dados do Sistema Cantareira.
Mas, além do estelionato político, está se praticando crimes: divulgação de falsa informação em documento público, descumprimento de decisão judicial e burla às determinações das autoridades de regulação das águas, a Agência Nacional de Águas e o Departamento de Águas do próprio Estado de São Paulo.
A fiscalização encontrou a represa Atibainha 38 centímetros abaixo do nível mínimo autorizado.
Não é uma pequena diferença que pudesse ter acontecido por razões operacionais, de manejo das bombas de sucção, sem má-fé.
38 centímetros no nível equivalem a seis bilhões de litros d’água, mais do que é retirado em três dias.
Não é, como diz o Estadão, uma antecipação da tal segunda cota do volume morto, porque essa, se for autorizada, é uma grande poça que se formou em outro reservatório, o Jacareí.
A Sabesp conscientemente infringiu a lei federal nº. 9.433, de 1997, que proíbe a extração de água fora das cotas estabelecidas e considera fraude a adulteração das medições de nível de represas.
Além da multa, ela pode ser obrigada a fazer com que a represa volte ao nível autorizado, o que representa uma perda de seis bilhões de litros num sistema que está enforcado em menos de 42 bilhões, contanto todas as “rapas” e que perde, por dia, 1,7 ou 1,8 bilhão de litros para manter, mesmo em níveis caóticos, o abastecimento de São Paulo.
Um pobre morador da cidade, carregando seus baldes, pode pensar “que se dane” dos limites de sobrevivência dos reservatórios. Autoridades e engenheiros hídricos que têm a responsabilidade de evitar o colapso total, não têm este direito.
A reserva real do sistema, se corrigido este “roubo” de seis bilhões de litros não é nem sequer dos míseros 4,3% divulgados hoje cedo, mas de apenas 3,7%.
O corpo técnico da Sabesp tem de se rebelar contra isso, se não quiser recair na mesma pecha de bandidos que as autoridades paulistas que patrocinam isso merecem.
Mas, além do estelionato político, está se praticando crimes: divulgação de falsa informação em documento público, descumprimento de decisão judicial e burla às determinações das autoridades de regulação das águas, a Agência Nacional de Águas e o Departamento de Águas do próprio Estado de São Paulo.
A fiscalização encontrou a represa Atibainha 38 centímetros abaixo do nível mínimo autorizado.
Não é uma pequena diferença que pudesse ter acontecido por razões operacionais, de manejo das bombas de sucção, sem má-fé.
38 centímetros no nível equivalem a seis bilhões de litros d’água, mais do que é retirado em três dias.
Não é, como diz o Estadão, uma antecipação da tal segunda cota do volume morto, porque essa, se for autorizada, é uma grande poça que se formou em outro reservatório, o Jacareí.
A Sabesp conscientemente infringiu a lei federal nº. 9.433, de 1997, que proíbe a extração de água fora das cotas estabelecidas e considera fraude a adulteração das medições de nível de represas.
Além da multa, ela pode ser obrigada a fazer com que a represa volte ao nível autorizado, o que representa uma perda de seis bilhões de litros num sistema que está enforcado em menos de 42 bilhões, contanto todas as “rapas” e que perde, por dia, 1,7 ou 1,8 bilhão de litros para manter, mesmo em níveis caóticos, o abastecimento de São Paulo.
Um pobre morador da cidade, carregando seus baldes, pode pensar “que se dane” dos limites de sobrevivência dos reservatórios. Autoridades e engenheiros hídricos que têm a responsabilidade de evitar o colapso total, não têm este direito.
A reserva real do sistema, se corrigido este “roubo” de seis bilhões de litros não é nem sequer dos míseros 4,3% divulgados hoje cedo, mas de apenas 3,7%.
O corpo técnico da Sabesp tem de se rebelar contra isso, se não quiser recair na mesma pecha de bandidos que as autoridades paulistas que patrocinam isso merecem.
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