Considero este julgamento de exceção a maior vergonha do Judiciário brasileiro.
Carta Maior, 21/01/2014
Genoino quita multa, mas doações continuam a entrar
Najla Passos
Brasília - R$ 761.962,60. Este foi o valor arrecadado pela campanha Parceiros da Família Genoino, até a tarde de segunda (20). A multa de R$ 667 mil a que o ex-deputado e ex-presidente do PT foi condenado a pagar pela ação penal 470 foi quitada ontem mesmo, mas as doações não param de chegar de todo o país, em uma demonstração incontestável do carinho com que muitos brasileiros tratam o ídolo da luta contra a ditadura e, principalmente, do grande número de pessoas insatisfeitas com a forma com que ele foi condenado.
Com a dívida paga, a família só quer agradecer a solidariedade dos brasileiros e encerrar a conta aberta para doações. O valor excedente será usado para cobrir os impostos que incidem sobre o valor e, o restante, para ajudar outros condenados a pagarem as suas multas. O mais provável é que seja direcionado à família do ex-tesoureiro do PT, Delubio Soares, que teve o valor da sua multa corrigido para R$ 466,8 mil e deve ser intimado a quitá-la a qualquer momento.
“Ainda estamos na fase de saber exatamente quanto é esse excedente, porque existe toda a parte de tributação que estamos cuidando minuciosamente e que implicará em gastos que serão pagos com a arrecadação. De forma geral, o que queremos é que o que sobrar entre de alguma forma na corrente de solidariedade aos condenados da AP 470, mas ainda precisaremos esperar toda a burocracia tributária para ter certeza de como será feito isso”, afirma Miruna Genoino, a filha do petista que comandou a campanha e se tornou porta-voz da família.
Pela contabilidade de ontem, Miruna afirma que 2.261 pessoas contribuíram. Ela conta que, em função do grande número de participantes, não pode ler e responder, sozinha, as mensagens de apoio recebidas. Por isso, não se arrisca a traçar um perfil dos doadores e nem mesmo elencar as motivações que os levaram a contribuir.
“Teria sido impossível para nós lermos todas as mensagens. Eu li muitas, mas contei com a ajuda de valorosos amigos e amigas, um pequeno grupo, que me ajudou a responder os e-mails. O sentimento de todos os que participaram desta tarefa foi o de emoção com a materialização da solidariedade, ler mensagens de apoio, ver pessoas com dificuldade doando o que podiam, muito bonito. Não dá para dizer sobre a principal motivação porque é gente demais, mais de 2.000. Existem motivações de todo tipo, todas as que se explicitaram, muito carregadas de vontade de fazer algo pela nossa luta por justiça”, conta ela.
Apesar da discrição de Miruna, os nomes de alguns doadores já estão estampados na imprensa e nas redes sociais, muitas vezes revelados pelos próprios. Uma das doações mais altas foi a do jurista Nelson Jobim, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ex-ministro da Justiça e da Defesa. Ele contribuiu com R$ 10 mil.
Questionada se acreditava no sucesso da campanha antes de iniciá-la, demonstra todo o peso que a família vem amargando com o julgamento e, especialmente, com a forma com que o pai foi preso. “Nunca ficamos pensando e fazendo previsões, porque nesse processo elas tendem a muitas vezes nos decepcionar. Aprendemos a não ter esperanças com coisas positivas, e de alguma forma fomos surpreendidos positivamente com esta corrente tão bonita de solidariedade”, disse.
O mesmo receio marca as expectativas com o futuro do pai, que ainda aguarda o julgamento dos embargos infringentes em relação ao crime de formação de quadrilha, pelo qual foi condenado com baixa margem de votos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Dá muito medo ter expectativas positivas, mas se a justiça for feita como deve ser, os embargos devem revogar a condenação por quadrilha imposta injustamente a meu pai”, acrescenta.
Com a dívida paga, a família só quer agradecer a solidariedade dos brasileiros e encerrar a conta aberta para doações. O valor excedente será usado para cobrir os impostos que incidem sobre o valor e, o restante, para ajudar outros condenados a pagarem as suas multas. O mais provável é que seja direcionado à família do ex-tesoureiro do PT, Delubio Soares, que teve o valor da sua multa corrigido para R$ 466,8 mil e deve ser intimado a quitá-la a qualquer momento.
“Ainda estamos na fase de saber exatamente quanto é esse excedente, porque existe toda a parte de tributação que estamos cuidando minuciosamente e que implicará em gastos que serão pagos com a arrecadação. De forma geral, o que queremos é que o que sobrar entre de alguma forma na corrente de solidariedade aos condenados da AP 470, mas ainda precisaremos esperar toda a burocracia tributária para ter certeza de como será feito isso”, afirma Miruna Genoino, a filha do petista que comandou a campanha e se tornou porta-voz da família.
Pela contabilidade de ontem, Miruna afirma que 2.261 pessoas contribuíram. Ela conta que, em função do grande número de participantes, não pode ler e responder, sozinha, as mensagens de apoio recebidas. Por isso, não se arrisca a traçar um perfil dos doadores e nem mesmo elencar as motivações que os levaram a contribuir.
“Teria sido impossível para nós lermos todas as mensagens. Eu li muitas, mas contei com a ajuda de valorosos amigos e amigas, um pequeno grupo, que me ajudou a responder os e-mails. O sentimento de todos os que participaram desta tarefa foi o de emoção com a materialização da solidariedade, ler mensagens de apoio, ver pessoas com dificuldade doando o que podiam, muito bonito. Não dá para dizer sobre a principal motivação porque é gente demais, mais de 2.000. Existem motivações de todo tipo, todas as que se explicitaram, muito carregadas de vontade de fazer algo pela nossa luta por justiça”, conta ela.
Apesar da discrição de Miruna, os nomes de alguns doadores já estão estampados na imprensa e nas redes sociais, muitas vezes revelados pelos próprios. Uma das doações mais altas foi a do jurista Nelson Jobim, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ex-ministro da Justiça e da Defesa. Ele contribuiu com R$ 10 mil.
Questionada se acreditava no sucesso da campanha antes de iniciá-la, demonstra todo o peso que a família vem amargando com o julgamento e, especialmente, com a forma com que o pai foi preso. “Nunca ficamos pensando e fazendo previsões, porque nesse processo elas tendem a muitas vezes nos decepcionar. Aprendemos a não ter esperanças com coisas positivas, e de alguma forma fomos surpreendidos positivamente com esta corrente tão bonita de solidariedade”, disse.
O mesmo receio marca as expectativas com o futuro do pai, que ainda aguarda o julgamento dos embargos infringentes em relação ao crime de formação de quadrilha, pelo qual foi condenado com baixa margem de votos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Dá muito medo ter expectativas positivas, mas se a justiça for feita como deve ser, os embargos devem revogar a condenação por quadrilha imposta injustamente a meu pai”, acrescenta.
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