quarta-feira, 20 de novembro de 2013

O homem do meio por cento





DCM, 17 de Novembro de 2013

O homem do meio por cento: como a direita fracassou na tentativa de fazer de Joaquim Barbosa um futuro presidente



Paulo Nogueira

O contrário do americano Blaise
O contrário do americano Blaise


Joaquim Barbosa é grosseiro, vingativo, arrogante, presunçoso, antipático, impiedoso e deslumbrado: ele é, em suma, o antibrasileiro.
A mídia tentou transformá-lo no oposto disso, mas felizmente a verdade se impôs. Não faz tanto tempo, publicações interessadas em promovê-lo disseram que sua máscara seria um dos destaques do Carnaval de 2013.
Ninguém as viu nas ruas.
Na última pesquisa de intenções de voto para 2014, Joaquim Barbosa foi lembrado por 0,5% dos ouvidos. Repito: meio eleitor em cada 100 citou JB. Perto dessa miséria de intenções, até Aécio parece uma potência.
Barbosa era uma grande esperança para a direita brasileira. Mas ele não pegou, simplesmente. Não aconteceu. Porque ele é a negação da alma brasileira.
Compare Barbosa com o recém-eleito prefeito de Nova York, Bill de Blasio. Este é um fato novo. Esmagou seu rival republicano nas eleições com uma campanha em que ele disse que Nova York não pode mais viver com tamanha desigualdade social.
Metade dos novaiorquinos são pobres ou perto disso. Há 50 000 pessoas sem teto na cidade que era vista como a capital do mundo.
Blasio disse: “Chega”. Estendeu a mão aos desvalidos. Sorriu aos islâmicos, tão discriminados – e tão espionados — depois do Onze de Setembro. Fez tudo isso sorrindo, falando a linguagem do povo – bem ao contrário do pedante e carrancudo JB.
Blaise representa os 99%. JB é o 1% togado. Blaise é um fato novo, a esquerda dando sinal de vida nos Estados Unidos. JB é o fato velho, um neolacerdista que faz do moralismo uma arma para enganar aquele extrato da classe média retrógrado, reacionário, egoísta e preconceituoso.
Como lembrou a atilada Lulu Chan, JB é o nosso Javert – o sinistro personagem criado por Vítor Hugo em Os Miseráveis.
A posteridade haverá de dar-lhe o papel que ele merece. No presente, este antibrasileiro é o Homem do Meio por Cento.


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Brasil 247, 20 de Novembro de 2013

Dimenstein a Barbosa: não seria melhor matar Genoino?


Edição/247 Fotos: Reprodução/STF:

247 - Dentro ou não da lei brasileira, a prisão do ex-presidente do PT José Genoino no Complexo da Papuda, apesar de sua grave doença cardíaca, "é uma desumanidade" com os aplausos da multidão que "deseja vingança", afirma o colunista da Folha de S.Paulo Gilberto Dimenstein.
Por isso, ele sugere: "Não seria melhor executar o Genoino?". Em artigo publicado nesta tarde, o jornalista ressalta que, mesmo desejando o fim da corrupção, não podemos perder o senso de responsabilidade. E acusa a atitude de Joaquim Barbosa, que determinou as prisões, de fazer um "marketing associado a algum projeto presidencial no futuro".
Leia:
Não seria melhor executar o Genoino?
Não tenho condições de dizer se o que estão fazendo com o José Genoino obedece ou não a lei. Talvez obedeça.
Mas dá para dizer que é uma desumanidade que beira o linchamento.
Pegar um homem doente, que passou por uma operação gravíssima e jogá-lo numa cadeia. O ato pode ser legal. Mas é irresponsável.
É quase como se fosse uma execução. Tudo isso com os aplausos de multidões que desejam vingança.
Se toleramos que se faça isso com os outros, podemos acabar tendo de engolir que façam com a gente. É assim que nações acabam tolerando absurdos.
É nessas horas de comoção que, mesmo que queiramos o fim da impunidade e da corrupção, não podemos perder o senso de responsabilidade e humanidade.
Chego a suspeitar que, por trás dessas cenas, exista um marketing talvez associado a algum projeto presidencial no futuro.
Se não for isso, apenas o prazer de gerar imagens impactantes.

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