sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Uma religião revolucionária (e os 180 anos da Revolta dos Malês)








Carta Maior, 16/01/2015



Não é sobre o Islã. Nunca foi



Ramzy Baroud - Counter Punch




Ainda não é sobre o Islã, mesmo que a mídia e os militantes atacando alvos ocidentais digam que sim. Na realidade, nunca foi. Mas foi importante para muitos fundir política com religião, pois é conveniente.
 
Primeiro, sejamos claros em alguns pontos. O Islã botou em ação um sistema para abolir a escravidão mais de 1200 anos antes de o tratado de abolição chegar ao seu pico no mundo ocidental.
 
Libertar os escravos, que pertenciam a tribos árabes pagãs, foi um tema recorrente no Alcorão, sempre ligado aos sinais mais básicos de piedade e virtude:
 
As caridades vão para os pobres, aos necessitados, aos que trabalham para coletá-las, àqueles cujos corações se uniram, aos escravos livres, aos em dívidas, aos unidos com Deus e aos viajantes. Uma tarefa de Deus, e Deus é Conhecedor, Sábio.” [Alcorão. 9:60]
 
Infelizmente, lembretes como esse devem ser regularmente relembrados, graças à constante propaganda anti-Islã em muitos países ocidentais. O comportamento estranho e frequentemente bárbaro do então chamado Estado Islãmico (EI) forneceu maior impulso às propagandas e aos preconceitos existentes.
 
Segundo, a igualdade de gênero no Islã tem sido consagrada na linguagem do Alcorão e no legado do Profeta Mohammed.
 
“Para os homens e mulheres muçulmanos, para os homens e mulheres crentes, para homens e mulheres devotos, para homens e mulheres honestos, para homens e mulheres pacientes, para homens e mulheres humildes, para homens e mulheres caridosos, para homens e mulheres que realizam o jejum, para homens e mulheres castos e para homens e mulheres que frequentemente se lembram de Deus - para eles Alá preparou o perdão e uma grande recompensa.” [33:35]
 
Terceiro, a santidade da vida é suprema no Islã à medida que “…se qualquer um mata uma pessoa (..) seria como se ele tivesse matado todas as pessoas: e se qualquer um salvar uma vida, seria como se ele tivesse salvado a vida de todos.” [5:32]
 
Ainda assim, isso não é sobre o Islã. Isso é sobre o porque de o Islã ser o sujeito dessa discussão em primeiro lugar, quando deveríamos estar nos referindo às verdadeiras raízes da violência.
 
Quando o Islã foi introduzido à Arábia muitos séculos atrás, era, e de fato continua a ser, uma religião revolucionária. Era e se mantém radical, certamente o tipo de radicalismo que, se visto objetivamente, seria considerado um verdadeiro desafio a divisão de classes na sociedade, à desigualdade em todas as suas formas, e mais importante, ao capitalismo e sua insaciabilidade, ganância e insensibilidade.
 
Para evitar uma discussão racional sobre problemas reais, muitos transformam os não-assuntos na cruz do debate. Então o Islã é discutido juntamente com o Estado Islâmico, conflitos tribais e sectários nigerianos, resistência palestina à ocupação israelense, problemas de imigração na Europa e muito mais.
 
Enquanto muita violência se propaga ao redor do mundo no nome do cristianismo, judaísmo, até budismo em Burma e Sri Lanka, raramente coletivos inteiros são estigmatizados pela mídia. Ainda assim, todos os muçulmanos são diretamente tidos como responsáveis por muitos, mesmo se um criminoso que por um acaso era muçulmano iniciou um tumulto violento. Sim, ele ainda pode ser designado como “lobo solitário”, mas pode-se ter quase certeza de que os muçulmanos e o Islã de alguma forma se tornarão relevantes ao debate da mídia no desenrolar dos eventos.
 
Em sua forma desesperada de rechaçar acusações, muitos muçulmanos, frequentemente liderados por intelectuais e jornalistas têm, por quase duas décadas, se esforçado para distanciar o Islã da violência e para lutar contra o estereótipo persistente. Com o tempo, esses esforços culminaram em um fluxo constante de desculpas coletivas em nome do Islã. 
 
Quando um muçulmano no Brasil ou na Líbia reage a uma crise de reféns em Sidney na Austrália, condenando a violência em nome do Islã, e tentando defender o Islã e negando a militância, a pergunta é, por que? Por que a mídia faz com que os muçulmanos se sintam responsáveis por qualquer coisa feita em nome do Islã, até mesmo por uma pessoa desequilibrada? Por que os membros de outras religiões não são responsabilizados pelos mesmos padrões? Por que os cristãos suecos não são questionados para explicar e se desculpar sobre o comportamento do Exército de Resistência Senhor de Uganda, ou os judeus argentinos a explicarem diariamente a violência sistemática e o terror continuados por judeus extremistas em jerusalém e na Cisjordânia?
 
Desde que Francis Fukuyama declarou o “Fim da História” em 1992 - revelando que os livres mercados e as “democracias liberais” reinariam supremos para sempre - seguido pela suposta visão contrastante de Samuel Huntington, mas ainda assim igualmente pretensiosa, do “embate das civilizações e a necessidade de “refazer a ordem mundial”, uma nova indústria intelectual envolveu muitos em Washington, Londres e outros lugares. Uma vez que a Guerra Fria havia terminado triunfante com um senso inflado de validação política, o Oriente Médio se tornou o novo quintal para ideias sobre domínio e aparatos militares.
 
Desde então, tem sido uma guerra aberta, instigada por ou envolvendo vários poderes ocidentais. Foi uma guerra prolongada e multi-dimensional: uma guerra destrutiva no chão, uma guerra econômica (bloqueios em uma mão e globalização e exploração do livre mercado na outra), invasão cultural (que tornou o ocidentalismo equivalente à modernidade); concluída com uma propaganda de guerra massiva mirando a religião principal do Oriente Médio: o Islã.
 
A guerra ao Islã foi particularmente vital, pois parecia unificar uma gama de intelectuais ocidentais, conservadores, liberais, religiosos e seculares. Tudo feito por boas razões:
 
- Islã não é somente uma religião, mas um modo de vida. Demonizando o Islã, você demoniza tudo ligado à ele, incluindo é claro, os muçulmanos.
 
- A vilificação do Islã a qual levou a uma massiva Islamofobia liderada pelo ocidente, ajudou a validar as ações dos governos ocidentais, violentos e abusivos. A desumanização dos muçulmanos se tornou uma arma essencial na guerra.
 
- Também foi estratégico: odiar o Islã e todos os muçulmanos é uma ferramenta bem flexível que tornaria as sanções e intervenções militares possíveis em qualquer lugar onde o ocidente tenha interesses políticos ou econômicos. Odiar o Islã se tornou um grito uníssono desde advogados de sanções no Sudão à grupos neo-nazis anti imigrantes na Alemanha, e em vários outros lugares. O problema não é mais os meios violentos usados para alcançar dominação política e controle dos recursos naturais, mas, magicamente, tudo foi reduzido à uma única palavra: Islã; ou, no melhor, Islã e mais alguma coisa: liberdade de expressão, direitos das mulheres, e por aí vai.
 
Portanto, não foi surpresa ver os likes de Ian Black comentando no Guardian, horas depois do atentado contra Charlie Hebdo em Paris, com a linha de inicio: “Sátira e Islã não sentam bem juntos..”
 
Nenhuma palavra sobre o exército francês e as intervenções militares no Oriente Médio; seu papel destrutivo na Síria; sua liderança na guerra na Líbia; sua guerra no Mali, e por aí vai. Nenhuma palavra sobre a declaração recente de Hollande sobre estar “pronto” para bombardear os rebeldes na Líbia, mesmo tendo sido feita alguns dias antes do atentado.
 
Claro, a sátira pornográfica de Charlie Hebdo e seu alvo no Profeta Mohammed foi mencionado, mas pouco foi dito, por Black, ou pelos muitos outros que foram rápidos em ligar o assunto ao “Islã do século 7”, às guerras hediondas e suas manifestações pornográficas de tortura, estupro e outros atos; atos que vitimaram milhões de pessoas; muçulmanos. Ao invés, é sobre a arte ocidental e a intolerância muçulmana. A linha fina foi: sim, de fato, é um “embate de civilizações.”
 
Algum desses intelectuais parou para pensar que talvez, só talvez, as respostas violentas aos símbolos islâmicos degradados refletem um sentimento politico real, por exemplo, um sentimento coletivo de humilhação, dor e racismo que se estende a todos os cantos do globo?
 
E que é natural que a guerra que é constantemente exportada do ocidente para o resto do mundo, possa ser ultimamente exportada de volta para as cidades do ocidente?
 
Não é possível que os muçulmanos estejam com raiva de algo muito mais profundo do que a arte sem gosto de Charlie Hebdo?
 
Evitar a resposta irá atrasar a tentativa de achar uma solução, a qual deve começar com o fim do intervencionismo ocidental no Oriente Médio.
 

Tradução de Isabela Palhares
 
 
 
 
 
 




​Carta Maior, ​14/01/2015 



Je (ne) suis (pas) Charlie. Porquoi (pas)?



César Augusto Baldi (*)
 
 
 
 
​​A atrocidade cometida contra os chargistas de Charlie Hebdo- crime”bárbaro”, como destacado em toda a imprensa mundial- enseja a necessidade de romper aparentes “consensos” imediatamente firmados, dentro de uma perspectiva de alta intensidade de direitos humanos, sob pena de, mais adiante, estarmos a vivenciar períodos cada vez mais longos de “baixa” ou “baixíssima” intensidade destes.

1. “Um atentado à liberdade de expressão”. O consenso mais imediato é o mais paradoxal inicialmente: a dessacralização dos direitos religiosos é a condição para afirmar ser o direito à liberdade de expressão como “sagrado”. A questão, no entanto, ignora os diversos limites ao exercício de tal direito, em especial na França: a proibição tanto de rezar em público quando de utilizar véus, no caso de islâmicos, mesmo que, no último caso, isso implique a vedação do direito à educação de crianças e adolescentes, em nome de um suposto laicismo e neutralidade estatal; a proibição, mais adiante da burca; a criminalização de qualquer negativa em relação ao genocídio armênio (cometido pelo Império Otomano, entre 1915 e 1917, e somente reconhecido como tal por vinte e um países), o que já foi rechaçado como violador de direitos humanos pela Corte Europeia; a criminalização de qualquer manifestação em favor da Palestina. Nenhum dos casos, pois, a ensejar críticas por violações à tal direito fundamental.
 
Um silenciamento que também houve quando a Mossad assassinou o também cartunista Naji Al-Ali ou quando Bashar Al-Asad mandou quebrar as mãos de outro cartunista, Al Ferzat. E se torna mais intrigante quando se recorda que: a) o seminário demitiu um cartunista, Siné, por incitação ao ódio racial, por ter se recusado a pedir desculpas por associações a judeus e sucesso financeiro  (o que é novo paradoxo: os árabes, apesar de também semitas, não são atingidos pelo ... antissemitismo; quando muito, de islamofobia...); b) o estatuto da laicidade, de 1905, é contemporâneo do Crémieux Decrée, de 1870, que estendeu o status de cidadão integral somente às minorias judaicas nas colônias francesas, cuja maioria da população era islâmica. O processo de educação secular compulsória inicia em 1882, paralelo ao processo de expansão colonial da França. Não é, pois, mera coincidência temporal, mas fruto de um mesmo processo colonial que é apagado como inexistente. A liberdade de expressão é defendida sem limites à custa da imposição de uma “certa” liberdade sobre “outros” diferentes.

O paradoxo é maior quando se verifica que a doutrina constitucional, no Brasil e na Europa,  sustenta, majoritariamente,  que a liberdade de pensamento e de expressão é a matriz da liberdade religiosa.  Soa como hipocrisia ver, à frente da marcha promovida em “solidariedade” ao jornal, vários violadores da liberdade de expressão. Uma política de alta intensidade de direitos humanos não deveria ser uma coalizão “contra o terrorismo”, mas contra as discriminações aos imigrantes, a islamofobia e o racismo, evidentes na mesma semana, pela marcha contra a “islamização”, realizada na Alemanha.

2. “Prefiro morrer de pé do que viver de joelhos”. Segundo o chargista Charb, um desenho nunca matou ninguém, ao contrário dos extremistas e, para tanto, era necessário “banalizar a crítica ao Islã” tal como já existe em relação ao cristianismo. Aqui, a defesa tem aspectos inquietantes. O Islã é a única religião que se autodenominou, no seu ato de fundação: as outras receberam seu nome do colonizador, a partir de uma associação- maior ou menor- com o parâmetro do cristianismo (assim, a discussão orientalista de saber se budismo, confucionismo e taoísmo eram verdadeiras religiões ou “filosofias”).
 
Etimologicamente,  Islã significa “submissão”, mas somente a Deus (nunca a outro ser humano, sequer a um homem, raiz, portanto, também dos feminismos islâmicos). Mas, ao mesmo tempo, é da mesma raiz de “salam”, que significa “paz”. Ao salientar “não viver de joelhos”, a crítica é subliminarmente ao ajoelhar-se para rezar para Meca e, neste ato, uma islamofobia nada sutil. Mas a intensidade com que islâmicos- e em especial Maomé- são representados em posições pornográficas de atos homossexuais coloca um ponto de estigmatizar a religião, seus crentes e também as práticas sexuais. E, indiretamente, faz lembrar as fotografias tiradas nos momentos de tortura de Abu Ghraib: nelas, no geral, são mulheres que põem homens islâmicos em posição de sodomização, reforçando padrões de heteronormatividade e de cidadania, ao mesmo tempo em que tocam no tabu da homossexualidade no mundo islâmico [1] , na persistente “hiperssexualização” do oriental e, reforçando a humilhação do prisioneiro, procuram destacar a imagem de que o Ocidente é mais “tolerante” nestas questões.
 
Algo que Jasbir Puar, com percuciência, naquela época, havia salientado: a “sexualidade normativo-nacional põe a tortura como modalidade fundamental da cidadania” e a “produção da cidadania põe a sexualidade normativo-nacional como fundamental forma da tortura” [2]. Uma associação que estigmatiza Islã, masculinidades e sexualidades não ocidentais. Nada casual, mas um outro exercício de islamofobia, orientalismo e racismo. Apesar de opiniões contrárias, não parece ser uma crítica à esquerda contra formas de clericalismo, porque, em momento algum, as caricaturas fazem distinções entre “fanáticos” e a grande maioria da população. A própria alegação de banalização do Islã é a contraparte do discurso tradicional de superioridade colonial do europeu em relação ao outro, diferente.
 
Não é demais recordar com um exemplo brasileiro: é risível sustentar que ser chamado de “palmito” tem a mesma conotação que “macaco”, em relação a negros. Ignorar a colonialidade de poder e de saber (invisibilizando a religião como outra forma de conhecimento) e a assimetria das relações é estabelecer uma equivalência linda no mundo “liberal”, mas inexistente no mundo real. Da mesma forma, é diverso Salman Rushdie fazer crítica ao Islã em “Versos satânicos” ou Fellini criticar os excessos da tradição católica de seu país: nos dois casos, não há uma posição colonial de eurocentrismo a estabelecer o certo ou errado, nem o que pode ser dito “ao outro” e não “pelo outro.”

3. “Um ataque aos valores ocidentais, que devem ser defendidos”. O fato de ter ocorrido justamente na França coloca no centro da discussão os valores de liberdade, igualdade e fraternidade. Mas vem, no geral, permeado do discurso da tolerância, que não é outra coisa que a versão colonial da superioridade eurocentrada, como bem salientam Wendy Brown e Javier de Lucas. A tolerância, enquanto conceito, surge a partir das guerras religiosas intraeuropeias: é um conceito, em verdade, intraimperial, contrastando protestantes e católicos, ambos cristãos. A partir do momento em que são reconhecidos “direitos humanos”, não há porque falar em tolerância: seria voltar a uma discussão anterior à consagração destes e, pois, é necessário o reconhecimento e o respeito à liberdade religiosa, enquanto direito. Quando se fala em tolerância, reconhece-se a diferença, desde que seja “suportável”, “tolerável” e que, ao fim, ocorra a assimilação dos nossos valores. Trata-se, na realidade, da passagem de mecanismos de colonialismo externo para colonialismo interno, algo que era feito com indígenas e africanos colonizados na América e que passa a ser feito com os imigrantes, provenientes das ex-colônias.
 
De novo, o jogo da colonialidade. E ela mais evidente quando se recorda que 1492, na Espanha, é o ano da invenção da América (e, pois, do genocídio dos indígenas), da expulsão de “mouros” e judeus da Península Ibérica (depois de oito séculos de coexistência), da primeira gramática normativa (a de Nebriska, aestabelecer que somente o castelhano era o idioma oficial) e do início da “caça às bruxas”, quatro epistemicídios simultâneos, como recorda Grosfoguel. A tradição “judaico-cristã”, como recorda Wallerstein, não existia antes de 1945, ou seja, é “reinventada” depois do Holocausto, e- talvez- como sustenta Césaire, por ter ocorrido em solo europeu, mas ignorando, no mesmo momento, a outra “religião do livro”. Em momento algum, existe a aceitação desta última, uma dívida não paga, pois,  da “expulsão” em 1492.  E, apesar de ser a religião de boa parte dos habitantes de Espanha, Alemanha e França, em momento algum, é considerada “religião europeia”. O que é também um paradoxo: nenhuma das duas outras tradições europeias nasceu em solo europeu. As raízes das três religiões estão no Oriente e não no Ocidente. No caso da França, a situação é mais esdrúxula: em todos os casos envolvendo a população islâmica foi aplicada a legislação da época colonial, seja a do laicismo, seja a de protestos, no caso dos banlieues (subúrbios franceses, habitados por imigrantes), em 2005. Sob este aspecto, a ideia de tolerância está na antípoda dos autodenominados valores ocidentais de igualdade e solidariedade.

4. “Uma carnificina bárbara, sem justificativas.” Aqui, talvez ninguém melhor que Judith Butler, ao analisar os conflitos pós 11 de setembro, tenha salientado que “afirmar que uma vida é precária exige não só que uma vida seja apreendida como vida, mas também que a precariedade seja um aspecto do que é apreendido no que tem vida”. Neste contexto, ela salientava que “existem formas radicalmente diferentes de distribuição da vulnerabilidade humana ao largo do planeta” e, dessa forma, “certas vidas estão altamente protegidas, e o atentado contra sua santidade basta para mobilizar as forças da guerra”, ao passo que outras “não desfrutam de um apoio tão imediato” e não merecem ser “choradas” [3].  A imensa comoção dos 12 chargistas mortos coincide com a invisibilização de quase 2 mil mortos em Baga, na Nigéria, pelo grupo Boko Karam, entre os dias 3 e 7 de janeiro e poucos meses depois da morte de 43 jovens em Ayotzinapa, todos estudantes da mesma escola. E com absoluta falta de reação midiática para a morte diária de 83 jovens negros no Brasil dos dias atuais. Como salienta Butler, tais questionamentos devem ser a base de uma profunda afinidade entre movimentos centrados em gênero e sexualidade, que “questionem a morfologia” que condena ou apaga “pessoas”, e também das lutas antirracistas, “dado o caráter racial que sustenta as noções culturalmente viáveis do ser humano”. Um questionamento profundo, pois, aos limites “sobre o tipo de perdas que podemos reconhecer como uma perda.”

5. “A comprovação do fanatismo das religiões.” Este talvez seja o ponto que mereça maior atenção dos ativistas de direitos humanos, no geral, e de militantes de esquerda, em especial, pelo fato de as versões “seculares” de direitos humanos terem se tornado a única linguagem credível, não distinguindo versões progressistas de visões reacionárias ou de utilização política das religiões [4]. No caso da esquerda tradicional, eurocentrada e etnocêntrica, a presença do Islã na Europa sempre foi algo a não ser debatido, permitindo que parte dela, em especial na França, não tivesse diferenças em relação à direita, no tocante a colonialismo, racismo e islamofobia. Talvez por esse motivo boa parte das charges pudesse ser facilmente utilizada pelos partidos conservadores franceses. A dificuldade fica evidente em relação à charge, veiculada no nº 1099, de julho de 2013, em que o muçulmano segura o Corão enquanto balas atravessam o livro e seu corpo, com as legendas- “Matança no Egito. O Corão é uma merda; ele não detém as balas”.
 
Recorde-se que se tratava da manifestação da população islâmica contra o golpe de Estado perpetrado pelo Exército, contra o governo de Morsi, da Irmandade Muçulmana, democraticamente eleito, depois da Primavera Árabe. Uma estranha forma de combater as liberdades, defendendo, pela charge, a restauração do regime militar por ex-partidários de Mubarak, que foi consentida por França e Estados Unidos. O dogma do “ópio do povo” permitia a crítica da religião “in totum”, mas não a crítica da política exercida em termos religiosos, na prática, pela mesma esquerda. Erich Fromm, talvez melhor que ninguém, pela experiência do fascismo e sua visão heterodoxa da Bíblia e do Talmude, tenha sido quem mais destacou a necessidade de “orientação e devoção” e salientou que o marxismo, para boa parte da esquerda, era uma versão secular de outras religiões existentes.
 
Mas isso implica criticar também um falso consenso sobre o próprio secularismo. Saba Mahmood e Talal Asad [5], como também Nelson Maldonado-Torres e Salman Sayyid, têm procurado demonstrar distintas genealogias do secularismo e da liberdade religiosa. Daí porque os dois primeiros assentem a normatividade do secularismo: ele não se destina tanto à separação de Estado e religião, tampouco a garantir a liberdade religiosa, mas na “forma de subjetividade que a cultura secular autoriza, as formas religiosas que resgata, e a forma peculiar de história e tradição história que receita.” Não à toa, na França, a proibição do véu, da reza islâmica em público e “símbolos ostensivos”(expressão contida na lei) são tidos como violadores da laicidade, mas o mesmo não ocorre com as procissões religiosas católicas, cuja manifestação, fora do âmbito privado, não afeta tal “princípio basilar da República”.
 
A antinomia é, portanto, interna ao direito à liberdade religiosa: de um lado, acentua-se a neutralidade em relação a determinadas crenças religiosas, e, de outro, tal direito, como “tecnologia do direito moderno”, está profundamente implicado na regulação da religião, assegurando, desta forma, o direito soberano do Estado de regular todos os domínios da vida social, incluindo... a religião. Estas distintas genealogias vêm sendo ignoradas, e, neste ponto, como salienta Sayyid, não há justificativa para que as paixões religiosas sejam consideradas mais “perigosas” ou mais “violentas”, que outras que invocam “história”, “razão” ou “ciência” no seu lugar. Não é demais lembrar que nem nazismo nem totalitarismo tiveram conotações religiosas. Os direitos humanos de alta intensidade necessitam, portanto, questionar determinados consensos arraigados na tradição eurocentrada e modernizante.

6. Por fim, é significativo que estas tensões ocorram no ano em que tanto Malcolm X quanto Fanon fariam 90 anos. O primeiro, por colocar a centralidade dos direitos humanos e não dos direitos civis e políticos na luta antirracista e, ao fim da vida, pela conexão que fez, nos Estados Unidos, entre tal luta e a adesão ao Islã. O segundo, porque, tendo nascido em Martinica, ainda hoje “departamento ultramarino” da França (eufemismo para a manutenção do status colonial), combateu na Argélia, primeiro país africano que se libertou da França, questionou o privilégio da branquitude, tendo se empenhado na  luta antiimperialista e colonial, inclusive no tocante ao uso do véu. Argélia de onde teriam vindo “por origem” dois dos suspeitos do atentado, mortos, sem julgamento e, portanto, tal como Osama bin Laden, sequer merecedores do “Estado de Direito”.
 
Aliás, há a necessidade de um “acerto de contas” da França com o racismo e a islamofobia, mas também com o passado colonial, que, no caso argelino, ainda detém o trauma de ter sido, ao contrário das outras colônias, parte da França metropolitana e com direito a enviar representantes para o Parlamento. Os dois - Fanon e Malcolm X -, também, para mostrar o pouco que ainda se conhece a respeito do Islã, mesmo depois de passados 14 anos do 11 de setembro e também para reconhecer o quanto o racismo e a islamofobia foram se “normalizando” dentro da Europa. Mas a conexão negritude e Islã também poderia servir de exemplo para o Brasil, que, neste ano, deveria recordar os 180 anos da Revolta dos Malês (1835), ocorrida em Salvador. Afinal, neste caso, foram negros islâmicos que se insurgiram contra o domínio colonial e a escravidão. Aliás, esquece-se que a luta contra o apartheid se deu também com a coalização das comunidades islâmicas da África do Sul, como bem salientado por Farid Esack.
 
E, aqui, poderia ser lembrado mais um paradoxo: a Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, convive e/ou coincide com o início do apartheid (1948-1994), o Jim Crow (regime de segregação racial dos Estados Unidos, que vigorou até 1964) e a Nakba (o êxodo de cerca de 700 mil palestinos em 1948). As conexões religiosas, ao fim, são bem mais complexas que o pensamento eurocentrado gostaria de admitir.

 
 
NOTAS


[1] Para uma crítica às distintas formas de opressão, em especial, machismo, patriarcalismo e sexismo, a partir de pontos de vista das lutas feministas islâmicas e da “queer jihad”, vide: BALDI, César Augusto. Secularismo, Islã  e o “muculmano”: reflexões sobre colonialidade e biopolítica. Meritum, Belo Horizonte, v. 6, n. 2, p. 139-186, julho/dezembro 2011.

[2] PUAR, Jasbir K. On Torture: Abu Ghraib. Radical History Review, Issue 93 ( fall 2005): 33-34

[3] BUTLER, Judith. Violencia, duelo, política. In: _____. Vida precaria: el poder del duelo y la violencia. Buenos Aires: Paidós, 2006. p.58-59

[4] Vide: SOUSA SANTOS, Boaventura de. E se Deus fosse  um ativista de Direitos Humanos.  São Paulo, Cortez, 2013.

[5] MAHMOOD, S. Secularism, hermeneutics, and empire: the politics of islamic reformation. Public   Culture, v. 18, n. 2, p. 328, 2006.  ASAD, T. Entrevista. In: SHAIKH, N. The present as history: critical perspectives on global power. New Delhi: Stanza, 2008. p. 217, 211, 210.
 
(*) Mestre em Direito (ULBRA/RS), doutorando Universidad Pablo Olavide (Espanha), servidor do TRF-4ª Região desde 1989, é organizador do livro “Direitos humanos na sociedade cosmopolita” (Ed. Renovar, 2004). Pesquisador do NEP-Núcleo de Estudos sobre a Paz e Direitos Humanos, da Universidade de Brasília. 
 
 
 
 



A Revolta dos Malês


Por Felipe Araújo


No ano de 1835, ocorreu em Salvador, Bahia, a Revolta dos Malês.
​O
 vocábulo “male” deriva da palavra da língua ioruba “imale”. Eram considerados malês os negros mulçumanos que resistiram e reagiram à imposição do catolicismo, mantendo sua crença e cultura. Bastante instruídos, por vezes, até mais do que seus senhores, os malês organizaram inúmeros levantes, o mais conhecido é a Revolta dos Malês.

Entre os líderes dos malês estavam Pacífico Licutã, Manuel Calafate e Luis Sanim, juntos, conseguiram munição, armamentos e elaboraram um plano de luta contra os senhores, visando soltar escravos e conseguir liberdade religiosa. A batalha aconteceu no centro de Salvador com os malês atacando subitamente uma patrulha do exército. Porém, uma denúncia alertou sobre o início da revolta.

Na noite de 24 de janeiro de 1835, alguns malês foram cercados pela polícia na Casa de Manuel Calafate, local onde muitos rebeldes foram mortos e presos. As autoridades agiram com rapidez, conseguiram
​rechaçar
 ataques aos quartéis de Salvador, expulsando os revoltosos. Ao tentar fugir da cidade, um grupo de mais de quinhentos malês foi barrado na vizinhança do Quartel de Cavalaria em Água de Meninos, onde ocorreram os combates decisivos, todos vencidos pelas forças policiais.

Neste confronto morreram sete integrantes da polícia e setenta malês. Aproximadamente duzentos escravos foram detidos no Forte do Mar e julgados nos tribunais. As condenações foram a pena de morte para os principais líderes,  trabalhos forçados, fuzilamentos e açoites.

De acordo com o historiador João José Reis:

durante o levante, seus seguidores ocuparam as ruas usando roupas islâmicas e amuletos contendo passagens do Alcorão, sob cuja proteção acreditavam estar de corpo fechado contra as balas e as espadas dos soldados”.

A Revolta dos Malês foi controlada com rapidez, mas acabou aumentando o medo de rebeliões de escravos em todas as províncias. O receio era de que os africanos conseguissem sua independência, como acontecera no Haiti naquela mesma época. Isso fez com que os senhores passassem a agir de forma mais rigorosa com os escravos e, em Salvador, os africanos foram proibidos de circular à noite pelas ruas e de praticar as suas cerimônias religiosas.

​Curiosidades
  • Documentos revelam que existia uma sociedade secreta de escravos no Brasil. Numerosa e bem organizada, era dividida em círculos com hierarquia de categorias. Cada um tinha cinco membros, o chefe recebia ordens do mandante superior, que era comandado pelo chefe principal. A maioria dos participantes destes grupos era de escravos m
    ​a
    lês. Os segmentos tinham Santo Antônio como protetor
    , ao qual se referiam como El-Banda e os chefes com menor poder de decisão eram chamados Tates-Corongos. As organizações eram tão minuciosas que os chefes supremos não foram descobertos até hoje.
  • Em 1809, a sociedade secreta negra Ogboni atacou fazendas e libertou escravos, em 1816, vários engenhos em Santo Amaro foram incendiados. Já em 1826, o quilombo Urubu quase ocupou Salvador.
  • Uma das técnicas de luta usadas na Revolta dos Malês foi a capoeira.
  • Entre os mortos e feridos da batalha, um livrinho escrito em árabe com trechos do Alcorão foi encontrado no pescoço de um malê baiano.

Fontes:
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e geral. São Paulo: Editora Saraiva, 2005.
SCHMIDT, Mario. Nova História: Crítica. São Paulo: Editora Nova Geração, 1999.
REIS, José João. A Resistência Negra no Brasil Oitocentista. São Paulo: Editora Senac, 2000.

5 comentários:



  1. A maioria dos terroristas muçulmanos nasceram e vivem na Europa. E, são criados e treinados pela família, para matarem os europeus e os demais ocidentais, incluíndo os judeus e asiáticos.

    TEMOS COMO PROVA O ATENTADO DE PARIS.
    TODOS TINHAM NASCIDO NA EUROPA.

    A única solução é EXPULSAR TODOS OS MUÇULMANOS do Continente europeu, e dos demais continentes.
    Somente assim, os países civilizados ficarão livres dessa Seita Pedofílica e Política, que alega ser religião, sem o ser, denominada islamismo.

    Obs.: os muçulmanos entram na Europa, e em outros continentes, sob o pretexto de que são refugiados de guerra ou imigrantes, porém, É UMA FARSA!
    São INVASORES comandados pela IRMANDADE MUÇULMANA, com o intuito de tentar islamizar os países civilizados.

    Porém, a NOVA ORDEM MUNDIAL, acabará, difinitivamente, com o sonho dos muçulmanos.
    Alias, os muçulmanos já estão sendo expulsos de vários países, e é somente o começo do fim dessa Seita Pedofílica: o islamismo!!!

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  2. ANDERS DA NORUEGA...

    TODOS OS MUÇULMANOS PRECISAM SER EXPULSOS DA EUROPA E DE TODOS OS PAÍSES CIVILIZADOS, PARA O ORIENTE MÉDIO!

    ENQUANTO NÃO SAIREM, DEVERÃO SER CONFINADOS EM CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO, ONDE PODERÃO COLOCAR NO PORTÃO DE ENTRADA: "EURÁBIA", COMO SONHAVAM.

    As verdades que não devemos esquecer:

    ANDERS BEHRING BREIVIK da Noruega não é um assassino, é um idealista, assim como foi Che Guevara e outros, que arriscaram suas vidas e liberdade, em prol da humanidade. E. como o próprio Anders da Noruega declarou: "foi cruel, mas necessário". Com seu ato, ao eliminar os islamitas e seus simpatizantes, ele teve a intenção em alertar o mundo sobre os perigosos muçulmanos, que se infiltram na Europa e em outros países civilizados, sob qualquer pretexto, e na primeira oportunidade fazem terrorismo nos países que os acolheram.

    Exemplos: na França, queimam as propriedades dos ocidentais, sob qualquer pretexto, e contratam desocupados para fazerem o “serviço”, em conjunto, para não serem incriminados. E, onde podemos observar que todas as Igreja estão pichadas, e apenas as Mesquitas não estão. Se fosse obra de pichadores, as Mesquitas também estariam.

    Na Rússia, mataram dezenas de crianças numa escola, mas ali não puderam negar a autoria.

    Na Itália, apenas oito islamitas, em poucos meses, estupraram mais de 600 (seiscentas) meninas de 12 a16 anos de idade, obviamente virgens, o que foi amplamente divulgado.

    Na Inglaterra incendiaram várias cidades inglesas, somente porque um islamita foi morto pela polícia.

    Nos USA todos sabem o que aconteceu, porque foi amplamente divulgado.

    No Brasil, um brasileiro que matou vários estudantes num colégio, tinha ligações com terroristas islâmicos, inclusive pela Internet.

    Portanto, podemos deduzir que todos os assassinatos nas escolas, no mundo inteiro, mesmo não sendo efetuados por muçulmanos, os atiradores são recrutados por eles.

    Incluíndo assassinatos por facadas.

    Islamismo não é religião, é uma SEITA PEDOFÍLICA E POLÍTICA, com suas leis próprias, nas quais a pedofilia é legalizada por lei do Islã. Qualquer muçulmano pode casar com 3 (três) meninas, ao mesmo tempo, com 9 (nove) anos de idade ou menos, para suas orgia pedofílicas, e quando morrem nessas orgias, apenas são substituídas. Alegam que é costume, para justificarem suas perversões sexuais. Os islamitas seguem o exemplo do pedófilo Mohamed, que chamam de profeta, e cuja última esposa, Ayshah, tinha apenas 8 (oito) anos de idade.

    Antes do ato de Anders Behring Breivik, a Nova Ordem dos Templários não era conhecida, agora essa Sociedade Secreta se espalhou pelo mundo inteiro, tendo milhões de seguidores, que estão aumentando a cada dia. Se era esse o objetivo de Anders, a divulgação, então conseguiu!!! E, a Islamofobia se fortificou pelo mundo civilizado, graças ao corajoso Anders de Noruega.

    Obs.: os muçulmanos, sempre covardes como todos os assassinos, se escondem por trás das "Estrelas Negras", na Grécia, e outras denominações que usam, para promoverem revoltas e matanças, com intuito de dominarem os PAÍSES, posteriormente.
    O mesmo método estão usando na Síria, e depois culpam o governo Sírio, pelos genocídios que praticam.

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  3. IRMANDADE MUÇULMANA...

    TODOS OS MUÇULMANOS PRECISAM SER EXPULSOS DA EUROPA E DE TODOS OS PAÍSES CIVILIZADOS, PARA O ORIENTE MÉDIO!

    ENQUANTO NÃO SAÍREM, DEVERÃO SER CONFINADOS EM CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO, ONDE PODERÃO COLOCAR NO PORTÃO DE ENTRADA: "EURÁBIA", COMO SONHAVAM.

    A realidade que poucos conhecem:

    A SUPREMA CORTE DA ESPANHA revogou a lei que proibia o uso de véu, e os devidos trajes das muçulmanas, porque recebeu ameaças da IRMANDADE MUÇULMANA!!!

    Obs.: Essa IRMANDADE MUÇULMANA, está infiltrada em todos os países europeus, incluindo Austrália, Canadá, e a Ásia.

    Dessa maneira, todos os MOVIMENTOS contra os islamitas na Europa, e em todos os países civilizados, são logo silenciados, porque as Organizações recebem ameaças de morte, da IRMANDADE, nas quais incluem os familiares.

    É terrorismo oculto, feito através do TELEFONE.

    E, também, sob ameaça de morte, forçam as pessoas que se convertam ao islamismo.

    Os muçulmanos se impõem no mundo, através de ameaças de mortes, bombas, assim como homens-bomba ou incêndios provocados, seja numa residência ou instituição pública, como foi o caso da Suprema Corte da Espanha.

    Nota: o Papa Bento XVI, foi obrigado a abandonar o papado, porque em mais de 50 (cinqüenta) idiomas, transmitido ao mundo inteiro, falou algumas verdades sobre a maldita SEITA PEDOFÍLICA, denominada Islamismo. E o Vaticano seria impludido pelos muçulmanos, se ele permanecesse no papado. Assim, o Papa Francisco, assumiu o papado, e teve que se humilhar, por exigência dos muçulmanos, em lavar os pés de uma muçulmana, que odeia os cristãos, e ainda teve que beijar os pés dessa maldita.

    A realidade: o Papa Franciso é o fantoche dos muçulmanos e nem teve autorização em usar o nome de Francisco I, como seria o correto, por exigência dos islamitas!!!

    Apenas um exemplo do que os malditos islamitas fazem no Ocidente: é o caso do político holandês, que quer livrar seu país dos islamitas, e tem todos os motivos, e devido a isso, tem que andar com seguranças, usar carro blindado, para não ser assassinado pelos muçulmanos, em seu próprio país!

    Ainda, os islamitas pertencem a uma SEITA PEDOFÍLICA E POLÍTICA, denominada islamismo, que se intitula religião, sem o ser, na qual a pedofilia é legalizada por lei do ISLÃ.

    Em razão disso, se acham no direito de estuprar nossas crianças, podendo levá-las à morte, por hemorragia interna, e se sobreviverem, ficarão traumatizadas para o resto de suas vidas.

    Uma coisa é certa, eles também tem família, como nós!!!

    Então, vamos aplicar nos muçulmanos, a Lei de Talião:

    'OLHO POR OLHO, DENTE POR DENTE'.

    Assim, não poderão mais nos intimidar com ameaças, porque saberão que haverá o troco!!!

    No Oriente Médio, matam, estupram e mutilam cristãos e membros de outras religiões.

    Por que temos que os tolerar na Europa e em outros países civilizados, se eles nos odeiam e matam?

    VAMOS DAR UM BASTA!!! NÃO VAMOS CONTINUAR RECEBENDO ORDENS PARA RETIRARMOS OS CRUCIFIXOS DAS IGREJAS, AS ÁRVORES DE NATAL DAS RUAS E ASSIM POR DIANTE. E AINDA SERMOS AMEAÇADOS DE MORTE, ASSASSINADOS OU DEIXAR NOSSAS MENINAS SEREM ESTUPRADAS PELOS PEDÓFILOS MUÇULMANOS, EM NOSSOS PRÓPRIOS PAÍSES, ONDE OS MUÇULMANOS SÃO INTRUSOS!!!

    E, viva a ISLAMOFOBIA, que varrerá do mundo, a chaga da humanidade: o islamismo e suas perversões sexuais: a pedofilia

    Obs.: os muçulmanos sempre envolvem os judeus nas descriminações, sendo que os judeus nunca foram taxados como assassinos, estupradores ou terroristas. É uma jogada maquiavélica dos islamitas, tentando espalhar o anti-semitismo (Neonazismo) pelo mundo, com intenção de enfraquecer a ISLAMOFOBIA.

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  4. ISLAMOFOBIA...

    TODOS OS MUÇULMANOS PRECISAM SER EXPULSOS DA EUROPA E DE TODOS OS PAÍSES CIVILIZADOS, PARA O ORIENTE MÉDIO!

    ENQUANTO NÃO SAIREM, DEVERÃO SER CONFINADOS EM CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO, ONDE PODERÃO COLOCAR NO PORTÃO DE ENTRADA: "EURÁBIA", COMO SONHAVAM.

    Antes de mais nada, ISLAMISMO NÃO É RELIGIÃO, mas, é uma SEITA PEDOFÍLICA E POLÍTICA, na qual a pedofilia é legalizada por lei do ISLÃ.

    A realidade: os cristãos ou membros de outras religiões não enviam assassinos para matar no Oriente Médio, porém, os muçulmanos enviam suas facções Terroristas, sob o pretexto que são "Fundamentalistas Islâmicos", para matar no Ocidente.
    Muçulmanos recolhem dízimos nas Mesquitas, para o Terrorismo, então são cúmplices.

    No Oriente Médio, constantemente, estupram, mutilam e matam cristãos e membros de outras religiões.

    Por que então, temos que os tolerar na Europa e em outros países civilizados, se eles nos odeiam e matam?

    Os islamitas seguem, rigorosamente, o que está escrito no CORÃO (escrito pelo pedófilo Maomé, que chamam de Profeta), por esse motivo a PEDOFILIA é legalizada pela lei do ISLÃ.

    Também, nesse livro satânico que chamam de sagrado, o CORÃO, está escrito que todos têm que serem convertidos ao islamismo ou assassinados, de acordo com a tal "Guerra Santa", que de santa não tem nada.

    Nos noticiários, poderemos saber das atrocidades que praticam nas indefesas aldeias e pequenas cidades da África: estupram suas meninas e jovens, e matam todos os homens, para que não mais procriem: os "Cães Infiéis, ao Maomé" (como chamam todos que não são muçulmanos). Em seguida obrigam suas vítimas a colocar o véu, e as transformam em muçulmanas, contra a vontade delas.

    Depois alegam, descaradamente, que islamismo é a "religião" que mais cresce no mundo.

    Entre outras perversidades: estupros de mais de seiscentas meninas e adolescentes, obviamente virgens, como foi amplamente divulgado na Itália. Na Inglaterra estupraram centenas de meninas, também amplamente divulgado. Assim como em todos os países europeus, onde estão infiltrados, acontece a mesma coisa.

    Ainda, picham todas as Igrejas nos países europeus, que os acolheram, onde podemos observar que apenas as Mesquitas não estão pichadas. Se fosse obra de pichadores, as Mesquitas também estariam.

    Depois reclamam da ISLAMOFOBIA?

    E, viva a ISLAMOFOBIA, que varrerá do mundo, a chaga da humanidade, o islamismo, e suas perversões sexuais: a pedofilia

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  5. NOVA ORDEM MUNDIAL

    A NOVA ORDEM MUNDIAL (GOVERNO MUNDIAL) ficará sob a coligação EURO-ASIÁTICA (Rússia & China), e qualquer esperança que os muçulmanos tinham em dominar o mundo inteiro, e impor sua SEITA PEDOFILICA E POLÍTICA, na qual a pedofilia é legalizada por lei do Islã, chamada islamismo, que chamam de religião, sem ser, está com os dias contados.
    CHINA já está dominando o mundo inteiro. Na Europa, estão distribuídos conforme o número de habitantes dos países, em que vivem, quase matemticamente: 30% de chineses e coreanos, inclusive na Austrália e Canadá.
    Esse povo inteligente, trabalhador e disciplinado, é o único que tem condições psicológicas e ética moral, em colocar ordem no planeta Terra.
    CHINA, é a Primeira Economia Mundial, desde 2011.
    E como eles mesmo declararam: VOCÊS NÃO PODEM NOS DETER !!!
    Palavras que demonstram segurança e não apenas esperança.
    CHINA é o único país que tem míssil invisível ao radar, podendo ser lançado para qualquer país do mundo, em minutos, sem ser interceptado.
    Finalizando: O ANTICRISTO (vidência), que todos pensavam que seria um homem, se enganaram, porque, sempre ambiciosos e megalomaníacos, cada político em destaque, sonhava em ser ” o escolhido” , e nunca lhes passou pela mente que poderia ser uma nação: OS CHINESES

    Nota: Na China predomina o ateísmo, que não é religião, mas uma convicção.

    Observação: Esse GOVERNO MUNDIAL será instalado, ainda nessa década

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