domingo, 11 de janeiro de 2015

Os especialistas do atentado ao Charlie Hebdo

 


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Folha.com. 11/01/2015



OS ESPECIALISTAS



Por Janio de Freitas




Evidências do quanto estavam bem treinados os terroristas na França, como está propalado.

Foram em três prédios à procura da Redação do "Charlie Hebdo". Não sabiam em que andar ficava. Perguntaram na portaria e, com aquela indumentária, foram mandados para o terceiro andar. Subiram e voltaram. No segundo, correto, não tinham como entrar na Redação: ignoravam o sistema eletrônico de abertura. Forçaram uma pessoa da portaria, que tinha o cartão magnético.

Estavam tão cientes de que os pormenores fazem o êxito ou o insucesso de operações assim que, como se fossem eles os humoristas, portavam suas carteiras de identidade e deixaram uma no carro de fuga. Sem ter, aliás, um plano de fuga e desaparecimento imediato: ficaram rodando mais de 24 horas em carros roubados.
 
Obtusidade igual, só a da polícia e das autoridades francesas: decidiram matar os três, e ficaram sem ter quem dê informações diretas sobre o que pode haver por trás do ataque e dos caros fuzis AK-47.

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