domingo, 20 de novembro de 2011

Os ambientais e outros crimes da Chevron

http://www.humorpolitico.com.br/wp-content/uploads/2011/11/vazamento-petroleo-rio-de-janeiro-chevron-201111-sponholz-humor-politico.jpg

Sindipetromala


VAZAMENTOS DE ÓLEO COMEÇARAM NA COSTA BRASILEIRA


Quando escrevemos sobre os vazamentos de petróleo e gás nos Estados Unidos, no Golfo do México, alertamos que: se as grandes multinacionais do petróleo tinham esta negligencia em um pais imperialista, imaginem o que fariam aqui no Brasil, na perfuração do Pré-Sal. Esta exploração de petróleo na costa brasileira envolve ainda muitos riscos, e como as multinacionais do petróleo visam somente seus lucros e de seus acionistas, o perigo é eminente.
O ritmo de trabalho alucinante e em péssimas condições de segurança. Para garantir autos lucros, com rapidez e com pouco investimento. Não se importam com o que irá acontecer na costa brasileira, com os desastres ambientais e com a morte de trabalhadores, eles somente querem ganhar mais e mais dinheiro.

A Chevron, que causou este ultimo acidente causa acidentes, mortes e desastres em todo mundo, e leva nosso petróleo a baixo custo.
Este é mais um desastre, infelizmente muitos virão a seguir, pois a política do governo Dilma é intensificar os leilões em 2012.
O Brasil possui domínio da exploração de petróleo em águas profundas - 3.000 a 4.000 metros - mas o desastre americano alertou para a necessidade de cuidados na exploração do petróleo do Pré-sal, a 7.000 metros. As multinacionais que somente visam seus lucros, não terão estes cuidados.

Professores do Coppe – Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia da UFRJ alertam para que antes de começar a explorar na região pré-sal, o Brasil deveria tomar iniciativas para evitar que ocorram vazamentos descontrolados. Quanto mais profunda e mais longe da costa, mais riscos tem a operação.
A 300 quilômetros da costa, o mar tem condições mais adversas que o normal, e a simples transferência de petróleo da plataforma para um navio aliviador estará sujeita a maiores riscos que em campos mais tranqüilos.

Para eles o Teste de Longa Duração do campo de Tupi mostrou que é preciso repensar a utilização dos mesmos equipamentos. "A profundidade está associada à taxa de falha do BOP [Blow Out Preventer], que se mostrou insuficiente no caso da BP para evitar o vazamento. Toda a indústria achava que ele bastava, mas não bastou", explicou Segen Estefen
[2]
. "Vamos enfrentar uma situação muito mais drástica no pré-sal, precisamos de equipamentos mais efetivos do que o BOP atual".

As explorações no Pré-sal ocorrem a uma distância da costa maior que o do Golfo do México, o que fará com que o óleo demore mais a chegar, no entanto sua dispersão será maior e as conseqüências imprevisíveis. Além disso, não existem planos de contingência e nem existe tecnologia para o atendimento de emergências a grandes profundidades.
Um derrame de petróleo no mar é uma situação em que coloca em risco todo o ambiente afetado, a vida marinha e a vida das pessoas que vivem no local. A costa brasileira pode transformar-se rapidamente em algo fedorento, coberto por imensas manchas de óleo.

Para não ter acidentes dessa monta é necessário evitar a exploração de petróleo em ecossistemas considerados sensíveis. Se isso não for possível o cuidado deve ser bem maior e isso somente poderá ser feito por uma empresa estatal, que não vise o lucro.
Por isso é fundamental a retomada do Monopólio Estatal do Petróleo e que a Petrobras se torne 100% estatal. Somente o povo brasileiro e os trabalhadores poderão extrair este combustível controlado de acordo com sua necessidade e de maneira segura.

CHEVRON PERFUROU ALÉM DO PERMITIDO E SUBESTIMOU PRESSÃO NO RESERVATÓRIO.


O presidente da Chevron Brasil, George Buck mentiu dizendo que não perfurou além da profundidade autorizada, mas disse a verdade sobre que o vazamento é fruto de um “erro de cálculo” no poço de exploração do Campo de Frade, na Bacia de Campos.
A lama injetada no poço durante a perfuração não foi suficiente para segurar o fluxo do petróleo encontrado, subestimando a pressão no reservatório. A extensão do poço a partir do subsolo é de 2.279 metros. A profundidade total, do espelho d'água até o final, é de 3.329 metros.

Já as investigações apontam que a petroleira Chevron perfurou além do que estava previsto, pelo menos 500 metros, de acordo com informações dadas a policia pelos próprios funcionários da empresa.
E como prova esta a broca que eles utilizavam que pode perfurar até mais de 7 mil metros, o objetivo era chegar ao petróleo do pré-sal. A ganância imperialista causou mais este desastre.

INSEGURANÇA E FALTA DE FISCALIZAÇÃO


O vazamento foi identificado no dia 07 de novembro, sem grandes alardes e nem repercussão na mídia. 
Quando foi detectado a empresa afirmou que o volume total do vazamento era de 400 a 650 barris. No entanto, estudo feito pelo geólogo americano John Amos da ONG SkyTruth, especializada em interpretação de fotos de satélites com fins ambientais, afirma que o vazamento é dez vezes maior do que o divulgado. A partir de imagens de satélite, já foram derramados cerca de 15 mil barris de óleo (2.384.809 litros) no mar, uma quantidade de 3.738 barris por dia. A própria Agência Nacional do Petróleo (ANP), gerenciada por Haroldo Lima, que costuma proteger as multinacionais, foi obrigada a apresentar seus calculo que demonstra que o derramamento de óleo equivale a 3,3 mil barris desde 7 de novembro — cinco vezes mais do que afirma a Chevron.

A falta de segurança na indústria de petróleo no Brasil já passou de qualquer limite, ela é grande com relação ao Sistema Petrobrás, e escandalosa com relação às empresas privadas e terceirizadas.
Só este ano, foram 16 mortes por acidentes de trabalho, são cerca de 310 petroleiros mortos nos últimos 15 anos. Shell, Chevron, BP, e as demais multinacionais do petróleo estão acostumadas a causar acidentes ambientais em todo mundo. Eles terceirizam praticamente toda a operação das plataformas. A Chevron contratou para trabalhar nesta poço a Transocean, envolvida no maior vazamento da história da indústria de petróleo ocorrido Golfo do México, em 2010. Os três poços da Chevron no campo de Frade são perfurados pela Transocean.

CHEVRON E TRABALHADORES ILEGAIS

Como se não bastasse o crime ambiental a Chevron é acusada da contratação de estrangeiros ilegais. Eles trouxeram técnicos estrangeiros sem visto para trabalhar Brasil e os colocaram para trabalhar em suas plataformas.
Em mais uma demonstração que a Chevron não cumpre a legislação brasileira.

AS MULTAS NÃO VÃO SERVIR PARA NADA


O “Grupo de Acompanhamento” criado para fiscalizar as medidas que vem sendo tomadas pela Chevron para conter o vazamento de óleo, concluiu que o processo de cimentação do poço, iniciado na madrugada do dia 15, tem dado "resultados positivos, com redução substancial do vazamento".
O grupo é formado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e a Marinha. Mais o próprio Secretário estadual de Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, afirmou o contrário, disse que o óleo continua vazando sim, e que serão necessárias mais cinco operações de cimentação para vedar completamente o poço e acrescentou que o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) não apresentou a falha geológica que foi identificada e que isso era um "erro gravíssimo": Para ele este acidente esta “mostrando um festival de erros”.

Enfim a mancha é muito grande e o óleo continua vazando. Esta poluindo o litoral fluminense, afetando a biodiversidade, e a Chevron esta sonegando informações.


Agora a política do diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Haroldo Lima, é de aplicar “multas pesadas” pelos acidentes, mas os valores só serão definidos depois de controlado o vazamento.
E podem ter certeza que serão irrisórios frente aos bilhões de dólares de lucro que terá esta empresa. Inclusive o mais importante para a empresa é que a produção foi mantida no campo Frade. O volume diário de produção continua de aproximadamente 79.000 barris de óleo equivalente por dia.

PRIVATIZAÇÃO AUMENTA A PRECARIZAÇÃO


Com a abertura da indústria brasileira de petróleo nos anos 90, durante o governo FHC, reafirmada pelos governos de Lula e Dilma, o país passou a leiloar campos estratégicos, a maioria arrematados por multinacionais.
O campo de Frade, onde ocorreu o vazamento da Chevron, é o oitavo maior produtor do país individualmente. Em setembro ele produziu 74,768 mil barris de óleo e 899,35 mil metros cúbicos de gás. Outros campos estratégicos, como Ostra e Peregrino, também são operados por multinacionais: Shell e Statoil, respectivamente. 

EXPROPIAR A CHEVRON SEM NENHUMA INDENIZAÇÃO


Temos que defender a retomada do monopólio estatal, através da Petrobrás 100% estatal e pública, além da destinação social dos recursos gerados pelo petróleo e gás natural.
Para isso temos que estar JÁ contra os leilões de concessão que pretendem fazer o governo. E frente a este acidente e o desrespeito as leis nacionais, efetivado por esta empresa, temos que exigir que o governo Dilma, que diz defender os interesses dos trabalhadores e a soberania nacional, EXPROPRIE A CHEVRON SEM NENHUMA INDENIZAÇÃO e assuma o controle da produção de seus poços de petróleo.
O QUE É A CHEVRON ?


Atualmente a indústria petrolífera mundial é controlada pelas chamadas Big Oil, são elas empresas multinacionais de paises imperialistas que ganham somas impressionantes de lucros com a exploração e comercio de petróleo e gás: Exxon, Mobil, Chevron, Texaco, Gulf, BP e Shell.


A norte-americana Chevron comprou a Gulf em 1985, a Texaco em 2001, a Unocal, da Califórnia, em 2005.
E hoje é uma das grandes do mundo: a maior concessionária geral no golfo do México, a maior produtora privada do Cazaquistão, Azerbaijão, Bangladesh e Tailândia; produz metade do petróleo bruto da Indonésia; participa da zona neutra situada entre Arábia Saudita e Kuwait. Na África, está envolvida em exploração e produção na: Angola, Chade, Congo, Líbia e Nigéria com cerca de 15% do total da produção destes países. Na Europa a Chevron tem interesses em 11 campos em produção offshore do Reino Unido, e tem interesse na Dinamarca, nos Países Baixos e Noruega. Nos Estados Unidos é a terceira maior produtora de hidrocarbonetos, produz na Califórnia, Golfo do México, Louisiana, Texas, Novo México, as Montanhas Rochosas e Alasca, além de areias petrolíferas em Athabasca na província de Alberta, e de exploração no Delta Mackenzie e região do Mar de Beaufort do Canadá. É supostamente especialista em exploração em águas profundas.] No Colorado a Chevron tem 1.200 empregados na mineração, onde fornece carvão e molibdênio com a Chevron Mining Inc. Alem de minas de carvão no Alabama (Rio Norte), Novo México (McKinley) e em Wyoming (Kemmerer).
 
CRIMES AMBIENTAIS E OUTROS CRIMES

A Chevron ao explorar petróleo a partir de areias betuminosas no Canadá, é uma das maiores poluidoras do mundo, pois este processo gera três vezes mais poluição que a produção convencional.
Grupos indígenas e 80 comunidades equatorianas pleiteiam indenizações da Chevron pela destruição de suas casas, sua saúde e meio ambiente. O processo contra Chevron denuncia que a empresa Texaco (incorporada por ela) que operou na região Norte da Amazônia Equatoriana entre 1964 a 1992, removeu comunidades e danificou mais de 1 milhão de hectares da antiga floresta tropical e despejou 70 bilhões de litros de resíduos tóxicos. A crise de saúde nas comunidades agrícolas inclui casos de leucemia e linfoma, câncer cervical, de estomago, de laringe, fígado e vesícula biliar.

A Chevron foi defendida pelo famoso advogado Jones Day, que defendeu Bush no caso da recontagem dos votos da Florida, e foi seu assessor entre 2001 e 2003.
Na década de 60 a Chevron chegou a Nigéria, em 1999 os nigerianos entraram em um tribunal norte-americano denunciando que em 1998 quando manifestantes que ocuparam a plataforma de Parabe decidiram deixá-la, helicópteros alugados pela Chevron, transportando soldados e representantes da companhia, abriram fogo contra os manifestantes matando duas pessoas, ferindo e depois torturando várias outras. Sete meses depois os helicópteros alugados pela Chevron sobrevoaram os vilarejos de Opia e Ikenyan atirando. Soldados chegaram em barcos, alugados pela Chevron, e atacaram os vilarejos por terra, pelo menos sete pessoas foram mortas, vários feridos e desaparecidos e os vilarejos destruídos por fogo.

Moradores de vilarejos na Birmânia processam também a UNOCAL, que se integrou a Chevron, pela cumplicidade da empresa em atos de escravidão, tortura, estupro, assassinato e crimes contra a humanidade. Atualmente a Chevron é parceira da junta militar de Mianmar (antiga Birmania).
A sociedade civil cabindesa, na Angola, difundiu uma «carta aberta» dirigida ao presidente norte-americano, Barack Obama, denunciando a repressão em Cabinda e acusam a petrolífera americana, Chevron, de ter importado da América a “prepotência e a arrogância do Ku Klux Klan».

Mas a Chevron não somente explora e rouba os povos do restante do planeta, faz o mesmo em seu próprio país.
Nos Estados Unidos a prefeita de Richmond, Califórnia, eleita pelo Partido Verde, Gayle Maclaughlin, declarou, no livro A TIRANIA DO PETROLEO[6], como foi derrotada em sua luta para obrigar a Chevron instalar controles antipoluentes modernos que reduzissem a emissão de tóxicos e poluição na água e no ar, como outra refinarias fizeram no pais. Richmond é uma cidade pobre e violenta. E queria utilizar os impostos. pela emissão do alto índices de mercúrio que envenena a baia, emitido pela da Chevron, em investimentos sociais.  Por mais absurdo que pareça, ela se recusa a informar o quanto usa do serviço publico (água, esgoto, gás, luz, recolhimento de lixo, etc.), que influi no pagamento de milhões em tributos, alegando “sigilo de negócio” e não pagando os impostos proporcionais

Para se defender dos processos ambientais a Chevron sozinha tem 300 advogados e um orçamento anual de 100 milhões de dólares para delegar os litígios para os escritórios terceirizados. Emprega 450 escritórios de advocacia em todo mundo.
Além das questões ambientais estes escritórios defendem as empresas contra processos impetrados por trabalhadores que, por exemplo, ficaram longo tempo trabalhando expostos ao amianto.

Uma empresa destas deve ser expropriada pelo bem da humanidade e seu patrimônio utilizado para o bem estar da comunidade mundial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário