Viomundo, 16 de junho de 2014
Por Conceição Lemes
No último sábado 14, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou junto com presidenta Dilma Rousseff da plenária PT de Pernambuco, em Recife.
Em seu discurso, Lula, visivelmente indignado (veja o vídeo abaixo), lamentou que os organizadores da Copa do Mundo não tenham valorizado o chute inaugural do evento dado pelo jovem paraplégico Juliano Pinto, “vestindo” uma roupa robótica (exoesqueleto).
Após salientar ”essa coisa fantástica” que o professor Miguel Nicolelis, líder do Projeto Andar de Novo, conseguiu fazer, Lula, dirigindo-se à presidenta, foi contundente:
Lula tem razão.
Aliás, se dependesse da Fifa, o chute do Juliano, usando a roupa robótica, não teria acontecido.
A Fifa colocou percalços e mais percalços. Exigiu até exibição exclusiva no Itaquerão no dia 3 de junho, uma semana antes do evento.
Tanto que, após longa batalha, só concedeu 29 segundos para Nicolelis e sua equipe fazerem a demonstração.
Nem a exibição exclusiva e bem-sucedida para os membros da Fifa e do comitê organizador local – entre os quais Jerome Valcke e Joana Havelange – fez com que aumentassem o tempo da apresentação ou a trouxessem para um local de maior visibilidade no campo, dando o protagonismo que a façanha merece.
Será que baixou a ciumeira nos membros da Fifa e do comitê organizador local, que ficaram com medo que o chute do esqueleto-robô tirasse o brilho daquela abertura chinfrim? Qualquer carnavalesco de escola de samba do Rio de Janeiro do grupo especial teria dado de 1.000 a zero na cerimônia.
Ou será que, por motivos ainda não conhecidos, quiseram tirar o protagonismo do Brasil neste avanço da ciência?
Ou, então, por razões políticas, preferiram não prestigiar o feito de Nicolelis, um eleitor de Dilma, Lula e do PT?
Por que aquele manjado globo/palco de cerca de 300 quilos pôde ficar no centro do gramado sem “estragá-lo” e o exoesqueleto/paciente, pesando 130 quilos, não podia?
O fato é que, dos 29 segundos acordados com a Fifa e o comitê organizador local, apenas 8 segundos foram exibidos na transmissão feita pela Globo, a emissora oficial da Copa.
Decisão da Globo?
Qual o papel da Fifa nisso?
Incompetência ou má fé?
Teria aí o dedo de alguém influente do comitê organizador local?
Imediatamente os adversários de Nicolelis interpretaram o êxito como fracasso.
E o que é mais cruel e desumano: “festejaram” o fracasso que não houve, demonstrando desonestidade intelectual e pequenez absoluta.
O ódio deles é tamanho – no Brasil, são apoiadores do “ei, Dilma, VTNC” – que a perspectiva de essa tecnologia ser a esperança de, no futuro, um paraplégico poder andar de novo é o que menos importa.
Politizaram a ciência, ignorando que todas as iniciativas científicas para tentar devolver movimentos ao corpo humano merecem respeito. Afinal, visam ao bem da humanidade.
Nos próximos meses, os resultados da primeira etapa do Projeto Andar de Novo serão publicados em revistas científicas.
Enquanto isso não acontece, sugiro que leiam o artigo que o insuspeito cientista Francis Collins, diretor do National Institutes of Health (NIH), dos EUA, publicou no dia da abertura da Copa.
Está no Blog do Diretor do NIH. Collins tem nas mãos um orçamento de US$ 38 bilhões. É o maior gestor de ciência biomédica do planeta.
http://mudamais.com/copa/ nicolelis-critica-midia-e- fifa-por-ignorarem-o-chute- com-o-exoesqueleto
Fifa, cadê a íntegra do chute inaugural da Copa do Mundo que ocultou?
Por Conceição Lemes
No último sábado 14, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou junto com presidenta Dilma Rousseff da plenária PT de Pernambuco, em Recife.
Em seu discurso, Lula, visivelmente indignado (veja o vídeo abaixo), lamentou que os organizadores da Copa do Mundo não tenham valorizado o chute inaugural do evento dado pelo jovem paraplégico Juliano Pinto, “vestindo” uma roupa robótica (exoesqueleto).
Após salientar ”essa coisa fantástica” que o professor Miguel Nicolelis, líder do Projeto Andar de Novo, conseguiu fazer, Lula, dirigindo-se à presidenta, foi contundente:
Essa coisa, Dilma, era para ser feita no
centro do estádio, antes do pontapé do jogo. Eu até imaginava você
entrando com o companheiro doente para dar o pontapé. Porque era para
mostrar que o Brasil não é um país de segunda categoria. Este país
grande e poderoso.
Pois bem, eu falei com o Nicolelis agora
por telefone, Dilma. A imagem não foi liberada pela Fifa ainda. E só
permitiram filmar 29 segundos. Se fosse uma Copa na Alemanha ou uma Copa
na França, isso teria tido mais destaque que o próprio jogo de futebol,
porque era para enaltecer o país.
Mas, aqui no Brasil, a gente que tem um
cientista que pode estar preparado para ganhar o Prêmio Nobel de
Ciência, fez uma coisa extraordinária que é um tetraplégico [na
realidade, paraplégico] poder se movimentar com um robô e quase que não
foi mostrado.
E não foi mostrado para o mundo. Foi
mostrado só aqui no Brasil, Dilma, numa demonstração que o complexo de
vira-lata ainda domina em muitos setores desse país.
Aliás, se dependesse da Fifa, o chute do Juliano, usando a roupa robótica, não teria acontecido.
A Fifa colocou percalços e mais percalços. Exigiu até exibição exclusiva no Itaquerão no dia 3 de junho, uma semana antes do evento.
Tanto que, após longa batalha, só concedeu 29 segundos para Nicolelis e sua equipe fazerem a demonstração.
Nem a exibição exclusiva e bem-sucedida para os membros da Fifa e do comitê organizador local – entre os quais Jerome Valcke e Joana Havelange – fez com que aumentassem o tempo da apresentação ou a trouxessem para um local de maior visibilidade no campo, dando o protagonismo que a façanha merece.
Será que baixou a ciumeira nos membros da Fifa e do comitê organizador local, que ficaram com medo que o chute do esqueleto-robô tirasse o brilho daquela abertura chinfrim? Qualquer carnavalesco de escola de samba do Rio de Janeiro do grupo especial teria dado de 1.000 a zero na cerimônia.
Ou será que, por motivos ainda não conhecidos, quiseram tirar o protagonismo do Brasil neste avanço da ciência?
Ou, então, por razões políticas, preferiram não prestigiar o feito de Nicolelis, um eleitor de Dilma, Lula e do PT?
Por que aquele manjado globo/palco de cerca de 300 quilos pôde ficar no centro do gramado sem “estragá-lo” e o exoesqueleto/paciente, pesando 130 quilos, não podia?
O fato é que, dos 29 segundos acordados com a Fifa e o comitê organizador local, apenas 8 segundos foram exibidos na transmissão feita pela Globo, a emissora oficial da Copa.
Decisão da Globo?
Qual o papel da Fifa nisso?
Incompetência ou má fé?
Teria aí o dedo de alguém influente do comitê organizador local?
Imediatamente os adversários de Nicolelis interpretaram o êxito como fracasso.
E o que é mais cruel e desumano: “festejaram” o fracasso que não houve, demonstrando desonestidade intelectual e pequenez absoluta.
O ódio deles é tamanho – no Brasil, são apoiadores do “ei, Dilma, VTNC” – que a perspectiva de essa tecnologia ser a esperança de, no futuro, um paraplégico poder andar de novo é o que menos importa.
Politizaram a ciência, ignorando que todas as iniciativas científicas para tentar devolver movimentos ao corpo humano merecem respeito. Afinal, visam ao bem da humanidade.
Nos próximos meses, os resultados da primeira etapa do Projeto Andar de Novo serão publicados em revistas científicas.
Enquanto isso não acontece, sugiro que leiam o artigo que o insuspeito cientista Francis Collins, diretor do National Institutes of Health (NIH), dos EUA, publicou no dia da abertura da Copa.
Está no Blog do Diretor do NIH. Collins tem nas mãos um orçamento de US$ 38 bilhões. É o maior gestor de ciência biomédica do planeta.
http://mudamais.com/copa/
Miguel Nicolelis dedicou 17 meses de trabalho para entrar pra a história da ciência mundial. O cientista brasileiro permitiu que um paraplégico andasse na abertura da Copa do Mundo, renovou a esperança de milhões de pessoas pelo mundo, mas nem assim recebeu o devido respeito da imprensa brasileira e da FIFA.
“A FIFA deveria responder pela edição das imagens que impediu que a demonstração fosse transmitida na integra”, publicou ele hoje em seu Twitter. “...nenhuma resposta será dada aos manipuladores oficiais de informação e 'colonistas' científicos da Falha de SP e do Estadinho. A intenção desses veículos de sabotar o nosso trabalho ficou clara ao longo dos últimos 17 meses”. Segundo ele, esses veículos se prestam "à difamação de tudo de bom que é feito no Brasil".
De fato, o trabalho, classificado por ele mesmo como “insano”, foi ignorado pela grande imprensa e esquecido pela FIFA, que dedicou não mais que dois segundos da transmissão da abertura ao momento mais aguardado da cerimônia.
13 DE Junho DE 2014
Nicolelis critica a mídia e a FIFA por ignorarem o chute com o exoesqueleto
Miguel Nicolelis dedicou 17 meses de trabalho para entrar pra a história da ciência mundial. O cientista brasileiro permitiu que um paraplégico andasse na abertura da Copa do Mundo, renovou a esperança de milhões de pessoas pelo mundo, mas nem assim recebeu o devido respeito da imprensa brasileira e da FIFA.
“A FIFA deveria responder pela edição das imagens que impediu que a demonstração fosse transmitida na integra”, publicou ele hoje em seu Twitter. “...nenhuma resposta será dada aos manipuladores oficiais de informação e 'colonistas' científicos da Falha de SP e do Estadinho. A intenção desses veículos de sabotar o nosso trabalho ficou clara ao longo dos últimos 17 meses”. Segundo ele, esses veículos se prestam "à difamação de tudo de bom que é feito no Brasil".
De fato, o trabalho, classificado por ele mesmo como “insano”, foi ignorado pela grande imprensa e esquecido pela FIFA, que dedicou não mais que dois segundos da transmissão da abertura ao momento mais aguardado da cerimônia.
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