28/11/2015
28/11/2015
Mulher de Delcídio alerta: “Eu avisei”
Por Vera Guimarães
Na noite da prisão de Delcídio, sua mulher, Maika, ligou aos berros
para um amigo da família. Descontrolada, vociferava: “Eu avisei aquele
fdp. Ele devia ter saído do PT há muito tempo”. E completou, se
referindo a Dilma: “A culpa de tudo é daquela fdp”.
DCM, 28/11/2015
De quem é a culpa pelos infortúnios de Delcídio, segundo a mulher dele
Por Paulo Nogueira
Quero me inteirar sobre o caso Delcídio e digito seu nome no Twitter.
Chego logo a uma nota fabulosa, escrita pela nova titular da coluna Radar, da Veja, a ex-Folha Vera Magalhães.
No mundo do jornalismo de nossos dias, não configura conflito de interesses Vera ser casada com um assessor de Aécio.
Bem, Vera reproduz uma frase atribuída à mulher de Delcídio, Maika.
Segundo Vera, num telefonema Maika revelou de quem é a culpa pelos infortúnios do marido.
É de Dilma, aquela fdp, diz a nota.
Quer dizer: a culpa não é de seu marido, com seu comportamento indecente. Nem é dela mesma, que viu Delcídio gastar dinheiro em proporções épicas, incompatíveis com um homem que deveria viver do salário de senador da República.
Publicamos no DCM, neste sábado, o relato de um cronista social de Campo Grande sobre a festa de debutante de uma filha de Delcídio, em 2011.
Um trecho:
A noite ficará marcada na memória social de Campo Grande e de Mato Grosso do Sul. Não apenas pela natural suntuosidade que sugeria a atmosfera, mas pela singular energia que emanava em cada pedacinho da festa. Parecia mágica. Num estonteante vestido, na parte de cima, inteiro em Cristais Givenchy, com saia em tufos de tule dourado com pastilha de paetês, confeccionado por Júnior Santaella especialmente para ela, Maria Eugênia parecia flutuar.
Estava em casa, envolvida pela família, recebendo as amigas exatamente do modo como havia imaginado. À irmã, Maria Eduarda, foi entregue a missão de construir o espetáculo da alegria. Ao longo de um mês, a mansão vinha se transformando para ser um espaço dourado de 1,6 mil metros, inteiramente coberto em teto transparente, onde frondosas árvores naturais surgiam iluminadas na lateral do espaço.
Os grandes filósofos do passado coincidiam em dizer que, diante da miséria humana, é mais sábio rir do que chorar.
Riamos, então.
Maika organizou a festa, e sabe quanto foi gasto nela. Ela sabe também qual é o salário de senador do marido.
Mas não: não ocorreu a ela que havia uma fonte misteriosa de dinheiro para bancar a vida faustosa da família.
Ela lembra, neste caso, Claudia Cruz. Claudia levou uma vida de princesa europeia sem, aparentemente, se perguntar como não faltava dinheiro sequer para aulas de tênis numa das academias mais caras do mundo, a de Nick Bolletieri, nos Estados Unidos. Ali foram revelados jogadores como Agassi e Sharapova.
Milton Friedman, o grande economista conservador, disse celebremente que não existe almoço grátis. Alguém sempre paga a conta.
Mas para as mulheres de alguns políticos brasileiros é como se a vida em pleno fausto fosse gratuita.
Maika poderia talvez ter evitado os problemas que seu marido enfrenta hoje se fosse mais rigorosa com as contas domésticas.
Mas não.
Ela não tem culpa, de acordo com a nota de Vera Magalhães.
E nem seu marido.
A culpa, claro, é de Dilma, aquela fdp.
Sendo assim, o vermelho que ela usa nunca vai esconder o coração azul (PSDBista) que bate forte no coração rico da sua família. Pois afinal, pular do PSDB para o PT quando esse conquistou o poder não significa nada.
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