CartaCapital, 09/01/2015
Brinquedos eletrônicos desestimulam desenvolvimento da linguagem
Por
Thais Paiva
Nós já falamos como fugir dos brinquedos prontos, transformando qualquer objeto em brincadeira, é importante para o estímulo da criatividade, imaginação e capacidade de construir das crianças.
Pois um estudo americano da Northern Arizona University, divulgado recentemente, trouxe mais descobertas a favor deste movimento ao apontar que brinquedos que emitem luzes, palavras, músicas e outros sons, isto é, automatizados podem desencorajar o desenvolvimento da linguagem nas crianças pequenas.
Segundo a investigação, publicada em dezembro de 2015 na revista JAMA Pediatrics, o ambiente linguístico no qual a criança está inserida nos primeiros anos de sua vida influencia seu repertório de linguagem mais tarde, afetando sua capacidade de ler e, até mesmo, seu sucesso acadêmico. Neste cenário, a pesquisa constatou que o tipo de brinquedo utilizado durante as brincadeiras na infância tem um peso importante, estando associado à qualidade da comunicação entre pais e filhos.
As conclusões vieram de um experimento controlado com 26 voluntários, realizado entre fevereiro de 2013 e junho de 2014, que observou pais e seus bebês em um ambiente de comunicação durante brincadeiras envolvendo três diferentes conjuntos de brinquedos – eletrônicos, tradicionais (como quebra-cabeças e blocos de montar) e livros. Os bebês envolvidos possuíam idade entre 10 e 16 meses e cada sessão de brincadeira durava cerca de 15 minutos.
Os pesquisadores então mediram o número de palavras ditas pelos adultos, as vocalizações das crianças, turnos de conversação, respostas verbais dos pais para as crianças, além de expressões e palavras produzidas pelos pais em 3 diferentes categorias semânticas por minuto durante as sessões de brincadeira.
Os resultados? Entre os 26 pares analisados, o tipo de brinquedo estava diretamente associado aos efeitos verbais. Durante a brincadeira com eletrônicos, as crianças vocalizaram menos, menos palavras foram emitidas pelos adultos, houve menor número de turnos de conversação, menor número de respostas dos pais e menos produções de palavras de conteúdo específico do que durante interações com brinquedos tradicionais ou livros.
Em outras palavras, brincar com brinquedos eletrônicos diminui a quantidade e a qualidade da aquisição de linguagem se comparado com brincadeiras que envolvem livros e brinquedos tradicionais. Logo, se o objetivo é promover o desenvolvimento precoce de linguagem na criança, brincar com eletrônicos deve ser desencorajado. Além disso, os brinquedos tradicionais e a leitura de livros se provaram alternativas muito mais valiosas para a construção de interações mais significativas entre pais e filhos.
Pois um estudo americano da Northern Arizona University, divulgado recentemente, trouxe mais descobertas a favor deste movimento ao apontar que brinquedos que emitem luzes, palavras, músicas e outros sons, isto é, automatizados podem desencorajar o desenvolvimento da linguagem nas crianças pequenas.
Segundo a investigação, publicada em dezembro de 2015 na revista JAMA Pediatrics, o ambiente linguístico no qual a criança está inserida nos primeiros anos de sua vida influencia seu repertório de linguagem mais tarde, afetando sua capacidade de ler e, até mesmo, seu sucesso acadêmico. Neste cenário, a pesquisa constatou que o tipo de brinquedo utilizado durante as brincadeiras na infância tem um peso importante, estando associado à qualidade da comunicação entre pais e filhos.
As conclusões vieram de um experimento controlado com 26 voluntários, realizado entre fevereiro de 2013 e junho de 2014, que observou pais e seus bebês em um ambiente de comunicação durante brincadeiras envolvendo três diferentes conjuntos de brinquedos – eletrônicos, tradicionais (como quebra-cabeças e blocos de montar) e livros. Os bebês envolvidos possuíam idade entre 10 e 16 meses e cada sessão de brincadeira durava cerca de 15 minutos.
Os pesquisadores então mediram o número de palavras ditas pelos adultos, as vocalizações das crianças, turnos de conversação, respostas verbais dos pais para as crianças, além de expressões e palavras produzidas pelos pais em 3 diferentes categorias semânticas por minuto durante as sessões de brincadeira.
Os resultados? Entre os 26 pares analisados, o tipo de brinquedo estava diretamente associado aos efeitos verbais. Durante a brincadeira com eletrônicos, as crianças vocalizaram menos, menos palavras foram emitidas pelos adultos, houve menor número de turnos de conversação, menor número de respostas dos pais e menos produções de palavras de conteúdo específico do que durante interações com brinquedos tradicionais ou livros.
Em outras palavras, brincar com brinquedos eletrônicos diminui a quantidade e a qualidade da aquisição de linguagem se comparado com brincadeiras que envolvem livros e brinquedos tradicionais. Logo, se o objetivo é promover o desenvolvimento precoce de linguagem na criança, brincar com eletrônicos deve ser desencorajado. Além disso, os brinquedos tradicionais e a leitura de livros se provaram alternativas muito mais valiosas para a construção de interações mais significativas entre pais e filhos.
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