27/08/2013
Médicos, sim, desumanidade, não
P
or
Wálter Maierovitch
Fico a imaginar o que pensariam os médicos que integram a organização humanitária Médicos sem Fronteira sobre a postura dos seus colegas brasileiros e dos órgãos de classe acerca da resistência ao programa denominado Mais Médicos. Ou seja, acerca da presença, em território nacional, de médicos estrangeiros e a fim de atender, sem concorrência com médicos brasileiros e com regras estabelecidas em compromissos escritos, em localidades carentes de assistência sanitária. Mais ainda, o convite a médicos estrangeiros restou antecedido de consulta a profissionais brasileiros, convocados e que declinaram apesar da remuneração digna de 10 mil reais mensais.
Como conheço o trabalho do Emergency (organização não governamental sem finalidade lucrativa), também imagino um pronunciamento, sobre esse tema de Mais Médicos, de Gino Strada, cirurgião de guerra, humanista, médico italiano e pacifista já indicado para o prêmio Nobel.
Fundada em 2005, o Emergency mantém postos médicos para atender feridos em regiões de conflitos e tudo sem indagar ideologia ou qual o lado do combatente. Quando uma assistente social de uma ONG humanitária foi sequestrada no Afeganistão pelos talebans foi Gino Strada, pelo respeito conquistado, que conseguiu a sua liberação. No Afeganistão, a Emergency atende feridos e carentes, ainda que considerados, pelas forças internacionais de ocupação, terroristas.
O Emergency de Gino Strada e da esposa e médica Teresa Sarti atende no Afeganistão, Iraque, República Centro-Africana, Serra Leoa e Sudão. O Emergency está presente e os seus médicos e corpo de enfermeiros recebem, graciosamente, a população carente, como em Angola e no Camboja. Quando da guerra no Kosovo, foram abertos e funcionaram postos do Emergency e civis, de qualquer religião, receberam assistência e tratamento.
Para muitos médicos brasileiros, os locais oferecidos pelo governo federal e para prestação de serviço remunerado não possuíam condições para atendimento à população carente. Aliás, como sucede em vários hospitais públicos de grandes centros urbanos e onde existe permanente quadro de desespero e desumanidade. O certo é que em nenhum lugar e apesar das carências é justo e legítimo deixar os excluídos ao Deus dará.
Só para lembrar, os voluntários do Emergency atendem com bombas a explodir em locais próximos dos seus centros. E os voluntários socorrem, com frequência, depois do despejo de explosivos por drones.
É lógico que os médicos brasileiros podiam ou não aceitar a oferta do governo. Mas são inaceitáveis, sob o aspecto humanitário, resistência corporativa, vaias a médicos cubanos contratados e recomendação de não atendimento aos pacientes que anteriormente passaram por mãos de médicos estrangeiros do programa Mais Médicos e precisam de socorro.
Por outro lado, a mal chamada “terceirização” com protestos por Cuba reter parte da remuneração dos médicos exportados ganhou componentes surreais. Cuba, com embargo econômico e dificuldades de caixa, precisa continuar a ofertar ensino gratuito, saúde aos nacionais e, ainda, formar médicos para, graciosamente, atender a gente cubana. Isso de forma semelhante ao bonus pater familiae que emprega a sua renda na formação do filho e espera, na velhice e caso necessite, ter uma compensação. E o que dizer da mais nova mania-nacional, ou seja, a criação de “bancos de talentos”, por entidades privadas e com finalidade lucrativa.
De se frisar que ex-atletas cubanos (ao tempo da Guerra Fria, o ditador Castro, como instrumento de propaganda, investia na formação de atletas olímpicos) são contratados como técnicos no Brasil e pelo mundo, da mesma maneira que o programa Mais Médicos. Na Venezuela e no governo de Chávez, a parte destinada ao governo cubano era quitada em petróleo, pois insuficientes as extrações cubanas em Motembo, Jarahueca, Cristales, Jatibonico e Santa Cruz do Norte.
Desde a queda do muro de Berlim e, logo depois, da extinção da União Soviética, a ditadura cubana, por falta de recursos, deixou de “exportar” o seu modelo revolucionário. No particular, pura paranoia ou ignorância dos que pensam que, entre médicos, existam guerrilheiros ou agentes incumbidos de fazer proselitismo do regime. A denominada Guerra Fria ficou para trás e, modernamente, os conflitos mais agudos derivam de um autoritarismo de matriz religiosa e sectária.
Com efeito, parece ter chegado o momento para uma melhor reflexão, de cunho humanitário, sem diversionismos ou corporativismos doentios. E não dá para estabelecer, como pré-condição para legitimar um programa de governo, a exigência de o Brasil possuir uma estrutura médico-sanitária ideal. Pelo que se sabe, os 400 médicos contratados já começaram a participar de um curso preparatório (120 horas de carga) com aulas sobre saúde pública brasileira e língua portuguesa. Apenas os aprovados nesta etapa partirão para os municípios carentes, necessitados.
Não se deve olvidar, nessa quadra, não poder o governo federal contar com uma eficiente e competente Advocacia Geral da União (o ministro titular, Luís Adams, já contou com assessoria de vendedor de pareceres). Por isso, questões constitucionais e legais deixaram de ser verificadas no momento apropriado. A questão remuneratória decorrente da intermediação de um organismo internacional e a da garantia de repasse não inferior ao salário mínimo, são fundamentais e a resposta do governo ainda é esperada: a intervenção de Adams, no particular, foi catastrófica, típica do que pisa em terreno movediço.
Pelo que nota, no entanto, não existem indicativos de afronta à Constituição ou às leis em vigor. Tanto que o Ministério Público do Trabalho não flagrou nada de irregular e declarou que irá se debruçar na matéria.
Essa falta de cuidado do governo abriu brecha para fascistas de plantão afirmarem “trabalho escravo”. Só que trabalho escravo não se caracteriza quando há atividade livre e remunerada.
No link abaixo, entrevista com Milagres Gardenas,
médica cubana que chegou ao Brasil para trabalhar no Programa Mais Médicos
Quem são e o que pensam os médicos cubanos
Luiz Carlos Pinto
Recife – Millar Castillo, Milagros Gardenas, Natasha Sanches, Wilma Salmora Louis, Rodovaldo Santos e até um Nelson Rodrigues. Os primeiros profissionais da saúde cubanos a pisar em solo brasileiro para trabalhar no programa Mais Médicos, do governo federal, possuem um perfil muito definido. Os médicos que atenderão amplas parcelas da população pobre brasileira têm entre 41 e 50 anos, possuem filhos adultos empregados ou fazendo algum curso superior em uma das instituições de ensino cubanas, mais de 16 anos de carreira médica, mestrado ou pós-graduação concluídos – inclusive na área de administração hospitalar –, experiência em zonas de conflito ou de países com baixos índices de desenvolvimento humano (IDH) na América Latina, África e Ásia. São características de um perfil que também contraria certa expectativa por médicos jovens, filhos ou netos de outros profissionais da saúde – uma tradição presente na cultura brasileira, por exemplo. Nenhum dos doutores com os quais Carta Maior conversou é filho ou neto de médicos.
Esse é o perfil dos médicos cubanos que atenderão à maior parte dos 701 municípios que não despertaram interesse de médicos brasileiros ou de outras nacionalidades. O que também chama a atenção é a variedade das localidades de onde os cubanos são originários – nenhum dos seis entrevistados (de um total de 96 que ficam acomodados nas próximas duas semanas em Recife) é da mesma cidade ou província. Assim, se pode intuir como a formação médica na ilha atinge de forma mais homogênea moradores do país, o que é fator de distribuição do atendimento, mesmo nas regiões distantes da capital Havana.
Um ideal que o modelo brasileiro, por circunstâncias naturais (grandes distâncias), mas principalmente por determinações históricas, ainda está longe de ser alcançado. Os locais onde atuarão os médicos de Cuba têm os piores índices de desenvolvimento humano do país – IDH muito baixo, segundo PNUD –, e 84% estão no interior do norte e nordeste, em regiões com 20% ou mais de sua população vivendo em situação de extrema pobreza.
Esse é o perfil dos médicos cubanos que atenderão à maior parte dos 701 municípios que não despertaram interesse de médicos brasileiros ou de outras nacionalidades. O que também chama a atenção é a variedade das localidades de onde os cubanos são originários – nenhum dos seis entrevistados (de um total de 96 que ficam acomodados nas próximas duas semanas em Recife) é da mesma cidade ou província. Assim, se pode intuir como a formação médica na ilha atinge de forma mais homogênea moradores do país, o que é fator de distribuição do atendimento, mesmo nas regiões distantes da capital Havana.
Um ideal que o modelo brasileiro, por circunstâncias naturais (grandes distâncias), mas principalmente por determinações históricas, ainda está longe de ser alcançado. Os locais onde atuarão os médicos de Cuba têm os piores índices de desenvolvimento humano do país – IDH muito baixo, segundo PNUD –, e 84% estão no interior do norte e nordeste, em regiões com 20% ou mais de sua população vivendo em situação de extrema pobreza.
Bandeira na mão - Durante todo o tempo em que permaneceu no aeroporto de Recife para a entrevista coletiva com a imprensa, no último sábado (23), a médica da família Milagres Cardena (24 anos de profissão) não soltou a bandeira de um metro e meio por 50 cm de seu país, que trazia estendida à frente do corpo por onde passasse. Na mão esquerda, segurava uma bandeirola do Brasil, e tinha na ponta da língua uma afirmação que parece condensar o sentimento comum dos colegas de vôo. “Viemos para ajudar, colaborar, complementar, aprender com os médicos brasileiros no atendimento básico da população carente desse grande país”.
Quando perguntada se se sentia explorada, como sugerem setores liberais da imprensa brasileira, por não receber diretamente o salário pago pelo governo brasileiro, a resposta gentil e segura foi dada por outro colega da senhora Cardena, a seu lado. “Não estamos aqui para ganhar dinheiro. Nossa missão é humanitária, estamos aqui por solidariedade”, afirmava Nelson Rodrigues.
A colocação, endossada pelos companheiros, era reforçada pelo entendimento de que essa ação faz parte de uma relação entre nações. O nacionalismo, aliás, é um elemento presente na fala de todos os médicos entrevistados.
A afirmação deu o tom das primeiras reportagens baseadas na entrevista coletiva publicadas nos jornais do domingo (25). Mas o mesmo questionamento sobre a forma de pagamento e a possibilidade de serem explorados voltaria à pauta na entrevista, quando mais uma grupo com 66 médicos cubanos desembarcou no Recife
A frase do médico, 45 anos, 21 anos de profissão, expressa o que parece ser um elemento comum e poderoso do perfil do profissional da saúde formado na escola cubana. “A base de nossa formação é humanista. É esse o caráter de nossa formação. A atenção ao indivíduo como forma de tratá-lo como ser humano integral é um elemento forte em qualquer processo de cura”. Tendo passado por programas semelhantes no Haiti e Venezuela, o médico reiterava a experiência de todos os médicos de Cuba que chegam ao Brasil: a atuação em países com baixos níveis de IDH e comumente em más condições de trabalho.
“Mas sabemos que o seu país é grande, com grandes recursos humanos e econômicos”, lembrava Natasha Romero Sanches, epidemiologista nascida em Pillar del Rio, a província mais a oeste de Havana. A frase solta, quase displicentemente, pareceu ter um alvo bem claro: a ideia plasmada de que as condições de trabalho dos profissionais da saúde no Brasil é ruim, natural e indefinidamente – o que acomoda as possibilidades e espaços de reivindicação por melhores condições de atendimento nas unidades de saúde.
Filha de um oficial russo e de uma cubana, Natasha, 22 anos de profissão, também segurava sua bandeirola brasileira. Usava brincos verdes compridos, que o jaleco alvíssimo evidenciava – todos os médicos cubanos, aliás, diferentemente de espanhóis, argentinos e portugueses, viajam a caráter. E a saudade de casa, como fica? “Meu filho é um adulto, está terminando o curso de medicina em Havana, onde moram meus pais – eu moro em minha província. Todos são saudáveis e estão bem, não há ruptura ou trauma no afastamento. Isso não é novo, pois todos já estivemos trabalhando em outros países”, afirmava entre um sorriso e outro.
“Meus filhos já estão todos criados, emendava Milagres Gardenas, que com experiência médica no Paquistão, Honduras e Colômbia é uma das mais experientes do primeiro grupo a chegar ao Brasil. “Essa iniciativa do governo brasileiro é muito positiva. Penso que todos vão sair ganhando. Vamos aprender com nossos colegas brasileiros. O mesmo temos feito em países com situações muito problemáticas, na Ásia e na América Latina. Penso que isso será benéfico para o povo pobre que requer atenção médica e atenção primária adequadas. Vamos trata-los e fazer todo o possível. O mesmo fizemos em outros lugares”.
Quando perguntada se se sentia explorada, como sugerem setores liberais da imprensa brasileira, por não receber diretamente o salário pago pelo governo brasileiro, a resposta gentil e segura foi dada por outro colega da senhora Cardena, a seu lado. “Não estamos aqui para ganhar dinheiro. Nossa missão é humanitária, estamos aqui por solidariedade”, afirmava Nelson Rodrigues.
A colocação, endossada pelos companheiros, era reforçada pelo entendimento de que essa ação faz parte de uma relação entre nações. O nacionalismo, aliás, é um elemento presente na fala de todos os médicos entrevistados.
A afirmação deu o tom das primeiras reportagens baseadas na entrevista coletiva publicadas nos jornais do domingo (25). Mas o mesmo questionamento sobre a forma de pagamento e a possibilidade de serem explorados voltaria à pauta na entrevista, quando mais uma grupo com 66 médicos cubanos desembarcou no Recife
A frase do médico, 45 anos, 21 anos de profissão, expressa o que parece ser um elemento comum e poderoso do perfil do profissional da saúde formado na escola cubana. “A base de nossa formação é humanista. É esse o caráter de nossa formação. A atenção ao indivíduo como forma de tratá-lo como ser humano integral é um elemento forte em qualquer processo de cura”. Tendo passado por programas semelhantes no Haiti e Venezuela, o médico reiterava a experiência de todos os médicos de Cuba que chegam ao Brasil: a atuação em países com baixos níveis de IDH e comumente em más condições de trabalho.
“Mas sabemos que o seu país é grande, com grandes recursos humanos e econômicos”, lembrava Natasha Romero Sanches, epidemiologista nascida em Pillar del Rio, a província mais a oeste de Havana. A frase solta, quase displicentemente, pareceu ter um alvo bem claro: a ideia plasmada de que as condições de trabalho dos profissionais da saúde no Brasil é ruim, natural e indefinidamente – o que acomoda as possibilidades e espaços de reivindicação por melhores condições de atendimento nas unidades de saúde.
Filha de um oficial russo e de uma cubana, Natasha, 22 anos de profissão, também segurava sua bandeirola brasileira. Usava brincos verdes compridos, que o jaleco alvíssimo evidenciava – todos os médicos cubanos, aliás, diferentemente de espanhóis, argentinos e portugueses, viajam a caráter. E a saudade de casa, como fica? “Meu filho é um adulto, está terminando o curso de medicina em Havana, onde moram meus pais – eu moro em minha província. Todos são saudáveis e estão bem, não há ruptura ou trauma no afastamento. Isso não é novo, pois todos já estivemos trabalhando em outros países”, afirmava entre um sorriso e outro.
“Meus filhos já estão todos criados, emendava Milagres Gardenas, que com experiência médica no Paquistão, Honduras e Colômbia é uma das mais experientes do primeiro grupo a chegar ao Brasil. “Essa iniciativa do governo brasileiro é muito positiva. Penso que todos vão sair ganhando. Vamos aprender com nossos colegas brasileiros. O mesmo temos feito em países com situações muito problemáticas, na Ásia e na América Latina. Penso que isso será benéfico para o povo pobre que requer atenção médica e atenção primária adequadas. Vamos trata-los e fazer todo o possível. O mesmo fizemos em outros lugares”.
Dificuldades econômicas - Quando perguntados se as dificuldades econômicas do Estado cubano prejudicam a formação dos médicos no país caribenho, a resposta – “Cuba hoje forma médicos de todo o mundo” – é acompanhada de um complemento. “Nosso país tem uma situação difícil, mas nós compartilhamos o que temos. Penso que isso, como o povo brasileiro, vai ser sumamente positivo, vitorioso”, complementava Nelson Rodrigues.
O ponto de vista foi reforçado por Wilma Salmora Louis, que no domingo explicava como via os reflexos das medidas liberalizantes que vem sendo implementadas por Raul Castro. “Não acredito que essas medidas vão intensificar a diferença social entre as classes em meu país. São medidas muito aguardadas no mundo todo, e que precisam ser tomadas para mudar o que está mal em Cuba”, disse. “São medidas para melhorar os indicadores da população cubana”, complementou. Com mestrado em gestão hospitalar – 20% dos médicos cubanos do Programa Mais Médicos têm algum tipo de pós-graduação), Wilma Salmora já é uma conhecida do Brasil. Esteve trabalhando no Estado do Tocantins entre 2001 e 2002. Com 45 anos, 23 deles dedicados à medicina, tem dois filhos. “Um deles é professor e vai começar a ensinar no próximo mês; o outro é técnico em computação”, afirma.
Um outro ponto em comum de todos os médicos entrevistados é a admiração ao povo brasileiro e a expectativa em serem bem tratados. “Falem para o povo brasileiro que nós viemos ajudar. E que confiem nos médicos cubanos”, dizia Wilma Salmora. “As críticas que as entidades médicas locais têm feito não nos preocupam. Acho que teremos uma relação positiva com o Brasil e continuaremos a ter, pois viemos para trabalhar juntos”, disse.
O ponto de vista foi reforçado por Wilma Salmora Louis, que no domingo explicava como via os reflexos das medidas liberalizantes que vem sendo implementadas por Raul Castro. “Não acredito que essas medidas vão intensificar a diferença social entre as classes em meu país. São medidas muito aguardadas no mundo todo, e que precisam ser tomadas para mudar o que está mal em Cuba”, disse. “São medidas para melhorar os indicadores da população cubana”, complementou. Com mestrado em gestão hospitalar – 20% dos médicos cubanos do Programa Mais Médicos têm algum tipo de pós-graduação), Wilma Salmora já é uma conhecida do Brasil. Esteve trabalhando no Estado do Tocantins entre 2001 e 2002. Com 45 anos, 23 deles dedicados à medicina, tem dois filhos. “Um deles é professor e vai começar a ensinar no próximo mês; o outro é técnico em computação”, afirma.
Um outro ponto em comum de todos os médicos entrevistados é a admiração ao povo brasileiro e a expectativa em serem bem tratados. “Falem para o povo brasileiro que nós viemos ajudar. E que confiem nos médicos cubanos”, dizia Wilma Salmora. “As críticas que as entidades médicas locais têm feito não nos preocupam. Acho que teremos uma relação positiva com o Brasil e continuaremos a ter, pois viemos para trabalhar juntos”, disse.
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