Primeiro Luiz Fux veio a público na entrevista para a FSP contar como foi escolhido para o STF: 02/12/2012
Em campanha para o STF, Luiz Fux procurou José Dirceu.
“Naquele último ano de governo Lula, era tudo ou nada.”
Depois veio a entrevista do Dirceu dizendo que, naquela entrevista, Fux havia lhe prometido absolvição. 10/04/2013: 'Fux disse que ia me absolver', diz Dirceu sobre julgamento do mensalão.
Seja verdade ou não a promessa de Fux a Dirceu, há aos menos duas coisas que se pode constatar, e que afetam nossas vidas diretamente:
1.Que juiz é este que se ajoelha diante de um réu processado por formação de quadrilha para pedir indicação ao cargo de juiz?
2.Fux dá um testemunho que confirma que Dirceu, cassado político, réu processado e condenado como chefe de quadrilha, perdeu os cargos mas não perdeu o poder. Porque até agora não desbarataram a quadrilha de Dirceu? Porque todos continuam em seus cargos, capazes até de aprovar um Ministro de STF? Porque o PIG se silenciou diante disto?
Sérgio Lima/Folhapress | ||
Ministro Luiz Fux no prédio do Supremo Tribunal Federal, em Brasília |
No mundo corporativo caras como Luiz Fux são chamados de carreiristas: só lhes importa a carreira, ignoram méritos de outros, e jamais se preocupam com o estrago que fazem para conseguir seus objetivos. Usam das instituições e da seriedade dos trabalhos de outros colegas para se promoverem e satisfazer o próprio ego, e procuram sempre "o topo da onda", como surfistas. Assim ele fez, assim está fazendo para a filha, e assim os apaniguados ocupam as vagas dos competentes, e o Brasil afunda, afunda, afunda e não pára de afundar.
O julgamento do mensalão foi um grande engodo. Quem comemorou o resultado alimentou-se de ilusões que duram cada vez menos.
A festa "melou"...
Carlos Newton
Não se fala em outra coisa nos meios jurídicos. No próximo dia 26, o ministro Luiz Fux ia celebrar seu aniversário de 60 anos e programou uma megafesta, a se realizar na casa do advogado milionário Sérgio Bermudes, no Rio, com centenas de convidados, demonstrando que Fux pouco se importou sobre as críticas do presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, às relações perigosas entre magistrados e advogados. Mas a repercussão foi tão negativa que ele teve de cancelar a comemoração.
Feliz aniversário…
E todos os que se julgam importantes na Justiça queriam receber convites para a festa. De acordo com o jornal “Folha de S. Paulo”, entre os convidados estavam todos os 180 desembargadores do Tribunal de Justiça fluminense, o governador Sérgio Cabral e o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), além de todos os ministros do Supremo Tribunal Federal.
Mas o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), se apressou em desmentir ter sido convidado. E o prefeito Eduardo Paes (PMDB) fez o mesmo. De uma hora para outra, depois da denúncia de José Dirceu sobre um acordo com Fux, a proximidade com o ministro do Supremo passou a ser vista como negativa.
Sem imagem...
No caso de Sérgio Cabral, ao negar o convite, diga-se que o governador tenta preservar sua imagem, embora isso seja impossível. Corrupto, preguiçoso e incompetente, Cabral já não tem imagem alguma. Ele se tornou um vampiro do povo, que diante do espelho não consegue se ver.
Mas a verdade é que a filha do ministro, Mariana Fux, trabalha como advogada do escritório de Sérgio Bermudes e disputa uma indicação para o Tribunal de Justiça do Rio pelo chamado quinto constitucional, na vaga reservada à Ordem dos Advogados do Brasil, e Fux está fazendo lobby por ela.
A seleção começa com uma lista de seis advogados, enviada para a apreciação dos desembargadores em atividade. Eles selecionam três dos candidatos, dentre os quais o governador Cabral escolherá o vencedor. Mais do que depressa, Cabral negou ter conhecimento sobre uma possível articulação visando à nomeação da filha do ministro para desembargadora.
“Eu nunca ouvi falar disso. A mim, nunca chegou esse assunto”, disse o governador.“Agora, que ela é uma advogada brilhante e respeitada, ela é. Conheço ela do escritório do Sérgio Bermudes. Conheço ela como advogada”, tentou justificar Cabral, que, como Paes, agora nega ter sido convidado para a festa.
Tudo isso demonstra o grau de apodrecimento da Justiça brasileira, que não é diferente do Executivo e do Legislativo. São três Podres Poderes,na expressão genial de Caetano Veloso. E como dizia Erasmo carlos, vejam só que festa de arromba.
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