13 de fevereiro de 2012 às 11:23
Barões do amianto condenados a 16 anos de prisão na Itália
Sala do Palácio de Justiça de Turim lotada para ouvir a decisão histórica contra os ex-proprietários da Eternit
Por Conceição Lemes
Os procuradores de Justiça da Itália acabam de anunciar em Turim a condenação a 16 anos de prisão dos ex-proprietários da Eternit, o barão belga Louis de Cartier de Marchienne e o magnata suíço Stephan Schmidheiny. É o maior processo criminal de todos os tempos por danos a trabalhadores e ao meio ambiente. O processo diz respeito à morte de 2.500 trabalhadores, vítimas do cancerígeno amianto.
A engenheira Fernanda Giannasi, o maior símbolo da luta contra o amianto no Brasil, está em Turim, no Palácio da Justiça, acompanhando a leitura da decisão histórica:
“Há uma hora em pé estamos ouvindo o nome dos mortos pelo amianto na Itália e a condenação de indenizar toda esta população sofrida e heróica 30 anos de espera. Estou na sala principal em lágrimas. Para a Prefeitura de Casale Monferrato, 25 milhões de euros”.
http://www.advivo.com.br/blog/
O julgamento dos donos de fábrica de amianto na Itália
Enviado por luisnassif, ter, 12/07/2011 - 13:08 Atualizado às 13h07
De Carlos Minc, pelo Twitter
@luisnassif no RJ aprovamos 2 leis anti amianto: 60*/* das empresas cumpriu, como Brasilit,Metro e Petrbras. Eternit não. Cumpra-se
Por Marcos RTI
DO PORTAL RFIDe Carlos Minc, pelo Twitter
@luisnassif no RJ aprovamos 2 leis anti amianto: 60*/* das empresas cumpriu, como Brasilit,Metro e Petrbras. Eternit não. Cumpra-se
Por Marcos RTI
Ex-donos de fábrica de amianto na Itália podem pegar 20 anos de prisão
Artigo publicado em 05 de Julho de 2011
Daniela Leiras
O maior processo já realizado na Itália para apurar as responsabilidades pela morte de cerca de três mil pessoas vítimas do amianto pede a condenação a penas que vão até 20 anos de prisão para os ex-proprietários e acionistas da multinacional suíça Eternit.
O anúncio do veredito será só no fim do ano, mas as famílias das vítimas do amianto no norte da Itália comemoram esta primeira decisão do Tribunal de Turim, anunciada nesta segunda-feira. O bilionário suíço Stephan Schmidheiny, ex-proprietário da Eternit Itália, e o belga Jean-Louis Marie Ghislain de Cartier de Marchienne, ex-sócio da empresa, são acusados de ter provocado uma catástrofe ambiental, de violar normas de segurança do trabalho e de ter causado, através da atividade da usina, a morte de cerca de três mil pessoas.
As vítimas não eram apenas funcionários, mas também moradores do entorno da fábrica italiana, que faliu em 1986 após 80 anos de funcionamento. O símbolo dessa luta na Justiça é a italiana Romana Blasotti, que perdeu marido, irmão, filhos, netos e amigos, todos expostos ao amianto. Esta fibra de origem mineral é usada principalmente em materiais de construção, como telhas e pisos, por ser barata e resistente ao calor. A substância pode provocar doenças pulmonares e alguns tipos de câncer.
No início da década de 90, o amianto foi banido da Itália e é proibido em outros 50 países. O mineral ainda é utilizado no Brasil, terceiro maior produtor e exportador mundial do amianto. Inclusive o empresário suíço que está sendo acusado na Itália já esteve à frente da Eternit do Brasil.
A Organização Internacional do Trabalho estima que cem mil trabalhadores morram por ano devido a doenças relacionadas ao amianto.
http://www.portugues.rfi.fr/
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