tag:blogger.com,1999:blog-18038797492497214682024-03-05T14:42:24.473-08:00CarcaráBlog para publicação de artigos, matérias e textos selecionados por Ivan Bulhões sobre os mais diversos temas e áreas.
O Carcará só pousa em matéria porreta. Notícia besta e factóide, o "Carcará pega, mata e come"!Ivan M. Bulhõeshttp://www.blogger.com/profile/05189790740308515221noreply@blogger.comBlogger6925125tag:blogger.com,1999:blog-1803879749249721468.post-83206779475019132672023-10-24T03:53:00.000-07:002023-10-24T03:53:03.742-07:00Admirável gado novo<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBESRTuDqlZrIogcutsCGkrh70aWpjZceO1xgoa6kScjIboWFiQ-aEQdoskYy331ENQWzddvMWv1V0qsXTO4m3Ml1QCPj3byyZPx4GPVIVdNdVWXN8U8HoPmvm4vFVKexKYZYtIA_i4hkPPTKlNYctMlqn1Zio7NGlHGlleMoQa57wp9iS9sadtOfm-149/s1280/Z%C3%A9%20Ramalho%20-%20%27Admir%C3%A1vel%20gado%20novo%27.jpg" style="display: block; padding: 1em 0; text-align: center; clear: left; float: left;"><img alt="" border="0" width="400" data-original-height="720" data-original-width="1280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBESRTuDqlZrIogcutsCGkrh70aWpjZceO1xgoa6kScjIboWFiQ-aEQdoskYy331ENQWzddvMWv1V0qsXTO4m3Ml1QCPj3byyZPx4GPVIVdNdVWXN8U8HoPmvm4vFVKexKYZYtIA_i4hkPPTKlNYctMlqn1Zio7NGlHGlleMoQa57wp9iS9sadtOfm-149/s400/Z%C3%A9%20Ramalho%20-%20%27Admir%C3%A1vel%20gado%20novo%27.jpg"/></a></div>Ivan M. Bulhõeshttp://www.blogger.com/profile/05189790740308515221noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1803879749249721468.post-70973392895625563752023-10-22T18:59:00.000-07:002023-10-22T18:59:17.334-07:00'É hora de chamar Israel pelo que é: um estado terrorista'<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgNstoAXLoSmOelm_NyG9OwH3bUfcui9A4Fnn8GljSiLVtxmCwW-1Ci-fgejctIJSZcJrUs_UMn934Bh_DcAK6mhpz1rnlRRo2ieB-VAObJg6Llp81YthqIFyDcJPs75o7s9bDrqBsIsnFFE4k9Opz6mgLWV8KHxv77-AWx1b4beJN0inwizKntSB5FhqW/s1144/iiiii.jpg" style="display: block; padding: 1em 0; text-align: center; "><img alt="" border="0" width="400" data-original-height="709" data-original-width="1144" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgNstoAXLoSmOelm_NyG9OwH3bUfcui9A4Fnn8GljSiLVtxmCwW-1Ci-fgejctIJSZcJrUs_UMn934Bh_DcAK6mhpz1rnlRRo2ieB-VAObJg6Llp81YthqIFyDcJPs75o7s9bDrqBsIsnFFE4k9Opz6mgLWV8KHxv77-AWx1b4beJN0inwizKntSB5FhqW/s400/iiiii.jpg"/></a></div>
The Intercept Brasil, 21 de outubro de 2023
'É hora de chamar Israel pelo que é: um estado terrorista'
"A maior ameaça somos nós. Ou, mais precisamente, o sistema de autoaniquilação que vem sendo desenvolvido". A frase é de Tamir Pardo, ex-chefe do serviço de inteligência israelense Mossad.
Ele se junta a uma longa lista de heróis de alta patente das forças de segurança de Israel que há décadas fazem um alerta ao mundo: seu país tem repetidamente escolhido o território em detrimento da paz, e isso está destruindo Israel e fazendo-o perder sua humanidade.
O problema? "Nosso governo não reconhece os palestinos como um povo", disse Ami Ayalon, ex-chefe da Marinha e da agência de inteligência Shin Bet.
Por isso, o atual ataque de Israel a Gaza não é "adequado". É, como diz o israelense Raz Segal, especialista no tema,"um caso exemplar de genocídio". Mais de 800 acadêmicos de Direito concordam.
Enquanto a ONU alertava que "palestinos correm o sério risco de uma limpeza étnica em massa", os EUA vetaram um cessar-fogo. O único voto contra a paz veio do principal aliado de Israel.
"Os militares podem nos defender, mas não nos proteger”, disse Ayalon. “Não entendemos a diferença."
O pior de tudo é que isso era totalmente evitável. Sempre que Israel aumentava sua repressão sistemática contra palestinos e extinguia qualquer esperança de solução política, como tem feito nos últimos meses, todos os lados alertavam que uma resposta violenta era inevitável. Em 2017, Pardo chamou a situação de uma "bomba-relógio". Israel decidiu desarmá-la com uma marreta.
O assassinato de mais de 1,5 mil crianças palestinas por Israel também não pode ser considerado uma "reação" ao ataque do Hamas. É a escalada de uma campanha implacável de violência e desapropriação.
Até agosto, Israel havia matado ao menos 34 crianças palestinas na Cisjordânia, segundo a Human Rights Watch — mais que o dobro de crianças israelenses mortas pelo Hamas. Por que, então, a ofensiva do Hamas nunca é citada na imprensa como uma "resposta ao terror israelense"? Parece que Israel não é o único a não enxergar a humanidade dos palestinos.
Que fique claro: nada disso justifica o fato de o Hamas matar civis. Tampouco pode-se justificar, como vem fazendo a mídia nacional e internacional, o assassinato de milhares de palestinos inocentes como uma mera e razoável "reação ao Hamas".
Nós deveríamos nos concentrar no massacre dos civis palestinos, pois este é o crime que temos o poder de prevenir. Essas pessoas estão sendo torturadas por um estado cada vez mais fanático e extremista, cujos líderes acreditam ter direito divino sobre a terra.
O ministro da Defesa disse:"Estamos lutando contra animais". Já o primeiro-ministro prometeu transformar Gaza em uma "ilha deserta" e "mudar o Oriente Médio" ao ordenar que mais de um milhão de civis deixassem suas casas ou enfrentassem a morte — quer empurrá-los até o Egito.
Os palestinos e os judeus merecem viver em paz. Nenhum deles tem o direito de manter uma colônia onde um grupo étnico tem mais direitos do que os outros. Ninguém pode mais negar que é isso que o sionismo, a filosofia fundante de Israel, encarnou na prática. Não basta acabar com os bombardeios. Temos que acabar com a subjugação dos palestinos.
Nem o ataque do Hamas, nem o Holocausto podem justificar a devastação desumana que Israel tem infligido aos palestinos desde 1948. É uma desonra para a memória de nossos ancestrais judeus usar seu sofrimento para justificar a opressão e o genocídio de outro povo. Israel não representa a vontade do povo judeu como um todo. Suas ações são abomináveis. Palestina livre!
Andrew Fishman, co-fundador e presidenteIvan M. Bulhõeshttp://www.blogger.com/profile/05189790740308515221noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1803879749249721468.post-72723242594210177022023-10-22T18:53:00.002-07:002023-10-22T18:53:51.525-07:00'O que é o sionismo cristão e por que ele alimenta a direita no Brasil'<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvD6IOk6oyV21ie2_aL8dlUb8g-VlT91SRJPfqUkiRMDvG3eLCxpEEYIv6nSVkchcQA1ep5LiEhLTMG1gMhaJbRFeELkmYdKn_-3oh45w-Z7lzXFuCMK3CEPVjqI_Xtxwk4HUbig0kPhaYIEVEGxVBsGUBXlG26Fes8NLLccFC6ciBgOEIyGsabZXnMw31/s1132/Israel%20bomba%20Jesus.jpeg" style="display: block; padding: 1em 0; text-align: center; "><img alt="" border="0" height="600" data-original-height="1132" data-original-width="800" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvD6IOk6oyV21ie2_aL8dlUb8g-VlT91SRJPfqUkiRMDvG3eLCxpEEYIv6nSVkchcQA1ep5LiEhLTMG1gMhaJbRFeELkmYdKn_-3oh45w-Z7lzXFuCMK3CEPVjqI_Xtxwk4HUbig0kPhaYIEVEGxVBsGUBXlG26Fes8NLLccFC6ciBgOEIyGsabZXnMw31/s600/Israel%20bomba%20Jesus.jpeg"/></a></div>
'O que é o sionismo cristão e por que ele alimenta a direita no Brasil'
Por Magali Cunha, jornalista e doutora em Ciências da Comunicação. É pesquisadora do Instituto de Estudos da Religião (ISER) e colaboradora do Conselho Mundial de Igrejas.
De um modo geral, na compreensão mais tradicional dos evangélicos no Brasil, baseada na leitura literalista da Bíblia, Israel é o povo escolhido de Deus, um povo especial. É a interpretação desta leitura que se dá de forma diferenciada.
Uns grupos leem que, com a vinda de Jesus, o Antigo Testamento da Bíblia precisa ser relido à luz dos evangelhos e a compreensão sobre o povo escolhido se amplia e este passa a ser os seguidores de Jesus, a Igreja.
Outros leem as profecias bíblicas de que a restauração do mundo por Deus se dará quando Israel estiver plenamente assentado em sua terra e compreendem que a formação do Estado de Israel em 1948 foi o início da realização delas.
Portanto, quando o povo eleito tomar plenamente toda a terra que lhe pertence, reconhecerá nela, finalmente, Jesus como o Messias, Deus restaurará o mundo e salvará seus seguidores.
Um ponto-chave é que há uma carga ideológica fortíssima nesta segunda concepção. É uma LEITURA DESCONTEXTUALIZADA QUE PROPAGA QUE O ISRAEL RECONSTITUÍDO EM 1948 É O MESMO ISRAEL DA BÍBLIA.
O povo palestino e os demais povos daquele território que não saíram de lá em diáspora, e também pertencem à tradição narrada na Bíblia são desprezados. Desconsidera-se, entre outros pontos, ainda as misturas provocadas pelas transformações geopolíticas em tantos séculos: quem ficou e quem saiu em diáspora passou por mudanças.
Com isso, estes grupos cristãos, EQUIVOCADAMENTE, CREDENCIAM O ATUAL ESTADO DE ISRAEL COMO SE ESTE FORA O ISRAEL DA BÍBLIA. Apoiam incondicionalmente suas ações e políticas, ainda que sejam consideradas práticas genocidas em relação aos palestinos, alvo maior da conquista territorial em jogo.
Nesta perspectiva teológica-ideológica emergem as práticas judaizantes no Cristianismo evangélico que se configuram um APEGO MAIOR À LEITURA DO ANTIGO TESTAMENTO, onde estão os relatos e ensinamentos religiosos do Israel bíblico. ISTO RESULTA NA DIMINUIÇÃO DA FIGURA DE JESUS, DE SEUS PRINCÍPIOS DE DESPOJAMENTO e MISERICÓRDIA, e do símbolo da cruz.
Em oposição, PASSA A PREDOMINAR A FIGURA DO REI DAVI, fundador de Jerusalém, SUAS OPERAÇÕES MILICIANAS DE OCUPAÇÕES DE TERRAS, símbolos da monarquia, como trono, domínio, riquezas, a imagem de Deus como Senhor dos Exércitos, o Templo de Salomão, entre outros.
Esta simbologia se manifesta não só na pregação religiosa e nas canções gospel, mas também na linguagem visual, com bandeiras de Israel, que decoram altares, e ícones como a arca da aliança. Este discurso materializa, em especial, as conhecidas Teologia do Domínio e da Prosperidade.
Tudo isto é alimentado com inúmeras excursões religiosas à chamada “Terra Santa”, território de peregrinação cristã, que inclui Jerusalém e alguns sítios na Palestina, como a destacada Belém.
Nesta construção, o mundo árabe ou a religião islâmica, incluindo a Palestina, são apresentados como as maiores ameaças ao Povo de Deus. Já os judeus e Israel são um dos principais símbolos dos cristãos ultraconservadores. Israel é visto como um muro, uma barreira defensiva contra ameaças do Oriente (uma conspiração islâmica-comunista) para conquistar o Ocidente.
Propaga-se, como explica o professor Michel Gherman, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, um judeu e um Israel imaginários. Este judeu imaginário é religioso, conservador, de direita. O Israel imaginário é visto como representante de tais valores.
Nesta cosmologia de direita, não há lugar para judeus seculares, para judeus de esquerda, para judeus liberais. Um judeu secular ou um judeu ateu não é considerado um verdadeiro judeu. A direita cristã, portanto, cria o seu verdadeiro judeu, construindo uma identidade judaica a partir de uma agenda conservadora específica baseada em leituras evangélicas, especialmente pentecostais.
Nesta lógica, também não cabem os cristãos palestinos. Sua existência não é sequer considerada, muito menos uma atitude solidária diante do massacre que vivenciam há décadas e das atuais crueldades que lhes têm sido impostas por Israel em reação aos ataques extremistas do Hamas.
Este é um PROCESSO IDEOLÓGICO, DESINFORMATIVO, que acaba não sendo restrito ao ambiente religioso. Ele se agrava, em tempos como os atuais, com um conflito armado em curso, COM AMPLA COLABORAÇÃO DA COBERTURA NOTICIOSA SELETIVA PRÓ-SIONISMO ANTI-PALESTINOS.Ivan M. Bulhõeshttp://www.blogger.com/profile/05189790740308515221noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1803879749249721468.post-69493339768392772112023-10-22T16:54:00.002-07:002023-10-22T16:54:32.663-07:00A passos largos de volta ao passado<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-hyJR7ow3k4ma3GlipOW7xfnGul0VTRn5n_Se-7YZ7KTNQ22NwkaDPvYWSy1PvlJhBD7SAOcI_XkKiC7NUx7fTUa3C2jprtz8HlE1sHHV0oQ-NLZV4yeZnlMetN_kD3Tu8EK1iO7IhGlP5HHqWKlibPLKVlJT5YoVLYOUJCPHt45mPultlSQSKZWC4svw/s800/Israel%20ONU.jpg" style="display: block; padding: 1em 0; text-align: center; "><img alt="" border="0" width="400" data-original-height="566" data-original-width="800" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-hyJR7ow3k4ma3GlipOW7xfnGul0VTRn5n_Se-7YZ7KTNQ22NwkaDPvYWSy1PvlJhBD7SAOcI_XkKiC7NUx7fTUa3C2jprtz8HlE1sHHV0oQ-NLZV4yeZnlMetN_kD3Tu8EK1iO7IhGlP5HHqWKlibPLKVlJT5YoVLYOUJCPHt45mPultlSQSKZWC4svw/s400/Israel%20ONU.jpg"/></a></div>
Quando a ONU foi fundada, em 1945, já se sabia que o direito de veto no Conselho de Segurança era uma espécie de pecado original, que iria condenar o Conselho à paralisia sempre que as grandes potências não estivessem de acordo. Sem o direito de veto, porém, nem o Yankeestão, nem a URSS, teriam admitido a existência da ONU.
Na ausência de um organismo internacional capaz de ter uma atuação efetiva - como a ONU, tragicamente, tem se mostrado -, o mundo acaba por retroagir àquela situação de antes da existência das Nações Unidas. E isto conduziu a humanidade para duas guerras mundiais.
À medida que o sistema internacional sofre essa erosão contínua, cada vez nos aproximamos mais do mundo tal como ele era antes de 1914, no qual é o poder daqueles que têm armas atômicas que ditam as regras. E como estas potências estão em posições antagônicas, a chegada da III Guerra deixa de ser uma possibilidade e passa a ser uma certeza.Ivan M. Bulhõeshttp://www.blogger.com/profile/05189790740308515221noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1803879749249721468.post-76244366238694283792023-10-22T16:50:00.002-07:002023-10-22T16:50:17.431-07:00 O discreto charme da magistocracia<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB-QWdf10qzcgH3SX2xeqA9P8qBalzrusnDJ72WuWmjW80fgJub59o2ragB0K-isKrzox1w_ujdVODk1Yldmu-jRL3O4U8axBif-fDNwt49NBfYO9hfy4P3zwVHmZ4qnKUIDtUIHFSo7mxVjmr6-rWqqy7mxmbMID3w329LzUF3moJmuZ1sLjZ4ArHWG5s/s997/Livro%20%27O%20discreto%20charme%20da%20magistocracia%27.jpg" style="display: block; padding: 1em 0; text-align: center; "><img alt="" border="0" height="600" data-original-height="997" data-original-width="657" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB-QWdf10qzcgH3SX2xeqA9P8qBalzrusnDJ72WuWmjW80fgJub59o2ragB0K-isKrzox1w_ujdVODk1Yldmu-jRL3O4U8axBif-fDNwt49NBfYO9hfy4P3zwVHmZ4qnKUIDtUIHFSo7mxVjmr6-rWqqy7mxmbMID3w329LzUF3moJmuZ1sLjZ4ArHWG5s/s600/Livro%20%27O%20discreto%20charme%20da%20magistocracia%27.jpg"/></a></div>
Conrado Hübner Mendes, professor da USP, considerado uma pedra no sapato dos privilégios e maus hábitos das togas, em especial dos tribunais superiores, lançará em novembro pela Ed. Todavia uma coletânea com artigos que publicou na imprensa nos últimos anos denunciando o que batizou de “magistocracia”: “a aristocracia de toga”.
Hübner se tornou conhecido pelas críticas precisas e mordazes a ministros, juízes, procuradores e advogados que adotam expedientes questionáveis na rotina judicial.
Em 'O discreto charme da magistocracia: vícios e disfarces do judiciário brasileiro', Hübner desenvolve suas críticas à classe de operadores do direito, que considera ter cinco características: autoritária, autocrática, autárquica, rentista e dinástica, o que inclui “benefícios remuneratórios” e “favoritismo familiar”.
São 88 artigos, inicialmente publicados na Folha de S.Paulo e na extinta revista Época. Os textos vão de 2010, com “Onze ilhas”, até junho deste ano, com “Se o ministro é pai, contrate o filho”.
Um dos alvos dos apontamentos de Hübner nos últimos anos, o ex-PGR Augusto Aras, indicado por Jair Bolsonaro, moveu uma queixa-crime contra o professor. O processo foi arquivado no início deste mês pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.Ivan M. Bulhõeshttp://www.blogger.com/profile/05189790740308515221noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1803879749249721468.post-67986454493882084202023-10-22T16:48:00.000-07:002023-10-22T16:48:00.743-07:00Cúpula da Paz do Cairo<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQIkMSGIZAQ2osp8Bzl0len1TTAQaXj-3J9mQ5BKh7BcWSGnyq-w9IKJoye-AtXvPVUR80_lP1en6Uqhl5oj3Rl7I6cq6BlYiKZDfWMEEsJeq_23n4zsjKLdMHME3R03lVAhWtgnY6GdevUKZq6uHo3oaQdL2O6XyoZcUxtHTKa3eMUjnJaV-duqSMZCym/s1023/C%C3%BApula%20Egito.jpg" style="display: block; padding: 1em 0; text-align: center; "><img alt="" border="0" width="400" data-original-height="476" data-original-width="1023" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQIkMSGIZAQ2osp8Bzl0len1TTAQaXj-3J9mQ5BKh7BcWSGnyq-w9IKJoye-AtXvPVUR80_lP1en6Uqhl5oj3Rl7I6cq6BlYiKZDfWMEEsJeq_23n4zsjKLdMHME3R03lVAhWtgnY6GdevUKZq6uHo3oaQdL2O6XyoZcUxtHTKa3eMUjnJaV-duqSMZCym/s400/C%C3%BApula%20Egito.jpg"/></a></div>
O Estado sionista usurpador das terras palestinas e o Yankeestão esnobaram a Cúpula da Paz do Cairo, organizada pelo Egito, neste sábado (21).
A reunião conta com presidentes, monarcas e ministros de vários países, mas Israel não enviou ninguém e o governo da plutocracia apenas destacou uma diplomata sem qualquer influência.
O Egito havia convidado o presidente Lula para o evento. Mas, recuperando-se de uma operação, ele ordenou que seu chanceler, Mauro Vieira, representasse o país.Ivan M. Bulhõeshttp://www.blogger.com/profile/05189790740308515221noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1803879749249721468.post-38264880446501832242023-10-22T16:46:00.000-07:002023-10-22T16:46:36.467-07:00Irmãos Coragem
<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBwTpZDqqBF4IB0HZIlHQwN-GciA8zqDOir0_YiV2GQzDeKFSerx5PmXgh1yUGE3flsgkOsaaZ7QgIOydq7XTvlOTIfW7V_ZK-hQqH_doNqvvTk_FdiKdF0Xb21pfDQ65ViYeJ5gHTXFtS1S5QKrWpMdEir2N9d1WRLh-b2G8L2_SSON0ggfuQyh7g6XdT/s1280/Irma%C3%B5s%20Coragem.jpg" style="display: block; padding: 1em 0; text-align: center; "><img alt="" border="0" width="400" data-original-height="720" data-original-width="1280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBwTpZDqqBF4IB0HZIlHQwN-GciA8zqDOir0_YiV2GQzDeKFSerx5PmXgh1yUGE3flsgkOsaaZ7QgIOydq7XTvlOTIfW7V_ZK-hQqH_doNqvvTk_FdiKdF0Xb21pfDQ65ViYeJ5gHTXFtS1S5QKrWpMdEir2N9d1WRLh-b2G8L2_SSON0ggfuQyh7g6XdT/s400/Irma%C3%B5s%20Coragem.jpg"/></a></div>
Um dos pontos altos da novela 'Irmãos Coragem' foi a sua trilha sonora. Espetacular! Foi a segunda novela da Globo a ter uma trilha original, produzida especialmente para a obra.
Sua produção musical coube a Nelson Motta, que já havia assinado a trilha de 'Véu de Noiva'. Ele montou um repertório que incluía músicas originais – como o tema de abertura, de mesmo nome, 'Irmãos Coragem' -, que conquistou o país.
Entre músicas que compostas por nomes que iam de Tim Maia a Villa-Lobos, houve até canja dos atores. Regina Duarte cantou Minhas Tardes ao Sol, de Paulinho Machado, e Cláudio Cavalcanti, a música Menina, Paulinho Nogueira, tema de Jerônimo e Potira.
A música 'Irmãos Coragem' foi encomendada a Nonato Buzar e Paulinho Tapajós, e interpretada por Jair Rodrigues. A letra era tão forte que só foi utilizada no capítulo 31, quando João Coragem encontra o diamante. Antes disso, usava-se apenas a melodia em arranjo instrumental.
Outro destaque da trilha sonora foi a canção Menina, de Paulinho Nogueira. Cláudio Cavalcanti conta que gravou a música a pedido da autora Janete Clair. A composição foi tema do casal Potira (Lúcia Alves) e Jerônimo (Cláudio Cavalcanti).
(Fonte: https://memoriaglobo.globo.com/.../trilha-sonora.ghtml)
'Irmãos Coragem'
Compositores: Nonato Buzar & Paulinho Tapajós
Intérprete: Jair Rodrigues
(Estribilho)
Manhã, despontando lá fora
Manhã, já é sol, já é hora
E os campos se abrindo em flor
E é preciso coragem
Que a vida é viagem
Destino do amor
Abre o peito, coragem, irmão
Faz do amor sua imagem, irmão
Quem à vida se entrega
A sorte não nega seu braço, seu chão
(Estribilho)
O rumo, a raça, a roda, o rodeio
O rio, a relva, o risco, a razão
Mas quem à vida se entrega
A sorte não nega seu braço, seu chão
(Estribilho)
O rumo, a raça, a roda, o rodeio
O rio, a relva, o risco, a razão
Mas quem à vida se entrega
A sorte não nega seu braço, seu chão
Irmão, é preciso coragem
Irmão, é preciso coragem
https://www.youtube.com/watch?v=3OjUkO0jj3cIvan M. Bulhõeshttp://www.blogger.com/profile/05189790740308515221noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1803879749249721468.post-25290690947837188022023-10-22T16:42:00.002-07:002023-10-22T16:42:57.002-07:00Quase metade das mortes de crianças e adolescentes palestinas registradas neste século em conflitos na Faixa de Gaza ocorreu nas duas últimas semanas.
Foram mortos ao menos 1.524 menores na região no atual confronto, ou 46,7% do total de 3.265 jovens vítimas desde o ano 2000.
O número de óbitos de pessoas com menos de 18 anos em 15 dias de guerra é quase três vezes o total de menores mortos no ano com mais vítimas até então.
<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizQXLWM_017YGYxt__YBs6uET9j5GzVyVv_qST1tFEx8X5W1xF3fKoCbQvpjaZyT22f4p2gYlHsq2u7zrmzIhjPJgI5h8WTOGP-w7h5uE7PUPqiEO_9xn5usZWtSyVWrWJhAuwG3N8o78ty9F5Y260McwgK-hH6t4nGnO5SXXn3F9CGN6yS5ATIJGlyo6q/s1279/Palestina%20mortes%20de%20crian%C3%A7as.jpg" style="display: block; padding: 1em 0; text-align: center; "><img alt="" border="0" height="600" data-original-height="1279" data-original-width="576" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizQXLWM_017YGYxt__YBs6uET9j5GzVyVv_qST1tFEx8X5W1xF3fKoCbQvpjaZyT22f4p2gYlHsq2u7zrmzIhjPJgI5h8WTOGP-w7h5uE7PUPqiEO_9xn5usZWtSyVWrWJhAuwG3N8o78ty9F5Y260McwgK-hH6t4nGnO5SXXn3F9CGN6yS5ATIJGlyo6q/s600/Palestina%20mortes%20de%20crian%C3%A7as.jpg"/></a></div>Ivan M. Bulhõeshttp://www.blogger.com/profile/05189790740308515221noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1803879749249721468.post-30867108229695690372023-10-22T16:39:00.001-07:002023-10-22T16:39:42.964-07:00Rolling Stones & Barcelona<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFbcoo4zeSzoOrDVv9pedtnZEKJDTdEmjsiXQaepZIiZLFMr4MH1Dj-lPyNkfI9pZMurQz-bTzlJ2MeueAOUd4bfXnNXN3LjW9ZlgvJHZT_mAQ1NlYACTri0h3vFzNOdFriuB7X3yshPO-OqCII9TnUAP6_3SGq7XGmkZfxSiwuBuHJysy0K9AMMZlb8Pq/s1107/Rolling%20Stones%20&%20Barcelona.jpg" style="display: block; padding: 1em 0; text-align: center; "><img alt="" border="0" width="400" data-original-height="719" data-original-width="1107" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFbcoo4zeSzoOrDVv9pedtnZEKJDTdEmjsiXQaepZIiZLFMr4MH1Dj-lPyNkfI9pZMurQz-bTzlJ2MeueAOUd4bfXnNXN3LjW9ZlgvJHZT_mAQ1NlYACTri0h3vFzNOdFriuB7X3yshPO-OqCII9TnUAP6_3SGq7XGmkZfxSiwuBuHJysy0K9AMMZlb8Pq/s400/Rolling%20Stones%20&%20Barcelona.jpg"/></a></div>Ivan M. Bulhõeshttp://www.blogger.com/profile/05189790740308515221noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1803879749249721468.post-43144780015514506842023-10-22T16:37:00.000-07:002023-10-22T16:37:01.318-07:00Beatles or Rolling Stones?Paul: - Nós chegamos primeiro!
Mick: - Nós ainda estamos aqui!
Keith: - Eu estarei aqui depois de vocês!
<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzcOXlBOUzW1erq7NYcA4Qp7SgHVpk5q-BIKWnX5AvoKH-85vH7vpgWR8iBLXcelK_RPLkzCDD_wIHgAwJbXgdCdHC_IGYLQJlOHw3fy8j33K88qTwKHL-ABFzpa042qoLlqclUdGwnoyt2SOXoY4-3iXz0-oFTFZXPdLiLZux0x7rBOkVADaQtMrauKf1/s782/Beatles%20vs%20Rolling%20Stones.png" style="display: block; padding: 1em 0; text-align: center; "><img alt="" border="0" width="400" data-original-height="541" data-original-width="782" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzcOXlBOUzW1erq7NYcA4Qp7SgHVpk5q-BIKWnX5AvoKH-85vH7vpgWR8iBLXcelK_RPLkzCDD_wIHgAwJbXgdCdHC_IGYLQJlOHw3fy8j33K88qTwKHL-ABFzpa042qoLlqclUdGwnoyt2SOXoY4-3iXz0-oFTFZXPdLiLZux0x7rBOkVADaQtMrauKf1/s400/Beatles%20vs%20Rolling%20Stones.png"/></a></div>
Ivan M. Bulhõeshttp://www.blogger.com/profile/05189790740308515221noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1803879749249721468.post-47886094545631365942023-10-22T15:36:00.001-07:002023-10-22T15:36:52.700-07:00Das missões impossíveis...<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3q9w4HadLf0Vr_NgHCEh_-43Cw56DcMpmbFZKpk3qigmsC2HeykbNs4ActYWnPBRu-CAGKCEJiEACcpP4tASyRUjOjwy39ZmbAm1ojq_jiJnAdJAZIB2OEUxCUNlEnL-0KMjJB64fSCx5n2A9xAKrIxSWEqjtMzOoEU2nFAQvnJ7d7DsAcUEip4ViqnzY/s1280/Bocal%20Miss%C3%A3o%20Imposs%C3%ADvel.jpg" style="display: block; padding: 1em 0; text-align: center; "><img alt="" border="0" width="400" data-original-height="720" data-original-width="1280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3q9w4HadLf0Vr_NgHCEh_-43Cw56DcMpmbFZKpk3qigmsC2HeykbNs4ActYWnPBRu-CAGKCEJiEACcpP4tASyRUjOjwy39ZmbAm1ojq_jiJnAdJAZIB2OEUxCUNlEnL-0KMjJB64fSCx5n2A9xAKrIxSWEqjtMzOoEU2nFAQvnJ7d7DsAcUEip4ViqnzY/s400/Bocal%20Miss%C3%A3o%20Imposs%C3%ADvel.jpg"/></a></div>Ivan M. Bulhõeshttp://www.blogger.com/profile/05189790740308515221noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1803879749249721468.post-46114286850451274862023-10-22T15:33:00.000-07:002023-10-22T15:33:35.697-07:00Das delinquências dos incapazes<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGjdnVd6RUe6iIsbQZPju-j0duon1tiPfA58jIpXBdcD3LJoYqFPqfXwbnnsH0jA-5wlR02alMoXd40vu9GXntMnM-Huo82HZLgCXeWI7rYpSF8KVooWfdHXweuTyBIcnq9jU3q2zmZQCH5CoIusRzTAX9iHFZT4DFV8Moqcs-Q0sfMIpepengVPErXI_j/s1280/Bocal%20ABIN%20Israel.jpg" style="display: block; padding: 1em 0; text-align: center; "><img alt="" border="0" width="400" data-original-height="720" data-original-width="1280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGjdnVd6RUe6iIsbQZPju-j0duon1tiPfA58jIpXBdcD3LJoYqFPqfXwbnnsH0jA-5wlR02alMoXd40vu9GXntMnM-Huo82HZLgCXeWI7rYpSF8KVooWfdHXweuTyBIcnq9jU3q2zmZQCH5CoIusRzTAX9iHFZT4DFV8Moqcs-Q0sfMIpepengVPErXI_j/s400/Bocal%20ABIN%20Israel.jpg"/></a></div>Ivan M. Bulhõeshttp://www.blogger.com/profile/05189790740308515221noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1803879749249721468.post-35707863580413767542023-10-22T15:30:00.000-07:002023-10-22T15:30:15.774-07:00O veto do Yankeestão<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPFIs2eLNJ0GaT0tMYyu9aAKo4mS727ACw7QOq6iyC7cqQYHEwEFH8SH7-8YJ-cLPV952wk0D1HmVqfwZu7-bEf-iEIdyS_1rubNZMRgJapWZaeZLRDgKAdhub4d3wupm8OEMHzWKInXYAmphHb-tQohCqEhVALI47RkNMAgAkzMX_NkDO29E5dn094tDe/s1280/EUA%20veto%20Nonato.jpg" style="display: block; padding: 1em 0; text-align: center; "><img alt="" border="0" width="400" data-original-height="720" data-original-width="1280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPFIs2eLNJ0GaT0tMYyu9aAKo4mS727ACw7QOq6iyC7cqQYHEwEFH8SH7-8YJ-cLPV952wk0D1HmVqfwZu7-bEf-iEIdyS_1rubNZMRgJapWZaeZLRDgKAdhub4d3wupm8OEMHzWKInXYAmphHb-tQohCqEhVALI47RkNMAgAkzMX_NkDO29E5dn094tDe/s400/EUA%20veto%20Nonato.jpg"/></a></div>Ivan M. Bulhõeshttp://www.blogger.com/profile/05189790740308515221noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1803879749249721468.post-12550503305280198402023-10-22T15:28:00.003-07:002023-10-22T15:28:29.115-07:00A humilhação de Joe Biden<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheQQZqzMrZrvy29jsT43TPyJU1p7dxiTJYb5eD7DlG_8Rtn9_kQKljLmlsF4YgTbOIXFda36hq3lRAuzFLwvDK13BwjeUOWxvCGhprNSKLHnYjDq3nRbsonLPk04q9g0i0DdT9253sZMQ36e45TyAcaudo1GB4mfB2M147SOuBO3xAjXsM7RVamaGxCae9/s1280/Biden%20Israel%20humilha%C3%A7%C3%A3o%20.jpg" style="display: block; padding: 1em 0; text-align: center; "><img alt="" border="0" width="400" data-original-height="720" data-original-width="1280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheQQZqzMrZrvy29jsT43TPyJU1p7dxiTJYb5eD7DlG_8Rtn9_kQKljLmlsF4YgTbOIXFda36hq3lRAuzFLwvDK13BwjeUOWxvCGhprNSKLHnYjDq3nRbsonLPk04q9g0i0DdT9253sZMQ36e45TyAcaudo1GB4mfB2M147SOuBO3xAjXsM7RVamaGxCae9/s400/Biden%20Israel%20humilha%C3%A7%C3%A3o%20.jpg"/></a></div>Ivan M. Bulhõeshttp://www.blogger.com/profile/05189790740308515221noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1803879749249721468.post-79229981486257015162023-10-22T15:26:00.000-07:002023-10-22T15:26:45.726-07:00'Nada contra a guerra', por Janio de Freitas
<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhekarH3KzOSOz5PkArL377_n_6h-GWJPaDiFSljUTTtWRxAvlcryombsoP6s2m0iW5P-6LTxdy5tLrE8NKYCYbqCEnNdU6IUv4e5HGqQJZmOzWZ2HmnCFUCrbwMHcttpsUuVWcwHnz6G5uUJBhT5RPsQpT1cu7xcMOrHxq6iSaOToRVS6oYpPRBSG1HdOq/s1280/Biden%20Netanyahu%20hospitais%20gaza.jpg" style="display: block; padding: 1em 0; text-align: center; "><img alt="" border="0" width="400" data-original-height="720" data-original-width="1280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhekarH3KzOSOz5PkArL377_n_6h-GWJPaDiFSljUTTtWRxAvlcryombsoP6s2m0iW5P-6LTxdy5tLrE8NKYCYbqCEnNdU6IUv4e5HGqQJZmOzWZ2HmnCFUCrbwMHcttpsUuVWcwHnz6G5uUJBhT5RPsQpT1cu7xcMOrHxq6iSaOToRVS6oYpPRBSG1HdOq/s400/Biden%20Netanyahu%20hospitais%20gaza.jpg"/></a></div>
https://www.poder360.com.br/opiniao/nada-contra-a-guerra/
Os acontecimentos políticos mais traumatizantes neste século foram derrotas impostas por 2 contingentes pequenos de civis contra duas das mais poderosas aglomerações de armamentos e militares já existentes – a Al Qaeda contra os Estados Unidos em 11 de setembro de 2001 e o Hamas contra Israel no recente 7 de outubro.
As consequências do 1º incluíram de reviravoltas nos conceitos de segurança interna e de ameaça externa até alterações nos relacionamentos internacionais, com 3 guerras. Duas de ocupação, do Iraque e do Afeganistão pelos Estados Unidos, e uma invasão temporária, na Líbia, de ingleses e franceses com colaboração dos norte-americanos.
A incerteza do futuro que se constrói em torno da guerra entre Israel e o Hamas é perturbadora, tantos são os formatos possíveis e os riscos perceptíveis. Até agora não se viu providência alguma da comunidade internacional para deter a progressão da tragédia e dos riscos. Muito ao contrário.
A ida de Joe Biden a Israel, não importa o que tenha dito aos ouvidos inválidos de Netanyahu, submeteu-o a uma humilhação direta, na recusa dos governantes de Jordânia, Arábia Saudita e Egito de recebê-lo para a reunião agendada. Três aliados dos Estados Unidos, politicamente mais próximos dos “países ocidentais” que dos demais árabes.
A inversão de atitude insinua uma recomposição do mundo muçulmano com influência no desenrolar da guerra e na distribuição mundial de poder. A capacidade de Biden para lidar com tal problema ficou evidenciada na semana anterior: pediu, como convinha, reação proporcional de Israel – e mandou os 2 maiores porta-aviões com uma esquadra contra o Hamas.
O noticiário norte-americano atribuiu a suspensão do encontro na Jordânia ao ataque, com mais de 470 mortes, a um hospital da Faixa de Gaza. Biden avalizou a explicação oficial de Israel, de que foi “um foguete da Jihad Islâmica que errou o alvo”. Para isso, Israel precisaria saber qual era o alvo pretendido, sem êxito, pelos lançadores árabes.
Além disso, levantamento do Washington Post encontrou 11 ataques a hospitais por Israel nos atuais bombardeios. O jornal O Globo identificou, até 4ª feira (18.out.2023), “57 ataques em unidades de saúde, com danos a 26 hospitais”, “sem contar o Hospital Al-Ahli”. Afinal de contas, bombardear um hospital não pode ser problemático para quem decide cortar a água, a eletricidade, alimentos e medicamentos de hospitais e de mais 2,3 milhões de seres humanos.
A resolução proposta pelo Brasil ao Conselho de Segurança da ONU, para evitar o “iminente colapso humanitário” citado pela Organização Mundial da Saúde, teve a sabedoria de propor apenas uma “pausa humanitária”, e não uma improvável trégua. Seria o bastante para a entrada da centena de caminhões com ajuda paralisados no Egito, às portas da Faixa de Gaza.
Os Estados Unidos foram o único país a vetar a resolução. É quase inacreditável. E a desumanidade foi ainda enfeitada pelo cinismo da alegação: apesar de crítica ao ataque do Hamas, a proposta não ressaltava o direito de defesa de Israel.
Isso não estava em questão. A causa e o objetivo da proposta brasileira, assim como o tema em discussão no conselho, era uma fórmula de socorro humanitário aos submetidos à falta do mais vital. E ainda: bombardeio a áreas civis não defende Israel.
A nota da embaixada israelense no Brasil tem o bom-senso de reconhecer que “deve ser feita uma forte separação entre a organização terrorista Hamas e os palestinos”. É o que falta Israel fazer.Ivan M. Bulhõeshttp://www.blogger.com/profile/05189790740308515221noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1803879749249721468.post-46795298963700608182023-10-12T11:04:00.014-07:002023-10-12T11:56:19.577-07:00'Tantura 1948: O massacre que Israel não conseguiu apagar'Este artigo, agora republicado, foi originalmente publicado no website
(mppm-palestina.org) em 28 de Janeiro de 2022 por ocasião da estreia do filme de
Alon Schwarz.
<div class="separator" style="clear: both;">
<a
href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdo_FPfqjaubS_YCu-2oVLmkUX-0PQW8csp5LlJHXRYJ0GhyphenhyphenvbJ5zKIy_6JOf0goKULH7Ai1sKLBYpzgvsaPJHL77ECN0V01u5aNnfN2rumpV59p-GK2ewMcSHE3RgSXbYCx1tM1Km0JA8KvvcbrdW7nn8w5BAw2PIMMYeBuhoVNxo_is1TjAdgPoLYDkB/s1280/Israel%20Tantura.jpg"
style="display: block; padding: 1em 0; text-align: center; "
><img
alt=""
border="0"
width="400"
data-original-height="720"
data-original-width="1280"
src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdo_FPfqjaubS_YCu-2oVLmkUX-0PQW8csp5LlJHXRYJ0GhyphenhyphenvbJ5zKIy_6JOf0goKULH7Ai1sKLBYpzgvsaPJHL77ECN0V01u5aNnfN2rumpV59p-GK2ewMcSHE3RgSXbYCx1tM1Km0JA8KvvcbrdW7nn8w5BAw2PIMMYeBuhoVNxo_is1TjAdgPoLYDkB/s400/Israel%20Tantura.jpg"
/></a>
</div>
'Tantura 1948: O massacre que Israel não conseguiu apagar'
Na noite de 22 para 23 de Maio de 1948, uma semana após o estabelecimento do Estado de Israel, o 33º batalhão da Brigada Alexandroni lançou um ataque contra a aldeia palestina de
Tantura, utilizando fogo de metralhadoras pesadas seguido de um ataque de infantaria. O combate foi de curta duração mas, após a rendição dos aldeãos, as milícias sionistas procederam ao massacre de mais de duas centenas de prisioneiros desarmados. A notícia do massacre era conhecida do lado palestino, mas sistematicamente negada pelo lado israelita.
Uma tese de mestrado de Theodore Katz, um aluno da Universidade de Haifa, que confirmou a ocorrência do
massacre com base em dezenas de testemunhos de sobreviventes palestinos e de
milicianos sionistas, foi denegrida e o seu autor perseguido em tribunal. O
historiador Ilan Pappé, professor de Katz, defendeu a veracidade da tese o que
lhe valeu a expulsão da Universidade de Haifa e o exílio em Inglaterra, onde é
professor na Universidade de Exeter. Mas o tema do massacre de Tantura voltou à
actualidade, com enorme ressonância, com a estreia mundial do filme 'Tantura',
do realizador israelita Alon Schwarz, no Festival de Cinema de Sundance, no dia
20 de Janeiro de 2022. Schwarz partiu das gravações áudio de Katz e reuniu novas
entrevistas com vários ex-soldados e outras testemunhas que confirmam o massacre
e fornecem detalhes aterradores. *Antes, durante e depois de 1948 Até 1948,
Tantura era uma tranquila aldeia costeira, nas encostas do Monte Carmelo, no
Norte da Palestina. Tinha cerca de 1700 habitantes que viviam da pesca e do
cultivo de cereais e pomares de citrinos, bananas e outras árvores de fruto. A
sua localização ditou o seu destino. Em 11 de Maio de 1948, David Ben-Gurion
ordenou à milícia sionista Haganah que procedesse à «limpeza» de Tantura e
outras aldeias que constituíam um enclave árabe na estrada entre Telavive e
Haifa. A Brigada Alexandroni foi encarregada da tarefa com as consequências que
hoje se conhecem. Poucas semanas depois da limpeza étnica de Tantura, um grupo
de colonos sionistas estabeleceu aí o kibbutz de Nahsholim. Instalaram-se nas
casas dos palestinos mortos ou expulsos e fizeram a colheita dos cereais e dos
frutos que estes tinham cultivado. No ano seguinte, novo grupo de colonos fundou
o moshav de Dor, um pouco mais a sul. Sobre as ruínas de Tantura ergue-se hoje a
estância balnearia de Dor, que serve os dois povoamentos, e é um local de
atracção turística. O seu parque de estacionamento foi construído sobre a vala
comum onde foram sepultadas as vítimas do massacre de Maio de 1948. *A tese de
mestrado de Katz Em Março de 1998, enquanto estudante na Universidade de Haifa,
Theodore Katz submeteu uma tese de mestrado ao departamento de história do Médio
Oriente com o título «O Êxodo dos Árabes das aldeias no sopé do Sul do Monte
Carmelo, em 1948». Katz, então nos seus cinquenta anos, recebeu uma nota de 97%.
A tese foi depositada na biblioteca da universidade e o autor pretendia
prosseguir com os estudos de doutoramento. A investigação de Katz, com base em
testemunhos compilados em 140 horas de entrevistas áudio com dezenas de
testemunhas judias e árabes das batalhas, confirmou os relatos palestinos de que
o massacre em Tantura ocorreu em duas fases. Depois de os chefes da aldeia terem
declarado a rendição, os soldados correram as casas matando qualquer pessoa que
encontrassem. Isto terá deixado uma centena de aldeões mortos. Dos restantes, os
homens em idade de combate – mais de uma centena – foram levados para a praia,
onde foram interrogados e executados. Em Janeiro de 2000, o jornalista Amir
Gilat requisitou a tese de Katz à biblioteca da universidade e publicou um
artigo sobre o massacre no jornal Maariv. O artigo causou celeuma. Para além do
processo de calúnia iniciado pela Associação de Veteranos Alexandroni, a
universidade decidiu criar uma comissão para reexaminar a tese de mestrado. A
nova comissão decidiu desqualificar a tese. Katz sofreu um derrame cerebral
apenas semanas antes da sua primeira audiência em tribunal. O processo judicial
questionou a exatidão dos testemunhos orais sobre os quais as suas afirmações
foram fundadas. Katz, actualmente ainda vivo, embora de saúde precária, afirma
ter sido coagido a escrever uma retratação, o que ele diz ser o seu maior
arrependimento. Reclamou quase imediatamente, mas a sua reclamação não foi
aceita. As confissões de membros da Brigada Alexandroni recolhidas por Alon
Schwarz no seu filme vêm confirmar a veracidade da tese de Teddy Katz: soldados
da Brigada Alexandroni massacraram homens desarmados depois de a batalha ter
terminado. Os acontecimentos de Tantura tiveram também um impacto profundo na
carreira de Ilan Pappé. Sendo o único acadêmico da Universidade de Haifa a sair
publicamente em defesa de Katz, entrou em confronto com a sua instituição, o que
o levou a deixar o país e a restabelecer a sua carreira na Universidade de
Exeter, no Reino Unido. *O filme de Schwarz O filme baseia-se muito nas
gravações áudio de Teddy Katz, mas Schwarz também registou em vídeo entrevistas
com vários antigos soldados, muitos agora na casa dos 90 anos, assim como
acadêmicos, kibutzniks, a juíza do processo contra Katz e sobreviventes
palestinos. Alguns antigos soldados sentem alívio ao relatar os atos de guerra
que testemunharam ou em que participaram em Tantura, outros dizem que não se
lembram ou recusam-se a falar sobre isso. Adam Raz, um investigador no Instituto
Akevot para a Investigação do Conflito Israel-Palestino que assessorou o
realizador, relata, em artigo publicado no Haaretz de 20 de Janeiro, alguns dos
testemunhos apresentados no filme. De acordo com Moshe Diamant, um antigo
soldado, os aldeões foram mortos a tiro por um «selvagem» usando uma
submetralhadora, no final da batalha. Quando do processo contra Katz, os antigos
soldados compreenderam tacitamente que iriam fingir que nada de anormal tinha
ocorrido após a conquista da aldeia. «Nós não sabíamos, não ouvíamos. Claro que
todos sabiam. Todos eles sabiam.» Outro ex-soldado, Haim Levin, relata que um
membro da unidade passou por um grupo de 15 ou 20 prisioneiros de guerra «e
matou-os a todos». Diz ter ficado horrorizado, e perguntou aos companheiros o
que se passava. «Não fazes ideia de quantos [de nós] esses tipos mataram»,
disseram-lhe. Micha Vitkon, outro soldado da brigada, falou de um oficial «que
em anos posteriores foi um grande homem no Ministério da Defesa. Com a sua
pistola, ele matou um árabe a seguir a outro. Estava um pouco perturbado, e isso
foi um sintoma da sua perturbação». Segundo Vitkon, ele fez isso porque os
prisioneiros recusaram-se a divulgar onde tinham escondido as armas restantes na
aldeia. «O que quer?», pergunta Shlomo Ambar, que subiria ao posto de
brigadeiro-general e chefe da Defesa Civil, o precursor do actual Comando da
Frente Interna. «Que eu seja uma alma delicada e fale de poesia? Afastei-me. E é
tudo. Já chega.» Ambar, falando no filme, deixou claro que os acontecimentos na
aldeia não tinham sido do seu agrado, «mas porque não falei na altura, não há
razão para eu falar sobre isso hoje». No que Adam Raz considera ser um dos
testemunhos mais deprimentes no filme, Amitzur Cohen fala dos seus primeiros
meses como combatente na guerra: «Eu era um assassino. Eu não fiz prisioneiros.»
Cohen relata que se um pelotão de soldados árabes estivesse de pé com as mãos
levantadas, ele matava-os a todos. Quantos árabes é que ele matou fora do quadro
das batalhas? «Eu não contei. Eu tinha uma metralhadora com 250 balas. Não sei
dizer quantos.» Os testemunhos dos soldados da Brigada Alexandroni juntam-se ao
testemunho escrito por Yosef Ben-Eliezer há cerca de duas décadas. «Eu fui um
dos soldados envolvidos na conquista de Tantura. Eu estava ciente dos
assassinatos na aldeia. Alguns dos soldados mataram por sua própria iniciativa,
sem obedecer a ordens.» Eliezer foi um Judeu alemão sobrevivente do Holocausto
que emigrou para a Palestina, combateu na Haganah e mais tarde se tornou
pacifista e converteu-se ao cristianismo. *Um parque de estacionamento sobre uma
vala comum Os frequentadores da Praia de Dor talvez não saibam que por baixo do
local onde estacionaram o seu carro estão os restos mortais de duas centenas de
palestinos, vítimas do massacre de 1948, porque isso lhes foi ocultado pelos
sucessivos governos israelitas. Mas agora, para o seu filme, Schwarz recolheu
testemunhos e documentos que comprovam que após o massacre as vítimas foram
enterradas numa vala comum escavada no cemitério local e que se encontra agora
debaixo do parque de estacionamento de Praia de Dor. O filme apresenta também a
conclusão de peritos que não só determinaram a localização exacta da sepultura
mas também estimaram as suas dimensões: 35 metros de comprimento, 4 metros de
largura. Documentos obtidos nos arquivos de Israel mostraram que, na sequência
do ataque, o quartel-general do exército tinha ouvido receios de que o grande
número de cadáveres não enterrados em Tantura pudesse levar a um surto de febre
tifóide. O comandante militar no local foi repreendido por não ter tratado
adequadamente do enterro dos corpos dos Árabes, Mas em 9 de Junho, o comandante
de uma base vizinha tranquilizou: «Ontem verifiquei a vala comum no cemitério de
Tantura. Está tudo em ordem.» *Um ataque mal planejado? Num artigo de Jonathan
Cook, publicado na Electronic Intifada em 3 de Junho de 2015, ele revela que
Ilan Pappé acredita que a extensão do massacre em Tantura ocorreu como resultado
de uma operação de expulsão mal planejada. As expulsões faziam parte do Plano
Dalet, que fez com que mais de 500 aldeias palestinas fossem etnicamente limpas
pelas forças sionistas em 1948. A maioria foi mais tarde arrasada e as suas
terras passaram para comunidades exclusivamente judaicas. Os seus habitantes
formaram a maior parte dos 750.000 refugiados cujo regresso Israel proibiu até
hoje. Segundo Pappé, em vez de atacar Tantura por três lados, como aconteceu
noutros locais, empurrando a população para norte, em direcção ao Líbano e à
Síria, a brigada cercou a aldeia, não deixando aos habitantes nenhuma rota de
fuga. Tantura, observou Pappé, era a maior e mais significativa das aldeias numa
zona costeira entre Haifa e Tel Aviv que os líderes israelitas queriam que
fossem esvaziadas da população palestina. Das 64 aldeias palestinas da área,
apenas duas, Fureidis e Jisr al-Zarqa, ambas perto de Tantura, foram autorizadas
a sobreviver após intensa pressão das comunidades judaicas vizinhas, que queriam
os aldeões como força de trabalho. Das muitas dezenas de massacres perpetrados
pelas milícias sionistas entre 1947 e 1949, só dois se comparam a Tantura em
dimensão: Deir Yassin, perto de Jerusalém, e Lydd, actualmente a cidade de Lod,
de maioria judaica, perto do aeroporto Ben-Gurion. De acordo com os relatos dos
historiadores e das pessoas envolvidas, os outros dois massacres em grande
escala - em Deir Yassin e Lydd - ocorreram em circunstâncias diferentes, e foram
provavelmente mais planeados. Deir Yassin foi atacada no início de Abril de 1948
pela milícia sionista Irgun, comandada por Menachem Begin, que viria a ser
primeiro-ministro de Israel. O ataque vitimou mais de uma centena de palestinos.
O objectivo era semear tanto medo que os habitantes de outras aldeias fugissem
sem lutar. Três meses depois, em 11 de Julho, na cidade de Lydd, soldados sob o
comando de Yitzhak Rabin, que também viria a ser primeiro-ministro e prêmio
Nobel da Paz, dispararam sobre habitantes refugiados numa mesquita, fazendo pelo
menos 176 vítimas. *Para que a memória não se apague Em Maio de 2015, cerca de
300 ativistas reuniram-se no parque de estacionamento da Praia de Dor numa
tentativa de pôr fim ao longo silêncio sobre Tantura imposto à memória colectiva
dos israelitas. O evento é descrito por Jonathan Cook no artigo já citado. Os
manifestantes depositaram coroas de flores no parque de estacionamento, marcando
o local da vala comum no cemitério da aldeia, onde foram enterrados os mais de
200 palestinos executados na noite de 22 de Maio de 1948, e depois fizeram uma
curta marcha através de uma área onde outrora se encontravam as 250 casas de
Tantura. A marcha terminou na praia, onde em 1948 muitos dos aldeões tinham sido
interrogados antes de serem mortos. Os organizadores esperavam pressionar as
autoridades israelitas para permitir que a minoria palestina israelita erga no
local um memorial permanente às vítimas. A pouca distância, existe há décadas um
monumento com os nomes dos 13 combatentes sionistas que terão morrido no ataque
a Tantura. Entre os presentes estavam alguns sobreviventes do massacre de 1948
que tinham sido poupados por serem crianças. Um dos sobreviventes, Mahmoud Amar,
de 73 anos, que tinha seis na altura do massacre, ficou muito emocionado com a
cerimônia comemorativa: «Tenho aqui muitos parentes enterrados debaixo do
alcatrão, que são invisíveis para todos estes visitantes que pensam neste lugar
simplesmente como uma estância de férias. Chegou a altura de dar aos mortos o
respeito que merecem.» *Também estiveram presentes Ilan Pappé e Teddy Katz.
Katz, sentado numa cadeira de rodas, fez um breve discurso à entrada do hotel de
Nahsholim, em que chamou «vergonhosos» aos acontecimentos em Tantura e pediu
desculpa em nome dos Israelitas. Para Pappé, Tantura foi um teste à vontade dos
Israelitas de abandonar as suas narrativas tradicionais sobre a Nakba, isto é,
que os refugiados tinham deixado as suas aldeias em grande parte por vontade
própria e que o exército de Israel era «o mais moral do mundo».
https://www.youtube.com/watch?v=HNtrUjUNkJw
Ivan M. Bulhõeshttp://www.blogger.com/profile/05189790740308515221noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1803879749249721468.post-11995605627160926972022-03-14T06:05:00.008-07:002022-03-14T06:05:55.142-07:00Passárgada<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgA8tUB9_vUg7LoZpAKBxT_Y-1ObECYtkqqAjp3vyIWvj1179OkU1VlZMU-buh_XctJ9ligjVM2pWNZTIpSeDzCcJc48sig69zYWHi3GcAZSzoqTUmw58tb055DqyvwpeeZSY0qGU32-95JMXqsuz9d2I5CQ19WbhmT9rZLK_P4mwWJMKlQO0vHwRKQEA=s1192" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="714" data-original-width="1192" height="410" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgA8tUB9_vUg7LoZpAKBxT_Y-1ObECYtkqqAjp3vyIWvj1179OkU1VlZMU-buh_XctJ9ligjVM2pWNZTIpSeDzCcJc48sig69zYWHi3GcAZSzoqTUmw58tb055DqyvwpeeZSY0qGU32-95JMXqsuz9d2I5CQ19WbhmT9rZLK_P4mwWJMKlQO0vHwRKQEA=w686-h410" width="686" /></a></div><br /> <p></p>Ivan M. Bulhõeshttp://www.blogger.com/profile/05189790740308515221noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1803879749249721468.post-44419610592408988482022-03-14T06:04:00.003-07:002022-03-14T06:04:21.764-07:00Blog Carcará<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiDWJrN7Khqszijy8aY-bzvTZm6Pdz_oBxRSv66IQhWyguMGTNUxc8xRJXa9TUA54t-dflKU1t9H5DwGSyRSSUOe22xWOGg_x2jZAifNLw_xfu5hN3u-zrPoQYxqdVOBoWsA3w5YBYmm8d_ciUtzZ5sBziAYPNbwIqva8zeOWCtXVwXC9fTVR9Oh22L8g=s1280" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="366" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiDWJrN7Khqszijy8aY-bzvTZm6Pdz_oBxRSv66IQhWyguMGTNUxc8xRJXa9TUA54t-dflKU1t9H5DwGSyRSSUOe22xWOGg_x2jZAifNLw_xfu5hN3u-zrPoQYxqdVOBoWsA3w5YBYmm8d_ciUtzZ5sBziAYPNbwIqva8zeOWCtXVwXC9fTVR9Oh22L8g=w701-h366" width="701" /></a></div><br /> <p></p>Ivan M. Bulhõeshttp://www.blogger.com/profile/05189790740308515221noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1803879749249721468.post-74209229253828972172017-07-28T20:15:00.000-07:002017-07-30T10:20:09.667-07:00A atuação elitista da Justiça paulista<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaLj-w9U5Y56JLJH9BjGndYPPmPlR6pfWp-IIbZ4pLyPSItyp3KtTWixAWvmZ6VPTGu9NIZfMC_5SzuN2JzcczHUCjMbaJxnh2MKFfb7qfp_KZmIHqECJuugGa9TYAuUjOF-ZMoSWB9A8P/s1600/Judici%25C3%25A1rio+parcial+%25282%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="530" data-original-width="480" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaLj-w9U5Y56JLJH9BjGndYPPmPlR6pfWp-IIbZ4pLyPSItyp3KtTWixAWvmZ6VPTGu9NIZfMC_5SzuN2JzcczHUCjMbaJxnh2MKFfb7qfp_KZmIHqECJuugGa9TYAuUjOF-ZMoSWB9A8P/s400/Judici%25C3%25A1rio+parcial+%25282%2529.jpg" width="361" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; line-height: 107%;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=https://www.cartacapital.com.br/politica/ha-uma-dinamica-que-financia-a-atuacao-elitista-da-justica-paulista&source=gmail&ust=1501521257861000&usg=AFQjCNEavQ1S2Rav9b-GQyihCm6MonxjDQ" href="https://www.cartacapital.com.br/politica/ha-uma-dinamica-que-financia-a-atuacao-elitista-da-justica-paulista" target="_blank">https://www.cartacapital.com.<wbr></wbr>br/politica/ha-uma-dinamica-<wbr></wbr>que-financia-a-atuacao-<wbr></wbr>elitista-da-justica-paulista</a></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; line-height: 107%;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=https://www.cartacapital.com.br/politica/ha-uma-dinamica-que-financia-a-atuacao-elitista-da-justica-paulista&source=gmail&ust=1501521257861000&usg=AFQjCNEavQ1S2Rav9b-GQyihCm6MonxjDQ" href="https://www.cartacapital.com.br/politica/ha-uma-dinamica-que-financia-a-atuacao-elitista-da-justica-paulista" target="_blank"><br /></a></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; line-height: 107%;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=https://www.cartacapital.com.br/politica/ha-uma-dinamica-que-financia-a-atuacao-elitista-da-justica-paulista&source=gmail&ust=1501521257861000&usg=AFQjCNEavQ1S2Rav9b-GQyihCm6MonxjDQ" href="https://www.cartacapital.com.br/politica/ha-uma-dinamica-que-financia-a-atuacao-elitista-da-justica-paulista" target="_blank"><br /></a></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">CartaCapital, 28/07/17</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<h2>
<b><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Entrevista – Luciana Zaffalon</span></b></h2>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">A atuação elitista da
Justiça paulista</span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="m_-5263106909447672188gmail-documentauthor"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="m_-5263106909447672188gmail-documentauthor"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Por
Débora Melo</span></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmXyLta3jOyMv-jVS2aHxzteuwNyGXZCHsldnkyFunKrvvHhLnMBl7iuyMn6sIKrj8CN9egnvPdcuy6XNKV-f-q1mOi2sw8vqMC4eV0zSZGqMa7a8RWRyPOJJtY2u0BQUHHKl1bqxZKnht/s1600/Ju%25C3%25ADza+Raquel+Domingues+do+Amaral.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="266" data-original-width="400" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmXyLta3jOyMv-jVS2aHxzteuwNyGXZCHsldnkyFunKrvvHhLnMBl7iuyMn6sIKrj8CN9egnvPdcuy6XNKV-f-q1mOi2sw8vqMC4eV0zSZGqMa7a8RWRyPOJJtY2u0BQUHHKl1bqxZKnht/s320/Ju%25C3%25ADza+Raquel+Domingues+do+Amaral.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Partindo da ideia de que o sistema de Justiça pode tanto favorecer o
aprofundamento democrático quanto criar obstáculos ao aperfeiçoamento da
democracia, <b>a pesquisadora <span style="color: #0066ff;">Luciana Zaffalon</span>, da Fundação Getulio Vargas</b>,
se propôs a desvendar o que chama de processo de politização do Judiciário
paulista em sua tese de doutorado em administração pública e governo.<br />
<br />
<b>Ao mesmo tempo em que atua de forma a
<a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=https://www.cartacapital.com.br/politica/justica-de-sp-anula-condenacoes-de-74-pms-por-massacre-do-carandiru&source=gmail&ust=1501521257861000&usg=AFQjCNFt80FZphJrn46Cimi7ytl9F5ECnQ" href="https://www.cartacapital.com.br/politica/justica-de-sp-anula-condenacoes-de-74-pms-por-massacre-do-carandiru" target="_blank">blindar a política de segurança pública</a> do governo do
Estado –todo o período analisado diz respeito à gestão de <span style="color: #3333ff;">Geraldo Alckmin </span>(PSDB)–, o Judiciário paulista
negocia formas de garantir a manutenção e a ampliação de seus <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=https://www.cartacapital.com.br/revista/873/caro-e-ineficiente-7271.html&source=gmail&ust=1501521257861000&usg=AFQjCNGFkMgcefTcwVzu78Wmbl957sLuPg" href="https://www.cartacapital.com.br/revista/873/caro-e-ineficiente-7271.html" target="_blank">benefícios corporativos</a>.</b> Não por acaso, <b><span style="color: #0066ff;">a única
situação em que o Executivo foi derrotado pelos desembargadores em 100% dos processos
foi quando questionou a aplicação do teto remuneratório das carreiras do
serviço público.</span></b><br />
<br />
“Todo o espírito da tese é dizer de que maneira os interesses se confundem,
de que maneira os interesses corporativos estão se sobrepondo às garantias de
cidadania das pessoas mais vulneráveis do Estado, sejam as que estão privadas
de liberdade, sejam as que estão nas periferias das grandes cidades e são
afetadas por <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=https://www.cartacapital.com.br/sociedade/apoio-popular-reforca-ideia-de-que-bandido-bom-e-bandido-morto&source=gmail&ust=1501521257861000&usg=AFQjCNF3vAsdM9rdcM7iuAwm_v78OKw7Mw" href="https://www.cartacapital.com.br/sociedade/apoio-popular-reforca-ideia-de-que-bandido-bom-e-bandido-morto" target="_blank">políticas de segurança dramaticamente cruéis</a>”, continuou a
advogada, que por quatro anos atuou como Ouvidora-Geral da Defensoria Pública
do Estado de São Paulo (2010-2014).<br />
<br />
Intitulada <i><b><span style="color: #0066ff;">Uma Espiral Elitista de Afirmação Corporativa: blindagens
e criminalizações a partir do imbricamento das disputas do sistema de Justiça
paulista com as disputas da política convencional</span></b></i>, a <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/18099&source=gmail&ust=1501521257861000&usg=AFQjCNFSjN9cOBk0nAoyS4h_YcrqLu3eYw" href="http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/18099" target="_blank">tese
apresentada à FGV</a> revela que <b>a
presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) é bastante solícita aos
pedidos do Executivo do Estado. A suspensão de decisões que contrariam os
interesses do governo é comum na Corte.</b><br />
<br />
A pesquisa leva em conta as duas últimas gestões do TJ-SP (de 2012 a 2015) e
analisa os impactos sociais das decisões da Justiça na segurança pública e no
sistema penitenciário<b>. Uma das
conclusões do estudo é que <span style="color: #0066ff;">o Judiciário paulista
atua de forma “antidemocrática”: representa e protege as elites por meio do
corporativismo e reserva às classes populares as forças de segurança e o
sistema prisional.</span></b><br />
<br />
<br />
<b><i>CartaCapital:</i></b><i> O que a levou a fazer essa pesquisa?</i><br />
<i><br />
</i><b>Luciana Zaffalon:</b> Eu sempre tive clareza de que <b>o sistema de Justiça tanto pode favorecer o aprofundamento democrático
como pode obstaculizar uma democratização mais profunda da nossa sociedade.</b><br />
<br />
E foi quando eu fui trabalhar como ouvidora externa da Defensoria Pública
que eu passei a compreender dinâmicas que estavam, até então, completamente
invisíveis para mim a respeito do funcionamento de uma instituição de Justiça e
das relações que são mantidas com diferentes entes como, por exemplo, o
Executivo do Estado.<br />
<br />
<br />
<b><i>CC:</i></b><i> Qual a principal conclusão a que você chegou sobre o
funcionamento dos três Poderes em São Paulo?</i><br />
<i><br />
</i><b>LZ:</b> <b>Há um imbricamento muito
profundo entre os três Poderes, o que cria <span style="color: #0066ff;">uma
esfera de atuação elitista da Justiça</span>, uma atuação mobilizada quase
invariavelmente por <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=https://www.cartacapital.com.br/sociedade/casta-privilegiada-judiciario-ataca-a-imprensa-e-a-transparencia&source=gmail&ust=1501521257861000&usg=AFQjCNEcJteP6RDdEKoff5slB5UVIirTkQ" href="https://www.cartacapital.com.br/sociedade/casta-privilegiada-judiciario-ataca-a-imprensa-e-a-transparencia" target="_blank">interesses corporativos</a>.</b><br />
<br />
<br />
<b><i>CC:</i></b><i> Que obstáculos você encontrou?</i><br />
<i><br />
</i><b>LZ:</b> <b>Foi impossível trabalhar
com as folhas de pagamento do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.</b>
As folhas de pagamento do Ministério Público estavam disponíveis em planilhas
de Excel, facilmente manuseáveis. Com a Defensoria Pública, os dados estavam em
PDF, o que contraria a Lei de Acesso à Informação, mas ainda assim foi possível
baixar e converter os arquivos.<br />
<br />
Com relação ao tribunal, isso foi absolutamente impossível. Os arquivos
foram disponibilizados em formato de imagem, com inúmeras páginas, e não
estavam em ordem alfabética. Então eu acabei usando os dados publicados pelo
CNJ [Conselho Nacional de Justiça].<br />
<br />
<br />
<b><i>CC:</i></b><i> O que isso representa?</i><br />
<i><br />
</i><b>LZ:</b> <b>São decisões
institucionais que demonstram onde está o compromisso e onde não está o
compromisso. E <span style="color: #0066ff;">o compromisso não está com a
transparência</span>.</b><br />
<br />
<br />
<b><i>CC:</i></b><i> Onde está o compromisso?</i><br />
<i><br />
</i><b>LZ:</b> <b>O que fica claro é que,
de fato, a gente observa <span style="color: #0066ff;">uma espiral elitista de
afirmação corporativa</span>.</b><br />
<br />
<br />
<b><i>CC:</i></b><i> Quais foram as maiores surpresas que você teve durante
a realização desse trabalho?</i><br />
<i><br />
</i><b>LZ:</b> A única surpresa positiva foi o fato de as planilhas
remuneratórias do Ministério Público estarem no formato adequado.<br />
<br />
<b>As mais dramáticas dizem respeito ao
volume de suplementações orçamentárias recebidas pelo Tribunal de Justiça</b>. <b>Cabe à <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=https://www.cartacapital.com.br/revista/921/cenas-de-uma-cpi-para-tucano-ver&source=gmail&ust=1501521257861000&usg=AFQjCNERJ38D0x0WQ6O0P8ZW5SOHrF-Lnw" href="https://www.cartacapital.com.br/revista/921/cenas-de-uma-cpi-para-tucano-ver" target="_blank">Assembleia Legislativa</a> analisar a abertura desses créditos,
mas, durante todo o período analisado, a Assembleia transferiu para o Executivo
essa prerrogativa.</b><br />
<br />
<b><span style="color: #0066ff;">Isso
causa um prejuízo concreto</span>, porque a suplementação orçamentária passa a
ser negociada dentro do gabinete do governo, <span style="color: #0066ff;">fugindo
de qualquer possibilidade de controle público</span>.</b> Uma das principais
surpresas que eu tive foi o fato de o tribunal ter <b>recebido 21% do total de suplementações orçamentárias do Estado em um
único ano, em 2015. É um volume muito grande de dinheiro para ser negociado
dessa forma.</b><br />
<br />
Também chamou a atenção o fato de <b><span style="color: #0066ff;">apenas 3% do Ministério Público não receber acima do
limite do teto constitucional [33.700 reais].</span></b><br />
<br />
<br />
<b><i>CC:</i></b><i> E quais outros aspectos negativos você
encontrou?</i><i><span></span></i><br />
<i><br />
</i><b>LZ: </b><b>A surpresa que
me fez sentir um mal estar físico durante a execução da pesquisa foi o caso da
“<span style="color: #0066ff;">suspensão de segurança</span>”, figura processual
que garante que qualquer ente público possa pedir direto à presidência do
tribunal a suspensão dos efeitos de uma decisão de primeira instância que lhe
contrarie.</b><br />
<br />
Eu quis entender de que maneira a presidência do TJ, nas gestões <b><span style="color: #0066ff;">[Renato] <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=http://justificando.cartacapital.com.br/2015/10/23/presidente-do-tribunal-de-justica-afirma-que-policia-militar-de-sp-e-a-melhor-do-mundo/&source=gmail&ust=1501521257861000&usg=AFQjCNEYluE_vAzfC8IOFJYQwfryXyZuCw" href="http://justificando.cartacapital.com.br/2015/10/23/presidente-do-tribunal-de-justica-afirma-que-policia-militar-de-sp-e-a-melhor-do-mundo/" target="_blank"><span style="color: #0066ff;">Nalini</span></a></span></b><span style="color: #0066ff;"> </span>e <b><span style="color: #0066ff;">[Ivan] <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=https://www.cartacapital.com.br/politica/carandiru-e-a-ilusao-fascista-de-ordem-social&source=gmail&ust=1501521257861000&usg=AFQjCNFEyvg9zH1G36LtklqPqIzAeyjLLw" href="https://www.cartacapital.com.br/politica/carandiru-e-a-ilusao-fascista-de-ordem-social" target="_blank"><span style="color: #0066ff;">Sartori</span></a></span></b>, se
posicionou diante dos pedidos do governo Estado no período analisado. O meu
recorte de análise foi segurança pública e sistema prisional. <b>Eu tomei o cuidado de ser o mais
conservadora possível na definição da minha metodologia, para não correr o
risco de ser acusada de qualquer enviesamento. </b>Então eu analisei todos os
casos, de todos os entes públicos que pediram para a presidência do tribunal
suspender os efeitos de uma decisão de primeira instância que lhe contrariava.<br />
A média de suspensão observada no período foi de 41%, mas alguns casos fogem
completamente dessa média. E <b>o que me
deixou abalada diz respeito à forma como a presidência do tribunal atendeu aos
pedidos do governo do Estado com relação à garantia de direitos mínimos para as
pessoas privadas de liberdade.</b><br />
<br />
Do que eu estou falando? <b>Eu estou
falando da observância do Estatuto da Criança e do Adolescente, de problemas de
<a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=https://www.cartacapital.com.br/sociedade/um-em-cada-tres-unidades-da-fundacao-casa-tem-superlotacao-acima-do-permitido-pela-justica-2637.html&source=gmail&ust=1501521257861000&usg=AFQjCNEIb1qcqGbGa_D6NufnMtMGWnNY2w" href="https://www.cartacapital.com.br/sociedade/um-em-cada-tres-unidades-da-fundacao-casa-tem-superlotacao-acima-do-permitido-pela-justica-2637.html" target="_blank">superlotação na Fundação Casa</a>, problemas com banheiros e
com ventilação, de garantia de <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=http://justificando.cartacapital.com.br/2016/09/29/desembargador-que-anulou-carandiru-negou-acao-que-pedia-agua-quente-para-banho-de-presos/&source=gmail&ust=1501521257861000&usg=AFQjCNGNDJ_9imwdZmmUaIB-N00e-yHXLw" href="http://justificando.cartacapital.com.br/2016/09/29/desembargador-que-anulou-carandiru-negou-acao-que-pedia-agua-quente-para-banho-de-presos/" target="_blank">banho quente para presos</a> com tuberculose, por exemplo, de
garantia de atendimento médico e de instalação de equipe mínima de saúde. Em
uma unidade prisional morreram 60 pessoas, por questões de saúde, em um único
ano. </b>É disso que eu estou falando.<br />
<b>De todos os casos analisados, em
apenas um caso que dizia respeito à garantia de direitos para pessoas privadas
de liberdade a presidência do tribunal não atendeu ao pedido do governo.</b><br />
<br />
<br />
<b><i>CC:</i></b><i> A que você atribui isso?</i><br />
<i><br />
</i><b>LZ:</b> <b>À negociação de
orçamento, à suplementação orçamentária. Todo o espírito da tese é justamente
dizer de que maneira os interesses se confundem, de que maneira os interesses
corporativos estão se sobrepondo às garantias de cidadania das pessoas mais
vulneráveis do Estado, sejam as que estão privadas de liberdade, sejam as que
estão nas periferias das grandes cidades e são afetadas por políticas de
segurança dramaticamente cruéis.</b><br />
<br />
<b>Enquanto isso, as instituições de
Justiça estão em negociações que garantam os seus benefícios corporativos,
independentemente de isso representar um passo atrás na luta pela garantia de
direitos das pessoas que mais precisam delas.</b><br />
<br />
Como eu disse, o Tribunal de Justiça chegou a receber 21% das suplementações
orçamentárias do Estado. <b><span style="color: black;">Os números demonstram que as verbas
estão chegando e os pedidos do governo estão sendo atendidos. Então </span><span style="color: #0066ff;">há uma dinâmica que financia a atuação elitista do sistema
de Justiça e que está, na outra ponta, representando o abandono da sua função
primordial, que é garantir o Direito e funcionar como uma parte apartada do
Executivo no mecanismo de execução de peso e contrapeso.</span></b><br />
<br />
<br />
<b><i>CC:</i></b><i> Por que o recorte foi feito na segurança pública e no
sistema penitenciário?</i><br />
<i><br />
</i><b>LZ:</b> Porque é a parte mais dramática. Há dois grandes campos
abarcados na pesquisa. Um é a forma como sociedade controla o Estado, <b>porque não podemos esquecer que as
carreiras jurídicas são compostas por funcionários públicos, que têm que ser
cobrados como tal.</b><br />
<br />
De outro lado, temos o controle que o Estado exerce sobre a população, e o
elemento mais cruel disso, mais pesado, se dá por meio da <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=https://www.cartacapital.com.br/sociedade/artistas-e-intelectuais-lancam-manifesto-contra-violencia-policial&source=gmail&ust=1501521257861000&usg=AFQjCNF91LsITqc8hqp_tQS9Ll1_urOj1g" href="https://www.cartacapital.com.br/sociedade/artistas-e-intelectuais-lancam-manifesto-contra-violencia-policial" target="_blank">atuação das forças policiais</a>, pelo poder de força do
Estado. Isso se dá tanto na atuação das polícias quanto na privação de
liberdade.<br />
<br />
Uma questão em relação ao Ministério Público, por exemplo, é que<b> a Constituição Federal atribui a esse
órgão a competência para fazer o controle externo da atuação das polícias. Mas,
ao olhar para o Estado de São Paulo, nós observamos que os <a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=https://www.cartacapital.com.br/politica/alexandre-de-moraes-um-policial-na-esplanada&source=gmail&ust=1501521257861000&usg=AFQjCNFvjdW_fXFxPxmMG_q4QbrIpTIBVg" href="https://www.cartacapital.com.br/politica/alexandre-de-moraes-um-policial-na-esplanada" target="_blank">últimos sete secretários da Segurança Pública são oriundos do
Ministério Público</a>. Ou seja, o órgão que deveria fazer o controle externo
das polícias se converte no gestor da política de segurança pública.</b><br />
<br />
<br />
<b><i>CC:</i></b><i> <b>Essa relação
entre os três Poderes ajuda a explicar a <span style="color: #0066ff;">permanência
do PSDB no governo de São Paulo por mais de 20 anos</span>?</b></i><br />
<i><br />
</i><b>LZ:</b> Eu acho que <b>a falta de
freios e contrapesos afeta o aprofundamento democrático e gera resultados como
esse, como a falta de alternância.</b>Ivan M. Bulhõeshttp://www.blogger.com/profile/05189790740308515221noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1803879749249721468.post-61550922635052415702017-07-24T21:40:00.001-07:002017-07-24T21:40:41.703-07:00Trem-bala<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfOSxPkV_jnVHBw9PuBD3XsxBqtsyuOp6yzOq4QRWJTpk5dRZL8VYarl91OFIfNvtC0hPgNR5vAEw49yKA16TjI_7W2G0_gbhkrSnD2iK7K1CB3poALGXzzF40jyomiB53-vcmxqvEYCnC/s1600/Trem-bala.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfOSxPkV_jnVHBw9PuBD3XsxBqtsyuOp6yzOq4QRWJTpk5dRZL8VYarl91OFIfNvtC0hPgNR5vAEw49yKA16TjI_7W2G0_gbhkrSnD2iK7K1CB3poALGXzzF40jyomiB53-vcmxqvEYCnC/s400/Trem-bala.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<!--[if gte mso 9]><xml>
<o:OfficeDocumentSettings>
<o:AllowPNG/>
</o:OfficeDocumentSettings>
</xml><![endif]--></div>
<div style="text-align: center;">
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:TrackMoves/>
<w:TrackFormatting/>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:DoNotPromoteQF/>
<w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther>
<w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian>
<w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
<w:SplitPgBreakAndParaMark/>
<w:EnableOpenTypeKerning/>
<w:DontFlipMirrorIndents/>
<w:OverrideTableStyleHps/>
</w:Compatibility>
<m:mathPr>
<m:mathFont m:val="Cambria Math"/>
<m:brkBin m:val="before"/>
<m:brkBinSub m:val="--"/>
<m:smallFrac m:val="off"/>
<m:dispDef/>
<m:lMargin m:val="0"/>
<m:rMargin m:val="0"/>
<m:defJc m:val="centerGroup"/>
<m:wrapIndent m:val="1440"/>
<m:intLim m:val="subSup"/>
<m:naryLim m:val="undOvr"/>
</m:mathPr></w:WordDocument>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="false"
DefSemiHidden="false" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="375">
<w:LsdException Locked="false" Priority="0" QFormat="true" Name="Normal"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 9"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 9"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footnote text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="header"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footer"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index heading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="35" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="caption"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="table of figures"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="envelope address"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="envelope return"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footnote reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="line number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="page number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="endnote reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="endnote text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="table of authorities"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="macro"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="toa heading"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="10" QFormat="true" Name="Title"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Closing"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Signature"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="Default Paragraph Font"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Message Header"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="11" QFormat="true" Name="Subtitle"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Salutation"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Date"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text First Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text First Indent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Note Heading"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Block Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Hyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="FollowedHyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="22" QFormat="true" Name="Strong"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="20" QFormat="true" Name="Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Document Map"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Plain Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="E-mail Signature"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Top of Form"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Bottom of Form"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal (Web)"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Acronym"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Address"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Cite"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Code"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Definition"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Keyboard"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Preformatted"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Sample"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Typewriter"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Variable"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal Table"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation subject"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="No List"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Contemporary"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Elegant"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Professional"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Subtle 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Subtle 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Balloon Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="Table Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Theme"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" Name="Placeholder Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" QFormat="true" Name="No Spacing"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" Name="Revision"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="34" QFormat="true"
Name="List Paragraph"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="29" QFormat="true" Name="Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="30" QFormat="true"
Name="Intense Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="19" QFormat="true"
Name="Subtle Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="21" QFormat="true"
Name="Intense Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="31" QFormat="true"
Name="Subtle Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="32" QFormat="true"
Name="Intense Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="33" QFormat="true" Name="Book Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="37" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="Bibliography"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="TOC Heading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="41" Name="Plain Table 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="42" Name="Plain Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="43" Name="Plain Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="44" Name="Plain Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="45" Name="Plain Table 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="40" Name="Grid Table Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46" Name="Grid Table 1 Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51" Name="Grid Table 6 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52" Name="Grid Table 7 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46" Name="List Table 1 Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51" Name="List Table 6 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52" Name="List Table 7 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Mention"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Smart Hyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Hashtag"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Unresolved Mention"/>
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin-top:0cm;
mso-para-margin-right:0cm;
mso-para-margin-bottom:8.0pt;
mso-para-margin-left:0cm;
line-height:107%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-fareast-language:EN-US;}
</style>
<![endif]-->
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/7VjsdP39dPY/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/7VjsdP39dPY?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: blue;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; line-height: 107%;"> <a href="https://www.youtube.com/watch?v=7VjsdP39dPY">https://www.youtube.com/watch?v=7VjsdP39dPY</a></span></span></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt; line-height: 107%;">Não é sobre ter</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">Todas as pessoas do mundo pra si</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">É sobre saber que em algum lugar</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">Alguém zela por ti</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">É sobre cantar e poder escutar</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">Mais do que a própria voz</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">É sobre dançar na chuva de vida</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">Que cai sobre nós</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<br /></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">É saber se sentir infinito</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">Num universo tão vasto e bonito</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">É saber sonhar</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">E, então, fazer valer a pena cada
verso</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">Daquele poema sobre acreditar</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<br /></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">Não é sobre chegar no topo do mundo</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">E saber que venceu</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">É sobre escalar e sentir</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">Que o caminho te fortaleceu</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">É sobre ser abrigo</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">E também ter morada em outros
corações</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">E assim ter amigos contigo</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">Em todas as situações</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<br /></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">A gente não pode ter tudo</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">Qual seria a graça do mundo se fosse
assim?</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">Por isso, eu prefiro sorrisos</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">E os presentes que a vida trouxe</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">Pra perto de mim</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<br /></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">Não é sobre tudo que o seu dinheiro</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">É capaz de comprar</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">E sim sobre cada momento</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">Sorriso a se compartilhar</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">Também não é sobre correr</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">Contra o tempo pra ter sempre mais</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">Porque quando menos se espera</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">A vida já ficou pra trás</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<br /></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">Segura teu filho no colo</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">Sorria e abrace teus pais</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">Enquanto estão aqui</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">Que a vida é trem-bala, parceiro</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">E a gente é só passageiro prestes a
partir</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<br /></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">Laiá, laiá, laiá, laiá, laiá</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">Laiá, laiá, laiá, laiá, laiá</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<br /></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">Segura teu filho no colo</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">Sorria e abrace teus pais</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">Enquanto estão aqui</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">Que a vida é trem-bala, parceiro</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></i><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt;">E a gente é só passageiro prestes a
partir</span></span></i><span style="color: #c00000; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 14.0pt;"></span></div>
Ivan M. Bulhõeshttp://www.blogger.com/profile/05189790740308515221noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1803879749249721468.post-13959890504357114292017-07-24T21:15:00.000-07:002017-07-29T21:17:07.839-07:00Mr. Bean e a lavagem de apartamento da Lava Jato<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRPS5vuYaEbH4_0HY2pIzObmskq3u4oAmu1LoXFHk_r3NLjKjaudwYK0quzW3c-z58A9lr_PPMv5qiL0ulI4TF79XJDWyYM2zQzI_NEzlGTNUDta_2ECujNoBcSV4qvKpO2o5f13_Ez9o1/s1600/Mr.+Bean.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="501" data-original-width="690" height="288" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRPS5vuYaEbH4_0HY2pIzObmskq3u4oAmu1LoXFHk_r3NLjKjaudwYK0quzW3c-z58A9lr_PPMv5qiL0ulI4TF79XJDWyYM2zQzI_NEzlGTNUDta_2ECujNoBcSV4qvKpO2o5f13_Ez9o1/s400/Mr.+Bean.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; line-height: 107%;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=http://jornalggn.com.br/noticia/nassif-mr-bean-e-a-lavagem-de-apartamento-da-lava-jato&source=gmail&ust=1501473369377000&usg=AFQjCNHKcoHnW76w2YLw3VjHG59k4ZDFeg" href="http://jornalggn.com.br/noticia/nassif-mr-bean-e-a-lavagem-de-apartamento-da-lava-jato" target="_blank">http://jornalggn.com.br/<wbr></wbr>noticia/nassif-mr-bean-e-a-<wbr></wbr>lavagem-de-apartamento-da-<wbr></wbr>lava-jato</a></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=http://jornalggn.com.br/noticia/nassif-mr-bean-e-a-lavagem-de-apartamento-da-lava-jato&source=gmail&ust=1501473369377000&usg=AFQjCNHKcoHnW76w2YLw3VjHG59k4ZDFeg" href="http://jornalggn.com.br/noticia/nassif-mr-bean-e-a-lavagem-de-apartamento-da-lava-jato" target="_blank"><br /></a></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Jornal GGN, 24/07/17</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<h1>
<span style="font-size: large;"><span>Mr. Bean e a lavagem de apartamento da Lava
Jato</span></span></h1>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Por
Luis Nassif</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
De todos os absurdos lógicos da Lava Jato, o campeão inconteste é o caso do
apartamento que foi lavado. Segundo a brilhante versão dos bravos procuradores
da Lava Jato, endossada pelo juiz <b><span style="color: blue;">Sérgio Moro</span></b>, o tal triplex foi uma propina paga a
Lula, em troca de facilidades em três contratos com a Petrobras (depois, quando
não conseguiram provas documentais sobre os tais contratos, trocaram por
contrato genéricos).<br />
<br />
<span id="m_-2932502495879044019gmail-docs-internal-guid-95cf0ab8-75b6-281f-9100-7b79c8d55b56">Toda a
lógica da lavagem de dinheiro é a da destruição dos rastros das propinas. </span><br />
<br />
<span id="m_-2932502495879044019gmail-docs-internal-guid-95cf0ab8-75b6-281f-9100-7b79c8d55b56">O corruptor
paga o corrupto em conta no exterior, preferencialmente em paraíso fiscal em
nome de uma offshore – isto é, uma empresa aberta no exterior. A empresa é
registrada por um escritório especializado, que fornece seu próprio endereço
como endereço da empresa. </span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Só o dono
da empresa e o escritório de advocacia sabem de quem.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">A grande característica, comum a
todos os processos de lavagem de dinheiro:</span></b></div>
<ol start="1" type="1">
<li class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Não se pode saber de onde veio o dinheiro.
Isto é, a identidade do corruptor.</span></b></li>
<li class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"><br /></span></b></li>
<li class="MsoNormal" style="line-height: normal;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Não se pode saber para quem foi o dinheiro.
Isto é, a identidade do corrupto.</span></b></li>
</ol>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">É por
isso que, para trazer dinheiro de volta para o Brasil, recorre-se a diversos
métodos de lavagem: compra de obras de arte, compra superfaturada de imóveis,
compras de sites superfaturados e coisas do gênero (antigamente eram as famosas
heranças de tias distantes).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">É nisso o
que os bravos procuradores se apegam para confessar sua impossibilidade de
apresentar provas das corrupções denunciadas. Como explicam, o dinheiro é um
bem fungível, ou seja, pode ser substituído por outro da mesma espécie.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">De repente, o comandante maior do
maior esquema de corrupção do planeta, o mais sofisticado, aquele que envolve
centenas de empresas offshore, de paraísos fiscais, é acusado de ter montado a
seguinte operação: em vez de pagamento em espécie, através de algum fundo offshore,
exige um apartamento mobiliado, para uso próprio.</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Cria-se, então, <span style="color: blue;">uma história à altura de Mr. Bean</span>.</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">A OAS
(corruptora) dá um apartamento a Lula (o corrompido). E, espertamente, para
disfarçar o rastro do dinheiro, não repassa o título de propriedade.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Imagine-se a cena. Lula sai na
calçada para ir para a praia com seu engradado de cerveja na cabeça e o
transeunte pergunta:</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">- Você mora aqui?</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">- Moro.</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">- É apartamento próprio?</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">- Não, a OAS me empresta nos fins
de semana.</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Como já
conceituei, <b><span style="color: blue;">é o
primeiro caso em que lavagem de dinheiro foi substituída por lavagem de
apartamento.</span></b></span></div>
Ivan M. Bulhõeshttp://www.blogger.com/profile/05189790740308515221noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1803879749249721468.post-34920528348588019872017-07-24T21:10:00.000-07:002017-07-29T21:11:53.498-07:00A ignorância econômica da Lava Jato<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg53OLfndRW7xonypqrpD5mGiy_Co1tluG7QScpXoZcfEPaQ73rY8LJyXvOTv1KqYxrPwmTtR2ppmzrZgPEYQhnadUf88rytB3PtG6fAkP_CJSARA7PGIo0JeRx6KXgNe4EijQ26VrmhHdO/s1600/Procuradora+Tham%25C3%25A9a+Danellon.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="350" data-original-width="690" height="202" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg53OLfndRW7xonypqrpD5mGiy_Co1tluG7QScpXoZcfEPaQ73rY8LJyXvOTv1KqYxrPwmTtR2ppmzrZgPEYQhnadUf88rytB3PtG6fAkP_CJSARA7PGIo0JeRx6KXgNe4EijQ26VrmhHdO/s400/Procuradora+Tham%25C3%25A9a+Danellon.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/E5ueyZD4ZDo/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/E5ueyZD4ZDo?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; line-height: 107%;"><span style="font-size: medium;"><b> </b></span><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=http://jornalggn.com.br/noticia/nassif-a-ignorancia-economica-da-lava-jato&source=gmail&ust=1501473369445000&usg=AFQjCNGW1SjXFY5XBitEXSYA-d6O64B8ZQ" href="http://jornalggn.com.br/noticia/nassif-a-ignorancia-economica-da-lava-jato" target="_blank"><b>https://www.youtube.com/watch?<wbr></wbr>v=E5ueyZD4ZDo</b></a></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; line-height: 107%;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=http://jornalggn.com.br/noticia/nassif-a-ignorancia-economica-da-lava-jato&source=gmail&ust=1501473369445000&usg=AFQjCNGW1SjXFY5XBitEXSYA-d6O64B8ZQ" href="http://jornalggn.com.br/noticia/nassif-a-ignorancia-economica-da-lava-jato" target="_blank"></a></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; line-height: 107%;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=http://jornalggn.com.br/noticia/nassif-a-ignorancia-economica-da-lava-jato&source=gmail&ust=1501473369445000&usg=AFQjCNGW1SjXFY5XBitEXSYA-d6O64B8ZQ" href="http://jornalggn.com.br/noticia/nassif-a-ignorancia-economica-da-lava-jato" target="_blank"><br /></a></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; line-height: 107%;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=http://jornalggn.com.br/noticia/nassif-a-ignorancia-economica-da-lava-jato&source=gmail&ust=1501473369445000&usg=AFQjCNGW1SjXFY5XBitEXSYA-d6O64B8ZQ" href="http://jornalggn.com.br/noticia/nassif-a-ignorancia-economica-da-lava-jato" target="_blank">http://jornalggn.com.br/<wbr></wbr>noticia/nassif-a-ignorancia-<wbr></wbr>economica-da-lava-jato</a></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; line-height: 107%;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=http://jornalggn.com.br/noticia/nassif-a-ignorancia-economica-da-lava-jato&source=gmail&ust=1501473369445000&usg=AFQjCNGW1SjXFY5XBitEXSYA-d6O64B8ZQ" href="http://jornalggn.com.br/noticia/nassif-a-ignorancia-economica-da-lava-jato" target="_blank"><br /></a></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; line-height: 107%;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=http://jornalggn.com.br/noticia/nassif-a-ignorancia-economica-da-lava-jato&source=gmail&ust=1501473369445000&usg=AFQjCNGW1SjXFY5XBitEXSYA-d6O64B8ZQ" href="http://jornalggn.com.br/noticia/nassif-a-ignorancia-economica-da-lava-jato" target="_blank"><br /></a></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Jornal GGN, 24/07/17</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<h1>
A ignorância econômica da Lava Jato</h1>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Por
Luis Nassif</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Volto ao último Roda Viva, que discutiu a condenação de <b><span style="color: blue;">Lula</span></b>, e o desempenho da <b>procuradora <span style="color: blue;">Thaméa
Danellon</span>, uma espécie de <span style="color: blue;">Deltan Dallagnol </span>paulistano</b>.<br />
<br />
Trata-se de uma procuradora bem-sucedida, bem avaliada por seus pares.
Portanto, <b>seu nível de informação está
em linha com o melhor do pensamento médio do Ministério Público Federal.</b><br />
<b><span style="color: blue;">Isso é que assusta!</span></b><br />
<br />
A primeira surpresa é com o <b>desconhecimento
completo de Thaméa sobre as características de uma economia de mercado e
relações de causalidade</b>. Montou uma equação simples: as nações
desenvolvidas são menos corruptas do que as nações não desenvolvidas. Logo, se
acabar com a corrupção, a nação se desenvolverá.<br />
<br />
<b>Jamais leu sobre o papel da pirataria
na ascensão do Império Britânico, ou o papel dos barões das ferrovias e do
petróleo no capitalismo norte-americano. Ou ainda, a importância da colonização
mais espúria na sustentação de grandes impérios.</b><br />
<br />
Foi bem corrigida pela economista <b><span style="color: blue;">Zeina Latif</span></b>, que definiu corretamente <b>as relações de causalidade. Nações
desenvolvidas têm instituições mais sólidas e, por isso, a corrupção é menor.
Ou seja, <span style="color: blue;">a corrupção é menor porque as nações se
desenvolveram e não o inverso.</span></b><br />
<br />
E o custo da corrupção é uma gota perto do custo da máquina pública. É o
Brasil improdutivo pesando sobre o Brasil que produz.<br />
<br />
<b>O que mais incomoda no discurso de
Thamea, no entanto, é a ideia de que o MP não tem que pensar nas consequências
de seus atos. Se viu indícios e suspeitos, tem mais é que mandar bala. É a <span style="color: blue;">síndrome do Robocop</span>.</b><br />
<br />
Para bagunçar um pouco mais a cabeça da procuradora: <b><span style="color: blue;">a corrupção é menos negativa para a economia
que o combate à corrupção que não deixa pedra sobre pedra no caminho. O
dinheiro da corrupção volta para a economia, irriga a economia, enquanto uma
obra paralisada é queima de ativo, joga no lixo os investimentos já feitos.</span></b><br />
<br />
Não é por outro motivo que uma das bandeiras da futura Procuradora Geral <b><span style="color: blue;">Raquel Dodge</span></b>
será discutir com a corporação <b>o
custo-benefício de determinadas medidas. <span style="color: blue;">A troco de
quê paralisar uma obra sob suspeita de corrupção?</span> <span style="color: blue;">O que impede as investigações o fato da obra estar
paralisada ou não?</span></b><br />
<br />
<b>Significa condescendência com a
corrupção? Evidente que não. Significa os semideuses descerem à terra e fazerem
jus aos seus vencimentos, desenvolvendo metodologias menos danosas, avançando
nas investigações sem destruir as empresas, prendendo os culpados sem liquidar
com empregos</b>. Principalmente porque são mantidos com recursos públicos,
impostos pagos pela sociedade civil <br />
<br />
Enfim, <b>a corporação precisa escalar
alguns degraus de conhecimento e parar de se comportar como a ralé intelectual
que quer apenas sangue e cadeia</b>.Ivan M. Bulhõeshttp://www.blogger.com/profile/05189790740308515221noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1803879749249721468.post-45756784670330044212017-07-24T18:42:00.000-07:002017-07-24T18:42:45.238-07:00As areias cantantes do deserto<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEg2O9NTOsdTI4mr7VUXuXLUYI3gjx33pbYf4NEJpCOtvK_EoSvOszI0uJDUNXAPkoofsfENNYGPJFEXwX-Cs9li4byQRrryaiLqHE1Gonll6ubON-r0wxI1iQDeRqWMKWi7IuzAfUY-Ht/s1600/Le+chant+des+dunes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="268" data-original-width="195" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEg2O9NTOsdTI4mr7VUXuXLUYI3gjx33pbYf4NEJpCOtvK_EoSvOszI0uJDUNXAPkoofsfENNYGPJFEXwX-Cs9li4byQRrryaiLqHE1Gonll6ubON-r0wxI1iQDeRqWMKWi7IuzAfUY-Ht/s640/Le+chant+des+dunes.jpg" width="465" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/t6Zt4XCHj3U/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/t6Zt4XCHj3U?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; line-height: 107%;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=https://www.youtube.com/watch?v%3Dt6Zt4XCHj3U&source=gmail&ust=1501033027577000&usg=AFQjCNFKxqmRumLZr27XvOLeSuVZFnBMCg" href="https://www.youtube.com/watch?v=t6Zt4XCHj3U" target="_blank">https://www.youtube.com/watch?<wbr></wbr>v=t6Zt4XCHj3U</a></span></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=https://www.youtube.com/watch?v%3Dt6Zt4XCHj3U&source=gmail&ust=1501033027578000&usg=AFQjCNGtSgpNSXDOUGX0WpcJhnsbJ1hnqg" href="https://www.youtube.com/watch?v=t6Zt4XCHj3U" target="_blank"><br /></a></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; line-height: 107%;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2017/07/1903995-como-cientista-frances-desvendou-misterio-das-areias-cantantes-do-deserto.shtml&source=gmail&ust=1501033027578000&usg=AFQjCNGpC9Ex4ruMd7yrWPwBPSmdig27gQ" href="http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2017/07/1903995-como-cientista-frances-desvendou-misterio-das-areias-cantantes-do-deserto.shtml" target="_blank">http://www1.folha.uol.com.br/<wbr></wbr>ciencia/2017/07/1903995-como-<wbr></wbr>cientista-frances-desvendou-<wbr></wbr>misterio-das-areias-cantantes-<wbr></wbr>do-deserto.shtml</a></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; line-height: 107%;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2017/07/1903995-como-cientista-frances-desvendou-misterio-das-areias-cantantes-do-deserto.shtml&source=gmail&ust=1501033027578000&usg=AFQjCNGpC9Ex4ruMd7yrWPwBPSmdig27gQ" href="http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2017/07/1903995-como-cientista-frances-desvendou-misterio-das-areias-cantantes-do-deserto.shtml" target="_blank"><br /></a></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Folha.com, 24/07/17</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-size: medium;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Cientista francês desvenda
mistério das areias cantantes do deserto</span></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Da
BBC Brasil</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Se você for a uma área no norte do deserto do Saara, no Marrocos, poderá
ouvir –e ficar intrigado– com uma misteriosa música. Ela não vem de tendas,
casas ou oásis, ela vem das dunas de areia. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSID-00ZEyJp4EEkZkE4wt0LlBOls2jEDYEL-POiUscZ2sobEOhATJpgPCfF6zT9CMoKam3k-_qAsuzhN6ujADkLpQFKAgTRygWMch2IGWNyWZmyPXfbb8DacqTNcTx0i6OIVU8aKmIrnH/s1600/As+Viagens+de+Marco+Polo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="694" data-original-width="430" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSID-00ZEyJp4EEkZkE4wt0LlBOls2jEDYEL-POiUscZ2sobEOhATJpgPCfF6zT9CMoKam3k-_qAsuzhN6ujADkLpQFKAgTRygWMch2IGWNyWZmyPXfbb8DacqTNcTx0i6OIVU8aKmIrnH/s400/As+Viagens+de+Marco+Polo.jpg" width="247" /></a></div>
<br />No século 13, o explorador <b><span style="color: blue;">Marco Polo</span></b> já descrevia esse ruído estranho. Ele
o comparava a cavalos trotando em batalha ou a espíritos assombrando viajantes.
Em outros momentos, dizia que ele "preenchia o ar com sons de todos os
tipos de instrumentos musicais", conta o livro ‘<b><span style="color: blue;">As Viagens de Marco Polo</span></b>’.<br />
<br />
Por muito tempo, o motivo do fenômeno natural raro permaneceu um mistério.
Mas o <b>físico francês <span style="color: blue;">Stéphane Douady</span></b><span style="color: blue;"> </span>tem
buscado –e obtido– respostas sobre o fenômeno desde 2001.<br />
<br />
<br />
<b>CANTO DO ACASO</b><br />
<b> </b> <br />
Douady e sua equipe se depararam com os sons do deserto por acaso, quando
estavam em missão para estudar a formação das dunas e notaram que elas emitiam
um som "fascinante".<br />
<br />
"Já a primeira duna que visitamos era uma 'cantora' excepcional",
disse o pesquisador, em entrevista por email à BBC Brasil.<br />
<br />
O ruído surgiu quando um dos pesquisadores da equipe descia pelo monte de
areia. A cada passo, ouvia-se um "uoooook", descreve Douady.<br />
<br />
"Foi um momento mágico, [ouvimos] um som muito alto, de 110 decibéis,
comparado ao de um pequeno avião sobre você", acrescentou ao programa
Outlook, da BBC.<br />
<br />
E se alguém corresse ou manuseasse a areia com a mão, o tom mudava. Eles,
então, passaram o dia ali coletando dados e testando diferentes sons com os
grãos de areia.<br />
<br />
"<b>Foi um dos melhores momentos da
minha carreira</b>", continua. "Primeiro <b>porque era intelectualmente estimulante, pois as coisas que se pensava
que eram sabidas na verdade não eram</b>. <b>E,
ao mesmo tempo, estávamos nos divertindo tanto que parecíamos crianças no
playground</b>."<br />
<br />
Mas, até aquele momento, não entendiam ainda as razões por trás dos sons.
"<b>O mistério que era o mais
excitante</b>", afirma Douady.<br />
<br />
<br />
<b>AREIA NA MALA</b><br />
<b> </b> <br />
Para estudar o fenômeno, os pesquisadores levaram areia do deserto até o
Laboratório de Matéria e Sistemas Complexos (CNRS, na sigla em francês), em
Paris.<br />
<br />
Cada um dos quatro integrantes da missão encheu seis garrafas de vinho com
areia e as colocou em sua bagagem. "Isso seria o suficiente para fazer uma
'avalanche' cantante no laboratório", conta o pesquisador.<br />
<br />
Nas pesquisas em Paris, <b>a primeira
descoberta foi que o som era produzido pelo movimento sincronizado dos grãos de
areia, e que o volume e a variação tonal eram influenciados pelo tamanho desses
grãos.</b><br />
<b> </b> <br />
A partir daí, sua equipe visitou outros países para checar a teoria. Eles
notaram que <b>cada deserto tinha seu
próprio timbre. </b><br />
<br />
Os grãos do deserto de Atacama no Chile eram parecidos e tão cantantes
quanto os do Marrocos. Seus grãos eram mais homogêneos e tinham um som mais
"puro". Em Omã, com grãos mais irregulares, o som era mais
"duro". Eles visitaram ainda Estados Unidos e China, onde o acesso
era difícil, e as areias produziam menos sons.<br />
<br />
<br />
<b>POR QUE CANTAM</b><br />
<b> </b> <br />
<b>Descobrir por que algumas dunas
cantavam e outras não acabou virando a motivação do físico francês. "Estava
ficando até um pouco obcecado com isso"</b>, conta.<br />
<br />
Depois de meses de estudo<b>, Douady
notou momentos em que as areias paravam de cantar, e teve, então, a ideia de
submergir os grãos em água salgada, como a do mar. </b><br />
<br />
Mais descobertas começaram a surgir. <b>O
deserto precisa ser seco, mas com "um pouco de água salgada para fazer a
mágica"</b>, diz Douady.<br />
<br />
<b>Outros fatores estão nos grãos:
precisam ser redondos para rolarem com facilidade e serem cobertos por um tipo
de verniz de minerais, como magnésio, alumínio e ferro. </b><br />
<br />
Esse verniz produz uma cor preta, que transluz. <b>O pesquisador acredita que esse verniz é essencial para produzir o som,
mas ainda não entende o motivo. </b><br />
<br />
"Então <b>o mistério ainda está lá</b>",
comenta Douady sobre o próximo passo da pesquisa. "<b>É incrível saber que ainda há outras coisas para se descobrir</b>".<br />
<br />
<br />
<b>VIAGEM DE TRANSFORMAÇÃO</b><br />
<b> </b> <br />
Douady afirma que <b>a expedição às
dunas cantantes mudou sua vida.</b> <b>Seu
interesse foi além do comportamento físico das areias. </b><br />
<br />
"<b>Com todos aqueles sons, eu
queria fazer música. Então busquei um artista que pudesse combinar gravações
desses sons para fazer uma peça de música</b>", conta Douady, que promoveu
o lançamento do CD ‘<b><span style="color: blue;">Le Chant des Dunes</span></b>’, de <b><span style="color: blue;">Estelle Coquin</span></b>. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKwzl6yX1_4mK-hdoI-z_ebwQziFn7iuqpU3uRzK3ZZ5FqSaiKpbqMt845vlym2TpUw38kOSoPFrvmv4RAhbndj-A-KroxiGVNE9CBebdYZBPKcVqB5438wl3F5IsJ061wYP-04XTgDj4V/s1600/CD+-+Le+Chant+des+Dunes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="346" data-original-width="355" height="387" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKwzl6yX1_4mK-hdoI-z_ebwQziFn7iuqpU3uRzK3ZZ5FqSaiKpbqMt845vlym2TpUw38kOSoPFrvmv4RAhbndj-A-KroxiGVNE9CBebdYZBPKcVqB5438wl3F5IsJ061wYP-04XTgDj4V/s400/CD+-+Le+Chant+des+Dunes.jpg" width="400" /></a></div>
<br />"Tenho muito carinho por esse assunto. Não apenas porque é poético e
musical, mas também porque <b>é um fenômeno
raro e não há muitas dunas no mundo que 'cantam' bem. E porque há fenômenos
simples ao nosso redor que ainda são misteriosos e precisam ser explicados</b>."
<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9xK_lReuEclyHQhi0vY2fjQe0UwGP3ez1ln81exTaXb02_0GjSxZ2svIPFvW1jhZ1QTR2XKlNpRo45RZ-sYNOLrXNQaMpYhJqlrxClJuIN0Pnvir6rQUXJ9FsPX6hQfW9_8tpxRB_VLzO/s1600/DVD+-+Cherche+toujours.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="419" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9xK_lReuEclyHQhi0vY2fjQe0UwGP3ez1ln81exTaXb02_0GjSxZ2svIPFvW1jhZ1QTR2XKlNpRo45RZ-sYNOLrXNQaMpYhJqlrxClJuIN0Pnvir6rQUXJ9FsPX6hQfW9_8tpxRB_VLzO/s640/DVD+-+Cherche+toujours.jpg" width="444" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
O som das dunas despertou o interesse do documentarista <b><span style="color: blue;">Mathias Théry</span></b><span style="color: blue;"> </span>que, em 2008, voltou ao deserto na companhia de Douady,
e fez um documentário, ‘<b><span style="color: blue;">Cherche Toujours</span></b>’, que tem trechos disponíveis no
YouTube.Ivan M. Bulhõeshttp://www.blogger.com/profile/05189790740308515221noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1803879749249721468.post-32760586278882143542017-07-23T06:45:00.000-07:002017-07-23T06:45:12.265-07:00Padre Moro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPd2sgT5CuXB7EfnrjrpzDCBzFUAwl4XCVUeP5eDTOm_AHpx6U_ExdfyO9ULXQ2uQNNNID7tpeYMBujtpFqTsOZoLblAtaDex4VZu3NbgfquwjZ-EDzRSg8koCEAgFz9AxJxBlx6Jlm24n/s1600/Moro+vs+Lula+-+Codinomes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="552" data-original-width="720" height="306" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPd2sgT5CuXB7EfnrjrpzDCBzFUAwl4XCVUeP5eDTOm_AHpx6U_ExdfyO9ULXQ2uQNNNID7tpeYMBujtpFqTsOZoLblAtaDex4VZu3NbgfquwjZ-EDzRSg8koCEAgFz9AxJxBlx6Jlm24n/s400/Moro+vs+Lula+-+Codinomes.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #660000;"><span style="font-size: x-large;"><b>Padre Moro</b></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #660000;"><br /></span> </div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #660000;"><b>(Por Eduardo de Paula Barreto)</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #660000;"><br /></span> </div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #660000;">Era dia de confissão<br /> E os ladrões do erário<br /> Na igreja da Conspiração<br /> Entraram no confessionário<br /> FHC contou ao Padre Moro:<br /> ‘Eu pequei com muito gosto<br /> Quando fui Presidente<br /> Assumo aqueles 100 milhões<br /> E os roubos das privatizações’<br /> Moro o perdoou imediatamente.<br /> .<br /> Aécio abrindo logo o jogo<br /> Assumiu a paternidade<br /> Daquele famigerado aeroporto<br /> Que deu ao tio por caridade<br /> E confessou: ‘Desviei o que pude<br /> Daquelas verbas da Saúde<br /> E Furnas me manteve abastado<br /> Com as mesadas cujo dinheiro<br /> Eu misturava ao do mensalão Mineiro’<br /> E Moro perdoou os seus pecados.<br /> .<br /> Quando chegou a vez de Alckmin<br /> Ele deixou o Padre Moro cansado<br /> Por apresentar uma lista sem fim<br /> Dos crimes que havia praticado<br /> Confessou sobre o Trensalão<br /> Gestão hídrica e a gratuita agressão<br /> Aos alunos e professores<br /> Admitiu que toda a sua legenda<br /> Se beneficiava da Máfia da Merenda<br /> E Moro o perdoou com louvores.<br /> .<br /> Todos os pecadores de direita<br /> Confessaram os atos de corrupção<br /> E apesar das maracutaias feitas<br /> Todos receberam o perdão<br /> E saíram da igreja<br /> Se sentindo a cereja<br /> Do bolo da criminalidade<br /> E reassumiram os seus postos<br /> Para roubarem de novo<br /> Certos da impunidade.<br /> .<br /> Já era fim de tarde<br /> Quando pessoas de bem<br /> Se aproximando do Padre<br /> Se confessaram também:<br /> ‘Nós éramos miseráveis<br /> Como seres descartáveis<br /> Numa sociedade cega<br /> Mas hoje somos cidadãos<br /> Graças à implantação<br /> Dos ideais de esquerda’.<br /> .<br /> Então o Padre perguntou:<br /> ‘Mas quem promoveu a cura<br /> Da sociedade que os flagelou?’<br /> E todos gritaram: ‘Lula’<br /> Foi quando num salto súbito<br /> O Padre subiu ao púlpito<br /> E rasgando a Bíblia do Supremo<br /> Anunciou a sentença vingativa:<br /> ‘Sr. Luiz Inácio Lula da Silva<br /> Pelo bem que fez, eu o condeno.'</span></div>
Ivan M. Bulhõeshttp://www.blogger.com/profile/05189790740308515221noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1803879749249721468.post-64564254082635850582017-07-22T22:42:00.000-07:002017-07-23T07:43:34.468-07:00Dona de bordel vira tema de estudo em universidade federal<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhv3PX223VIoyPGZ-FEOG-AGF_fMyxjBB8Pu1oQHC79-8NkXYb2msX-GqLuPPlEtcXjYaozJmq2cddfj-fljqybc23AQDd0sGs-_SjPzUhwx2QCaIfTiMucF0McuxAUzN-aqUNMlku72csg/s1600/TM0..jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="255" data-original-width="218" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhv3PX223VIoyPGZ-FEOG-AGF_fMyxjBB8Pu1oQHC79-8NkXYb2msX-GqLuPPlEtcXjYaozJmq2cddfj-fljqybc23AQDd0sGs-_SjPzUhwx2QCaIfTiMucF0McuxAUzN-aqUNMlku72csg/s400/TM0..jpg" width="341" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; line-height: 107%;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/07/21/dona-de-bordel-vira-tema-de-tese-em-universidade-federal-caridosa-e-odiada.htm&source=gmail&ust=1500907064602000&usg=AFQjCNFSZWv5gxCrtuGSke0hb4dDCqFvoQ" href="https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/07/21/dona-de-bordel-vira-tema-de-tese-em-universidade-federal-caridosa-e-odiada.htm" target="_blank">https://noticias.uol.com.br/<wbr></wbr>cotidiano/ultimas-noticias/<wbr></wbr>2017/07/21/dona-de-bordel-<wbr></wbr>vira-tema-de-tese-em-<wbr></wbr>universidade-federal-caridosa-<wbr></wbr>e-odiada.htm</a></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; line-height: 107%;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/07/21/dona-de-bordel-vira-tema-de-tese-em-universidade-federal-caridosa-e-odiada.htm&source=gmail&ust=1500907064602000&usg=AFQjCNFSZWv5gxCrtuGSke0hb4dDCqFvoQ" href="https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/07/21/dona-de-bordel-vira-tema-de-tese-em-universidade-federal-caridosa-e-odiada.htm" target="_blank"><br /></a></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; line-height: 107%;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/07/21/dona-de-bordel-vira-tema-de-tese-em-universidade-federal-caridosa-e-odiada.htm&source=gmail&ust=1500907064602000&usg=AFQjCNFSZWv5gxCrtuGSke0hb4dDCqFvoQ" href="https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/07/21/dona-de-bordel-vira-tema-de-tese-em-universidade-federal-caridosa-e-odiada.htm" target="_blank"><br /></a></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">UOL, 22/07/17</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: large;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">Dona de bordel vira tema de estudo em universidade
federal: "Caridosa e odiada"</span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Por Mário
Bittencourt</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">, em Vitória da Conquista (BA)</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Habitualmente, as quartas-feiras são tímidas no <b><span style="color: #3333ff;">bordel de Cabeluda</span>, em Cachoeira,
cidade do Recôncavo Baiano situada a 110 km de Salvador</b>. Mas, no dia 5 de
julho, o movimento foi fora do normal. Enquanto um homem saía de um dos
quartos, ainda se arrumando, muitas outras pessoas iam entrando, até não caber
mais ninguém no local. A maioria carregava um smartphone na mão, registrando o
que podia.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /> </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Cabeluda, que é a dona e dá nome ao estabelecimento, estava toda
produzida, com roupas novas e de cabelos grisalhos bem penteados, cercada de
pessoas queridas. Afinal, para a <b>cafetina
de 73 anos</b>, era um <b>momento especial:
ela e o mais famoso bordel da região, há mais de 40 anos em atividade,
entrariam na UFRB (Universidade Federal do Recôncavo Baiano). </b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0ZX5OHLNzlEdaAM5drOCPLaO2M5_Q3c9sw2W0L0zoLZbm8e361AsgHnpykNLo6gXt15gB_4nkM7H2Fa4un2Kxoe7IiZ82NXLAJfjW8YYoYr1qX_-JlmCFwxHjQGCZ1VcmO1ZxNF1ZxcZG/s1600/TM1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="615" height="195" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0ZX5OHLNzlEdaAM5drOCPLaO2M5_Q3c9sw2W0L0zoLZbm8e361AsgHnpykNLo6gXt15gB_4nkM7H2Fa4un2Kxoe7IiZ82NXLAJfjW8YYoYr1qX_-JlmCFwxHjQGCZ1VcmO1ZxNF1ZxcZG/s400/TM1.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br />Não como aluna nem como funcionária, mas como <b>tema da dissertação de mestrado em ciências sociais da historiadora e
pesquisadora baiana <span style="color: #3333ff;">Gleysa Teixeira Siqueira</span></b>.
O local, onde doutores da academia avaliavam o projeto de mestrado, foi por
décadas alvo do amor e da cólera da sociedade de Cachoeira, cujo início do
povoamento remonta a 1531. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">A
dissertação "<span style="color: #3333ff;">Uma História de Cabeluda: Mulher,
Mãe e Cafetina</span>" foi a primeira defendida fora dos muros da
universidade, criada em 2005 pelo presidente <span style="color: #3333ff;">Luiz
Inácio Lula da Silva </span>(PT).</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Alheia às
fragilidades da idade, Cabeluda ficou o tempo todo em pé, ao lado de Teixeira,
observando o que falavam sobre ela e sua casa, frequentada não só por quem
deseja sexo, mas também amizades. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Mulher de pouca leitura, a cafetina demonstra satisfação no que vê e
ouve por meio de expressões faciais, de onde brota um sorriso sincero. Durante
a pesquisa, baseada no método de história oral, a futura mestra coletou
depoimentos de parentes, amigos, amigos, vizinhos, autoridades, clientes,
atuais e ex-profissionais do sexo e da própria <b>Cabeluda, cujo apelido decorre dos pelos que ela tem no corpo. </b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Aos parentes, Cabeluda diz que não esperava tanta gente nem repercussão na
mídia e se preocupa em como seus irmãos, que reviu recentemente, após 50 anos
separados, vão absorver a notícia sobre o que fez durante todo esse tempo no
"brega".</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="color: #3333ff; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Brega </span></b><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">é um
termo regional no Nordeste que significa boate, casa noturna ou de
prostituição.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"> Também é como Cabeluda e suas moças reconhecem o
local onde habitam, trabalham, trocam experiências de vida e possuem laços
sociais em comum, fazendo daquele espaço um território.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /> </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Casa de tolerância, prostíbulo, puteiro e cabaré são sinônimos que
muitas vezes carregam em si a carga do preconceito e da marginalização de
pessoas que escolheram explorar o próprio corpo como forma de ganhar a vida. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Usar o
termo negativo para torná-lo motivo de orgulho</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">"Apesar de não ser considerado assunto de interesse da política e
da cultura, o brega faz parte da cultura local. O termo local é brega. Na
antropologia, a gente valoriza como as pessoas chamam o modo como se
reconhecem", disse o <b>antropólogo e
doutor em ciências sociais <span style="color: #3333ff;">Osmundo Santos de Araújo
Pinho</span>, orientador da pesquisa sobre Cabeluda.</b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">"Ativistas,
como <b><span style="color: #3333ff;">Gabriela
Leite</span></b>, falam delas como putas<b>.
Grupos estigmatizados buscam assumir o termo usado como ofensa para
positivá-los. É como o negro, que hoje tem motivo de orgulho em ser chamado
assim</b>", completou. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">O professor, que teve a ideia de a dissertação ser
defendida no brega de Cabeluda</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">, observou que o trabalho serviu para mostrar a <b>ambiguidade reinante ainda na sociedade
quando se fala em sexualidade.</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">"É
visto como algo marginal, obsceno, mas ao mesmo tempo tem um reconhecimento e
respeitabilidade, algo muito típico do Brasil.</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"> <b>Ao mesmo tempo em que as putas são odiadas
pelas mães de famílias, elas têm a sua importância social reconhecida</b>",
disse. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Diversas
pessoas de Cachoeira, por exemplo, direcionam elogios a Cabeluda por ela ser
uma <span style="color: #3333ff;">pessoa generosa, que nunca negou aos outros um
prato de comida ou pedido de ajuda financeira em momentos de dificuldade</span>.</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Casada aos 13 anos, agredida e infeliz</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">A
distância da família ocorreu cedo: <b>Cabeluda
viu-se obrigada a se casar aos 13 anos com um homem mais velho e de quem
apanhava. </b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Um dia se cansou da vida que não tinha e resolveu fugir de Itabuna (sul
da Bahia), terra natal do escritor <b><span style="color: #3333ff;">Jorge Amado</span></b>, que imortalizou em suas obras
personagens populares como Gabriela, Tereza Batista, Dona Flor e Tieta,
marcadas pela sexualidade e pela luta contra o machismo e a repressão social. A
história dessas personagens possui traços em comum com a de Cabeluda, que <b>deixou a cidade onde nasceu e se criou com
pouco mais de 20 anos, sem levar consigo roupas ou documentos.</b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Primeiro, foi para Feira de Santana e depois aportou em Cachoeira,
município de 35 mil habitantes banhado pelo rio Paraguaçu. Encontrou uma <b>cidade cuja economia estava em decadência,
devido a construções de estradas de rodagem e de ferrovias, tirando o local da
rota de escoamento da produção agrícola. Por séculos, o porto de Cachoeira foi
o principal ponto de escoamento para a Europa de toda a produção agrícola
regional</b>, principalmente focada em cana de açúcar e tabaco. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Durante o apogeu econômico, foram construídos os cerca de <b>670 prédios de tendência neoclássica, hoje
tombados pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional),
que deram à cidade o status de "monumento nacional". </b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Uma das heranças coloniais de Cachoeira, que foi elevada à cidade em 13
de março de 1837, por decreto imperial, é a <b>religiosidade: são 50 terreiros de candomblé, além de igrejas católicas
diversas.</b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Quando
Cabeluda chegou a Cachoeira, na zona portuária havia resquícios dos tempos
áureos, da boêmia, com diversos bares e bregas próximos ao local. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Eles eram frequentados, sobretudo por viajantes e moradores da vizinha
São Félix, que fica do outro lado do rio, sobre a qual está a <b>ponte Dom Pedro 2º, construída na época do
Império e uma das poucas no Brasil a ter a sua estrutura apenas em ferro
(importado da Inglaterra) e madeira.</b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Um dos
bregas mais famosos era conhecido como Guarani e também funcionava como casa de
hospedagem. Foi onde Cabeluda buscou guarita. Outro que tinha clientela certa
era o de Nenzinha, ambos situados na "rua do brega".</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Cabeluda
ficou no Guarani por pouco tempo. Com ajuda de uma amiga, foi para a rua
Tavares, próxima à zona portuária, para abrir <b>o negócio dela - atuava como profissional do sexo e cafetina ao mesmo
tempo.</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">"Havia
diversos bregas na cidade, aos poucos eles foram sumindo por causa da queda no
movimento, mas o de Cabeluda sobreviveu e hoje faz concorrência com outros
bregas menos famosos", conta a pesquisadora Gleysa Teixeira. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">"Menina direita não podia andar na rua do
brega" </span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Assim
como toda criança nascida nos últimos 40 anos em Cachoeira, Gleysa, 33, cresceu
ouvindo conselhos para nunca chegar perto da rua do brega - e ainda mais de
Cabeluda.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">"Quando
eu era pequena, tinha medo de passar pela rua do brega por causa do imaginário
social, da estigmatização do lugar. Sempre houve um <b>discurso moralista contra o local, de que menina direita não pode andar
lá</b>", conta Gleysa.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9Nhyphenhyphen4YzI0UTA808Hwt6QDSyejW8Ri9ZJeji8FnYeax6l2YkgrftkmF6EQT3N6ITem3bqQRlLseyORTcKq1wvMtaRoMM6TJuX0nYzirBA2sLroGoYXQDZz6cmVlTHLJgcgEU2qVkkjmWlh/s1600/TM3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="405" data-original-width="540" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9Nhyphenhyphen4YzI0UTA808Hwt6QDSyejW8Ri9ZJeji8FnYeax6l2YkgrftkmF6EQT3N6ITem3bqQRlLseyORTcKq1wvMtaRoMM6TJuX0nYzirBA2sLroGoYXQDZz6cmVlTHLJgcgEU2qVkkjmWlh/s400/TM3.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"><br />A ideia
de pesquisar sobre a vida de Cabeluda veio ainda na graduação em história pela
UFRB, quando o foco era sobre gênero feminino e classe trabalhadora. Foi
amadurecida na especialização e posteriormente no mestrado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">"A
possibilidade de estudar a Cabeluda veio com o professor <b><span style="color: #3333ff;">Antonio Liberac Simões Pires</span></b>,
meu primeiro orientador num projeto de pesquisa. Ele me perguntou se eu teria
coragem e encarei o desafio de frente", lembra a pesquisadora.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">O brega de Cabeluda, destaca Gleysa, representa um símbolo de
prostituição de Cachoeira, sendo <b>a única
casa existente nos moldes antigos, onde a dona do local lucra apenas com o
aluguel do quarto, sem fazer a intermediação entre o cliente e a profissional
do sexo.</b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">O movimento intenso é entre as noites de quinta e domingo, quando moças
de outras cidades da região vão para lá. <b>A
relação entre a clientela e as profissionais é livre. O programa varia de R$ 30
a R$ 50, por meia hora. O aluguel do quarto, independentemente do valor do
programa, custa R$ 10.</b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">O único problema é quando está cheio, pois o brega tem apenas três
cômodos e há dias em que estão na casa até 15 moças - no dia da defesa da
dissertação havia cinco delas presentes no local. O estudo de Gleysa abordou
também o empoderamento feminino e o patriarcado na sociedade cachoeirana,
marcada ainda hoje pelo pensamento colonial.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">No
trabalho, a pesquisadora diz ter desconstruído a ideia que sempre ouviu na
infância, de que Cabeluda seria um problema social. "<span style="color: #3333ff;">Ela é muito reconhecida pela sociedade, sobretudo pelas
obras de caridade que realiza. Ela sempre ajudou as pessoas, teve uma vida
discreta, nunca fez o mal para ninguém</span>"</span></b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">,
afirmou. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Preconceito,
caridade e reaproximação com a família</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Cabeluda,
além das <b>três filhas legítimas, acolheu
outros oito meninos, nascidos de mulheres que chegavam ao brega</b>, saíam do
trabalho e apareciam com as crianças, que ficavam aos cuidados dela.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Uma das
filhas de Cabeluda é <b><span style="color: #3333ff;">Natalícia Santana Mota</span></b>. Com 43 anos, é a mais
velha. Seu depoimento foi um dos mais marcantes da pesquisa de Gleysa Teixeira.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Ao UOL, ela relatou o <b>preconceito
sofrido na adolescência por conta de a mãe ter um brega: "Eu estudava numa
escola paroquial, tinha 16 anos. Um dia à tarde fui merendar na casa de minha
mãe com uma colega minha. Quando voltamos para a sala de aula, a professora
perguntou onde a menina estava e ela falou que tinha ido merendar comigo. A
professora, então, falou que no lugar que ela foi só tinha gente que não
prestava. Abaixei a cabeça e comecei a chorar, nunca me esqueço disso</b>".</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Em outra situação, ela estava andando na rua com uma amiga que ia fazer
primeira comunhão na Igreja Católica: "<b>A mãe dela nos viu e disse bem alto, na frente de um monte de gente, que
não queria a filha dela andando com filha de prostituta</b>". "<b>Eu sofri muito, vivia só, não tinha
amizades. Quando fazia amizades e depois dizia que minha mãe era dona do brega,
se afastavam logo de mim.</b>"</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Natalícia
estava na plateia no dia da defesa da dissertação, ocorrida poucos meses depois
de Cabeluda ter revisto dois irmãos deixados em Itabuna. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">A
circunstância em que o encontro ocorreu foi por motivo de doença. <b>Cabeluda havia sofrido um infarto e
precisou ser internada às pressas numa UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Só
que <span style="color: #3333ff;">ela não tinha documentos de identificação.</span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Com ajuda
de amigos, o hospital aceitou que ela ficasse em observação até que os
documentos fossem providenciados, o que ocorreu dias depois de Natalícia ir até
Itabuna em busca de pistas dos familiares.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Conseguiu
encontrá-los após expor o problema em uma rádio local. Com os documentos,
Cabeluda passou alguns dias na UTI e foi liberada. O problema no miocárdio era
agravado pelo consumo de cigarro.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Cabeluda parou de fumar e foi ao encontro dos irmãos. As conversas que
tiveram não foram bem explicadas por Natalícia - ela preferiu não comentar nada
sem autorização de <b>Cabeluda, que não
quis dar entrevista ao UOL. Pelo mesmo motivo, Teixeira e Natalícia preferiram
não falar o nome verdadeiro dela. </b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Professor defende a importância da apresentação no
brega</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Sobre a escolha do brega para ser o local da defesa, o professor
justificou: "<b>Na antropologia
contemporânea, não podemos tratar os interlocutores da pesquisa de campo como
meros objetos inertes, passivos ou apassivados</b>". <b>"Apresentar a dissertação no brega teve como um dos objetivos - talvez
o mais importante - demonstrar e discutir o resultado da pesquisa frente aos
interlocutores que outrora chamávamos de objetos de pesquisa."</b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjel-2d0B-fzv109KsCKwNqab3Op5L4QwOLkqN65damFxFoKwpYMaglJ80Ot0rOiex6tdCLomDN5I0DE37-T0sZMRQkCvgxNx5GAxZZDb5hkC_ngiJItH3XNeGkCGpSgS4K_DcjDBSbUWJe/s1600/TM2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="615" height="195" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjel-2d0B-fzv109KsCKwNqab3Op5L4QwOLkqN65damFxFoKwpYMaglJ80Ot0rOiex6tdCLomDN5I0DE37-T0sZMRQkCvgxNx5GAxZZDb5hkC_ngiJItH3XNeGkCGpSgS4K_DcjDBSbUWJe/s400/TM2.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Membros da bancada<br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">A atitude, para o professor, "<b>revela
a importância de aproximarmos a universidade pública da comunidade na qual ela
está inserida, e notadamente de setores excluídos</b>, como as mulheres que
trabalham no negócio do sexo. Então, nesse sentido, essa foi a nossa proposta
despretensiosa, mas que acabou ganhando proporção maior do que
esperávamos".</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">A UFRB
informou que a escolha de locais de defesa de dissertação é de livre escolha
dos pesquisadores envolvidos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Já <b>a Polícia Civil declarou que a última
batida que fez no brega de Cabeluda foi em 2011, devido à procura por suspeitos
de tráfico de drogas que estariam frequentando o local. De lá para cá, não
houve mais registros. </b></span></div>
Ivan M. Bulhõeshttp://www.blogger.com/profile/05189790740308515221noreply@blogger.com0